「 Eu estava em frente a minha casa, em pé e com minhas pernas um pouco cansadas pelo motivo de não sentar-me e descansar como deveria, minhas mãos estavam geladas, meu corpo quente e minha respiração bastante ofegante, não sabia porque estava tão nervosa assim, mas tinha em mente que tudo isso tinha nome e sobrenome; Jung Jaehyun. Ou simplesmente o meu namorado, a pessoa que tanto amava — depois dos meus pais, claro —. Eu podia afirmar que ele era a melhor pessoa do mundo, tanto como namorado, quanto como meu melhor amigo. Nossa amizade se baseia em brincadeiras, falar da vida um do outro e escutar o que cada um tem a dizer. Nosso namoro não mudou quase nada, ele me levava para lugares diferentes todos os dias, gostava de me apresentar para seus amigos e já até me levou para conhecer os seus pais que não moravam na mesma cidade, e durante a nossa viagem até Songdo, ele não desgrudou um segundo de mim, isso tudo por causa da responsabilidade que meus pais deixaram em cima dele, meu pai até ameaçou, avisando que se voltasse com algum arranhão ele mataria Jaehyun. Claro que seu medo foi maior e bem engraçado também, ele quase não deixava seus pais me tocarem, ou tinha o maior cuidado para não me machucar.
Nesses oito meses de namoro cheguei a conclusão de que Jaehyun era sim o grande amor da minha vida, o único garoto que tem o meu coração, sem contar que eu sabia mais do que ninguém o quanto ele me amava. Além de me levar para diversos lugares, Jaehyun sempre chegava com flores, chocolates, pelúcias e até mesmo um cachorro-guia, ele já me presenteou no dia em que fizemos dois meses de namoro. Eu como sempre, nunca soube o que dá-lhe de presente, não sabia como ele era, do que gostava, qual número vestia ou qual presente aceitava. Então, sempre que falava dos meus presentes, o garoto respondia que não precisava de nada vindo de mim, apenas o meu amor era o melhor presente que eu poderia entregar para ele. Eu realmente tive muita sorte de ter um namorado que me ama muito.
Senti um beijo molhado nos meus lábios rapidamente, e em seguida um abraço no meu corpo que fez o bastão nas minhas mãos cair no chão. Já eu, por minha vez, retribuí seu abraço apertando um pouco entre os meus braços e pousando minha cabeça no seu abdômen. Apenas sentindo aquele corpo eu sabia muito bem de quem se tratava, soltava até alguns sorrisos com isso.
— Eu estava com tantas saudades, você não tem noção. — minha risada saiu baixa, apenas para ele escutar. Eu não entendia Jaehyun, a gente se via todos os dias e ele sempre chegava com a mesma coisa, avisando que estava morrendo de saudades de mim.
— Amor, a gente se viu ontem. Você me levou até em um parque de diversões, não se lembra mais? — ele me soltou e parecia ter se abaixado para pegar o bastão do chão.
— Mesmo assim, eu senti tanto a sua falta, estava para ficar louco. — escutei o bastão sendo fechado e imaginei que tinha sido colocado no seu bolso, o lugar onde ele sempre deixava quando estávamos preste a sair de casa juntos. — Quero te levar para conhecer as pessoas e o grupo mais importante da minha vida. — não pude deixar de sorrir quando escutei aquilo. Eu já sabia do seu grupo, popular na Coréia e no mundo, várias músicas e muitos integrantes, eu sempre quis conhecer os meninos.
— Jung Jae-Hyung, você chegou muito cedo hoje. — A voz de minha mãe foi pronunciada, mas não tão alta assim. — Tem algum plano com a minha filha para hoje? Está muito arrumado…
— Sim, gostaria de levá-la para a empresa onde trabalho. E depois disso, ela poderia dormir na minha casa? — Mesmo não vendo, talvez agora ele tenha forçado um sorriso nervoso para minha mãe — A senhora permite?
— Vamos com calma aqui. — Jaehyun segurou a minha mão e depois a apertou com força. — Você quer dormir com ela? A minha filha?
— Mamãe… — eu havia ficado vermelha e constrangida com a sua pergunta, e Jaehyun parecia ter ficado bastante nervoso também.
— Não senhora. Eu quero levá-la para dormir na minha casa. É apenas isso.
— Então, você não sente atração sexual pela minha filha? Nem um pouco? E não pretende fazer nada com ela? Sério? — ela soltou uma risada fraca.
— Mãe… por deus, pare. — mais uma vez eu fiquei nervosa e bastante vermelha com as suas perguntas. Eu era quem estava sofrendo aqui, não era nem Jaehyun, que por sua vez estava nervoso também.
— Sim, é claro que eu sinto, senhora. Mas…
— E você quer levá-la para sua casa apenas para dormir? Sem fazerem nada depois?
— Se a senhora permitir é claro, eu gostaria de dormir com ela.
— Jaehyun… Você está falando em um duplo sentido? — Os dois riram e eu fiquei sem entender.
— Jaehyun, você é um menino bom, trata ela bem e a ama, e eu vejo isso pelos seus olhos. Então, você pode passar a noite com ______. Mas não a maltrate, não a deixa dormindo sozinha, não fiquem acordados até tarde a aproveitem bastante os momentos íntimos. — os dois riram mais uma vez e eu já estava para ficar com falta de ar. — Eu sei que você estava esperando apenas uma confirmação minha, então, sim. Você pode ser o primeiro e único na vida da minha garota.
Confesso que não entendi o que minha mãe falou, mas meu namorado entendeu perfeitamente pois o mesmo riu em seguida, parecia ter sido um sorriso bastante bonito. Logo eu e ele já estávamos saindo da frente de minha casa, me despedi de minha mãe e fui guiada por ele até seu carro, Jaehyun me ajudou a entrar, passou o cinto de segurança pelo meu corpo e prende-se em seguida no suporte, depois disso, a porta do meu lado fora fechada e escutei a do motorista sendo aberta e ele entrando em seguida.
— Eu não preciso levar roupas? — pergunto deixando minha mão no apoiador perto da marcha do carro.
— Não precisa, eu já comprei algumas roupas para você. — sua mão tocou a minha e se entrelaçou entre meus dedos. Era sempre assim, quando estávamos dentro do seu carro, Jaehyun sempre gostava de ficar me sentindo a todo momento, tanto que mandou fazer esse apoiador apenas para ficarmos de mãos dadas enquanto ele dirigia.
— Sabe que não precisava fazer isso. Foi dinheiro jogado fora…
— Não foi não. Eu gostei das roupas e achei que ficaria muito boas em você, sem contar que, vai servir para dormir. — não adiantava eu dizer nada contra ele, o garoto sempre arrumava um modo de deixar as coisas ainda melhores.
Não estava nos meus planos namorar, na verdade, eu não esperava que alguém pudesse se apaixonar por mim algum dia, quem era que em pleno século vinte e um (XXI) gostaria de cuidar de uma garota cega como eu? Acho que apenas os meus pais mesmo e até algumas tias minhas que me tratam como filha. Mas tudo mudou, desde que conheci Jaehyun a minha vida mudou completamente, e, não foi do melhor para o pior, foi do melhor para maravilhoso. Ele sim era um homem perfeito, na verdade, eu diria o melhor homem do mundo, apenas por ter me aceitado do jeitinho que eu sou, coisas que raramente alguém faz nos dias de hoje. Jaehyun e eu nos conhecemos por acaso, quando estávamos no mesmo hospital. Ele tinha levado um de seus amigos — do grupo musical — para cuidar de um pequeno machucado em um dos seus braços e eu estava sentada em outra fileira, depois de ter feito o tratamento de oftalmologia. Tanto seu amigo quanto minha mãe tiveram que sair para falar a sós com o doutor, nesse meio tempo, eu senti apenas ele se aproximando de mim e então já sabem né? O safado tentou me conhecer melhor e mesmo que eu falasse que não o enxergava, que tinha alguns problemas de visão e que não podia vê-lo, ele continuou insistindo, até que ficamos conversando um pouco, ali mesmo onde estávamos.
Foi então que chegou a primeira troca de números, ele passou o dele normal e eu tive que passar o da minha mãe, já que se fosse do meu pai o mais velho não me deixaria falando com Jaehyun. Ele demorou três dias para me ligar, e mesmo que eu estivesse ansiosa demais para receber sua ligação, comecei a pensar que ele só estava querendo brincar. E com razão, né? Eu sou cega, quem iria se interessar por mim? Mas me enganei completamente quando mamãe avisou que havia alguém querendo falar comigo. E não foi apenas uma simples e única ligação, foram diversas outras e todas elas no dia seguinte. Depois surgiu o nosso primeiro encontro, no começo minha mãe criticou muito, disse que ele poderia fazer algum mal para mim ou que era um psicopata. Mas de tanto ele pedir sua confiança, alegando que não faria nada disso por ser famoso, mamãe nos deixou sair em um encontro, por apenas uma hora e meia. Mas foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida até então, Jaehyun foi tão cuidadoso comigo, me ajudou e deu-me tanto carinho que chegava a ficar impressionada com o seu romantismo. E foi nesse mesmo dia, que, o nosso primeiro beijo aconteceu, na verdade, foi o meu primeiro beijo e ele entendeu isso, tanto que respeitou e repetiu tudo até que eu levasse jeito.
O pedido de namoro… Seu pedido de namoro foi tão engraçado e constrangedor também, Jaehyun estava nervoso que quase não conseguia falar alguma coisa, ainda mais com a pressão do meu pai em cima dele. Papai tinha muito ciúmes de mim, talvez tenha medo de que alguém possa me machucar, e quando Jae apareceu, foi só Jesus na causa para controlar o meu pai e suas diversas perguntas e ameaças em cima do garoto. Disse também que se por acaso, os fãs do grupo falassem uma palavra mal de mim, meu pai seria capaz de matá-lo na mesma hora. Mas fora isso, seu pedido de namoro foi o mais romântico e o melhor de toda a minha vida.
— Está pensativa e calada. Você costuma ser bem mais falante, sabia? — meu namorado me despertou dos pensamentos com sua pergunta e um pequeno aperto na minha mão.
— Eu só estava pensando no dia que você foi me pedir em namoro… Você todo nervoso e com medo foi a melhor coisa do mundo. — Soltei uma risada.
— Eu estava com medo, não é sempre que peço uma garota em namoro.
— Mas você já pediu várias outras em namoro, por que comigo era diferente?
— Você é única, a garota mais pura como uma rosa que eu já vi na vida. Por isso se torna diferente.
— Eu sou diferente porque sou cega?!
— Eu não disse isso.
— Mas quis dizer…
— Não meu bem. Eu apenas disse que você é diferente das outras justamente por ser perfeita, única e pura, a única garota que eu tenho um amor verdadeiro. E também, me deixou morrendo de medo de falar com o seu pai. Desculpa se eu levei para um lado errado.
— Você e suas respostas que eu não consigo responder. — suspirei fundo e ele soltou uma risada baixinha. — e o meu pai não vai te fazer mal algum, ele só tem ciúmes de mim, isso é normal.
— Mesmo assim, ele me deixa com bastante medo, as suas ameaças não estão para brincadeiras, ele sempre faz questão de lembrar delas. — seu carro havia parado.
— Onde estamos? Já chegamos?
— Na empresa onde trabalho. Quero que você conheça os garotos, e eles também estão loucos para te conhecerem pessoalmente.
— Pessoalmente? Você já mostrou fotos nossas para eles?
– Todos os dias, até mesmo para os staffs que eu mostro. Eles estão cansados de verem suas fotos, por isso querem vê-la pessoalmente.
— Estou nervosa. E se não gostarem de mim? — assim que falei, escutei ele saindo do seu carro e fechando a porta, não demorou muito para a porta do meu lado ser aberta e ele remover o cinto do meu corpo, segurar as minhas duas mãos e me ajudar a sair do seu carro. — E se algum paparazzi ver a gente? Não vai ficar feio? Tipo, eles não sabem que você namora e já que é famoso…
— Quem não gostaria de você? Você é a melhor pessoa do mundo. — ele beijou a minha testa e segurou uma das minhas mãos, logo me guiando para dentro da empresa. — Eles vão te amar na verdade. E não se preocupe, os jornalistas não ficam na garagem, dentro da empresa não pode entrar ninguém que não seja artistas ou funcionários.
— Espero que sim pois já estou gostando deles mesmo sem conhecê-los.
Enquanto ele me guiava pelos lugares, eu me segurava o quanto podia para não cair e também, para sentir um pouco mais dos seus lindos e belos músculos, eram tão bem definidos. Esse homem era um paraíso, e apenas por tocá-lo eu sabia disso. Escutava algumas pessoas falando com ele e o cumprimentava de volta.
— Vamos entrar na sala de prática agora, todos os garotos estão lá dentro. — eu, por minha vez, assenti para o garoto e escutei aos poucos uma música no fundo, foi então que quando o mesmo abriu a porta, a música de antes havia ficado bastante alta. Eu conhecia esse hit, era Kick It, uma das músicas deles. — Cuidado com o batente. — Jaehyun segurou e me ajudou a passar pelo pequeno batente que tinha na porta e então a música foi parada de tocar. — Estão todos te olhando. — ele sussurrou no meu ouvido.
— Sério? Assim eu vou ficar com vergonha. — escutei sua risada baixa.
— Meninos, eu quero apresentar uma pessoa para vocês. Na verdade, é alguém muito importante na minha vida. — mesmo sem ver, eu sentia que ele tinha colocado um lindo sorriso no seu rosto. — Vocês já devem conhecer ela pois estou sempre mostrando fotos e falando. Mas, essa é a ______, a minha namorada.
— Olá. — disse um pouco baixo por conta da vergonha que estava sentindo. — É um prazer conhecer vocês.
— Ok, façam fila única virados para onde levá-la. — Jaehyun me ajudou e me levou para mais perto de cada um deles, e no caminho escutei eles se empurrando e risadas um pouco baixo. — Eu vou te apresentar eles aos poucos, ok?
— E se não gostarem de mim?
— Para com isso, eles vão te adorar, basta tirar isso da sua mente. — Jaehyun me virou de frente e começou a me guiar diante das pessoas que já estavam em fileiras. — esse é o Taeyong, líder do nct 127 e meu melhor amigo. — levei minhas mãos até o rosto do garoto e comecei a sentir sua pele, nariz, testa, boca e orelha, assim poderia identificar melhor cada um deles. Fiz isso com todos os demais garotos que ele me apresentava, até chegar em um deles, o qual foi o único que falou comigo, e não ficou sorrindo e sentindo cosquinhas.
— Hyung, eu não sabia que você tinha uma namorada. — se não me engano, seu nome era Haechan. — E por que ela está de olhos fechados? Não enxerga?
— Haechan, isso é pergunta que se faça? — alguém do seu lado o repreendeu e acho que bateu no garoto também.
— Tudo bem, eu já estou acostumada com essas perguntas.— sorri de lado e abri os meus olhos para o garoto ver que eu não enxergava. — Eu nasci assim, então, não tem cura.
— Seus olhos são azuis. Que lindos. Assim como você! É muito linda. — mais uma vez sorri e fiquei envergonhada.
— Você por acaso está flertando com a minha namorada?
— Não hyung, claro que não. Eu apenas quis elogiar ela, não é todo dia que aparece uma garota bonita na empresa. — Jaehyun segurou minha mão e eu novamente ri. Talvez foi por isso que ele deixou Hae Chan por último na apresentação.
— Vamos sair daqui. — ri fraco com o seu ciúmes e os garotos começaram a 'vaiar' ele. — O que foi? Vocês não têm namorada, por isso não sentem ciúmes de alguém.
— Se eu tivesse uma namorada linda dessas nem morta eu apresentaria para os meus amigos, ainda mais esses aqui. — eu entendia que era brincadeira deles, mas estava ficando bastante envergonhada com suas palavras.
— Obrigado pela ideia, Yuta. Agora vocês poderiam parar de ficar elogiando a minha namorada? Eu já faço isso todos os dias e faço questão de mostrar para ela que não importa o que acontecer, sempre será a garota mais linda do mundo todo.
— Mais amor, às vezes é bom escutar elogios de outras pessoas, assim me faz pensar que eu realmente sou bonita. — todos riram nesse momento e eu quis entrar no joguinho deles.
— Se permita me falar mas você fica ainda mais linda de olhos abertos. Fica extremamente sexy e bonita desta forma.
— Sim, eles te deixam com um ar mais chamativo, garota linda e empoderada, se é que me entende. — Meu sorriso estava lindo, de ponta a ponta. Jaehyun apenas me guiou para algum lugar que eu achava ser fora da sala de prática.
— Você por acaso está com ciúmes dos seus amigos?
— Quem que está com ciúmes? Você está me vendo com ciúmes? É claro que eu não estou com ciúmes. – eu ri do seu ciúmes e ele negando que não estava.
— Por que você está com ciúmes? Sabe que sempre será o único para mim, não é? Eu nunca te trocaria por ninguém na vida, Jaehyun. Eu te amo.
— Não corta o clima, eu quero ficar bravo com você. — suas mãos passaram por meu pescoço e me prenderam perto dele. — Porém, eu te amo demais.
— Eu te amo, meu garotinho ciumento. — passei minhas mãos por sua cintura e fiquei em um abraço de lado com ele.
— Você não quer esperar eu terminar o ensaio fotográfico de hoje? Garanto que depois daqui vamos para casa em segurança e te deixo em segurança nos meus braços também.
— Não terá problema, eu te espero o tempo que for.
— Então vamos para a outra sala fechada, assim seremos os primeiros e teremos um tempo para namorar melhor, não acha? Vai ser ótimo. — assenti e ele foi me guiando para a sala que tinha acabado de mencionar.
— Você poderia me fazer carinhos? Eu amo os teus carinhos na minha nuca e cabelos. — Jaehyun riu fraco e me puxou para um beijo calmo e relaxante. — Seus carinhos são os melhores, já disse isso?
— Parece que gosta mais dos meus carinhos do que de mim mesmo.
— Talvez sim, quem sabe...
━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━
Ele tinha acabado de estacionar o carro que provavelmente deveria ser na sua garagem de casa, fez a mesma coisa que antes em sair, tirando meu cinto e me ajudou a sair do mesmo. Segurou minha mão e me guiou para seu apartamento que já estava bastante perto. Pelo caminho, ele foi me ajudando a chegar lá e fomos conversando um pouco, ele estava tentando me acalmar pois tinha um certo medo de elevador. Talvez por não ter costume de ficar dentro de muitos, mas sinceramente, essas novas tecnologias me dão um certo medo, ainda mais elevadores.
— E essa aqui é a nossa casa.
— Nossa casa? — segurei sua mão.
— Na verdade a minha casa, mas quando você quiser vir ou eu te trazer, será nossa. — beijou meus lábios em um rápido selinho. — Isso, se a sua mãe deixar também.
— Minha mãe gosta de você, sabe disso. Ela vai me deixar vir à hora que você quiser me trazer, bem, é o que eu acho.
— O apartamento é um pouco grande, tem dois quartos, dois banheiros, sala de estar, sala de jantar, cozinha e uma ótima vista para a cidade.
— Eu vou adorar ver essa vista. — rimos fraco do meu deboche. — Pode me levar até o banheiro? Estou precisando de um banho agora.
— Fica no meu quarto… — Jaehyun aos poucos me levou até seu quarto e no caminho foi me ajudando com os objetos que estava atrapalhando. — Você consegue tomar banho sozinha?
— Sim, eu consigo.
— Tem certeza disso?
— Jaehyun, na minha casa eu tomo os banhos sozinha. Às vezes minha mãe me ajuda, mas é apenas com a depilação. — sorri de lado e ele suspirou.
— Mas você está em outra casa, vai ter outros objetos pelo meio e você também não sabe onde fica…
— Eu já disse que vou ficar bem, uh? Não precisa se preocupar tanto assim. Eu vou ficar bem.
— Ok, eu vou pegar suas roupas e te esperar no quarto. Já tem toalhas dentro do boxe e o cesto de roupas sujas.
Soltei de suas mãos e peguei no trinco da porta, entrei dentro do mesmo e logo em seguida fechei a porta. Escutei o suspiro longo do meu namorado antes de ter feito isso, e eu sorri de lado com sua preocupação. Tirei minhas roupas do corpo aos poucos e as deixei no chão, já que não sabia exatamente onde estava o cesto. Aos poucos eu fui caminhando com as mãos na parede a procura de ligar o chuveiro, até achar. Rodei sua válvula e em seguida escutei a água caindo no chão, foi então que me coloquei ali de baixo e deixei a água não muito quente cair em contato com o meu corpo. Eu estava precisando bastante de um banho bem relaxado e tão bom para minha alma e corpo.
Senti uma mão não muito quente tocando nas minhas costas com calma e delicadeza, depois disso, um beijo foi deixado em meus ombros e suas mãos foram descendo em seguida.
— Eu não conseguiria te deixar sozinha aqui, tendo em mente que você nunca entrou na minha casa. — ele me puxou para mais perto de seu corpo e me abraçou por trás.
— Minha mãe costumava dizer que só podemos fazer sexo depois do casamento, e se fizer antes, seria um pecado mortal. — virei-me para sua frente.
— E você acredita nisso? No que sua mãe disse?
— Sim, eu acredito. Mas, não me importaria de ir para o inferno se fizesse isso com você agora. — e foi ao dizer isso que o garoto beijou meus lábios com intensidade e prazer, suas mãos pararam na minha cintura e me puxaram para mais perto dele, minhas mãos foram até seu pescoço e se prenderam ali rapidamente enquanto a água caia entre nossos corpos sem parar.
— Você é tão linda.
— Não minta pra mim.
— Você é a garota mais linda que eu já vi. — o chuveiro foi desligado, suas mãos deslizaram pelo meu corpo até encostarem em ambas as minhas coxas e puxar-me para cima de uma vez só. Entrelacei minhas pernas entre sua cintura e senti ele saindo comigo do boxe, e mesmo com o nosso beijo intenso, ele não parava um segundo e acariciava as minhas costas. Talvez querendo me passar conforto e segurança durante a nossa primeira vez.
Minhas costas bateram no colchão fino enquanto seu corpo ficava por cima do meu. Eu sentia que ele estava completamente nu e isso só me deixava ainda mais ansiosa para começar. Era minha primeira vez e eu estava nervosa, muito nervosa mesmo, e se não conseguir fazer direito? Ou se ele não gostar de nada? Eu só estava nervosa até demais com tudo isso.
— Se você não quiser eu vou entender.
— Eu esperei tanto por isso. Não vai ser agora que eu vou desistir, Jung Jaehyun. — escutei sua risada baixinha e em seguida ele me arrumou na cama, e aos poucos foi abrindo minhas pernas. — Eu não tenho um corpo bonito, desculpe-me por isso.
— Você tem sim um corpo bonito e eu não me importava com isso. — seus beijos começaram do meu ombro e foram seguindo até meu pescoço, onde ele começou a deixar alguns chupões e mordidas não muito fortes.
Senti sua mão tocando minha vagina e bem nessa hora ele alisou um pouco, o que me fez arfar não muito alto, mas o suficiente para ele ouvir. Em seguida senti apenas sua glândula começando a entrar dentro de mim aos poucos, fazendo enfim, eu gemer pela dor que estava sentindo no momento, era um tanto quanto dolorido ficar sentindo ele me penetrando com essa força toda, e ainda tentando ser carinhoso, algo que não estava dando muito certo agora.
— Está doendo? — eu assenti rapidamente. — Quer que eu pare? — neguei.
— Só.. continue do jeito que está e faça minhas dores se transformarem em prazer. — ele beijou meus lábios nesse momento e em seguida senti uma única penetrada forte e funda me fazendo gemer contra seus lábios em seguida. A dor começou a ser forte nesse momento e logo após eu consegui escutar minha virgindade se rompendo depois da penetrada.
Depois do nosso beijo, ele começou a se movimentar lentamente e não muito fundo como antes, talvez para não fazer a enorme dor voltar mais uma vez. Eu escutava seus gemidos baixos e comecei a achar isso a melhor coisa do mundo, Jaehyun gemendo sinceramente era uma das oitavas maravilhas do mundo. Quando não aguentei mais, gemi seu nome não muito baixo e escutei sua risada em seguida e logo depois seus beijos pelo meu pescoço novamente. Foi então que eu passei minhas mãos pelo seu pescoço e ele encostou sua testa na minha por precaução, tanto eu, quanto ele gemia involuntariamente sem parar, e isso só piorava quando acelerava seus movimentos e deixava nítido que precisava de mais, muito mais. Por outro lado, deixava o mesmo fazer o que bem queria comigo, afinal, não entendia muito bem de prazeres e muito menos de primeira vez em uma transa, mas sentido tudo isso, cheguei a conclusão de que era muito bom, até demais para ser exata. Nunca pensei que uma simples primeira vez pudesse ser maravilhosa como a nossa.
— Eu te amo tanto garota que não tenho como explicar. — Nos beijamos nesse momento e eu pude sentir o seu sorriso e felicidade de saber que estava sendo o primeiro e único em toda a minha vida.
Conhecer Jaehyun foi sim a única coisa maravilhosa que aconteceu na minha vida, ele era carinhoso, amoroso, mostrava todos os dias o quanto era extremamente apaixonado por mim e fazia questão que todos vejam que eu era a sua garota, era sempre assim, seu ciúmes e amor sempre será a melhor coisa na minha vida, a melhor coisa mesmo. E se já não bastasse que ele fosse meu único amor, agora estava sendo o primeiro homem da minha vida, o primeiro a me beijar, o primeiro que me fez se apaixonar, o primeiro que estava tirando minha pureza e eu sei que ele será o primeiro que me terá apenas para ele. Eu o amo tanto que às vezes me pego chorando pelo tanto de amor que sinto pelo garoto, sinceramente, eu sou completamente apaixonada por Jung Jae Hyun, assim como ele é por mim. Sei que com ele, eu iria viver minha vida inteira, para todo o sempre.
Mordi meus lábios não com muita força com a sua penetração muito forte e dolorida por um momento, mas estava sendo bastante bom, até demais. Eu não queria que ele parasse por nada nesse mundo, mas sabia que precisava relaxar minha voz e meu corpo depois disso. Por ser bastante fraca, meu corpo se cansava e sentia dores por qualquer coisa, por isso estarei logo me preparando para quando tudo isso acabar e as dores começarem a aparecer no meu corpo. Eu não demorei muito para sentir que seu clímax estava querendo sair de seu corpo, e, entendendo isso, eu o deixei soltar dentro de mim sem medo. Foi isso que Jaehyun fez em seguida, soltou todo seu orgasmo e continuou a me penetrar com intensidade até meu corpo se cansar de ficar o sentindo dentro de mim. Jaehyun beijou meus lábios em seguida e se retirou após isso, senti ele sorrir de lado quando encostou nos testas e deixou outro beijo na ponta do meu nariz.
— Eu sei que não foi a melhor primeira vez, mas garanto que no próximo vai ser bem melhor e você vai ter seu orgasmo várias vezes.
— Vamos ter uma outra vez?
— Claro. Essa foi apenas para te tornar uma linda mulher, mas na próxima, eu te mostrarei uma verdadeira transa. — rimos fraco com seu modo de falar. — Estou brincando, não quero pegar pesado com você.
— Eu prefiro transar fofinho.
— A gente vai sempre transar fofinho se quiser. Uh, amanhã quando for te deixar em casa, compro um remédio para você tomar já que não usamos preservativo. — ele beijou minha testa e se aconchegou mais um pouco na cama.
— Jae… Você me ama? — perguntei e em seguida escutei ele se mexendo na cama.
— Como assim? Que pergunta é essa? É claro que eu te amo.
— O que fez você gostar de mim? Por que logo eu?
— Onde está querendo chegar com isso?
— Jaehyun, eu sou uma garota de dezenove anos que veio do Brasil para a Coreia do Sul, tenho uma doença de cegueira e preciso quase sempre de um bastão ou uma pessoa para me ajudar. — escutei seu suspiro. — E você nunca me respondeu o que te faz gostar tanto assim de mim?
— Simplesmente por você ser uma garota única, pura e diferente de todas as outras que eu já conheci. Você tenta ser você mesma, sem precisar rebaixar alguém, você é a garota mais pura e diferente que eu já vi em toda a minha vida. E não é por causa da sua cegueira, mas sim por simplesmente ser única. Eu te amo do jeitinho que você é, sem pôr e nem tirar, e sinceramente? Eu tenho muita sorte de ter uma garota como você na minha vida.
— No fundo eu tinha medo. Medo de um dia você me deixar porque arrumou outra melhor, me deixar por saber que vai ter que cuidar de mim a minha vida toda, ou simplesmente me deixar por não enxergar e nunca ter te visto.
— Já eu, acho ao contrário. Tenho medo de você voltar para o Brasil e me deixar sozinho. Eu não sei o que seria da minha vida sem você, _____. — senti seu beijo na minha testa. — Você é e sempre será a única garota da face da terra que terá todo o meu amor e carinho. Eu te amo demais garota, e não me importo se terei que cuidar de você na minha vida toda.
— Eu te amo Jaehyun, obrigada por ter aparecido na minha vida e tê-la mudado completamente.
— Vamos ser felizes para sempre, eu prometo meu amor. — suas mãos passaram pela minha cintura e me trouxeram para mais perto dele, fazendo então a gente se abraçar bem apertado. — Mas que tal dormirmos agora? Amanhã de manhã eu preciso te levar para casa e não posso acordar tarde.
— Jae, eu queria "assistir" um filme, sabe? Eu amo quando você fica narrando as cenas para mim, consigo imaginar tudo tão bem. — sempre quando a gente resolvia assistir um filme, na minha casa, ele narrava as cenas que aconteciam. Era tão bom imaginar tudo.
— O que você não me pede sorrindo que eu faço chorando? — ele riu. — Vamos tomar um banho primeiro, depois que eu fizer a pipoca a gente assiste o filme.
— O que eu digo para a minha mãe caso ela pergunte da nossa noite?
— Diga que você é a garota mais sortuda do mundo por me ter na sua vida. — rimos fraco.
— Mas isso eu já sei, e ela também. Muito sortuda de ter você na minha vida.
E foi depois disso que sorri de lado e me aconcheguei mais ainda nos seus braços, sentindo o seu calor e amor que sempre teve por mim.
Como eu te amo, Jung Jae Hyun. 」
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.