História Your Beggar (Ztao) - Prologue: "not as much as you"

Zitao sorriu assim que o carro ultrapassou a linha de chegada, diminuiu a velocidade aos poucos até que parasse por completo. Abriu a porta do Mazda RX-7 preto, ou como ele mesmo chamava: “seu bebê”.

Abriu os braços cantando mais uma de suas vitórias enquanto mulheres de roupas curtas começavam a o rodear, o rock tocava alto e as pessoas gritavam em animação toda vez que ouviam o ronco do motor de um dos carros.

Tao girou as chaves por entre os dedos e voltou seu olhar para Luhan que vinha em sua direção com um sorriso aberto no rosto, como se tivesse sido ele quem acabara de ganhar a corrida.

Luhan abriu os braços afastando as garotas e os passou em volta do amigo que rapidamente retribuiu ao abraço dando uma risada baixa.

— Qual seu novo brinquedinho agora, campeão? 

Tao olhou para trás e apontou para o carro que havia parado bem ao lado do seu. Com um sorriso astucioso no rosto ele passou os olhos pelo carro laranja e esperou ansiosamente até que a porta abrisse. Ele observou as botas pretas tocarem o chão, seus olhos subiram pelas pernas que trajavam um jeans escuro e então observou lentamente o corpo se retirar por completo de dentro do veículo, seus olhos se arregalaram ao irem de encontro ao rosto magro.

Ouviu Luhan soltar um murmúrio baixo, mas não se virou para olhar, seus olhos se mantiveram presos no rosto da garota que agora ajeitava seus cabelos. 

Brooklyn sorriu e caminhou até o garoto, seus lábios curvados em um sorriso esbelto, seus dedos giravam as chaves do carro que agora passaria a pertencer a Tao. Para ele, tudo a sua volta parecia desfocado e a única coisa que via era aquela garota.

Quando ela parou a sua frente ele piscou os olhos e balançou a cabeça para sair daquele transe em que se encontrava.

— Foi uma boa corrida, na próxima espero ganhar.

Ela jogou a chave para o alto e Tao se apressou em pega-la a apertando contra a palma de sua mão e vendo a garota se afastar aos poucos enquanto sorria para todos no caminho, desceu seus olhos por todo o seu corpo até que a perdesse de vista e então se virou para Luhan.

— Quem é ela?

Luhan levou a mão até o ombro do amigo e deu alguns tapinhas soltando uma risada.

— Não faço ideia, mas ela é gostosa.

Tao não pode negar então apenas balançou a cabeça e olhou uma última vez para o local onde ela havia saído poucos minutos atrás.

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Ainda não era meio-dia, mas a casa já estava cheia. A música alta tocava e a maioria das pessoas ali já estavam bêbadas ou drogadas, o que não era nada novo para Tao, que observava tudo sentado em seu sofá e com uma garota morena em seu colo que ao menos sabia o nome, em sua mão esquerda tinha o seu quarto copo e por entre os dedos um cigarro que havia acabado de acender. 

Seus olhos deram uma boa olhada nos seios fartos cobertos apenas por um biquíni da garota em seu colo antes de olharem pela enorme porta de vidro que lhe dava uma boa visão da área da piscina. Ela ouviu a voz da garota sussurrar algo em seu ouvido, mas estava mais atento a pessoa que havia acabado de passar pela porta. 

Ele empurrou a morena para o lado com o braço e se levantou deixando o copo e o cigarro sobre a mesinha de centro sem tirar os olhos da garota, caminhou até lá, mas outras pessoas entraram em sua frente o impedindo de ver quando a garota saiu de perto.

Esticou o pescoço tentando ver, mas quando percebeu que havia a perdido de visto soltou um suspiro frustrado e desceu seu olhar para a pessoa a sua frente.

— Tao — Seu nome saiu arrastado, quase como um gemido, da boca da garota que parecia pouco mais nova do que ele. — Quando vamos terminar aquilo?

— Estou ocupado agora. — Curto e grosso, empurrou a garota pelos ombros a tirando de sua frente e seguiu para o lado de fora, seus olhos percorram toda a área até pararem na porta, que levava para o lado de fora da casa.

Desviou das pessoas enquanto seguia até lá o mais rápido que pode, no processo acabou por esbarrar em alguém que derrubou toda a bebida vermelha em sua camisa branca. A pessoa se desculpou se afastando rapidamente enquanto Tao murmurava algo irritado e puxava a camisa que começava a grudar em seu corpo por conta do líquido entornado.

Caminhou mais devagar até o lado de fora da casa onde encontrou Brooklyn sentada no corrimão da escada, enquanto mexia em algo de seu vestido branco. Tao se aproximou com um sorriso astucioso nos lábios. Ele tocou novamente o tecido molhado e agora avermelhado da camisa enquanto se aproximava, levantou o olhar quando já estava perto e então sorriu novamente notando uma mancha vermelha no busto do vestido, Brooklyn deu uma risada percebendo que passavam pelo mesmo problema e lhe estendeu o guardanapo em que segurava.

— Parece que também vai precisar.

Tao pegou o papel por entre os dedos e o dobrou o passando por cima da mancha em sua camisa, encarou Brooklyn e passou a língua por entre os lábios. 

— Não sabia que viria.

— Me disseram que suas festas eram as melhores, eu precisava vir para ter certeza.

Tao amaçou o papel e o jogou no gramado, cruzou os braços e se escorou na enorme pilastra branca.

— Eu não diria as melhores, mas não posso negar que são ótimas. 

Brooklyn balança a cabeça mantendo um sorriso. 

— Casa bonita. — Dá uma olhada para trás passando os olhos rapidamente pelo local.

— Eu iria dizer: “Não tanto quanto você”, mas é uma péssima cantada. — Franze o cenho rindo logo em seguida. 

— E seria uma grande mentira também, difícil eu ser tão bonita quanto uma casa dessas. 

— Se acha a casa bonita é porque ainda não viu o meu quarto. — sorri travesso

Brooklyn dá uma gargalhada e coloca a mão sobre a boca, balança a cabeça de um lado para o outro e então o encara.

— Essa não foi tão ruim. 

— Vindo de mim, tudo é bom, meu bem. — Pisca um dos olhos e descruza os braços se aproximando, desce seu olhar até a mancha vermelha na roupa da garota e faz uma careta. — Vai ficar uma mancha e tanto.

Ela toca de leve o local e sorri fraco.

— Nem me fale, acho que não vai sair, de qualquer forma.

— Se quiser, Posso pedir para uma das empregadas dar um jeito, ainda não secou totalmente então… Deve sair, acho. — Coça a cabeça confuso. — Devo ter algo feminino por aqui, você pode vestir se quiser.

— Parece bom pra mim.

— Então… Parece que você vai ter que conhecer meu quarto. — Estica a mão para ela dando uma risada baixa. 

— Vamos ver se ele é tão bonito quanto você diz.