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História You make my heart race (Relançamento) - When you wish upon a star.


Escrita por: Nandychan

Capítulo 22 - When you wish upon a star.


POV: Liam

                Onde estava todo mundo? Como eles conseguiam perder uma cena linda como essa?

                A lua refletia na água do lago de uma forma bela e tranquila, era uma visão purificadora daquelas que normalmente não se tem por morar na cidade grande. O céu estava tão repleto de estrelas que eu me perdia várias vezes ao tentar conta-las. Elas não estavam ali por um motivo qualquer, estavam ali para iluminar toda essa noite e torna-la especial.

                Deitei a cabeça na grama que crescia a beira do rio e continuei a olhar para o céu. Aquela visão me fazia pensar em tantas coisas, como na minha família e em como eles estariam sem mim naquele momento.

                Provavelmente, eles estariam bem melhor.

                Aquele pensamento me provocava uma pontada de dor na boca do estômago. Eu me recusava a acreditar que fosse verdade, mas, provavelmente, eles realmente estariam muito melhor sem o filho “gay” que ia apenas trazer dor e sofrimento para a vida pacata e monótona que eles costumavam viver.

                Uma lágrima se formou em meus olhos.

                Eu sou mais forte que isso.

                Pisquei os olhos para evitar que começasse a chorar e voltei a vaguear em meus pensamentos. Dessa vez, pensei em pessoas muito mais próximas. Eu estava muito preocupado com tudo que estava acontecendo com o 1D. Era ruim ver que aquele clima desagradável estava piorando a cada dia e que eu não tinha a menor ideia de como reverter aquilo.

                Louis e Harry eram os que mais me preocupavam, pois, aparentemente, não havia motivos para os dois terem brigado. Eu precisava fazer alguma coisa urgente, pois, por estar completamente imparcial e apático a tudo que estava acontecendo, eu tinha medo de que aquela situação nunca mais se revertesse.

                Tudo bem que Harry e Louis tinham se aproximado de outras pessoas, no caso, Zayn e Niall, mas isso não era motivo para toda aquela briga.

                Respirei fundo e tentei organizar meus pensamentos. Tudo que me vinha a cabeça agora era uma imagem de Zayn e Harry abraçados conversando no dormitório. Eu não entendia muito bem o porquê, mas aquela imagem me incomodava bastante. Precisei modificar a imagem na minha cabeça para que pudesse me sentir mais confortável.

                 Eu preferia me imaginar abraçando Zayn.

                 Voltei minha atenção às estrelas exatamente no momento em que uma estrela cadente cruzou o céu. Eu nunca tinha visto uma estrela cadente e não pude evitar que minha boca abrisse em espanto. Fiquei alguns minutos olhando para o local onde ela tinha passado sem reação, até lembrar que em casos como aquele, eu deveria fazer um pedido.

                Eu só quero encontrar o amor.

                Não consegui pensar em um pedido melhor. Mesmo que a paz mundial tenha passado pela minha cabeça, achei que aquela estrela não era tão forte. Fechei meus olhos e passei a apreciar o cheiro de grama molhada e o cheiro característico do lago.

                Adormeci sonhando com o meu pedido. Será que seria fácil assim encontrar o amor que eu tanto procurei?

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                - Liam! Liam! Acorda!

                Abri meus olhos devagar. O mundo estava bem mais escuro, podia ver que a única iluminação que restava era a das estrelas. Eu tinha dormido ali por tanto tempo que tinha passado o toque de recolher. Provavelmente todos estariam dormindo na cabana de madeira agora.

                - Oi? – Tentei olhar para a pessoa que tinha me acordado, mas ainda não conseguia distinguir bem seus traços, talvez por causa do escuro ou por causa do sono.

                - Liam, você precisa vir pro dormitório antes que a senhora Duvall note que você ainda tá aqui fora. – Pude perceber pela voz que era Niall quem tinha vindo me acordar. Ele estava sentado ao meu lado enquanto empurrava de leve meu corpo – Vamos – gemeu ele – a gente vai se meter em encrenca.

                Minha vontade foi de bater nele, pois eu sempre ficava irritado assim que acordava, mas eu sabia que a intenção dele era boa. Além do fato de que a voz de Niall, que me trazia uma calma que eu não sentia com mais ninguém, me fizesse querer abraça-lo ao invés de bater nele. E foi isso que eu fiz.

                - Liam, sai! – Niall tentou me empurrar, mas eu já tinha jogado todo meu corpo em cima do dele, nos fazendo cair e rolar pelo chão.

                Tivemos um momento de “briga” em que eu fiquei em cima dele tentando abraça-lo enquanto ele tentava me fazer larga-lo com todas as forças. Só paramos quando nossas gargalhadas foram longas o suficiente para nos fazer perder o ar.

                Estávamos deitados lado a lado, meu rosto virado no chão fitava o dele. Eu conseguia ver todos os detalhes daquele rosto pálido a luz da lua. Niall tinha uma face angelical e com certeza era mais atraente que qualquer outro garoto que eu já tinha conhecido. Não por parecer sexy, mas sim por parecer puro e inocente.

                Uma só memória estragou todo aquele momento de admiração. A carta que Niall tinha me mandado falando sobre suas dúvidas.

                Eu não tinha nenhum direito de brincar com os sentimentos dele, já que eu nem sabia o que eu estava sentindo naquele momento. Eu precisava respeitar o tempo, já que era a única forma que eu tinha para decidir o que eu realmente queria.

                - Liam? – A voz de Niall estava abafada e baixa. Ele me olhava fixamente nos olhos. – No que você está pensando?

                - Em nada Niall – menti. Eu realmente não queria magoá-lo e aquele não era o momento certo para falar nada, pois eu provavelmente me arrependeria depois.

                - Liam – ele chamou novamente, percebi que ele sequer tinha movido os olhos. Ele simplesmente estava deitado ao meu lado olhando para meu rosto. – Eu posso te falar uma coisa?

                Senti sua mão tocar levemente a minha, talvez por pura coincidência, mas ele aproveitou-se daquele momento e segurou minha mão. Eu podia sentir que a mão dele era lisa e muito quente. Não consegui falar nada em resposta, apenas balancei afirmativamente a cabeça. Nem sei por que eu estava contrariando meus princípios, mas algo em mim achava que aquele momento era necessário.

                - Eu estou apaixonado por você – Niall foi tão direto que eu nem pude assimilar as palavras instantaneamente, precisaram alguns minutos até que eu pudesse responder.

                - Eu acho que eu já sabia, Niall, mas...

                - Não, Liam. – Niall me interrompeu, notei que seu rosto estava sério, não parecia nervoso ou envergonhado. Ele estava decidido a falar. Pela primeira vez pude ver aquele Niall, corajoso e viril. – Eu não estou apaixonado por você de uma forma pequena ou fútil. Eu quero você ao meu lado de verdade. Eu não me importaria em namorar com você, apresentar você aos meus pais, nem nada do tipo. – Ele falou rapidamente tudo isso, mal consegui reagir, apenas continuei fitando-o.

                Niall ficou calado me olhando por algum momento, abri a boca algumas vezes para falar, mas não consegui falar nada. Eu não tinha nada a dizer, minha mente ainda estava processando aquela situação.

                - Você não entendeu? – Niall recomeçou a falar ao notar que eu não tinha nenhuma resposta. – Eu te amo Liam.

                Aquelas palavras foram demais. Levantei meu corpo e me sentei na grama, Niall acompanhou o movimento e ficou sentado ao meu lado, pude perceber que nossas mãos ainda estavam entrelaçadas.

                - Niall... eu não sei o que responder... eu estou tão confuso quanto você.

                - Não precisa dizer nada agora. – Niall riu baixo e balançou a cabeça negativamente, tentando parecer relaxado. – Vamos apenas aproveitar o momento.

                Com essas palavras, Niall inclinou seu corpo sobre o meu. Foi algo inesperado, porém, mais uma vez, não tive reação.

                Niall estava me beijando.

                Os lábios de Niall pareciam mais macios que os de Zayn e, de alguma forma, diferente. Eles eram completamente o oposto dos de Zayn. Sua língua abria espaço vagarosamente, como se tentasse saborear cada segundo e suas mãos foram em direção ao meu rosto e deslizaram até meus cabelos.

                Deixei que meu corpo entrasse no clima do beijo e passei a retribui-lo. Era exatamente o que Niall dissera, apenas curtir o momento. Passei minhas mãos pela cintura de Niall e apertei-o com força. Ao perceber que eu estava dando uma resposta positiva, Niall cessou o beijo apenas por tempo suficiente para olhar em meus olhos, sorrir e voltar a me beijar.

                Ele foi deitando meu corpo levemente no gramado enquanto deitava em cima de mim. Nossas pernas estavam entrelaçadas e eu podia senti-lo encostando o corpo inteiro em mim. Minhas mãos deslizavam por suas costas de forma impaciente. Pude notar que uma mão dele foi em direção a minha camisa e começou a desabotoar. Ajudei-o, enquanto parávamos o beijo por algum momento, e tirei a camisa. Retirei a camisa dele com sua ajuda e pude observar seu corpo iluminado pela lua.

                Foi nesse momento que nossos corpos se encontraram. Pude sentir o calor do seu peito encostado no meu. Minhas mãos arranhavam suas costas enquanto ele deslizava as suas sobre meu peito.

                Eu sentia sede do beijo daquele garoto. Ele parou de me beijar enquanto deslizava sua linga pelo meu pescoço. Não pude evitar de soltar alguns gemidos leves, ele pareceu realmente gostar disse e continuou a fazer o que estava fazendo com mais intensidade ainda.

                Eu estava entregue a Niall e isso me fazia bem. Abri os braços na grama e deixei que ele se guiasse sobre meu corpo. Niall parecia saber exatamente o que queria.

                 Nós estávamos prestes a ter nossa primeira noite de amor.

                Era estranho pensar isso, já que há alguns minutos eu tentava descontroladamente evitar abrir meu coração para Niall, graças a dúvida que estava sentindo. Mas os hormônios pareciam falar mais alto (ou até mesmo gritar). Eu precisava do corpo do irlandês como se fosse a droga mais viciante do mundo.

                E foi um pouco mais tarde, quando já estávamos vivendo o ápice do amor, com nossos corpos finalmente unidos se tornando um só, que eu pude ver que outra estrela cadente se projetava no céu.

                Eu só quero encontrar o amor.



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