(narrador)
Quando os dois garotos acordaram confusos em uma cama que não era deles, olharam ao redor.
Não havia ninguém ali por sorte, mas no mesmo instante que se entreolharam aliviados pois achavam que tinham escapado, um barulho de passos vinha do lado de fora. Eles se fitavam com os olhos arregalados. Taehyung apenas esticou o dedo rente aos lábios indicando silêncio e entrelaçou seus dedos nos de um pálido Jungkook e assim entraram dentro de um pequeno armário branco.
Uma funcionária do lugar entrava no quarto e trazia algumas mudas de roupa, ela notou a cama amarrotada, mas não pensou na possibilidade de intrusos.
Ela possuía roupas e precisava guarda-las, mas os dois garotos estavam dentro do armário. Por um milagre ela não abriu as portas apenas deixou as mudas em cima da cama e saiu.
Os dois suspiraram de alívio dentro do armário e então finalmente saíram.
Eles continuavam com os dedos entrelaçados e assim desceram as escadas e pularam enquanto rolavam por entre uma das pequenas e baixas janelas do estabelecimento. E assim os dois voltavam para o carro e iniciavam sua viajem de volta para casa em plena segunda feira. Sim, eles tinham perdido a aula, mas a verdade é que isso não era realmente importante naquele momento. Ninguém ligava, ninguém se importava com eles. Taehyung não tinha os pais, e a mãe de Jeon nunca estava em casa, o garoto mal se lembrava do rosto da mulher. Aquele bilhete grudado na porta da geladeira de Jungkook estava lá havia quase quatro longos anos. Mas ele continuava se iludindo que um dia a bela morena, sua mãe, voltaria e o daria o maior dos abraços.
(...)
Os garotos continuavam na viajem e um silêncio se instalava entre eles. Muitas pessoas acham estranho um momento assim. Onde ninguém sequer suspira, o que julgam os outros constrangedor. Porém quando você se sente bem e confortável apenas por ficar em silêncio ao lado de uma pessoa é que você encontrou a pessoa certa. Que você passará o resto da vida amando. Essa era a situação ali, eles não ligavam de ficar em silêncio apenas escutando a respiração um do outro, pelo contrário. Aquilo os fazia bem como nada no mundo poderiam um dia fazer.
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