História You Don't Know Me - Midle - Sweet Art

O  corpo de Mikasa estava pesado mesmo após de uma boa noite de sono. Ela agradecia aos céus por seu trabalho só começar na semana seguinte ao seu casamento enquanto se levantava calmamente da cama e ia em direção a cozinha, onde preparou um chá de cidreira e foi se sentar no sofá da sala, colocando a TV no canal do notíciario. 

Nenhuma coisa que ela não tivesse visto na Internet estava sendo divulgado no jornal. Parecia impossível ela ficar fora das notícias, afinal seu futuro emprego envolvia isso. 

Como num passe de mágica, a Ackerman se lembra do compromisso importante que havia confirmado com Armin: a exposição de arte do artista que era idolatrado pelo loiro. 

Com os olhos arregalados, a mesma corre em direção ao celular e o pega, colocando a senha e por fim vendo uma série de ligações não atendidas e confirmando que o horário anteriormente combinado já havia passado há cerca de 15 minutos. Pelo menos a exposição era perto de sua residência. 

Com exaltação ela adentrou o quarto pegando um vestido vermelho qualquer além de um salto baixo e uma bolsa (Não terá link. Façam uso da imaginação dessa vez!).

Depois de ter se vestido, penteou seu cabelo e colocou o celular na bolsa. Assim saiu do seu apartamento e se pôs a descer as escadas sem mesmo ter tido a intenção de esperar o elevador chegar.

Quando finalmente chegou na garagem G1, continuou o trajeto correndo até o veículo, onde só nele pôde descansar. As mãos tremiam pelo cansaço e o peito subia e descia pela respiração pesada e assim seguindo até que se acalmou mais e conseguiu acertar enfiar a chave para dar partida após inúmeras tentativas. 

Havia sido uma correria, assim como todos os outros dias de aula e como os dias que estavam a vir de trabalho.

Pela primeira vez em tempos apreciava a paisagem enquanto dirigia. 

Música, uma bela visão e o conforto de seu carro. Nada poderia ser melhor agora se não sentisse a pressão de não estar à tempo para o compromisso. 

Estava tão estressada que focou somente na música Symphony que tocava para tirar as paranóias da cabeça. Incrivelmente este pequeno ato havia realmente funcionado.

 ➳ In the exposition ➳ 

Os olhos cansados do Loiro haviam deixado de observar cada detalhe nos quadros e tentar perceber as mensagens sofridas implícitas, para procurar a amiga entre todos os que chegavam pela enorme porta de vidro.

Estava há tanto tempo parado na frente da entrada que apostava que todos achavam que ele era o próprio porteiro. 

Enquanto dava um risinho sobre o pensamento que havia acabado de ter pensou ter visto a sua querida amiga, mas deveria estar enganado. Apesar da pessoa ter a mesma feição de Mikasa, ela não tinha o cabelo longo característico dela. 

Logo que a asiática chegasse ele contaria o quanto uma mulher que também estava na exposição se parecia com ela.  Ou pelo menos iria.

- Armin! Me desculpe! - Disse Mikasa, o abraçando e deixando-o estático. - Havia me esquecido do nosso encontro. Me desculpe mesmo, sei o quanto essa exposição é importante pra você. - Ao terminar de dizer tudo isso, o soltou.

-Mikasa?!

-Sim, o que foi?

- Você cortou o cabelo? Por quê? Achei que você gostasse dele longo!

- Ah... é que... eu queria inovar. - Disse meio cabisbaixa temendo que ele pudesse ter percebido o real motivo que a tinha feito fazer isso, afinal, ele estava pensativo demais pro gosto dela.

- Ficou ótimo em você! - Disse o Arlet dando o seu mais sincero e belo sorriso.

-Obrigada! Agora que eu cheguei você quer ver qual quadro primeiro? - Comentou sem graça.

- Eu quero primeiro ver a nova escultura do Jean e depois pegar um autógrafo! - Seus olhos brilhavam por entusiasmo, fazendo-o parecer uma criança que teve a permissão da mãe para comprar seu doce favorito.

Foi feito assim como o Arlet queria. Os dois amigos tinham visto a estátua de queixo caído com os mínimos detalhes que Jean se dispunha a esculpir e agora se encontravam na fila para o autógrafo.

As fãs animadas davam vários pulinhos e comentavam o quanto ele era bonito. Mikasa não aceitava essa justificativa como fonte de toda a exaltação delas. Claro, como poderia entender isso se não entendia nem o amor?

Sem nem esperar, os dois estavam próximos de receber o autógrafo. Faltava apenas uma pessoa em sua frente que após um minuto se esvaiu com um sorriso no rosto. 

Mikasa tentou ver a feição dele, porém o mesmo estava de cabeça baixa e só a levantou quando o Arlet o cumprimentou. Surpreendentemente, os olhos do artista não se fixaram em Armin e sim nela. Estavam vidrados. Estavam vidrados enquanto ele pensava que nunca havia visto beleza igual aquela. 

- Ainda não acredito que você trouxe a sua exposição justamente para a nossa cidade! Estou tão feliz! Sou um grande fã seu! Me chamo Armin Arlet e essa é  Mikasa Ackerman. - disse fazendo Jean sair de seus devaneios. 

- Muito prazer! Eu que estou muito feliz por estar aqui! O carinho de vocês é impagável. - Disse estendendo a mão esperando que o loiro o desse o bloco de notas em sua mão para autografa-lo.

- Aqui. - Disse o Arlet colocando o pequeno objeto com alguns rascunhos em páginas aleatórios nas mãos de seu ídolo. 

Como esperado Jean autografou aquele pertence e devolveu o mesmo para seu dono.

- A senhorita também vai querer um autógrafo?

- Ah! Não, obrigada!

- A senhorita não gosta de minhas obras por acaso? 

- Não é isso! As acho incríveis, porém não vejo necessidade de obter um autógrafo. Estou mais hoje para acompanhar ele. - Falou apontando para o loiro surpreso pela a amiga ter recusado o autógrafo de seu ídolo.

- Os dois tem algum tipo de relacionamento? - Perguntou o jovem artista ciumento.

- Não é... - Mikasa tentou falar mas foi interrompida pelo o amigo que apresentava enorme nervosismo.

- N-Não pense b-bobagem! Somos apenas a-amigos!

- Entendo.

- Muito obrigado mesmo! - Falou o Arlet enquanto se virava e se distanciava junto da asiática.

Vendo aquela linda jovem moça ir embora, o Kirchsten entrou em desespero ao perceber que nunca mais a veria novamente.

- E-Ei! - os dois amigos se viraram. - S-Seu cabelo é m-muito bonito, senhorita! - Sentiu suas bochechas ficarem rubras.

- Obrigada. 

Os passos não paravam. Aquela frase não a havia feito ficar. Mais uma abordagem seria estranho? O pintor e escultor não sabia, mas decidiu tentar.

- Me interessei em vocês dois, parecem ser pessoas legais! Poderiam me dar os seus números? 

- Adoraria! - Falou o loiro com seu estado de entusiasmo que cismava em permanecer naquela exposição. 

Enquanto os dois homens entendedores de arte batiam um último papo, a Ackerman apenas observava e só participou da conversa para dizer seu número. Ela não via a hora de ir embora, contudo sabia que ainda demoraria. Só havia ficado cerca de meia hora lá e tinha visto apenas uma obra de dezenas.