Brooklyn passou os olhos pelo enorme quarto — um dos maiores da casa — assim que passou pela porta, Tao soltou sua mão enquanto caminhava até o closet. Ela empurrou a porta devagar e deu alguns passos para a frente, encarou alguns porta-retratos, mexeu em uma prateleira de livros e foi até a sacada, apoiou as mãos no corrimão e encarou todas aquelas pessoas lá em baixo.
Tao voltou minutos depois, segurava uma muda de roupas nas mãos e sorriu assim que notou uma silhueta por entre as cortinas da porta da sacada. Deixou as roupas sobre a cama e deu alguns passos até que chegasse lá, empurrou a cortina com cuidado e tocou a cintura dela a apertando, não pode evitar uma risada quando a viu dar um pulinho com o susto.
— Você me assustou. — Murmurou se virando enquanto dava um sorriso e apoiando uma das mãos no corrimão ao mesmo tempo em que levava a outra até o peito.
— Não sabia que fosse tão fácil de assustar assim. — Tirou as mãos do corpo dela as apoiando no corrimão e mordiscou o lábio inferior.
Brooklyn soltou uma risada batendo de leve em seu braço, levou os dedos até o cabelo colocando uma mexa atrás da orelha, seus olhos desceram até a boca rosada do mais alto e então voltou a olhar para seus olhos.
— Como você disse que se chamava? — Tao perguntou, seu tom de voz estava baixo e pouco rouco.
— Eu não disse. — Os dois riram. Brooklyn inclinou a cabeça um pouco para o lado e passou a língua por entre os lábios. — Brooklyn.
Tao balançou a cabeça positivamente enquanto observou a língua da garota passar por entre os lábios ele pressionou os seus e lhe deu um sorriso de lado.
— Então, Brook, acho que vou ter que beijar você agora. — Levantou os olhos para os da garota.
Brooklyn não o respondeu. Aproximou sua boca da dele até que estivessem juntas, sua mão apertou o corrimão enquanto a outra apertava o ombro do moreno, Tao deslizou a língua lentamente sob o lábio dela, seus dedos se misturavam com o cabelo dela, dando leves puxadas. Ela mordiscou o lábio dele, puxando e soltando logo em seguida. Sorriu ao sentir sua mão deslizar pelas costas, o quadril e então apalpar sua bunda.
— Não me decepcionou. — Tao murmurou ao se afastar, deu uma risada fraca e juntou novamente os lábios em um selinho.
— Devo dizer o mesmo sobre você. — Sorriu.
— Melhor se trocar e aí aproveitamos o resto da festa.
Os dois voltaram para dentro do quarto, Tao fechou a cortina atrás de si e se virou novamente para Brooklyn.
— O banheiro é ali, vou te esperar aqui. — Sentou-se na cama.
— Ah, tudo bem, posso trocar aqui mesmo.
Brooklyn sorriu ao notar os olhos de Tao um pouco arregalados, lentamente desceu as alças do vestido e deixou que ele caísse de seu corpo, Tao observou o tecido branco fino cair no chão e seus olhos subiram novamente acompanhando toda a silhueta da garota.
Mordeu os lábios ao perceber o quanto os seios da garota parecia implorar para saírem daquele sutiã branco rendado, seus dedos apertaram o lençol da cama ao sentir um incomodo por entre as pernas. Coçou a garganta e desviou os olhos por breves segundos antes de voltar a olha-la.
— Foi de propósito? — pergunto quando a viu já vestida.
— O quê? — Sorriu inocente.
— Deixe para lá. — Riu. — Melhor descermos ou vou cometer uma loucura. — se levantou.
Brooklyn riu passando a mão pela roupa recém vestida e o seguiu para fora do quarto, fechou a porta atrás de si e parou ao seu lado
— Eu adoro loucuras.
Tao lhe deu uma boa olhada antes de passar os dedos por entre os fios de cabelo e balançou a cabeça de um lado para o outro soltando uma risada anasalada.
— Para de fazer joguinhos comigo.
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Tao apoiou-se na porta do carro e encarou Brooklyn que puxava o cinto de segurança.
— Não bata ele, entendeu?
— eu sei dirigir, meu bem!
— Sei… — Estreitou os olhos batendo a porta. — Tome cuidado e me avise quando chegar
Ele se inclinou na janela e sorriu notando a marca avermelhada no pescoço dela, já era noite, mas a festa ainda continuava e não pararia tão cedo.
Os dois se beijaram rapidamente antes dela dar partida com o carro. Tao observou até que o carro passasse pelo enorme portão e sumisse de suas vistas. Ele sorriu sozinho enquanto voltava para a bagunça dentro da casa. Sentou no sofá e não demorou muito para que uma das garotas se aproximasse e se juntasse a ele.
— Podemos terminar aquilo agora? — ela encostou levemente os lábios em seu pescoço.
Tao suspirou colocando o cigarro entre os dedos e os levando aos lábios ao mesmo tempo em que alcançava o isqueiro estendido por Luhan.
— A encomenda chegou. — Luhan o olhou levando o copo até a boca e dando um bom gole.
— Ótimo. — assoprou a fumaça. — Menos uma dor de cabeça.
Brook ouviu o toque de seu celular e abaixou o volume do rádio desviando os olhos da estrada por breves segundos para pegar o celular e ver quem era.
“Wu ❤ ”
— Onde você está? — Perguntou assim que a ligação foi atendida.
— Já estou chegando. — Respondeu. — Você já está aí?
— Sim, você tem sempre que se atrasar?
— Yah! Nunca ouviu a história de que a noiva sempre se atrasa?
— Ainda não casamos. — Resmungou. — Não demore.
A ligação foi encerrada antes mesmo que ela tivesse chance de responder, soltou um suspiro enquanto mordia o lábio inferior e sorriu logo em seguida apertando mais o pé no acelerador.
O trânsito estava calmo, então não levou mais que dez minutos para chegar ao local combinado. Estacionou o carro e desceu lembrando-se de ativar alarme, bateu os lábios um no outro para espalhar melhor o batom que havia acabado de passar e conferiu o cabelo no vidro escuro do carro. Colocou a bolsa preto no braço e atravessou para a outra calçada caminho em passos rápido para dentro do restaurante.
De longe o avistou e seguiu até lá sem poder evitar um sorriso, o garoto passou a mão pelos cabelos recém tingidos e sorriu abertamente a vendo se sentar à sua frente.
— Já fiz o pedido.
— Como sabe o que eu quero comer? — Levantou a sobrancelha ainda com um sorriso.
— Porque eu sei tudo. — batucou os dedos na mesa. — Como foi?
Brooklyn movimentou a cabeça e tomou um pouco da água na taça, olhou para os lados e voltou a olhar para o garoto a sua frente. Ele desceu os olhos até a marca em seu pescoço e então suspirou frustrado.
— Você dormiu com ele?
— Foi preciso. — mordeu o lábio levemente o vendo passar a mão pelo rosto e apoiar o cotovelo na mesa e o rosto na palma da mão.
— Não gosto quando você tem que fazer isso.
— Eu sei, mas…
— Tudo bem, é trabalho, eu entendo.
Brooklyn pulou para a cadeira ao seu lado e puxou seu rosto para si, lhe deu um selinho demorado e acariciou sua bochecha com o polegar.
— Sim! Trabalho, ele é apenas trabalho.
— Ainda sim, eu não gosto disso.
Brook riu ao notar um bico se formar nos lábios do namorado e o beijou novamente.
— Yah! Semana passada você teve que fazer o mesmo com a… Como é nome dela? Aquela japonesa. — Estalou os dedos tentando lembrar. — Soda Him alguma coisa
— Soda? — Deu uma gargalhada. — Shoda Himeko?
— É! Você teve que fazer o mesmo e eu não disse nada.
— Eu te recompensei depois! — apontou.
— E quem disse que não vou fazer mesmo? Temos um trato, não é?
Kris balançou a cabeça com um sorriso malicioso crescendo em seus lábios.
— Conversamos em casa sobre isso.
— Até lá estarei ansiosa para saber o que se passe nessa cabecinha aqui. — Bagunçou o cabelo dele. Kris sorriu se aproximando para mais um beijo e piscou um dos olhos.
— Não vejo a hora desse sua missão acabar.
— Eu também. Depois disso, vou tirar férias.
— Nossa viagem ainda está de pé?
— Eu não abriria mão dela por nada nesse mundo. — sorriu. — Logo essa missão acaba e aí estamos livres.
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