1. Spirit Fanfics >
  2. You thought you were alone 'kaisoo >
  3. Best luck

História You thought you were alone 'kaisoo - Best luck


Escrita por: maximin

Notas do Autor


Mais uma semana, mais um capítulo!
Espero que gostem ♡

Capítulo 14 - Best luck


Kyungsoo conseguia ouvir a própria respiração com dificuldade. Era como se estivesse em um buraco negro, completamente sem luz.
Olhou em volta, provavelmente procurando por uma saída daquele lugar que, como o escritório do pai, lhe dava arrepios.
Abaixou-se com um pouco de dificuldade - não sabia se onde pisava era o único lugar em que poderia permanecer de pé - tateando receoso o chão em busca de alguma coisa.
Um objeto encontrou seus dedos e Kyungsoo o abriu. A luz forte que dali saiu, foi o suficiente para cegá-lo por alguns minutos. E jurou que pôde sentir duas sombras passarem rapidamente do seu lado.
Respirou fundo antes de se virar. Tinha certeza de que se arrependeria depois, mas mesmo assim, o fez.
Olhou fundo naquelas coisas que se contorciam no chão atrás de si. Elas mudavam de cor a cada segundo, produzindo um brilho indescritível que Kyungsoo jamais havia visto. Teve vontade de vomitar. Embora fosse cativante, aquilo era nojento demais para que aguentasse. Levantou-se um pouco para tentar decifrar aquelas bolotas.

- Do Kyungsoo. - ecoou de algum lugar.

O rapaz, obviamente assustado com as palavras, caiu no chão, batendo as costas com força na caixa que havia aberto anteriormente. Mexeu-se de um lado para o outro, tentando amenizar a dor daquela pancada letal que sentira.
Sentou-se enquanto resmungava baixinho e procurava aquelas monstruosidades que haviam desaparecido. Por que sentia que aquilo não era um sonho?

- Do Kyungsoo. - falou novamente, dessa vez, um pouco mais próxima.

Balançou a cabeça, ainda procurando por aquelas coisas. Não queria escutar alucinações. Não estava louco.
Tentou ignorar a voz que se aproximava cada vez mais, focando apenas no chão que suas mãos tanto alisavam. Quase desistia quando percebeu uma bolha entre um quadrado e outro e a apertou com força.
O chão se contorceu, fazendo com que as duas coisas brilhantes aparecessem diante do ruivo. Este, sem saber o que fazer ao certo, apenas olhou para dentro delas, tentando notar alguma coisa que acreditava ter de visualizar.
Uma das sombras se rasgou, reproduzindo um brilho duas vezes mais intenso do que o anterior. O brilho se transformou em uma cor. Uma cor, em várias.
Depois de um tempo, ambas ganharam sua proporção original, mantendo-se do mesmo tamanho que a sombra que permanecera intacta. O que diferenciava uma da outra era a tonalidade de cada e o cheiro que delas emanava.
A primeira, composta principalmente por tons escuros, exalava um cheiro similar á uma selva. A segunda era mais clara e possuía a mesma fragrância que Kyungsoo colocava todas as manhãs. Já a terceira não era nada, a não ser um louco transparente que refletia o rosto aflito do rapaz. Se acercou da mesma, olhando fixamente para sua imagem . Aquele lugar se parecia mais ainda com um filme de terror depois daquilo. A face do jovem não estava espelhada proporcionalmente e, como um vidro quebrado, seu rosto estava cheio de cortes que a cada segundo se aprofundavam mais. Se aquilo não fosse um sonho, já estaria no hospital.
Afastou-se das sombras, fazendo com que as mesmas se levantassem para ficarem do mesmo tamanho que o rapaz. Encarou-as sem ter certeza do que deveria fazer.
Foi quando recebeu sua resposta.
Uma brisa forte raspou na orelha do ruivo, fazendo com que algumas madeixas se deslocassem pela cabeça. Ele assentiu, seguindo em direção á uma das coisas. Olhou para ela e se jogou para frente. Entrando em um túnel sem fundo repleto de cores.

Jongin bateu na porta exatamente três vezes antes que Luhan a abrisse. Seu rosto estava cansado, pálido e emanava preocupação.

- Recebi sua mensagem. - O mais novo apontou para o celular velho em suas mãos. - Sehun ainda não voltou?
- Não. O que eu faço, Jongin? Não consigo sentir a presença dele, não importa o quanto eu me esforce. E se ele tiver arranjado alguma encrenca?

Jongin coçou a cabeça com a palma da mão livre ao passo em que pensava onde seu melhor amigo poderia estar. Sehun sempre fora um garoto exemplar e, tirando a única vez em que teve uma decaída, nunca mais se metera em problemas. Mesmo que estivesse com raiva do rapaz de cabelos coloridos, não deixaria que ele se machucasse nunca mais.

- Eu acho que ele voltou á fumar. - Luhan passava o dedo abaixo do nariz, tentando esquecer do cheiro horrível que se impregnara no mesmo.
- O que?! - engasgou com a própria saliva. - Por que acha isso?
- Eu o cheirei quando nos encontramos na frente da universidade.
- Você fala como se isso fosse a coisa mais normal a se fazer.
- Foco, Jongin! Temos de encontrar esse rebelde. - berrou enquanto pegava um casaco qualquer jogado no canto.
- Tem ideia de onde ele possa estar?

Próximos um ao outro, caminhavam sem rumo pela rua que ainda não havia descongelado por inteiro. A noite estava fria, assim como o quarto vazio de Sehun.
Completaram duas voltas no quarteirão até que Luhan se lembrou de algo que poderia ajudá-los á encontrar o mais novo.

- Ele disse que ia se confessar para alguém.
- E o que isso tem haver com a situação? - Luhan bateu nas costas do amigo.
- Provavelmente, ele rejeitou a rejeição e decidiu virar algum super herói.
- Se você vai falar merda, então é melhor nem abrir a boca. - recebeu um tapa do menor.
- O que eu quis dizer é que só existe um lugar em que ele pode se sentir assim.

Sem muito esforço, Luhan abriu a porta do depósito, gerando um som que seria capaz de alertar a chegada dos dois á qualquer um que estivesse quilômetros longe dali.

- Que entrada discreta. - comentou sarcástico.
- Cala a boca. - Luhan olhou para o lance de escadas, depois voltou-se para o amigo. - Você vai primeiro.
- Eu não! Se esqueceu de que o anjo aqui é você?
- Medroso.

Desceram com as mãos praticamente entrelaçadas até o cômodo mal iluminado. Tropeçaram algumas vezes por causa da falta de luz, mas chegaram intactos no final.
As paredes do lugar estavam completamente pichadas com um vermelho escuro que poderia ser assimilado ao sangue. O cheiro também era avassalador; enchia o nariz dos dois com um compulsivo odor doce que incentivava-os a vomitar.

- Você é um idiota. Mesmo que eu esteja te espancando, você continua inconsciente?

Jongin reconheceu a voz do mais novo e, ainda segurando a mão de Luhan, apareceu das sombras para confrontá-lo. Não era normal que ele batesse em alguém, mesmo que tivesse um motivo para realizar tal ato. O loiro não permitiria que alguém se machucasse só por que o amigo estava de mau humor.

Ao notar a presença dos dois, Sehun se voltou para o lugar em que estavam com os olhos arregalados, revelando a pessoa que jazia no chão cheia de machucados pelo rosto.

- Kyungsoo?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...