Cupcakes and butterflies
Fato engraçado, era verdade. Zoro realmente ficou esperando a ligação de Sanji, estava preocupado, sem motivo aparente.
O louro acabou dormindo e não respondeu a última mensagem de Zoro.
— Uau, Sanji, você continua incrível, por que nunca mais tínhamos feito isto?
Realmente, Sanji se perguntou, por que estava há tanto tempo sem transar com a namorada? E ele adorava fazer sexo, principalmente com a namorada, mas depois passou a não se sentir tão confortável, então evitava ter de tocá-la já que não sentia vontade. Por mais que ele fosse um viciado em sexo, a pessoa em questão tinha que ser alguém que ele amasse muito, então preferia usar as mãos sozinho, ao invés de ir para cama com Kalifa. O louro se sentia mal por isso, queria terminar com a mesma, pois não queria apenas usá-la, e se o namoro não estava indo bem, (ele nem a desejava mais, na verdade era mais grato por ter tido a mulher ao seu lado num momento difícil, mas arriscava dizer que ela se aproveitara de seu momento de vulnerabilidade, e Sanji acreditou que estava apaixonado.) O certo é terminar, não é mesmo? Mas sempre que o Vinsmoke mencionava conversar sobre o relacionamento, ou mesmo término, Kalifa fugia. Ele não entendia porque ela queria tanto ficar com ele mesmo sabendo, (porque sim, ela sabia, só um idiota não perceberia que não era mais amado em seu relacionamento), que ele não a amava, não a desejava, não a queria mais.
Interesse? Não, Kalifa poderia ser qualquer coisa, menos interesseira, além de já ser de família rica. Então o que a prendia? O sexo bom? Ok, Kalifa sempre elogiava o sexo, mas era algo que eles nem faziam mais com frequência, ela poderia encontrar outra pessoa tão boa quanto ele, ou até mesmo melhor.
— Provavelmente porque somos muito ocupados. - Sanji não tinha resposta melhor. Mas a real resposta ambos sabiam, e como ela fugiria do assunto, ele falou qualquer coisa.
— Provavelmente. - Ela deu de ombros e se levantou caminhando para o banheiro. O corpo perfeito, longos cabelos louros, belas curvas, uma bunda linda, ela poderia ter o homem que quisesse, por que insistia em Sanji? Mesmo sabendo que ele não sentia mais nada por ela.
Ela olhou para trás:
— Você pode parar de olhar para minha bunda e se juntar a mim no banho. - Ela diz sorrindo.
— Eu vou depois de você, ainda estou cansado, não consigo levantar. - Ele brincou, e a loura entrou no banheiro.
Sanji ainda nu deitado na cama, uma mão atrás da cabeça e a outra segurava seu pênis.
“Uma mão no pau, e outra na consciência.” Pensou ele.
Ele sabia que só havia feito sexo com a namorada pelo que Carmilla havia dito.
Mais tarde, Sanji resolveu preparar alguma coisa rápida para comer, uma chuva fraquinha havia se iniciado, a noite logo cairia, eram 17:45. Enquanto esperava o tempo de preparo foi para a janela e acendeu um cigarro. Olhava os carros na rua, viu ao longe uma cabeleira conhecida, mas logo sacudiu a cabeça achando que poderia estar vendo coisas. Deu mais uma tragada em seu cigarro e quando ia estreitar os olhos para ver melhor, ou se estava alucindando...
— SANJI!!!
— Hm, o que é Nami? - Soltou a fumaça.
— Aquele idiota quase bateu no meu carro!!! - Nami gritou enfurecida. Sanji apenas suspirou esperando a ruiva terminar. — Eu ia vir aqui para falar sobre o aniversário da Robin, pedir para você cozinhar... E ele...
— Ele? - Sanji ergue uma sobrancelha. Nami se dirige à janela!
— Ele ainda está ali!
— Por que você está tão brava? Só quase acertou seu carro.
— Vou cobrar por isso.
— Meu Deus. - Sanji revira os olhos de novo. — Por que ele ainda está ali parado olhando o carro? Vou ver o que aconteceu.
— QUÊ?! VOCÊ VAI AJUDÁ-LO?
— Eu conheço você, ruivinha.
Sanji desceu as escadas, chegou no andar de baixo e correu até a porta. O homem estava a poucos metros da sua casa. Lá de cima não dava para perceber, mas era ele mesmo...
— Zoro? O que faz aqui?
Zoro o olha e faz uma careta, era melhor falar a verdade logo.
— Bem... Eu tentei encontrar o lugar que você mandou o endereço mais cedo, assim, eu já saberia aonde ir e não demoraria.
Ele fez uma carinha muito fofa agora.
— O que houve com seu carro?
— Uma doida dirigia igual uma... Doida. Ela estava errada, não eu! Meu carro quebrou enquanto eu tentei sair da pista para ver o que havia acontecido, ela surgiu do nada na minha frente e QUASE bate. Mas não bateu, e ela insiste em querer me cobrar por isso. Sendo que não aconteceu nada.
A doida que Zoro citava aparecia atrás de Sanji.
Zoro fez uma expressão confusa.
— A doida está com você?!
— Ele é meu melhor amigo, tá? Pera, vocês se conhecem? - Nami ria mexia as mãos de forma estranha. — Vocês não namoram escondido, né?
— Eu jamais namoraria esse idiota. - afirmou Sanji.
— Olha como você trata seus clientes. - Respondeu Zoro.
— Me desculpa, idiota. Mas olha o que essa idiota disse.
— Tem razão.
Nami bate na cabeça dos dois.
— Ai. - Gritaram em uníssono.
— Vai esfriar mais, vamos lá para dentro. Sanji!! Os cupcakes!!
Sanji volta correndo para casa e Nami acompanha o homem de cabelos verdes. Ele parecia ter bastante classe, era educado, só respondeu à altura tanto ela, quanto Sanji.
— Ah. - Expressou Nami após Sanji contar que iria se encontrar com Zoro em poucas horas mas em outro lugar. Zoro também explicou que não queria se atrasar, e como sempre se enrolava mesmo com o GPS, decidiu tentar não fazer nada errado. E comentou como era sortudo de em qualquer lugar que poderia quebrar seu carro, foi logo perto da casa de Sanji. Senão, não só se atrasaria como nem chegaria. — Vocês iam se encontrar... Hmm...
— Calada, ruiva.
— Não disse nada, Sanji. - Ela debochou. Se aproximou de Sanji. — É esse cara que tem a namorada vidente?
Sanji assentiu para o sussurro da mesma.
— Você precisa me explicar melhor isso, babaca.
Apreciavam os cupcakes de Sanji, mas acabaram não conversando ainda sobre o que de fato iriam porque Nami ainda estava lá.
— A rota do lugar que iríamos é totalmente contrária à minha casa, cabeça de mato, como veio parar aqui?
Zoro coçou as costas nervoso.
— Não sei? - Parecia mais uma pergunta.
— Mesmo com GPS você é essa negação?
Ele assentiu.
Eu fiz poucos cupcakes, não sabia que haveriam estranhos na minha casa e—
Seu celular tocou.
— Oi, amor. - Disse ao atender. Os semblantes de Nami e Zoro não eram nenhum pouco amigável após ouvirem aquilo. Logo Zoro se recompôs, não tinha direito nenhum por estar assim, mas não havia simpatizado com Kalifa.
— Sanji não bate em mulher, por isso eu bato por ele. O dia em que eu tiver a oportunidade de meter a mão na cara da Kalifa, o farei com maior prazer, não vou perder a oportunidade de realizar esse sonho. - A ruiva comenta para Zoro. Sanji ainda está no telefone ao longe, mas ouve o que Nami disse. Lança a ela um olhar reprovador, e um como se pedisse desculpas para Zoro por ter uma amiga tão bruta e mal educada.
— Você não gosta da namorada do seu melhor amigo? Que convivência difícil.
— Tentei ser amiga dela, ela sempre me afastou, e ainda tentava fazer o Sanji se afastar de mim também, Sanji diz que eu sou rude, mas só sou com quem merece!
— Eu mereci? - Zoro ergue uma sobrancelha.
— Eu estou na TPM, dá um tempo. - Eles riem.
Era difícil Nami rir com um desconhecido, simpatizar com ele tão rápido.
“Eles estão flertando?” Pensou Sanji.
“Essa ruivinha é muito divertida. Eu acho que se Sanji fosse namorar alguém, deveria ser ela. Não... A Kalifa. Por que estou dando opinião da vida dos outros?” Zoro repreende a si mesmo.
— Kalifa vai vir para cá daqui a pouco, ela pensou que eu não estaria em casa. Pareceu bem estranha. Tanto faz, vou preparar algo a mais para comer, desde que eu tenho visitas. - Diz Sanji dando um sorrisinho que ao fechar os olhos o deixa com uma aparência tão fofa. As marcas de expressões o deixava mais charmoso ainda.
Zoro o olhava fixamente enquanto preparava tudo com tamanha habilidade, isso porque era apenas um simples prato, mas ainda assim, o Vinsmoke era meticuloso. Seu estômago doía, não era fome, ele não sabia o que era aquilo, nunca tinha tido aquela sensação. Havia acabado de comer. O que estava acontecendo. A ruiva o despertou de seus devaneios.
— Ele tem um bundão, não é? Também morro de inveja. - Disse Nami. Zoro ficou muito vermelho naquele momento. Sanji também, e agradeceu aos céus por estar de costas para eles.
Zoro estava olhando para si? Se bem que ele de fato estava sentindo como se alguém o estivesse observando. Sabia que não era Nami, mas não podia ser Zoro, já que... Que o quê? Não faria sentido!
— Han? - Zoro balançou a cabeça. — Eu não estava...
— Qualquer um olharia, mesmo sendo hetero. Coisa que você não é. - Nami riu.
— Dá para vocês pararem de falar da minha bunda como se eu não estivesse aqui? - Sanji interveio.
— Não falei nada. - Zoro disse seriamente.
— Vocês precisam conversar a sós, eu vou para casa, mesmo sabendo que depois o Sanji vai me contar tudo. Vou deixá-los confortáveis. - Nami piscou e se dirigiu até a porta. Descendo as escadas que davam acesso à saída viu Kalifa se aproximando...
— Se você sequer pensar em subir ali, faço o Sanji terminar com você agora mesmo. - Disse a ruiva em tom ameaçador. — Você sabe que ele não termina com você, porque você não deixa. Não sei o que você quer tanto com ele. Sei que não é dinheiro. Então o que? Quando eu descobrir, não importa o que seja, eu vou te bater muito. Mesmo que não afete o Sanji diretamente. Afeta bastante você não deixá-lo sair dessa prisão que é esse relacionamento.
Nami juntou as duas mãos como se orasse.
— Por que eu não posso subir para entrar na minha própria casa?
— Número um: a casa não é sua, senhora Vinsmoke. - Nami ironizou. — Número dois: seu digníssimo está numa reunião com um cliente importantíssimo, tanto que o convidou para sua casa. Você não quer estragar isso, quer?
Nem Nami sabia exatamente porque havia dito isso, mas Sanji parecia bem animado em cozinhar para eles. Embora Kalifa não acreditasse muito no que Nami estava dizendo, havia a probabilidade de ser verdade. E uma de suas qualidades era levar a sério o trabalho de Sanji, e reconhecer seu esforço, arruinar algo importante para o mesmo não era algo que ela planejava. Principalmente porque ficaria ouvindo ladainha no ouvido por muito tempo. Fora o fato de Sanji realmente ter dito que havia um cliente e Nami em sua casa, mas não importava que ela fosse lá. Ela seria uma Vinsmoke afinal. Sanji disse que sem problemas que ela fosse lá. Mas e se ele tivesse dito isto apenas para ela de fato arruinar tudo e ele ter motivos para encher o saco? Além de ter um válido motivo, em sua opinião, para terminar. Eram tantos “e se...” Mas no final das contas, era melhor prevenir do que remediar. Bufou, passou por Nami e voltou para o carro, e foi sabe-se lá para onde. Nami não a seguiu, daria muito na cara. Mas planejava fazer isso assim que possível.
Foi para um outro lugar também.
— Até uma comida rápida que você faz é incrível. - Zoro elogiou.
— Obrigado, você tem bom gosto. — Sanji riu baixinho. Zoro achou lindo. Sanji envergonhado.
— Você percebeu?
— O quê?
— Ouvi dois carros. Achei que fosse Nami. Mas aí... Nami de novo?
— Não sei.
Sanji olhou o celular.
Mensagem de Kalifa:
Espero que tenha uma boa reunião, meu amor...
Mensagem de Nami:
Sua história vai ser condizente com a minha.
Havia um áudio da ruiva, explicando tudo em incrivelmente, 45 segundos.
— Com licença. - Pede Sanji e vai ouvir o áudio de Nami. Cai na gargalhada.
“Que risada gostosa, ela o faz rir bastante. Será se também consigo?” Que porra de pensamentos são esses, Zoro idiota?
Outro áudio de Nami, esse tinha apenas 3 segundos, o sensor não funcionou, e quando Sanji levava o celular até a orelha, ouve a voz da ruiva.
“Aproveite o gostoso.”
Ele apenas põe a mão na boca rindo baixinho. Sanji também o achou lindo sorrindo.
— Você quer que eu vá levá-lo? Seu carro não vai sair do lugar hoje.
— Não quero dar trabalho.
— Não seria trabalho algum.
— Posso ir andando.
— Já está muito tarde para isso. Dorme aqui, amanhã resolvemos isso. Não acho que você vai roubar nada, se tem dinheiro para ir ao meu restaurante, não deve estar tão mal assim de grana. - O louro ri. Fazia tempos que não ria de qualquer idiotice que não fosse dos garçons e cozinheiros no trabalho. Vez ou outra, Nami também lhe tirava gargalhadas.
— E se eu fosse... Sei lá, me fingisse de aliado, mas na verdade fosse alguém contratado para matar você?
— Bem, se você me matasse eu iria agradecer. Mas creio que eu não valha tudo isso. Você não representa perigo algum para mim, e se represantasse, eu rio na cara do perigo. - Sanji falou ainda mostrando os dentes num sorriso que Zoro gravaria e não esqueceria nunca em sua memória.
— Você é um idiota, sabia? Fica tranquilo, não vou roubá-lo, nem matá-lo.
— Ah, então vai embora daqui.
Ambos riram agora bem alto.
— Já estou com sono.
— Eu também. Amanhã trabalho cedo, e amanhã resolveremos tudo, precisamos marcar um jantar de verdade, esse aqui foi improvisado, nem podemos conversar direito.
Agradeceu mentalmente a ruiva, pois a noite estava sendo bem agradável, e com certeza Kalifa arruinaria.
— Certo. Onde... han... Eu durmo?
— Como punição, e eu também estar muito cansado, não vou ceder minha cama para você. Você pode dormir aqui. - Acompanhou Zoro até o sofá. — Se quiser tomar banho, roupas... Fale comigo, tudo no meu quarto.
— Uau, esse sofá é melhor que minha cama. - Disse Zoro se deitando no sofá.
— Só não melhor que a minha cama. — Provocou Sanji.
— É uma pena você não querer aproveitar o gostoso.
Sanji corou.
— E quem disse que o gostoso é você?
— Eu não disse nada. - Zoro deu de ombros. — Você corado e falando isso afirma tudo.
Zoro sorriu ladino.
— Você é um idiota. Boa noite dorme bem.
— Boa noite. Você também.
Aquela coisa estranha em seu estômago permacia lá. Zoro de fato havia vivido
Cupcakes and BUTTerflies.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.