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História Your voice in my head. - Quando ninguém mais vê.


Escrita por: Nandychan

Notas do Autor


Gente, vamos falar de metas ok? kkkk' Nós temos mais quatro capítulos nessa fic e eu quero que ela termine com 400 comentários porque eu sou linda e diva kkkkkkkkk' Então, comentem, ok? Nem que seja só pra falar um "legal..." kkkkk' E também vamos comentar 10 days, né?
Sim, agora deixando de ser uma bitch mercenária... gente, comecei a assistir skins... estou buscando inspiração para 10 days... gente, aquilo não é de Deus kkkkkk' Prefiro voltar para meus seriados água com açucar kkkkk' Mas, essa informação desnecessária foi só pra vocês saberem que estou realmente tentando fazer um negócio decente kkkkkkkkkkk'
Gente, acho que estou bêbada... essa ganha o prêmio de piores "notas do autor" do século kkkkkkk'

Capítulo 26 - Quando ninguém mais vê.


POV: Niall

 

                Ele achava aquilo certo?

                Aquele idiota estava com o amiguinho desde o começo da festa e não tinha dado a mínima atenção para mim ou para os outros garotos. Eu tinha ficado completamente sozinho. Ed estava se beijando com uma garota, Louis e Liam conversavam e eu não me sentia totalmente a vontade perto deles, Harry ficava com a outra amiga de Ed na sala de jantar e Zayn tinha sumido com o amigo de Liam.

                Eu estava sozinho naquela festa e a quantidade de álcool que eu já tinha ingerido era maior que o normal. Sentado em uma poltrona velha, olhando para aqueles dois tão próximos. Eu chegava a sentir náuseas só de pensar em como aqueles dois estavam próximos. Tirando o fato de que eu nem conhecia aquele garoto metido.

                Eu precisava de mais bebida.

                Sai da sala de estar e fui atrás de algo para fazer. Aquela festa não tinha nada. Um filme tosco de ação passava na TV e a música estava alta, mas só nós estávamos ali e o motivo do festejo tinha ido completamente por água abaixo. Como poderíamos comemorar a união do grupo estando completamente separados.

                Eu precisava conversar, precisava dançar, cantar ou qualquer coisa que fizesse sentido na minha cabeça naquele momento, mas nada importava. Eu estava com raiva de todos aqueles garotos que tinham me deixado de lado e estavam tão idiotas naquela noite.

                Meus pensamentos pareciam mentir para mim a cada minuto que passava. Eu tentava pensar em como Louis tinha trocado seu amigo de infância para passar a noite conversando com o príncipe Payne, mas não conseguia ver nenhum problema nisso. Minha irritação maior era Josh, mesmo que eu tentasse negar aquilo com todas as forças.

                A cozinha estava fria graças as janelas abertas. Fui até a geladeira e peguei uma garrafinha de vodca de limão. Eu não queria perder o controle, mas também sabia que não aguentaria uma rejeição como aquela sem uma boa quantidade de álcool no meu sangue, pelo menos o suficiente para afogar meus nervos por uma noite.

                Por que eu tinha pensado em rejeição?

                Bebi cada gole daquela bebida como se fosse a última coisa que eu beberia na vida. Quando dei por mim, a quinta garrafa já estava ao meu lado. Somando com todas as que eu tinha bebido antes de entrar daria um número grande que eu não estava nenhum pouco afim de calcular. Como se importasse... eu estava bêbado de qualquer forma.

                Tirei a camisa e deitei no chão. Eu estava com muito frio e isso provavelmente não faria o menor sentido para uma mente sadia, mas eu queria sentir aquelas pontadas em meu corpo. O chão frio da cozinha me furou como se várias agulhas geladas fossem enfiadas em meu corpo. Eu sentia tanto frio que podia sentir meu lábio tremer. Aquela, decididamente, seria uma noite bastante fria em Londres.

                E, para Niall Horan, essa noite seria ainda mais fria.

                Quando finalmente me acostumei com o frio do chão, saltei assustado. Sentado no chão, senti que algo quente invadia meu rosto. Algo que eu tentara tanto segurar durante tanto tempo na minha vida, vinham agora naturalmente como uma brisa quente. As lágrimas já se acumulavam no meu queixo, aumentando proporcionalmente. Eu estava chorando.

                Logo vieram os soluços para acompanhar o choro. Eu sentia vontade de gritar e chorar com todo o barulho que queria fazer, mas não queria chamar atenção. Eu sabia que se viessem para me ver, eu provavelmente acabaria com a festa dos garotos e eles ficariam preocupados comigo. Por mais que eu quisesse acabar com a festa, eu não conseguiria explicar o motivo daquele choro.

                - Para! Harry! – Escutei uma voz azeda e aguda entrando na cozinha, juntamente com uma risada maníaca pervertida de Styles. Eles provavelmente estavam vindo para onde eu estava.

                Nem pensei em como aquela cena poderia parecer estranha para pessoas que vissem de fora, mas apenas me levantei e corri desesperadamente até a saída da casa. Era na cozinha que se localizava a porta dos fundos da casa e era possível ver o pequeno jardim mal cuidado de Ed com uma ligação lateral a frente da casa.

                Limpei meus olhos com o braço para me sentir seco, mesmo que fosse momentâneo, pois as lágrimas agora desciam involuntariamente meu rosto. O frio agora era bem maior do que o que eu podia aguentar, por ter deixado minha blusa largada no chão da cozinha, meu corpo tremia inteiro.

                Fui caminhando até a frente da casa. Provavelmente, Ed e a garota tinham ido para um quarto e Josh não repararia na minha entrada estando com o amigo dele perto. Eu estava resolvido a voltar para a festa, inventar uma desculpa de bêbado e fingir que estava tudo bem. Louis, mesmo tendo seus próprios problemas e a própria vida para cuidar, era meu melhor amigo e iria me ajudar assim que me visse.

                Eu podia estar com raiva de todos eles, mas eram por motivos egoístas e eu sabia bem disso. Todos continuavam normais comigo e talvez nem tivessem reparado que eu estava com raiva. Eu simplesmente tinha saído e dado a eles mais espaço para conversar.

                Fui ajeitando as coisas na minha cabeça enquanto caminhava, passo atrás de passo, pela terra batida e pelo gramado mal cuidado até a frente da casa. Minha mente já estava tão clara quanto a de um bêbado pode ficar e as lágrimas tinham diminuído a intensidade nos poucos passos do caminho que me levaram até aquilo.

                Aquilo.

                Era a única forma que eu tinha de descrever o que eu estava vendo. Em um local escuro, perto de uma coluna de madeira que sustentava a varanda, duas pessoas estavam trocando beijos ardentes. Elas provavelmente não tinham me visto, pois pelo meu ponto de vista tudo estava limpo, mas se elas tentassem olhar, iriam ver apenas a escuridão do beco lateral da casa.

                Eu poderia passar por elas sem que elas soubessem da minha presença. Eu conseguia identifica-las e pensei que, se eu vivesse em uma realidade paralela, eu provavelmente iria ver aquela cena, sair de forma despercebida e ir fofocar com Louis e Ed sobre o possível casal que eu tinha acabado de descobrir.

                Mas eu não vivia em uma realidade paralela, não conseguia desviar meu corpo daquela cena e não estava nenhum pouco disposto a falar para ninguém sobre a descoberta daquele casal em particular.

                - Boa noite. – minha voz estava rouca graças ao choro.

                Notei o momento de pausa que aqueles corpos tiveram antes de se soltarem de forma violenta. Se eu não tivesse parado momento suficiente ou tivesse a mentalidade de um garoto de quatro anos, provavelmente, pensaria que eles tinham acabado de brigar ou se empurrar. Porém, eu sabia exatamente o que eles estavam fazendo.

                - Niall! – A voz de Josh estava ofegante. Ele parecia assustado e ao mesmo tempo ansioso. Eu não conseguia desvendar muito de seu rosto, pois a noite estava escura e era impossível ver qualquer coisa.

                - Pelo visto vocês estão se divertindo aqui fora, né? – Era impossível encontrar mais sarcasmo na minha voz do que naquele momento. – Qual é? Eu achava que a festa era lá dentro!

                Eu quase podia sentir o veneno escorrendo da borda da minha boca. Eu queria bater na cara de Josh tão forte quanto fosse possível, mas eu não tinha esse direito. O garoto que estava com ele sorriu e finalmente falou.

                - Cara, você sabe como é...

                - Não, eu não sei. – Cortei enquanto ele ainda tentava formular sua desculpa. – E não tenho o mínimo interesse em saber. – Respirei fundo para segurar minha raiva, foi em vão – Acho melhor você calar essa sua boca. Ou melhor, ocupar ela beijando qualquer um.

                - Niall! – Era a segunda vez que Josh gritava meu nome, porém, dessa vez, ele pareceu ofendido – Eu posso te explicar tudo depois, mas não precisa tratar ninguém assim. Você só está bêbado.

                Minha vontade era de bater naquele idiota, mas antes de fazer qualquer coisa precipitada, meu corpo foi fraco, porém não mais que minha mente. As palavras que saíram da minha boca antes que minhas pernas desatassem a correr para dentro da casa de Ed foram tão mortais para mim quanto um tiro nas têmporas.

                - Eu te amava Josh, agora, eu te odeio.


Notas Finais




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