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História Your smile - IV


Escrita por: Jupcake

Notas do Autor


Oi genteeee
Desculpe se ficar confuso o capítulo, mas eu tentei ao máximo.

Capítulo 4 - IV


Fanfic / Fanfiction Your smile - IV

Narrado por: Rosalya Borelli
         Entrei no consultório de novo. Amane fitava o nada. Me aproximei e ela não se mexeu. Sentei na cama e olhei para ela, que agora olhava fixamente para meus olhos cor de mel.
           - Eu não me lembro de nada, Rosalya... - ela começou. Sua voz transmitia toda a tristeza que ela estava sentindo.
           - Eu sei. Sua tia me contou tudo o que aconteceu... Eu sinto muito. - abracei ela.
           - Tia? - ela desfez o abraço e franziu as sobrancelhas.
           - Sim, ela falou com você hoje... Não sabia que ela eram tão parecidas. - respondi. Será que ela esqueceu até da tia?
            - Rosa... Me ajude a lembrar o que aconteceu essa noite. Diga que foi só um sonho tudo que aconteceu. - ela agarrou minha mão, lágrimas escorriam pelo seu rosto.
             - Eu... O médico disse que você não deve sofrer fortes emoções... Por favor, tente descansar. Você irá lembrar das coisas, apenas dê um tempo para seu corpo. - respondo. Levanto e caminho até minha mochila, que estava na cadeira. Tiro um ursinho de pelúcia de dentro do acessório - Alguém te mandou isso. - entrego-lhe o presente - Não sei quem foi, mas estava dentro de seu armário junto com uma cartinha, mas eu... eu não posso lhe dar agora. - respondo tristemente. Ela mexe no urso, talvez procurando algo.
       Saio discretamente, antes que as lágrimas comecem a cair, borrando toda minha maquiagem.
                                       ☆
Narrado por: Amane Misa
        Eu me lembrei de tudo menos de duas horas depois. Minha mãe realmente havia morrido... De agora em diante viverei no mesmo teto que Lysandre e Rosa, pois ela vive visitando Leigh. As pessoas - meus amigos - voltaram a falar comigo.
       Me constataram que o velório dela seria na semana que vem e eu decidi que não iria. Não aguentaria ficar ouvindo os pêsames das pessoas que surgiram do nada, dizendo que ela era uma ótima mãe, que não merecia o marido. São palavras ditas em qualquer lugar... Ditas por quaisquer pessoas... Ninguém fez nada quando ela aparecia com hematomas, com a boca cortada. Não faziam nada, pois iriam sujar as mãos.
          - Você vai querer que ela use algo especial? Que eu leve alguma coisa para ela? - minha tia perguntou com cuidado.
          - Não. - respondi. Quando as pessoas morrem elas não levam nada.
          - Meu amor... Você não quer conversar? - ela pega minha mão, fazendo movimentos circulares.  Seus olhos transmitiam segurança e amor.
           - Desculpe se fui grossa, mas eu realmente não quero conversar sobre isso. Só quero sair desse hospital. - reclamei.
      A porta se abre e Nathaniel entra com Lysandre logo atrás. Lys cumprimenta sua mãe e os dois saem pela porta, fechando-a. Nath se senta no meu lado esquerdo e fica me olhando, deixando minhas bochechas vermelhas e fazendo meus olhos marejar.
         - Não consigo nem pensar na dor que você está sentindo... - ele sussurra. Nath me puxa para um abraço apertado, passando as mãos por meus cabelos negros, enquanto molho sua camisa com minhas lágrimas - Estarei sempre ao seu lado... Mesmo que tentem nos separar.
          - E-eu n-não consigo p-parar de pensar ne-nela. - falei, soluçando e tentando acalmar meu coração e parar com as lágrimas.
           - Eu sei, eu sei... - ele se distanciou um pouco e beijou minha testa - Você vai superar, está bem? - eu assenti - O doutor disse que você pode ir embora amanhã, se seus machucados mostrarem uma mudança positiva e você conseguir passar no pequeno teste psicológico.
             - O-obrigada... Estava precisando chorar um pouco. - me soltei de seus braços e sequei meu rosto com o lençol do hospital.
              - Me chame se precisar. - ele se levanta e beija minha bochecha, depois olha fixamente para mim. Começo a ficar nervosa com sua proximidade - Prometa que não irá fazer nenhuma bobagem. - ele disse, sério.
              - Suicídio? - ele assente - Nath... Eu nunca faria isso, nem nos meus piores dias.!- seu olhar se firmou e eu entendi o recado - Eu prometo. - fechei meus olhos e suspirei, notando seu afastamento.
       O quarto ficou tão silencioso que podia ouvir até minha respiração fraca. Tentei colocar minha cabeça no lugar, organizar os pensamentos e dúvidas.
               - Minha mãe foi morta pelo meu pai na tarde passada. Meu pai me deu 10 chicotadas. Ele está foragido. Perdi a memória durante quatro horas. Desmaiei na casa do Lys, batendo a cabeça com força,  por isso estou no hospital. Minha tia é igual a minha mãe e vou morar com ela. - repetia isso, mentalmente.
       Olhei para o ursinho apoiado no eletrocardiograma. Um número de celular está escrito na sua estiqueta. Meu celular está na mesinha do canto. Começo a arrastar o medidor junto comigo, me esticando para alcançar o aparelho portátil. Volto para a cama e ajeito o eletrocardiograma no lugar que estava anteriormente, foi meio difícil, pois era pesado.
          Ligando o celular pude perceber que as pessoas já sabiam o que havia acontecido. Disquei o número escrito na etiqueta e suspirei, pensando se queria mesmo fazer aquilo. Coloquei o celular perto da orelha, ouvindo os "Tuuu" até alguém atender.
              - Alô? - era uma voz masculina, meio manhosa, talvez eu tenha acordado-o.
              - Quem fala? - perguntei, meio receosa.
              - K... - ouvi uma tosse - Kentin Jacobsen, quem está falando? -sua voz está mais apresentável.
             - Ah, Kentin... Queria saber o porquê do Urso. Pode me dizer? - perguntei e percebi o quão infantil eu soava.
             - Er... - ele ficou silencioso por um tempo - C-como v-você pegou ele? - ele gaguejava, provavelmente estava corado.
             - Rosalya achou no meu armário. Que tal a gente conversar amanhã? Todos viraram meus amigos repentinamente. Sim? - o que eu estou fazendo? Só posso ter um parafuso a menos!
              - Claro. Quer que eu comunique os outros? - soltei um grunhido de assentimento - Então, tchau. - ele desligou.
        Salvei seu número nos meus contatos.
                                       ☆
Narrado por: Alexy Lancaster.
          No outro dia, todos se encontravam reunidos em uma rodinha sentados na grama do parque.
              - Cheguei, minha linda. - cumprimentei Rosa e sentei ao seu lado.
               - Que demora! - Amane revira os olhos - Chamei vocês aqui para conversar.
               - Sobre? - Kim pergunta, enquanto faz cara de desinteressada.
               - Vocês viraram meus amigos do dia pra noite... - Amane suspira pesadamente - Podem me explicar o que se passa? - ela olhou fixamente para Rosa.
             Rosa olhou para mim, implorando por ajuda. Me mexi, desconfortavelmente.
                - Não tínhamos razão em termos nos afastado de você. Acho que foi mais por ciúme. Não sei a razão disso, mas acho que tudo se ajeitou com seu... - mordi o lábio inferior - Você sabe.
          Kentin abaixou a cabeça, tristemente. Kim e Viollete não estavam prestando atenção e conversavam entre si. Rosa, pelo que percebi, trancou a respiração.
                 - Vou indo, já. - ela levanta, fazendo com que todos olhassem para ela - Divirtam-se. - acena, indo embora pela saída lateral do parque.
          Kentin a observava, meio obcecado. Confesso que senti ciúmes. Olhei fixamente para seus olhos até ele notar, Kentin me olhou e corou, me fazendo sorrir. Ficamos fazendo algumas brincadeiras (verdade ou desafio, obviamente) até escurecer.
                                       ☆
Narrado por: Nathaniel Willis.
            Encontrei Amane entrando em uma livraria e decidi segui-la. Ela passava os finos dedos pelas laterais de alguns livros. Sua boca mexia rapidamente, talvez estivesse lendo os nomes dos livros. Me aproximei dela, enquanto a mesma lia as orelhas de um livro de romance policial.
             - Esse livro é muito bom. - ela deu um pulinho de susto, mas sorriu ou tentou sorrir - Gosta desse gênero? - apontei para o livro.
             - Que susto. - ela colocou a mão sobre o peito, tentando acalmar o coração - Respondendo sua pergunta, sim, minha mãe me emprestava alguns livros... - sua expressão ficou tensa e seus olhos marejaram.
               - Ei, ei. - peguei seu braço - Não quero ver você chorando! - ouvi ela fungar, me abraçando. - Vamos, eu te dou esse livro de presente. - tirei o livro de suas mãos, para depois ir par o caixa.
               - Não, Nath. Não precisa fazer isso. - ela tentou pegar o livro de minha mão, mas eu o levantei o máximo que podia, e, como ela era baixinha, Amane não conseguiu pegar - Não vale! - ela pulou, tentando pegar o livro, mas sem sucesso.
         Depois de pagar o livro e devolver para ela, que ainda estava emburrada por eu ter pago, nós fomos caminhando até a casa de sua tia Lindsay Misa. Ficams conversando sobre assuntos aleatórios, até chegarmos na garagem, onde o silêncio contrangedor se instalou.
                  - Então... - ela começou a falar - Obrigada por ter me acompanhado. - ela se aproximou para me dar um beijo na bochecha, mas eu me virei sem querer (ou não), acabando por transforma-lo em um selinho.
             Amane se afastou, totalmente vermelha, já pedindo desculpas, mas eu a calei com um outro selinho, mas dessa vez um demorado. A abracei, sentindo seu cheiro, dava para sentir que ela estava se segurando para não rir.
              - Ria logo e me explique o motivo dessa risadinha. - ela explodiu em gargalhadas, me contagiando também, mesmo eu não sabendo o motivo.
              - Isso é muito vergonhoso! - ela escondeu seu rosto em meu peito, ainda rindo. Beijei o topo de sua cabeça e ela se afastou.
              - Até amanhã, Amane. - sorri e fui embora para casa, sem olhar para trás. Meu coração não-mais-iludido pulava de alegria.


Notas Finais


Gostaram?
Espero, do fundo do meu coração, que vocês tenham aprovado esse capítulo.





Para quem for reclamar que não estou focando na morte da mãe dela, aqui vai a resposta:
- O objetivo principal da fanfic não é mostrar a morte da mãe da Amane, e sim, o... OPA! SPOILER!! Vou parar por aqui


Kissus ♡


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