Ao perceber nossa presença, rapidamente os pais dele que estavam sentados no sofá levantaram e curiosos tentavam me ver, já que o Chanyeol estava na minha frente.
A mãe dele já me viu, porque essa curiosidade toda?
-Essa é a _______! -me puxou para o lado.
-Olá, é um prazer Young Mi-sshi. -me curvei diante dos dois e sorri nervosa.
-Eu sou o pai do Chanyeol, Park Dongsun. -sorriu.
-Eu lhe conheci numa situação não muito agradável, mas hoje posso pedir desculpas! -se curvou outra vez rapidamente. -É que eu me importo muito com ele. -apontou para o Chanyeol que sorriu e abaixou a cabeça.
-Não, tudo bem! Meus pais são assim também. -permaneci sorrindo.
-Vamos comer antes que esfrie. -Young Mi nos chamou para jantar e todos a acompanharam.
Eles pareciam felizes, e por mais que eu estivesse nervosa, estava bastante feliz também.
Tinha muita coisa na mesa. Começamos a comer e a comida estava muito boa! Junto com a comida, veio as perguntas. Era de se esperar.
-Então, você é uma boa aluna? - Dongsun me perguntou enquanto mexia no arroz com o hashi.
-Sim! me preocupo bastante com minhas notas, ainda mais por ser meu último ano.
-Ontem eu comentei com o Chanyeol sobre a formatura e ele não mostra interesse em ir.
-Claro que ele vai. -belisquei as costas do Chanyeol e ele fez um barulho com a boca se esticando.
-Seus pais já sabem do relacionamento de vocês dois? -Young Mi me olhou.
-Só minha mãe até agora. Eu sou muito tímida, mas vou falar com certeza. -assim que finalizei o que falava, Chanyeol riu baixo me fazendo o olhar confusa.
O que deu nesse idiota?
[....]
Se passaram no mínimo umas duas horas, sendo exatamente nove e meia da noite. Os pais dele já tinham ido para o quarto deles e estávamos no sofá, evitando o contato físico e vendo um programa com um conteúdo engraçado.
-Chanyeol Chanyeol Chanyeol! -falei baixo puxando seu braço para lá e para cá.
-O quê?
-Eu tenho que ir pra casa, eu tô com sono.
-Dorme no meu quarto, eu fico aqui no sofá. -apontou para a porta do quarto dele.
-Você sabe que eu não posso. Não ainda.. ou sei lá quando.
-Nós temos que morar juntos, o que acha? -se virou pra mim.
-É cedo demais pra pensar nisso, a gente só tem três meses juntos.
-E com quanto tempo podemos ir?
-Com uns dois anos, por aí.
-DOIS ANOS? -arregalou os olhos, que já eram grandes os deixando ainda maiores. -É muito tempo.
-Quem sabe até com menos tempo, porém, temos que primeiramente terminar os estudos, pensar no futuro e termos nosso próprio dinheiro para: comprar um apartamento, um carro, muita comida, pagar contas entre outras coisas! É muita responsabilidade. Não que eu não queira e eu também não fico colocando dificuldades, mas convenhamos que nós dois somos muito jovens ainda.
-Pensando bem...
-Não é fácil, mas... esforço, muito esforço. -levantei e puxei o braço dele que levantou relutante. Vamos.
Saímos do apartamento e fomos andando calmamente, em silêncio.
-Você tá tão quieto hoje, tá tudo bem?
-Sim, tá tudo bem. -passou a mão no cabelo.
-Chanyeol..
-Tá tudo bem, é sério.
Cheguei em casa e provavelmente já eram dez horas.
-Obrigado por ter ido conhecer meus pais hoje.
-Não me agradece, eu não sei como reagir.
-Certo. -riu. -Eu vou indo, certo? -segurou minha cintura com apenas uma mão depositando um beijo em meus lábios e foi embora.
Porque ele ficou tão estranho de repente?
Deixei meus devaneios de lado e abri a porta para entrar.
Ao entrar, logo dei de cara com meu pai sentado no sofá com os braços cruzados, e ele não estava com uma expressão muito boa.
-Sente aí. -apontou para o outro lado do sofá, de frente para ele e eu sentei.
-Sim?! -juntei as pernas e passei as mãos no joelho.
-Então você está num relacionamento? -concordei o olhando. -Porque?
-Por que eu gosto dele!!? -fui óbvia.
-E quem é o rapaz?
-Chanyeol, Park Chanyeol.
-Faz quanto tempo? E onde vocês se conheceram?
-Quase 4 meses, e foi na escola, há 3 anos atrás. Somos da mesma classe!
-Você não frequenta festas, quase não sai e está namorando. Eu não consigo entender. -respirou fundo. -Você é muito jovem _______.
-Acontece, fazer o quê. -baixei a cabeça.
-Evitar, focar nos estudos e outras coisas.
-Focar ainda mais? Pai, você e minha mãe me pressionam bastante e chega a passar dos limites! Estudar, Estudar e estudar mais e mais. Eu não posso ter um tempo para mim, isso é demais!
-Sem estudos você não consegue nada.
-Eu sei disso, mas eu sou uma adolescente que também precisa de espaço, tempo. Eu estudo muito, não posso sair muito de casa e vocês só confiam no Jongdae. Não é assim também!
-É seu último ano, faça com que dê tudo certo. Eu quero que toda a família veja você recebendo o diploma.
-Sim, já que eu tenho que fazer o que vocês querem e não o que eu quero fazer. -levantei e subi as escadas.
-Esse garoto já te transformou em outra pessoa?!!
-Não, esse é meu outro lado, o que é escondido. Mas eu vou saber usá-lo, a família não precisa se preocupar. -continuei a subir até chegar ao meu quarto.
-O que está havendo? -minha mãe apareceu na minha frente.
-Depois mãe, depois. Boa noite! -fechei a porta do quarto.
Meu pai foi a segunda pessoa de hoje a falar que apesar do pouco tempo, Chanyeol já mudou minha cabeça e jeito de agir. E não é verdade. O Jongdae me conhece e sabe do meu eu e das tantas personalidades que guardo. Hoje foi um dia que começou ruim, melhorou e terminou ruim. Mas o que realmente não sai da minha cabeça é o jeito que o Chanyeol começou a agir tão de repente.
Eu fiz ou falei alguma coisa errada? Que eu me lembre não... vai saber!
Tentei esvaziar e relaxar a mente, não pensar em nada, apenas tirar essa roupa, tomar um banho e dormir com a esperançade que o amanhã seja melhor.
~~~~~
Sem mesmo ter pisado no chão da cozinha, ouvi meus pais conversando baixo.
-Ela é uma adolescente como qualquer outra, uma hora isso ia acontecer e você devia apoiá-la para que ela não fique triste em saber que você não apoia ela no seu primeiro relacionamento, a primeira pessoa que ela vai amar com exceção da família. -disse minha mãe enquanto abria o microondas e tirava uma coisa que eu não pude ver o que era.
-Eu não estava pronto para ouvir isso, não esperava. Eu não posso ficar em choque? -meu pai bateu de leve na mesa.
-É melhor você ir se preparando pra outras coisas vindo da parte da nossa única filha, pois por ser a única, não ficará imune do que um ser humano faz. E eu fiquei surpresa também, porém, eu a apoiei indiretamente. Mas ela percebeu com certeza!
-Daqui pra lá eu consigo me adaptar. -pegou o hashi e começou a comer.
-A vida é uma caixa de surpresas. -colocou o prato na mesa.
-Eu quero ver esse garoto, saber quais são as intenções dele com ela.
Muitas intenções papai, assim como eu também tenho minhas com ele.
-Ela nunca mais vai querer trazer ele aqui depois de como você reagiu ontem.
-Mas eu tenho que pelo menos saber de quem se trata e como ele aparenta ser.
-O que eu posso afirmar pela única vez que o vi, é que ele é muito bonito e alto.
É, minha mãe está certa.
-Até você?
-O quê!!? Não estou mentindo. -riu.
Cheguei na cozinha como se não estivesse ouvido nada ontem e nem há alguns minutos atrás.
Fui até a geladeira e peguei um suco de caixinha e refiz o caminho de volta para meu quarto.
-Você não vai comer nada? -olhei para trás ao ouvir a voz da minha mãe.
-Não estou com fome. Eu como depois! -me curvei antes de subir as escadas.
Peguei meu fone de ouvido e o conectei na entrada do celular. Fechei a luz e as cortinas, dei play e fechei os olhos.
O dia só começou, mas ficar sozinha hoje já é a melhor opção.
MAS.. quem sabe mais tarde eu mude de ideia.
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