História Your eyes are bright as the moon. - Peter como pai?

Malia quase esmagava os dedos, estava nervosa e nem sabia o por que. Nunca tivera um pai, passou a infância e adolescência em forma de coiote, nunca teve alguém que cuidasse dela, era sempre ela por ela mesma.

Então esse negócio de pai era novo para ela, amava muito o Sr. Tate, seu pai adotivo, mas ela não sabe o que é ter amor paterno, e estava com medo.

"É só o Peter", ela pensava quando olhava para ele, mas de uns tempos para cá ela tem mudado essa imagem, ela não esperava que ele fosse ser um pai como os dos filmes, na verdade nunca esperou que ele fosse ser um pai para ela.

Mas ele estava estranho, mais estranho que o normal e ela não sabia o que isso significava. A pouco tempo a ideia de mudar seu nome passou por sua cabeça, e lá ficou, não parava de pensar nisso.

Será que estava pronta para ser uma Hale? Ela nem sequer sabia o que era ser uma Tate, como saberia o que é ser uma Hale? Precisava falar com alguém, mas Scott tinha razão, precisava falar com alguém que entendesse o que é ter Peter na família, e a única pessoa que conhecia que podia entendê-la estava bem na sua frente, Derek Hale.

Ainda era estranho pensar que ele era seu primo, mas ela se identificava com ele, na verdade sempre gostou dele, aquela postura de durão, e ele sempre passava confiança, sempre parecia saber o que estava fazendo, e tinha controle total sobre suas emoções, bom pelo menos era o que parecia.

Scott falou que ela parecia com ele, mas ela não conseguia entender como ele achava isso, Malia se achava completamente diferente de Derek. Mas não pensava nisso, estava pensando em como perguntar o que queria perguntar para ele, Derek. Eles não eram próximos, mas ela sabia que, mesmo com aquela marra de mal-humorado, se qualquer um precisasse de ajuda, ele ajudaria.

- Aconteceu alguma coisa?- ele pergunta olhando para ela.

- Não...quer dizer sim...quer dizer não sei- ela se atrapalha.

Derek permanece olhando para ela esperando que se acalme para poder falar.

Ela respira fundo.

- Eu quero te perguntar uma coisa- ela solta.

Ele não fala nada, apenas espera a pergunta.

- É.....é sobre o Peter.

- O que tem o Peter?- ele pergunta franzindo as sombrancelhas.

- Ele está estranho.

- Ele é estranho.

- Eu sei, mas.....- ela pensa- ele está estranho de um jeito diferente.

- Diferente como? Ele fez algo para você?

- Não- Malia nega imediatamente- ele só.....ele me chamou para jogar boliche esses dias.

Derek solta uma risada, não imaginava seu tio fazendo tal pedido.

- E como foi?- ele pergunta ainda rindo.

- Eu não aceitei- ela responde como se fosse óbvio- não entendeu? O Peter me chamou para jogar boliche, o Peter!- ela fala exasperada gesticulando com as mãos.

- Se ele fizesse isso com qualquer outra pessoa eu acharia estranho, mas com você não.

- Como assim?

- Ele se importa com você, gosta de você, não sei se como pai, mas ele gosta de você.

- É Peter, Derek!- fala exclama jogando as mãos para o auto, como se isso explicasse tudo.

Derek se aproxima dela.

- Eu sou a última pessoa no mundo que defenderia ele, mas até mesmo eu percebo o efeito que você tem sobre ele.

- Efeito?

- Ele se importa com o que você pensa, e isso é muito chocante vindo do Peter.

Malia franze as sombrancelhas em confusão.

- O que estou querendo dizer é que talvez ele só queira se aproximar de você- Derek explica vendo a confusão dela.

Ela começa a caminhar de um lado para o outro.

- Você está me dizendo que o Peter, o mesmo Peter que mora aqui, quer ser meu pai?

- Malia você tem que entender que ele nunca vai ser um pai, não como os outros pais "normais", mas talvez ele esteja querendo tentar, do jeito dele obviamente- Derek fala.

- Eu-eu-eu não sei se consigo.

- Consegue o que?

- Fazer isso, ter uma relação de pai e filha com ele- ela fala, estava desesperada.

- Se está pensando que ele vai ser um super pai e vocês vão tomar café da manhã juntos, não é bem isso que vai acontecer. Ele só quer se aproximar de você, talvez queira que você o veja como pai.

- Acha que eu devia dar uma chance, uma chance para ele?- ela pergunta.

- É você que tem que responder essa pergunta, pense, você sente algo por ele? Consegue deixar ele ser seu pai?

Ela pensa, não amava Peter, disso ela sabia, mas tinha algo ali, algo que ela não sabia o que era, um sentimento que só ele despertava nela. Sabia de tudo que ele tinha feito, mas não conseguia odiá-lo.

Sabe disso por que no dia em que o viu, na escola, transformado em pedra e a ideia dele estar morto passou por sua cabeça,  ela se sentiu sem chão, só a possibilidade dele estar morto estava fazendo uma parte sua doer, "não, ele não pode estar morto" falava para si mesma para não surtar.

Não queria ele morto, de jeito nenhum, mas será que conseguiria deixá-lo se aproximar para ser uma figura paterna?

- Pense nisso- Derek fala e se vira para sair.

- Acha que devo mudar meu nome?- ela dispara de repente.

- O que?- ele pergunta se virando novamente para ela.

- Mudar meu nome sabe, para Hale, ainda é Tate.

- Não sei, você quer mudar?

- Eu não sei o que significaria fazer isso- ela olha para baixo- Derek, o que significa ser um Hale?

Derek da um sorriso fraco, ele mesmo já se fez essa pergunta no passado. Caminha até ela e segura seus ombros.

- Isso é uma coisa que você tem que descobrir sozinha.

- Scott falou a mesma coisa- ela resmunga.

Ele sorri fraco e a solta caminhando para sair dali.

- Malia- ele chama fazendo-a olhá-lo- o sangue Hale corre em suas veias, você é uma de nós, você só precisa descobrir o que isso significa.

Ele passou por essa fase em sua vida também, descobrir o que ser Hale significa, perguntou a sua mãe uma vez e se lembrava claramente de suas palavras para ele:

"Parte da vida é descobrir quem somos, você é um Hale, descubra o que isso significa".

Sai da sala e Malia, nem se deu conta, mas saiu daquela casa sorrindo.

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"Ah que saco, não quero ir para casa, não tem nada para fazer lá" Julia resmungava na própria mente.

Tinha acabado de sair da mansão, gostou da aula, foi a maior parte teórica, mas também teve prática e ela gostou disso.

Gostou mais do professor, tinha tido experiências sexuais ótimas na vida, mas não conseguia deixar de imaginar como seria estar em cima daquele homem.

Balançou a cabeça com os pensamentos.

- Por que está sorrindo assim?- Aiden pergunta a trazendo de volta para realidade.

Ela estava andando pela reserva com os gêmeos.

- Estava pensando- ela responde ainda um pouco aérea.

- Pensando no que?- Ethan pergunta.

- Naquele gato dos olhos verdes- ela fala suspirando.

- Está falando do Derek?- Aiden pergunta de olhos arregalados.

- Ah que nojo- Ethan faz careta.

- Vai me dizer que ele não é gostoso? Nunca pensou em tocar naquele corpo sarado?- ela pergunta para Ethan.

- Quando nos conhecemos não pensava muito nisso, pensava em matá-lo- Ethan fala simplesmente.

- Vocês tentaram matar ele?- ela quase grita.

- Ele e a alcatéia toda do Mccall- Aiden fala como se estivesse falando sobre o tempo.

- Alcatéia do Mccall?- questiona confusa.

- Mccall é o Scott, e a alcatéia dele são aquelas pessoas que estavam lá, menos o Theo, Isaac, Peter e o Mason obviamente- Ethan explica.

- Por que eles não são da alcatéia do Scott?

- O Theo tem uma rixa com a alcatéia, o Isaac é beta do Derek e o Peter é um ômega- Aiden responde.

- O Derek é um alfa?- ela pergunta não muito surpresa, ele parecia ser um alfa, mais que o Scott.

- Não, ele já foi- Ethan fala.

- Como ele não é mais? Quer dizer, ele não morreu- ela fica confusa, pois tinha lido que para um alfa deixar de ser um alfa ele tinha que morrer.

- Ele nunca nos contou como deixou de ser um alfa- Aiden fala.

- Por que não?

- Nós não perguntamos né, Julia! Não é da nossa conta- Ethan fala gesticulando com as mãos.

- Ah, mas agora eu tô curiosa- ela bate o pé no chão como uma criança.

- Então pergunta para ele- Aiden sugere rindo.

- Aí ele me dá um soco, bem na boca- ela fala, tinha percebido que ele não tinha o melhor dos humores, mas não era como Theo.

Theo era implicante, chato, digamos assim, mas Derek não, ele tinha presença, passava medo, respeito. Por isso Julia ficou surpresa ao saber que ele não era um alfa, "mas ele já foi" ela pensa.

- Acho que eu vou para casa, não tem nada para fazer mesmo- Julia fala com tédio na voz.

- Nós vamos voltar para lá, qualquer coisa você pode ir chamar a gente- Aiden fala e ela assenti.

Se abraçam e eles se vão. Como sentiu falta desses dois, sempre se perguntava por que eles tinham ido embora, sem falar com ninguém, sem se despedir dela.

Pensou que eles precisavam de um tempo, tinham acabado de perder a mãe, e logo voltariam, mas isso não aconteceu. Eles tinham uma árvore, chamavam ela de refúgio, sempre iam para lá quando queriam conversar ou quando brigavam. Ela ficava lá todas as noites esperando eles voltarem, mas depois de um tempo desistiu de esperar, tinha que aceitar que eles se foram.

Estava caminhando para fora da floresta quando viu algo passando, parecia uma bola de fogo que andava, seguiu a figura sem pensar duas vezes, "melhor do que ficar em casa"

Caminhou atrás da coisa, viu que era uma pessoa, um homem, coberto de fogo, "será que ele é tipo um homem tocha? Cara esse negócio de sobrenatural é muito mais legal quando se vê cara a cara".

Ele continuou andando até que parou, e lá ficou, parado, sem se mexer, ela caminha devagar para frente dele, arregala os olhos.

- Policial Parrish?

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Stiles e Lydia estavam indo para casa dela no tão famoso Jeep, sua mãe havia se mudado, estava morando na cidade vizinha e ocupando o cargo de diretora na escola de lá.

Lydia achou uma boa ideia sua mãe se afastar de tudo isso, se afastar de Beacon Hills. Agora morava sozinha, quer dizer, não completamente já que Stiles vivia lá, o que ela adorava.

- Ela parece legal né, a Julia?- Stiles pergunta.

- Eu tenho uma boa intuição sobre ela- ela responde.

- Fala como banshee ou como uma pessoa normal que foi com a cara de outra?

- Como banshee.

Assim que Lydia pois os olhos nela sentiu um sentimento bom, um sentimento que não sentia a muito tempo, como se ela fosse completar algo, preencher algo que faltava, ela não sabia explicar, mas desacreditava de que aquela mulher fosse trazer problemas.

Uma coisa boa rodeava Julia, como uma luz, mas tinha algo a mais, algo forte, Lydia sabia que independente do que ela fosse, ainda tinha uma parte humana, o que parecia ser a maior parte, e essa parecia ter passado por fortes emoções.

- Sabe eu gostei dela, não é igual a maioria das pessoas que vem para Beacon Hills- ele comenta- não é como o Theo.

Lydia ri da careta do namorado ao falar o nome do Theo. Sua cabeça estava encostada na janela, se virou para falar algo para Stiles, mas ele não estava mais lá.

O Jeep estava parado, na floresta, estava tudo escuro, saiu do carro confusa, não sabia como foi parar ali. Ouviu algo, um sussurro em seu ouvido, franze as sombrancelhas e segue na direção do sussurro, vê o tronco de árvore cortada, estava no Nemeton, continua a ouvir o sussurro, até que ele é parado por uma risada, uma risada feminina.

Ela olhou para os lados, mas não tinha ninguém ali.

- Mate-a......- a voz fala.

Era uma voz doce, acolhedora, e suave. Matar quem? Não tem ninguém ali para morrer. Até que Lydia perceceu que o comando não foi para ela, foi para outra pessoa que agora estava parada em frente ao Nemeton.

"Parrish"

Caminhou para perto dele, rodeou o tronco da árvore e tomou um susto quando ele explodiu em uma chama, o fogo se espalhou muito rápido por tudo ali. Parrish só olhava, parecendo alheio a tudo que estava acontecendo.

Ela olha mais fixadamente para o tronco em chamas, tem uma pessoa ali! Tem alguém, se aproxima e leva as mãos a boca, e grita, grita com toda a força.

- Lydia, Lydia acorda- ouve a voz de Stiles longe.

Percebe que está fora do carro ajoelhada no chão, Stiles a segurava.

- Lydia o que foi?

- A gente....a gente precisa ir, temos que salvá-la- ela levanta rápido.

- Pera, salvar quem?

- Julia