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História Your eyes are bright as the moon. - Borboletas


Escrita por: packhale

Notas do Autor


Hey lobinhos!
Primeiramente eu queria pedir mil desculpas por ficar duas semanas sem postar, eu estava lotada com as coisas da escola e não conseguia arrumar tempo para escrever, e quando conseguia parar um pouco, a criatividade não vinha, tive um baita bloqueio criativo, mas consegui escrever
Eu não vou mais ficar tanto tempo sem postar, normalmente não fico mais de 3 dias sem postar e vou continuar assim, me desculpem pela demora, mas eu não podia deixar a escola de lado.
Efim, vamos para o capítulo
Espero que gostem
Boa leitura😌

Capítulo 12 - Borboletas


Fanfic / Fanfiction Your eyes are bright as the moon. - Borboletas

Aos poucos os rabiscos de lápis vão tomando a forma de um rosto, os traços vão aparecendo, a barba por fazer, o cabelo irritantemente perfeito e os olhos, a os olhos.....

Verdes e penetrantes, aos poucos o rosto de Derek Hale aparecia no papel, nem se deu conta do que desenhava, só deixou sua mão ir na direção que quisesse. Pegou a folha na mão, sorriu, o desenho tinha ficado bonito, bem realista, "posso dar para ele", logo descartou a ideia, provavelmente ele a faria engolir o desenho.

Levou a folha até a escrivaninha e a deixou lá, sempre guardava seus desenhos, um modo de ver sua evolução. Desenhava desde pequena, sempre que achava alguma coisa bonita, uma paisagem, ou até mesmo uma pessoa que via na rua, ela desenhava, uma maneira de guardar aquilo com ela, eternizar um momento em sua mente.

Por isso já desenhou de tudo, paisagens, pessoas, objetos e até animais. Nunca ninguém lhe ensinou, foi aprendendo com o tempo, melhorando suas técnicas e aprofundando seus traços.

Nunca pensou em trabalhar com isso por que tinha certeza de que não conseguiria, não é o tipo de pessoa que desenha toda hora, ou qualquer coisa, quando pega um lápis e um papel na mão é para desenhar algo que mexeu com suas emoções, e assim deixa seus sentimentos tomarem conta de si e simplesmente desenha, sem ter um objetivo fixo.

Por essa razão não poderia ser artista, pois poderia ficar meses sem desenhar, pois nada lhe tocou, nada dispertou seu desejo de se expressar, não começou desenhar por hobby, começou por que essa foi a maneira que encontrou para expressar o que se passava dentro de si.

Olhou para a janela e viu que o sol já aparecia no horizonte, não dormiu, e não estava com sono, Julia não estranhou, sempre que estava com a cabeça cheia não tinha sono, estava acostumada. Caminhou para a sala encontrando Theo ainda dormindo, estava todo enrolado no cobertor, se não o conhecesse Julia poderia dizer que ele ficava fofo dormindo.

Sorriu e foi para a cozinha, fez um café, odiava café, mas precisava tomar nesses dias em que não dorme, caso contrário acabaria caindo de sono no meio da rua. Olhou para o relógio em cima da geladeira, 6:08am, "que diabos eu vou fazer para passar o tempo?"

Não poderia fazer barulho, não queria acordar Theo, também não queria fazer nada que mexesse muito as mãos, estavam doendo um pouco por causa das horas que passou desenhando, sem qualquer descanso. Pensou em ir para a mansão dos Hale, mas estava muito cedo, provavelmente seria xingada de todos os nomes possíveis e preferia poupar seus ouvidos, e seu corpo, pois se Derek já tinha um péssimo humor durante o dia, imagina de manhã.

Queria sair de casa, mas para onde iria? Não tinha muitos amigos, todo o tempo em que não estava em casa, estava na mansão. Então se lembrou da padaria em que foi no seu primeiro dia na cidade, sua boca salivou ao lembrar dos doces no balcão.

Foi para seu quarto e colocou uma roupa qualquer, caminhou para sair do apartamento, olhou para Theo mais uma vez e teve uma ideia. Deu um sorriso e saiu de casa com o celular na orelha.

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- Muito obrigada- ela fala sorrindo.

- Magina- e voz do outro lado da linha ri e deliga.

Ela sorri e coloca o celular no bolso, olha para a frente e vê que já havia chegado a padaria, o cheiro de pão caseiro invade suas narinas, como era cedo ainda, os pães deviam ter acabado de sair do forno. Ela adentra o local, tem cheiros de todos os tipos ali, olha para o balcão, a primeira coisa que vê são os doces, sorri animada, é completamente apaixonada por doces, mas seu sorriso se desmancha ao ver o horário no relógio de parede do estabelecimento, 6:32am, "não posso comer doce as seis da manhã".

Caminha para o balcão, olha para o outro lado, onde ficam as coisas salgadas, gostaria de comer tudo que estava ali, mas o cheiro de pão estava acabando com ela, só de imaginar a manteiga derretendo no pão quentinho seus olhos reviraram.

- Já escolheu o que vai pedir?- o atendente pergunta sorrindo para ela.

Ela iria responder quando sentiu uma súbita vontade de olhar para trás, virou a cabeça na direção da entrada e lá estava Jordan Parrish, a olhando com os olhos um pouco arregalados, parecia assustado, com medo dela fazer alguma coisa, gritar ou simplesmente não falar com ele.

E ele não a julgava, quase havia sido queimada viva pelo mesmo, tinha todo o direito de nunca mais olhar na cara dele.

Jordan sabia que se encontrariam novamente, e pensou em todas as alternativas possíveis disso acontecer, pensou no que falaria, para não deixar a situação estranha, mas tudo pareceu ter evaporado de sua mente quando se viu realmente frente a frente com Julia.

Esperava que ela o olhasse com medo, raiva ou até nojo, mas não encontrou nada disso no rosto da mulher, ela sorriu para ele, "deve ser por educação". Seu olhar era normal, como uma pessoa olhando para outra, não como uma pessoa olhando para um cão do inferno que quase lhe queimou viva.

Quando o policial se dá conta de que Julia o está encarando, parece sair de um transe, abaixa a cabeça, "ela deve estar esperando eu me tocar e ir embora", e se vira para sair da padaria, "ela não é obrigada a ficar no mesmo lugar que eu".

- Só um minuto- Julia fala sorrindo para o atendente que assenti para ela.

Ela sai da padaria e vê Parrish andando para se afastar dali e talvez dela também.

- Vai fingir que não me conhece?- Julia pergunta e Jordan para de andar.

Ele se vira para ela e vê que a mesma tem um sorriso divertido no rosto, Julia achou que ele estava meio lento por ser muito cedo e por isso não falou com ela.

- Ah....oi.....oi Julia- ele fala com dificuldade, sem ousar olhar nos olhos dela.

- Viu um fantasma?- ela pergunta e ele franze as sombrancelhas finalmente a olhando- está com essa cara de assustado.

Ele abaixa a cabeça.

- Eu já vou indo...- ele tenta fugir.

- Já? Não vai pedir nada?- ela pergunta apontando para a padaria.

- Ah, não, não vou pedir nada.

- Você veio até aqui para entrar e sair sem pedir nada?- ela pergunta sarcástica.

- Eu não quero incomodar.

- Incomodar quem?- ela fica confusa.

Ele não fala nada, queria sair dali o mais rápido possível, só de olhar para ela se sentia um monstro, lembrava de como ela ficou,  das queimaduras em seu corpo, conseguia se lembrar de seus gritos também, isso o torturava.

- Parrish, eu não tô afim de você tá?- Julia fala o pegando de surpresa.

- O que?

Não fazia ideia do que ela estava falando.

- Você está fugindo de mim por que acha que eu gosto de você e você não quer me magoar não é? Fica tranquilo, você não faz meu tipo.

Ele fica olhando para ela com a expressão mais confusa do mundo.

- Não que você não seja atraente, nem nada do tipo, mas você é muito certinho sabe, é fofinho demais e eu prefiro morenos.

Parrish demorou alguns segundos para entender do que ela estava falando, não se segurando ele acaba rindo.

- Fique despreocupado, esse coração aqui não palpita por você- ela fala apontando para o próprio coração.

- Julia, eu não achava que você tinha interesse em mim- Jordan fala parando de rir.

- Não? Então por que está fugindo de mim?- ela fica confusa- ah meu deus, você gosta de mim?

- Não!- ele nega imediatamente- não é nada disso.

- É por causa desse negócio de poderes? Eu sei que é estranho, mas você é um cão do inferno, não tem por que ter medo.

- Eu não tenho medo de você.

- Então por que diabos você olha para mim como se eu fosse uma maluca que pode arrancar a sua cabeça a qualquer segundo- ela pergunta gesticulando rápido com as mãos fazendo Parrish sorrir.

- Eu só.....não sabia se você iria querer falar comigo de novo- ele fala.

- Ué, por que?- ela pergunta confusa.

- Por que eu quase te matei?- ele pergunta como se fosse óbvio.

- Tudo bem, eu já superei- ela fala sorrindo.

- Superou?

- É, se eu fosse parar de falar com todo mundo que tentasse me matar, eu não falaria nem com a minha mãe.

- É diferente, eu quase te queimei....

- Eu sei o que você fez, eu estava lá lembra? Mas não tem por que eu ficar brava ou magoada com você, estava sendo controlado, não estava?

- Eu não sei o que aconteceu comigo aquele dia, mas sei o que eu fiz, ou quase fiz- ele fala com tristeza na voz.

- Parrish, está tudo bem, eu estou bem, vivíssima, saltitante, supimpa- ela fala dando um pulinho, para mostrar que estava bem.

- Mesmo assim, você poderia....

- Poderia, mas não morri- ela interrompe- para de se torturar com isso, eu não te culpo, por que você se culpa?

Ele pensa, ela tinha razão, não adianta ficar remoendo o que aconteceu e se culpar pelo que poderia ter acontecido, ela estava bem, poderia ter morrido, mas não morreu. Ele não pode mudar o que aconteceu, então para que se condenar por isso?

- Não achei que me perdoaria- ele fala.

- Você não me pediu desculpas- ela fala com um sorriso no rosto.

- Me desculpe, por quase ter te matado- ele fala com um leve sorriso, estar perto dela deixava as coisas mais leves.

- Está desculpado policial Parrish- ela fala batendo continência e os dois riem- agora você pode parar de fingir que não me conhece e entrar comigo para comer as delícias desse lugar?

- Seria um prazer- ele diz sorrindo.

Eles entram na padaria novamente e Julia volta para o balcão.

- Eu vou querer um pão caseiro, com a manteiga bem derretida- ela fala para o atendente.

- Eu quero um café- Parrish fala.

- É pra já- o atendente fala sorrindo.

Eles vão até uma mesa e se sentam, ficam conversando, o que tranquiliza Jordan, o sentimento de culpa não o atormenta tanto assim agora.

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- Theo.......- ele escuta seu nome ser chamado, uma voz distante.

Poderia abrir os olhos e ver quem o chamava, mas estava mergulhado demais em seu sono profundo.

- Theo, porra, acorda!- a voz grita.

Theo pula e em salto está de pé. Se sente tonto e fecha os olhos se sentando. Abre os olhos lentamente pensando em qual das milhões de formas de tortura iria usar no ser maldito que o acordara e estava a sua frente, que ele nem sabia quem era, provavelmente Julia, por mais que a voz parecesse grossa demais para ela.

Finalmente conseguiu focar a visão e exergar alguma coisa, olhou para o lado pronto para esganar a pessoa de pé ali, mas seus pensamentos assassinos foram rapidamente esquecidos pela surpresa ao ver quem era. Só não caiu por que já estava sentado.

- Liam?- ele pergunta esfregando os olhos para ter certeza de que não estava vendo coisas.

- Bom dia- o beta responde com um sorriso cínico no rosto.

- Que diabos está fazendo aqui?

- Julia me ligou, falou que você estava aqui e que estava mal, disse para eu vir ver como você estava, já que ela teve que sair- Liam explica.

Era parcialmente verdade, pois estava a dias tentando arrumar uma desculpa para ver o garoto quimera.

- Eu mato aquela garota- Theo rosna baixo.

- O que?

- Nada não- Theo logo muda de assunto- como sabia onde era a casa dela?

- Segui o cheiro do seu carro- Liam fala dando de ombros.

- Ela simplesmente te ligou e falou para você vir aqui?

- Sim

- E você veio?

- Do jeito que ela falou, fez parecer que você mal conseguia andar, e nem me pergunte como ela conseguiu meu número por que eu não faço a mínima ideia.

Theo faz uma nota mental de assassinar brutalmente Julia Berg assim que colocasse os olhos nela. Levanta com certa dificuldade, seu corpo ainda doía, parecia dolorido, o que era estranho, já era para ter curado.

- Falando nisso, o que aconteceu?- Liam pergunta apontando para Theo que mancava até a cozinha, estava com sede e não iria ser educado em não abrir a geladeira dos outros, devia mesmo era queimar o apartamento todo.

- Nada, só um pequeno imprevisto- Theo responde dando de ombros.

- Imprevisto que te deixou mancando?

- É, quando a gente se machuca é normal algumas partes ficarem doloridas por um tempo- Theo fala sarcástico.

- E outras precisam ser enfaixadas, mas não para nós- Liam retruca- por que não se curou?

- Como é que eu vou saber? Eu sequer sei pelo que eu fui atacado- Theo fala bebendo água.

- Foi atacado?- Liam quase grita.

- Eu não, a Julia foi, aquela garota conseguiu tropeçar em um cadáver, chamando a atenção da criatura bizarra que matou o cara, eu só entrei na frente para a idiota não morrer- fala como se não fosse nada demais.

- Salvou ela? Arriscou a sua vida por ela?- Liam estava extremamente chocado, estava até mais pálido.

- Eu estava passando, vi a maluca caída no chão, não tinha nada para fazer e fui ajudar.

- Mesmo assim, salvou a vida dela- tinha uma pontada de orgulho na voz de Liam.

- E vou tirá-la assim que ela aparecer na minha frente- Theo fala irritado.

Queria quebrar alguma coisa, ela não podia ter feito isso, não tinha esse direito, chamar o Liam para visitá-lo, invadiu sua privacidade, "falando nisso como aquela imbecil sabia sobre o Liam?", não teria como ela saber que Liam era o único com quem Theo falava.

Mas ao mesmo tempo não poderia quebrar a casa dela, ela o ajudou, obrigou ele a dormir ali, mas ajudou, cuidou dele, o colocou dentro da própria casa, mesmo sem conhecê-lo, e isso tirava dele a chance de reclamar dela, nunca admitiria em voz alta, mas aquela noite foi a melhor de sua vida, não só por ter dormido em um lugar confortável, mas também por que não estava sozinho.

Julia fez com que Theo conhecesse um sentimento que ele nunca teve contato, carinho. Ela fez doce para ele, assistiram um filme, e isso trouxe para ele uma sensação de paz, mesmo ela sendo extremamente irritante, era uma pessoa que Theo não odiava, o que já era um grande passo.

- Bom, você já veio aqui, me viu e eu estou ótimo, agora pode ir- Theo fala.

- Está me expulsando?- Liam pergunta com indignação na voz.

- Não posso te expulsar de uma casa que não é minha seu idiota, só estou constatando fatos.

- Então eu posso ficar?

- Você quer ficar?

O clima fica mais quente, Liam percebe que estão mais próximos e sequer lembrava de terem se aproximado. Theo estava o provocando, e estava tendo resultado, aquele maldito rosto perfeitamente perfeito, o corpo dos deuses, o cheiro de loção masculina misturado com baunilha, que devia ser o sabonete, estava o deixando tonto.

- Por que eu iria querer ficar aqui com você?- Liam pergunta se apoiando no último fio de sanidade que tinha.

- Não sei, me diz você- Theo se aproxima mais.

Olhou para a boca do garoto a sua frente, um leve sorriso cínico se formava ali, ele tinha conseguido, sabia que tinha efeito sobre Liam, e queria usufruir disso.

Theo se aproximou mais, Liam quis ir para trás, mas seus pés pareciam colados no chão, não conseguia se mexer, sequer exergava alguma coisa além da boca rosada e entre aberta de Theo. Queria pegá-lo e jogá-lo parede com toda a força, colando seus lábios aos dele, para que essa irritação em seu estômago passasse, as famosas borboletas.

Nunca tinha entendido o sentido dessa frase, mas agora entendia, e realmente parecia que haviam borboletas em sua barriga fazendo com que ele desejasse ainda mais o garoto quimera a sua frente.

Os olhos azuis brilhantes como o céu foram chegando cada vez mais perto, prontos para se fundir com o oceano que são os olhos do beta, a distância ficando cada vez menor e o desejo maior, já não se lembravam nem de onde estavam, o único pensamento em suas mentes era o jovem a frente.


Notas Finais


E aiii
O que acharam?
Liam e Theooo emmmmm
Ahhh meu Thiam❤❤
Julia é a amiga que todo mundo quer ter kkkkkkkkkkkkkk
Descobrindo o talento dela com desenho.....
esse foi o ep
Espero que tenham gostado
Até a próximaaaaaa(juro que não vai demorar tanto assim dnv)


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