História Your Heart - Vkook II Taekook - - Carinho -

"Meu corpo se manifesta gritando em silêncio seu nome. Meu corpo faz rumores internos quando te faltas aqui. Meu corpo queima de vontade e arde em desejo. Meu corpo só é inteiro se completa com você. Meu corpo é só uma matéria quando não tem o seu por perto." – Autor Desconhecido

Jungkook P.O.V's

Nossa sede em comemorar o noivado é tanta que sequer observei os passos que demos dentro da casa, a verdade é que estamos simplesmente vivendo o desespero de dois corpos com saudades um do outro. Abri a porta do quarto com um dos pés, e a fechei da mesma maneira assim que entramos no cômodo. Com Taehyung em meus braços o resto do mundo não tem mais sentido, entre um beijo e outro a única coisa que consigo ter em mente é o que faremos de agora em diante sobre a nossa cama.

Agora não somos mais um simples casal de namorados, sobre a cama seremos meu noivo e eu em nossa festinha particular. Depois de tantos dias ruins finalmente podemos respirar aliviados, cheguei a cogitar inúmeras besteiras, mas cá está o destino novamente me mostrando o porquê de tê-lo colocado em meu caminho. Com seu corpo sobre o colchão e meus olhos lhe admirando em cada centímetro, posso ter a certeza de que sou o homem mais sortudo desse universo. Taehyung é meu, assim como sou dele até os nossos últimos suspiros.

Deslizei minhas mãos pela lateral de seu corpo até a barra de sua camisa, puxei a peça para cima deixando seu peitoral bem exposto. Percebi quando sua pele se arrepiou graças ao toque suave da brisa que passou pela fresta da janela, aquilo apenas me fez desejá-lo ainda mais. Não faço ideia de que horas são, porém, aqui estamos somente nós dois, completamente apaixonados e imersos no desejo absurdo provocado pela saudade. Nossos olhos refletindo o desejo insano, um disposto a proporcionar ao outro o prazer que fomos privados nos últimos dias.

Depois de meses poderei finalmente tomar seu corpo, assim como todas as outras vezes, porém, agora não terá mais o medo de prejudicá-lo por suas limitações. Tirei minha camisa a jogando em um canto qualquer do quarto, então me inclinei sobre ele e juntei novamente meus lábios aos seus. Pude sentir nossas peles se tocando, uma troca que calor que chegou a balançar a sanidade. Meu membro já se espremia no tecido apertado da calça, tudo pela saudade que sinto dos toques do meu noivo, culpa da forma gostosa que suas mãos e boca me provocam.

Aproveitei para descer alguns beijos por seu pescoço, deixando algumas marquinhas pela área ali exposta. É um alívio saber que agora não será mais preciso esconder, podemos nos amar sem temer a rejeição de nossos familiares. Ouvi Taehyung arfar quando desci os beijos por seu peitoral, e para provocá-lo ainda mais passei a esfregar minha pélvis contra a sua. Na medida em que descia a trilha de selinhos e chupões, desabotoei sua calça me livrando da mesma juntamente com sua boxer. Foi ali que notei o quão sedento ele está, e com toda certeza a espera de toques precisos que lhe façam gozar.

Ouvi um gemido escapar do fundo de sua garganta quando segurei seu falo rígido e fiz o primeiro movimento de cima para baixo, em seguida apenas continuei o masturbando a fim de lhe arrancar mais sons sensuais como aqueles. Então desci meus lábios até o local mais sensível de seu corpo, coloquei parte do seu membro em minha boca, e deixei aquela provocação bem mais intensa quando circulei sua glande com a língua. Taehyung aproveitou bem o momento, e enquanto puxava meus fios de cabelo descontando todo o prazer que estava acumulado em seus músculos, pareceu fazer questão gemer bem alto meu nome.

Taehyung não demorou a dar sinais de seu orgasmo próximo, e eu não estou nem um pouco a fim de prolongar tal tortura, meu corpo também precisa de atenção. Sinto falta de suas mãos percorrendo sobre minha pele, a curiosidade com a qual seus dedos ágeis “desenham” meus contornos e me apertam no auge do prazer. Aumentei a velocidade em volta de seu membro quando o percebi mais tenso, foi ali que finalmente seus músculos relaxaram e seu gemido preencheu todo o ambiente. Meu noivo chegou ao seu limite de melhor forma possível, isso porque está se segurando há pouco mais de três meses.

– Kook... Isso foi... – o garoto suspirou, logo fui presenteado com o sorriso satisfeito em seu rostinho suado.

– Agora é sua vez, meu bem. – disse me sentando sobre a cama, e foi ali que lhe dei total liberdade. – Use e abuse, gatinho. Me surpreenda.

O mais novo se sentou sobre meu colo e atacou meus lábios com volúpia. Suas mãos já escorregaram direto para a barra de minha calça, onde ele abriu às pressas o botão e deslizou a peça junto com minha boxer, às jogando para longe. Pelo visto não sou o único insano no meio disto, talvez seja a razão de desejarmos algo bem rápido. Um gemido rouco se arrastou para fora de meus lábios, no mesmo instante em que minha pele pareceu se aquecer um pouco mais ao senti-lo tocar minha ereção de forma desajeitada. Taehyung então juntou sua boca à minha, impediu que os gemidos e arfares ecoassem pelo ambiente quando finalmente passou a me masturbar.

Aos poucos ele passou a usar seu lado ousado, seus lábios desceram em direção ao meu abdômen, marcando cada partezinha ali destacada. Não entendo o motivo, mas este parece ser o local que mais prende sua atenção em mim, sua como se fosse seu parque de diversões particular. Arfei ao sentir sua boca sobre minha ereção, então segurei seu rosto entre minhas mãos e o ajudei com uma velocidade moderada, o que fez uma onda de prazer se arrastar de forma violenta por todos os meus músculos. Não demorou para sentir meu corpo ser tomado por espasmos, quando finalmente atingi meu orgasmo tão esperado.

– Ahn... Sentia falta disso, meu bem. – sussurrei, em seguida mordi sensualmente seu lábio inferior. – Não faz ideia de como sua boca me enlouquece.

Então voltei a deixar seu corpo carinhosamente sobre o colchão, deixei nossas peles novamente grudadas pelo suor e todo o desejo ainda acumulado. Nossos lábios se juntaram e outro beijo apaixonado, e entre aquele gesto estiquei uma das mãos a procura dos preservativos que deixei ali em um ponto estratégico. No entanto, quando estava prestes a abrir um dos pacotinhos Taehyung segurou minhas mãos. Me vi um pouco confuso diante daquela atitude, porém, logo meu noivo tratou de arrumar uma boa explicação para interromper meu ato.

– Não é necessário. – ele sorriu me observando de forma terna. – Eu confio em você, e conhece todos os meus exames. Somos noivos agora, acho que não precisamos nos preocupar com isso.

– Eu amo você. – sussurrei voltando a beijá-lo com vontade.

Bom, essa é definitivamente a primeira vez que tentarei algo sem preservativo. Para muitos é algo extremamente arriscado, principalmente por conta da disseminação de algumas doenças, mas neste momento estou em uma posição confortável por conhecer toda a ficha médica de meu noivo. Taehyung confia em mim, e desta vez quer tentar sexo me sentindo da melhor maneira possível. Definitivamente não ouso contrariá-lo, afinal também desejo saber como é a sensação de estar conectado pele a pele com a pessoa que amo.

Peguei o vidro de lubrificante espalhando um pouco em meu membro e em sua intimidade, então me posicionei ali o penetrando aos poucos. Foi quase impossível me segurar para não gozar de novo ao senti-lo apertando minha ereção. Não demorei a me acostumar com a sensação sem aquela proteção nos atrapalhando, e ele tem razão ao dizer que tudo parece ainda melhor. É de longe a coisa mais intensa que já senti na vida, ainda mais por ser feita com tantos sentimentos envolvidos. Não é apenas sexo, o que estamos fazendo sobre nossa cama vai muito além do ato carnal. Taehyung e eu – apesar de não termos um começo cheio de flores –, nos tornamos ligados um ao outro.

Comecei os movimentos de forma lenta, mas acabei me acostumando com a sensação, além de que seus gemidos me deram incentivo para continuar com um pouco mais de força. Arfares próximo ao meu ouvido, beijos na pele exposta do pescoço, unhas cravadas em minhas costas deixando vergões avermelhados por toda sua extensão, sua forma mais clara de transmitir o que está sentido. Seus lábios inchados e respiração sôfrega, suas pernas sendo mantidas em torno de meus quadris, uma posição que me permitiu atingi-lo de forma precisa, o que se encerrou em nós dois atingindo o orgasmo ao mesmo tempo.

Me deitei ao seu lado completamente exausto e o puxei para se deitar próximo ao meu peitoral, uma forma fofa de fazê-lo sentir o coração que bate insistentemente por ele. Então peguei sua mão esquerda, onde está a aliança que fiz questão de escolher com todo o carinho e amor que sinto por Taehyung. Ainda tentando me recuperar aproximei nossos rostos, rocei carinhosamente nossos lábios antes de conseguir mais um beijo apaixonado. Quando finalmente nos separamos pude notá-lo envergonhado, algo que não condiz em nada com a personalidade do meu garoto.

– Obrigado, Jungkook. – Taehyung murmurou com o tom de voz bem baixo. – Quando fui diagnosticado há meses atrás, jurei que queria morrer o mais rápido possível. Aquilo soou como se fosse o meu fim, por essa razão brinquei com toda aquela situação. – o mais novo desviou o olhar, parecia de certa forma arrependido. – Aí você apareceu, e mesmo com seu jeito todo frio me deu diversos motivos para querer estar vivo.

– Você foi meu maior desafio, Kim Taehyung. – sorri, logo o envolvendo em um abraço cheio de carinho. – Meu desafio e minha cura.

O sono logo veio, porém, antes de nos entregarmos finalmente ao cansaço. Foi difícil não trocarmos mais um beijo cheio de amor antes de nos acomodarmos, afinal tudo o que temos agora é tempo.

•••

Acordei bem cedo deixando o garoto ainda dormindo sobre a cama, depois de repetirmos a dose pela madrugada achei melhor deixá-lo descansar um pouco mais. Então me vesti e fui até o carro para pegar as compras que fiz no dia anterior. Pensei em tudo antes de trazê-lo para a casa de campo, inclusive o café da manhã com uma boa declaração de amor. Após deixar tudo preparado sobre a mesa, tomei um banho no outro quarto para não correr risco de acordá-lo antes da hora. Coloquei uma roupa mais confortável, já que pretende passar o dia todo aqui e em sua companhia.

O clima amanheceu um pouco frio, o que ajuda na hora de manter a lareira acesa. Para acordá-lo foi preciso debruçar meu corpo sobre o dele e encher seu rosto de beijos, a forma carinhosa que só aparece quando estou na companhia de meu noivo. Ainda manhoso Taehyung se enrolou no edredom, logo espreguiçou se corpo de forma lenta antes de me encarar com os olhos inchados pelas horas sono. Foi quando deixei um selinho rápido em seus lábios antes de abraçá-lo, demonstrando todo meu chilique ao lidar com mais uma situação fofa entre nós dois.

– Bom dia, meu anjo. – sussurrei próximo ao seu ouvido, e em menos de um minuto pude ouvir sua reclamação preguiçosa. – Tome um banho, vou esperá-lo na sala.

– Bom dia, Kook. – disse ele com a voz carregada pelo sono. Foi uma pena acordá-lo, mas quero aproveitar o máximo de tempo possível ao seu lado já que recebi o ultimato para retornar à minha rotina no atendimento do hospital.

Taehyung não demorou a chegar na sala ainda enrolado no edredom, possivelmente sua forma de se proteger do frio. Confesso que achei a cena muito fofa, sou capaz de ficar horas apenas o admirando, porém, vamos ter o resto do dia para isso. O mais novo viverá por muitos anos agora que tem o coração novo, e durante todo esse tempo estou disposto a deixá-lo mais feliz a cada dia. Completá-lo se tornou minha maior missão, e amá-lo até a eternidade será minha maior recompensa.

Então tomamos o café reforçado, estou amando o fato de ter uma vida longe de preocupações diárias, por essa razão lhe fiz uma promessa para cumprir a partir do dia do nosso casamento. O prometi parar um pouco com a rotina do hospital, o que inclui diminuir o número de plantões para ter tempo de me dedicar a família que queremos formar juntos. Mereço isso depois de anos de sofrimento, assim como meu garoto necessita desta felicidade após passar por tudo aquilo.

Ficamos a tarde inteira deitados no carpete, ou melhor, minhas costas apoiadas no sofá e o garoto aconchegado em meu peito. Permanecemos boa parte do tempo em frente à lareira, com a televisão ligada em um filme qualquer e inúmeros beijinhos a cada cena romântica. Comecei a acreditar na hipótese que o mais novo tenha sido enviado para minha vida para que pudesse realmente salvá-lo, assim como uma segunda chance para salvar a mim mesmo de me consumir cada dia mais em culpa pela morte de minha mãe. Taehyung não é somente meu anjo, ele é a minha cura.

– Jungkook, posso te pedir uma coisa? – Taehyung disse um pouco receoso, parecia ter medo de tocar no assunto. – Quando estive em coma eu vi uma garotinha em meus sonhos.

– Que garotinha, meu amor? – indaguei ainda confuso.

– Nossa filha, Kook. – disparou, e no minuto seguinte me encarou ainda receoso. – Após o nosso casamento, acha que podemos ad...

– Adotaremos quantos filhos você quiser, meu anjo. – o puxei para um abraço, e em seguida selei seus lábios lhe arrancando um sorriso animado.

– Eu te amo, Jeon Jungkook. – disse ele fazendo meu coração disparar.

– Eu também amo você, Kim Taehyung. – respondi, e para selar a promessa juntei nossos lábios em um beijo cheio de carinho.

Pois nossas vidas são repletas de amor, e nosso futuro será construído sobre os sonhos que tivemos juntos. Depois de tanto sofrimento, nada mais justo que a felicidade.