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História You forever(Jenlisa) - Capítulo 1


Escrita por: Teffy_Manoban

Capítulo 2 - Capítulo 1


Lalisa on

Meus olhos se abriram, meu coração palpitava de medo. Os lençóis da cama estavam encharcados, e eu coberta de suor do pesadelo que volta a atormentar minhas noites. Olhei para o relógio na mesa de cabeceira, que marcava as três da manhã. Levantei da cama e fui ao banheiro, tive que fazer um esforço para normalizar a respiração, debruçada sobre a pia e então me olhei no espelho. Abri a torneira e joguei um pouco de água fria no rosto, respirando fundo e fechando os olhos.

Nunca tinha contado a ninguém por que Rosé se matou. Mantive esse segredo enterrado dentro de mim durante os últimos doze anos. A única pessoa que sabia era sua irmã Irene. Ela prometeu que não contaria, porque não queria que as pessoas pensassem que a irmã faria uma coisa dessas a si mesma por causa de uma mulher. Esfreguei o rosto e voltei para o quarto, sentando na beira da cama,peguei o celular na mesa de cabeceira e vi que havia uma mensagem de Irene.

"Lisa, obrigada por hoje à noite. Como sempre, você me satisfez completamente. Estou ansiosa para te ver de novo em mais uma sessão de sexo tórrido!"

Suspirei pondo o celular na mesa de cabeceira, levantei, troquei de roupa e sai para dar uma corrida. Correr sempre me ajudava a clarear as ideias, principalmente quando eu tinha pesadelos. Acabei correndo mais de seis quilômetros no Central Park. Assim que as ideias clarearam e consegui pensar direito, decidi que ligaria para o Dr. Peters. Já fazia algum tempo que não o via e achava que estava na hora de recomeçar as sessões de terapia. Tirei o celular do bolso, procurei entre meus contatos e decidi mandar uma mensagem para Jisoo.

Mensagem on 

-Preciso aliviar o estresse. Está a fim?

Jisoo-Oi para você também, Lalisa. Será que se dá conta de que são cinco e quinze da manhã? Já estou no clima.

-Ótimo me encontra na cobertura dentro de meia hora.

Jisoo-Posso estar lá em dez minutos. 

-Não, eu disse meia hora. Preciso tomar um banho primeiro. 

Jisoo-Hummm, que delicia, Lalisa. Posso te fazer companhia?

-Não ,obrigado, prefiro fazer isso sozinha. Meia hora, e não se atrase.

Mensagem off

Eu tinha conhecido Jisoo através de um associado da empresa. Sendo uma recém-divorciada, ela estava mais do que disposta a ter sexo casual, sem qualquer compromisso.

Voltei correndo para a cobertura e entrei no chuveiro para lavar o suor do corpo antes de transar com ela. Sai do banho com a toalha enrolada no corpo. Fui para o quarto, onde ela já estava deitada na cama, pronta e esperando por mim. 

Jisoo-Tira essa toalha e vem para cá antes que eu mude de ideia-disse sorrindo 

Joguei a toalha no chão e caminhei até a cama. 

-Prometo que você não vai a parte alguma até eu ter fodido com você de todas as maneiras possíveis e imagináveis Jisoo.

Jisoo-Essa é uma promessa que eu sei que você é capaz de cumprir-responde ela, com um sorriso.

Sexo intenso é tudo que conheço. É tudo que essas mulheres querem, e quem sou eu para me queixar? Rapidez e intensidade é a melhor maneira de aliviar o estresse para mim, principalmente depois de um dia longo e exaustivo no escritório, ou quando surge uma oportunidade.

-Obrigado, pode ir embora-disse a ela 

Jisoo-Lalisa, são seis e meia. Que tal tomarmos um café juntas antes?

Caminhei até ela, que ainda estava deitada, seu corpo coberto apenas por um lençol. Olhei nos seus olhos pretos.

-Você já conhece as regras Jisoo, portanto se veste e vai para casa. Tenho que tomar um banho rápido e ir para o escritório. 

Ela se levantou.

Jisoo-Eu sei Lalisa, mas é só um café poxa. Ah, e outra coisa: vou passar duas semanas fora, portanto não se dê ao trabalho de me ligar para aliviar o estresse de novo. 

[...]

Algumas pessoas dizem que sou jovem demais para ser a CEO da Manoban Enterprises, e que as pressões e exigências do cargo vão acabar me destruindo. No meu entender, eu já fui destruida emocionalmente. A Manoban Enterprises é minha empresa e meu único objetivo na vida. É tudo que tenho, e tudo que quero ter, saio com um monte de mulheres. Que CEO milionário não faz isso? Os único relacionamentos que acredito são os de natureza sexual, sem qualquer compromisso. A última coisa de que preciso na vida é uma mulher tentando me amarrar e me sufocar. De resto, fiz uma lista de regras para as mulheres com quem saio.

Regras

°Nada de dormir aqui. Assim que nosso encontro sexual acabar,você deve se vestir e ir embora imediatamente (não abrirei exceções).

°Não temos qualquer compromisso. Nunca haverá nada mais do que sexo entre nós.

°Não me ligue nem mande mensagem. Se eu quiser vê-la de novo, entrarei em contato.

°Enquanto estiver na minha presença, você deve agir e se comportar como uma mulher adulta. Não tolerarei comportamentos infantis. 

°Nada de ménages à trois. Gosto de estar com uma mulher de cada vez (não abrirei exceções).

°Não uso camisinha. Faço exames uma vez por mês, e sou vasectomizada. Espero que as mulheres com quem saio também se cuidem (posso exigir provas).

°A noite do encontro só consistirá em jantar e sexo-nada mais, nada menos.  Não haverá mãos dadas, caminhadas, passeios de carruagens pelo Central Park nem filmes (não abrirei exceções).

Dou a lista às mulheres antes do jantar, para que elas já tenham plena consciência de minhas expectativas. Se uma mulher não aceita qualquer uma dessas regras, tem toda liberdade de ir embora. Mulheres não são mais do que criaturas sexuais para mim. Nunca me apaixonei, nem vou me apaixonar. A pessoa que decidiu que esse seria meu destino se suicidou porque não fui capaz de amá-la, e não posso permitir que isso volte a acontecer. Tenho um grupo de mulheres que vejo regularmente. Irene é uma delas. Comecei a vê-la há mais ou menos um ano,quando ela apareceu no meu escritório, sem um tostão e sem ter para onde ir.

[1 ano atrás]

°Lembranças on°

Eu estava sentada à mesa e fiquei olhando para a porta, relembrando aquele dia.

Valerie-Srta.Manoban, há uma moça aqui que deseja vê-la-disse Valerie pelo interfone-Diz que é importante e que a senhora a conhece.

Suspirei. Não tinha tempo para visitas inesperadas achando que podiam simplesmente dar as caras no meu escritório, exigindo me ver. 

-Estou muito ocupada Valerie. Diga a quem quer que seja que precisa marcar hora. Não tenho tempo no momento.

De repente, a porta se abriu. Levantei os olhos do computador e quase parei de respirar. 

Valerie-Desculpe Srta.Manoban, eu tentei impedi-la-disse Valerie.

-Tudo bem Valerie. Por favor, feche a porta.

Irene-Olá Lisa.É bom ver você de novo. Faz muito tempo-disse a mulher alta.

-Irene o que diabos está fazendo aqui?-perguntei num tom irritado.

Ela se aproximou, acomodando-se numa poltrona confortável diante da minha mesa. 

Irene-Isso é jeito de falar com uma amiga que não vê há dez anos?

-Não enrola Irene, responde à pergunta.

 Ela pigarreou remexendo-se na poltrona. 

Irene-Estou numa situação meio complicada Lisa, e estava pensando se você poderia me ajudar.

Voltei a me sentar, fuzilando-a com os olhos. Ela não tinha mudado muito naqueles dez anos. Os cabelos castanhos e lisos estavam iguais. E os olhos castanhos-escuros ainda exibiam a mesma tristeza de anos atrás. Juntei as mãos à minha frente.

-O que você quer Irene?

Irene-Fui despejada do meu apartamento, e não sei o que mais fazer. Acho que posso ser considerada uma sem-teto-disse respirando fundo. 

 -E seus pais? Porque não vai ficar com eles?

Irene-Eles disseram que sou uma desgraça para a familia e que preciso tomar vergonha na cara. Eles já me ajudaram inúmeras vezes,e se recusam a fazer isso de novo.

Levantei da poltrona, fui até sua frente e me recostei na mesa, tentando entender porque veio me ver.

-Porque eu Irene? Não nos vemos nem falamos há dez anos.

Nesse momento, antes que ela pudesse responder, Valerie interfonou para avisar que minha reunião estava preste a começar.

-Desculpe Irene. Tenho uma reunião, e lamento, mas não vou poder ajudá-la. Portanto se me der licença, tenho que ir.

Ela se levantou furiosa, pegou a bolsa e se dirigiu à porta,mas então se virou bruscamente.

Irene-Você me deve Lalisa Manoban, minha vida está um caos por sua causa. Minha irmã cometeu suicidio por sua culpa, e isso arruinou minha vida. Sinto muita falta de Rosé, e ela ainda estaria aqui se não fosse por você-gritou

Fiquei paralisada, sem conseguir falar, pois tudo que Irene tinha dito era verdade. Ela se virou e caminhou até a porta.

-Espere-chamei-eu te levo para jantar hoje à noite, e ai podemos discutir isso mais a fundo. Talvez eu possa ajudar você. Vou mandar meu motorista te buscar às sete da noite. Onde você está hospedada?

Irene-Em lugar nenhum. Eu te disse que estou quebrada, portanto é óbvio que não tenho dinheiro para ficar em um hotel.

Fui até a porta e a abri, indicando a irene que saísse.

-Valerie por favor, reserve um quarto no Marriott do Centro para a Srta. Park. Por conta da empresa.

Valerie assentiu, pegando o telefone.

Irene-Obrigada Lisa, sabia que podia contar com você-sorrio

-Meu motorista vai te pegar às sete da noite em ponto.

Dei as costas, balançando a cabeça. Porque diabos ela resolveu aparecer ali depois de todos aqueles anos e jogar a morte de Rosé na minha cara?

°Lembranças off°

Um ano depois, estava sentada à mesa do escritório, me perguntando por que ela ainda estava na minha vida e eu não fiz nada a respeito.

Levei um susto ao ouvir uma batida na porta, Valerie entro, pondo uma xícara de café na mesa.

Valerie-Bom dia Srta.Manoban.

-Bom dia Valerie. Me faz um favor: desmarca todos os compromissos de hoje à tarde. Preciso fazer uma coisa.

Valerie-Pois não Srta.Manoban, vou cuidar disso agora mesmo.

-Obrigado Valerie-agradeci e ela saiu do escritório.  

Peguei o celular, liguei para o Dr. Peters e marquei uma consulta para aquela tarde. Como os pesadelos tinham recomeçado, imaginei que estivesse na hora de fazer isso.  Terminei de ler alguns relatórios, fiz algumas ligações e avisei Denny que sairia do escritório mais cedo, para que viesse me buscar.

Entrei na limusine e pedi a Denny que me levasse à cobertura, para que eu pudesse pegar o Range Rover e ir dirigindo eu mesma até o consultório do Dr. Peters. Não queria que ele soubesse aonde eu ia. Considerava Denny um de meus melhores amigos, ele estava com a Manoban Enterprises havia dez anos; tinha sido motorista de meu pai e agora trabalhava para mim.

Era um homem na faixa dos cinquenta anos, e testemunhara muito de minha vida nos últimos dez anos. Estava ao meu lado em todos os momentos, e até salvou minha pele em algumas ocasiões sem jamais contar a meu pai. Era como um segundo pai para mim, e também meu confidente. Eu sempre podia contar com ele, para me ajudar se precisasse. Em troca, cuidava para que nada faltasse a ele e sua família. 



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