História Your Dreams - Capítulo 02

Amber Cooper

Estou praticamente correndo para chegar a tempo no trabalho, Paradise é o restaurante aonde trabalho há 3 anos. Assim que me aproximo, minha respiração começa a se regular, definitivamente odeio o frio! Solto meu cabelo assim que entro pelas portas de madeiras, guardando meu gorro em minha bolsa, sorrio quando vejo o Sr George, cantarolando uma música qualquer enquanto limpa o balcão "Animado hoje,uh?", conforme me aproximo do balcão percebo que as cadeiras ainda estão sobre as mesas, isso nunca aconteceu. O sorriso que antes estava no rosto do meu chefe/amigo murcha assim que me vê "Não lhe vi chegando" sua voz trêmula por causa da idade enche meu coração de carinho. Se não fosse por ele, eu e minha irmã morreríamos de fome, com certeza.

"Acabei se chegar, o tempo está horrível" solto um resmungo baixo e deixo a bolsa no cabide dos funcionários que coincidente é o mesmo que os clientes usam.

"Precisamos conversar Amb". George sai de trás no balcão e tira uma cadeira de em cima de uma mesa, me aproximo e faço o mesmo.

"Estou lhe ouvindo" sento-me para ouvir quais são os planos que ele irá tramar agora,na última semana tive que vestir uma roupa irlandesa, dizendo ele que era para atrair clientes, Charlotte riu bastante da minha cara.

"Como você sabe,estou ficando velho e cansado, o restaurante não é o mesmo e você sabe disso, infelizmente preciso resolver essa situação e o destino colocou um rapaz em meu caminho que está disposto a comprar o restaurante, e eu estou pensando em vende-lo"

Devo está parecendo uma idiota enquando o encaro, minha respiração que antes estava regular agora não passa de um leve suspiro, eu preferia as roupas irlandesas, do que ouvir isso.

" Fale alguma coisa querida" percebo que já está na hora de me comunicar, tento pensar em alguma coisa que não seja egoísta o bastante.

"Então não abriremos hoje?" Meus olhos estão pregados em meus dedos que se movimentam de modo circular.

"Não querida,não abriremos. Mas não se preocupe, que o novo proprietário do restaurante irá gostar muito de você" solto um sorriso frouxo, porque isso só pode ser piada, não sou muito de ter amigos, sou mais a garota tímida que vivia infurnada no canto da sala para não ser notada "Você está liberada hoje,volte amanhã para o conhecê-lo, pegarei um café para você" assim que ele se levantou da mesa,  começei a raciocinar o que realmente estava acontecendo, não posso ficar sem emprego, tenho que sustentar eu e minha irmã, Sr George volta com um pequeno copo de Caffè, agradeço, pego minha bolsa e vou em direção a saída, assim que saio do restaurante, um alto e musculoso corpo me atropela, derramado café por toda minha blusa

"Olha por onde anda o idiota".Assim que falo tais palavras, meu rosto cora no mesmo instante, não costumo explodir assim, mas é tanta coisa acontecendo que as palavras simplesmente saíram.

" Eu que sou idiota? Você pareceu um vendaval saindo do restaurante e eu que sou o idiota?" sua risada irônica arrepia os pelos da minha nuca, ergo os olhos para olhar em seus olhos, tenho que afasta um pouco para trás, pois nossa diferença de altura não me favorece.

"Voce devia olhar por onde anda,simples assim" olho no estrago que está minha blusa e solto o ar pelo nariz

"Se for pela blusa eu posso pagar outra, talvez até melhor " agora quem está rindo ironicamente sou eu.

"Não preciso do seu dinheiro e não aceitaria, não lhe conheço" avisto meu ônibus dobrando a esquina, desvio do estranho desastrado, mas algo me impede, quando percebo uma de suas mãos está agarrando meu braço.

"Eu faço questão de comprar outra blusa para você" quem ele pensa que é? A irritação que não é comum volta a aparecer,  me desvencilho de seu toque e corro em direção a parada,sorrio para o motorista por te parado,sento-me próxima a uma janela, sempre gostei de admirar o movimento das ruas e o que passa por elas. Mais o que mais me assusta e perceber que o estranho metido a riquinho ainda esta parado no mesmo lugar, nossos olhos se cruzam pelo vidro do ônibus, faço uma cara feia, pessoas que tem dinheiro pensa que podem comprar tudo, mal eles sabem que as coisas mais simples não precisa de tanta riqueza.
        
                
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Como não irei trabalhar hoje, não tenho muita coisas para fazer, resolvo ir para casa, da uma pequena faxina enquanto Charlotte está na escola. Assim que desço no quarteirão da minha casa, da exatamente cem passos até chegar em meu endereço, não sei porque contei meus passos até aqui, talvez seja a angústia de ficar desempregada. Entro em minha casa e estranho em não ver Zara sentada em seu sofá velho, coloco a bolsa atrás da porta. No andar de cima alguns gemidos soam abafados, arregalo os olhos, deve ter entrado alguém aqui,vou até a cozinha e pego uma frigideira, me encaminho até o andar de cima, o som aumenta quando me aproximo do quarto de Zara, como a porta está entreaberta, a cena de um cara em cima da pessoa que se acha minha mãe me causa náuseas, corro para o meu quarto, deixando a frigideira em cima da instante começo a folear um jornal, abro na página de empregos, e um anúncio chama minha atenção.

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