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História Your Eyes - "Amante Caribenho"


Escrita por: Night_Dark2

Notas do Autor


Hey gente, como vocês estão?

Estou aqui com perfil novo e espero que gostem.

Comentem se gostarem!

Boa leitura💛🌻

Capítulo 1 - "Amante Caribenho"


Tem quem diga que uma pessoa bem sucedida, é aquela que tem um grande patrimônio, uma casa, um negócio que rende uma enorme capital. Bom, Elliot Parker tem tudo isso, tudo isso e mais um pouco. Visto do ponto de vista social, ele é o estilo de homem almejado pelos mais variados tipos de mulheres. 

Seus olhos verdes, cabelos bem cortados e castanhos, seu sorriso cortês e alinhado. É de longe o conjunto perfeito para ter uma grande colocação social. Claramente ele não é apenas sorrisos, apenas fama e nome, ele é um homem inteligente que sempre está visando mudar as coisas ao seu redor. 

Mesmo nas horas vagas ele não deixa de observar ao redor, por exemplo, como adora estar em cafés, sempre tenta captar algo do qual poderia mudar e facilitar o acesso e a interação entre as pessoas. Apesar de ser quase uma figura pública, como seu pai, ele é bem diferente do mesmo e seu jeito simples e comunicativo indica isso. 

Mas agora todos esses adjetivos parecem apenas isso, adjetivos. Sua feição abatida e seus ombros encolhidos indica que teve uma viagem cansativa e que tudo que mais precisa no momento é de um banho e um cafuné. Não é qualquer cafuné, é o cafuné dela. 

Elliot sempre deixou claro o quanto estava bem acompanhado e não tinha um momento sequer, que seus olhos não brilhassem ao citar sua companheira em um assunto trivial em uma roda de negócios. Sua mãe que não era muito a favor dessa união, e fazia o que podia para atrapalhar. Mas nunca conseguiu de fato. 

O cansaço se esvai quando está perto dela e todos os problemas, deixam de existir. É assim que ele se sente. 

Enquanto pega o táxi para chegar até sua casa, não consegue parar de pensar em como vai a apertar em seus braços e não deixá-la sair tão cedo. Mesmo com os protestos irritados para que ele ao menos tome um banho antes, ele a pegará e não soltará, enquanto a saudade não diminuir. 

Seu cansaço o engole e ele acaba por dormir a caminho de casa, o dia está estranhamente nublado para uma sexta-feira de uma primavera. A chuva começa ao lado de fora, mas nada é suficientemente barulhento para o despertar de seu sono. 

Acorda com o chacoalhar brusco do taxista, que apesar da idade considerável e as rugas de expressão marcando seu rosto, tem força e parece minimamente impaciente. Elliot se desculpa e levanta ainda aéreo, sai do carro após pagar e se desculpa novamente ao ver o carro sair da frente de sua casa. 

Está nitidamente envergonhado e ri ao pensar na reação dela quando o ouvir dizer que dormiu e irritou um velhinho. Dá um suspiro antes de começar a andar em direção ao final da rua e procura as chaves no bolso, um costume, mas que nesse momento é inútil pois ele sempre perde as chaves de casa, nos hotéis em que se hospeda.  

Um bocejo lhe escapa da garganta e a mesma arde, ele precisa beber um gole d’água. 

Para antes mesmo de terminar o quarteirão e sobe os três degraus da varanda, bate na porta e nada. Tenta novamente e ainda persiste uma demora, ao pensar em bater novamente vê o semblante de sua irmã, abatido; abrir-lhe a porta. 

Sua pele está mais clara que o normal e suas vestimentas simples, o chama atenção. Irene sempre foi tão vaidosa e nunca sairia sem o mínimo de maquiagem. Suas irís cinzas vagam pelo rosto do irmão e seus lábios carnudos se comprimem, ela segura o suspiro sôfrego e engole seco ao dar passagem para o mesmo. 

Ele entra sem entender, nem Stella vem correndo lamber seu rosto e quase nem o olhar. Deitada está, deitada permanece. 

A casa tem quase todas as luzes apagadas e a casa parece ter perdido a cor. Porém tudo é igual, as mobílias, as janelas e as cores das paredes. O tapete ainda é o mesmo e a lareira está acesa, livrando todos do frio. 

- Como foi a viagem? - O tom baixo de Irene, apenas o deixa mais confuso. 

- Aconteceu algo. - Não é uma pergunta. - Irene, o que houve? Por que você me atendeu, e não ela? 

- Primeiro responda minha pergunta. - Sua respiração entrecortada, deixa Elliot mais preocupado ainda. - Elliot, sente-se primeiro. - Pede ele, vendo que o irmão não a responderia. 

- Você está me preocupando. - Confessa. - Desembucha criatura. - Irene dá um meio sorriso, mas nada muito entusiasmado. 

- Não sei como te falar isso, de uma maneira mais sucinta e sem ser muito dura. - Respira fundo e inclina a cabeça para trás, antes de voltar a fitar a face agora rígida do irmão. - Ela… - Hesita. - Bom, ela morreu. 

Um sorriso incrédulo se forma nos lábios médios do homem, que os comprime uma série de vezes, até que consiga mover o corpo. A primeira coisa que faz é se levantar e caminhar até a poltrona em que Irene está atrás e com o corpo quase pendurado.

- Irene, isso não é coisa com que se brinque. - Sua voz contém um bom humor, mas seu coração está acelerado. - Onde está ela? Escondida, não é?

Elliot não espera nem que a irmã responda e começa a vasculhar cada cômodo, atrás de um sinal de que aquilo seja brincadeira ou que seja algum engano. Tudo valia para o convencer de que não passasse de algo errado, uma informação precipitada. 

Ao retornar para a sala, após verificar lugar por lugar. Sua expressão se tornou indecifrável, o sorriso falso não decorava mais seu rosto e a indiferença de sua expressão fria, fez Irene ficar em um impasse. Mas optou por não sair de onde estava, no final das contas. 

- Isso só pode ser um engano. - Sentiu sua garganta arder mais e no mesmo momento que uma lágrima teimosa caiu, o céu desabou em uma chuva forte. - Me diz que ela se mudou com o amante caribenho para uma ilha isolada, não invente que ela morreu. 

- Se tem alguém inventando algo aqui, é você maninho. - Sua cabeça baixa e o esfregar das mãos, denunciava sua sinceridade e hesitação em continuar. - Ela morreu, há três semanas e tudo ainda está muito recente. 

- E você não me falou nada? - Irene engole em seco. - Você não teve a capacidade de pegar o telefone e me ligar. 

- Elliot e-eu…

- Saí da minha casa. - Ele aponta para a porta, alterado. - Saí agora. - Tenta se abster, mas acaba gritando e Irene acaba por desistir de contra argumentar e saí. - Isto só pode ser um pesadelo, não está acontecendo, não está. - Repetia incansavelmente as palavras. 

Repetiu as palavras, até que estivesse embalado em um sono em sua cama, na cama deles. Para ele, não passava de uma brincadeira entre sua irmã e sua noiva, que eram muito amigas e adorava brincar com a cara do mesmo. 


Notas Finais


E aí nenéns?

O que acharam??


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