História You're all that matters - segunda temporada - Capítulo 1

Selena P.O.V

Dois anos se passaram desde que tinhamos chegado a França. Eu me sentia a mulher mais feliz nos braços de Justin. Nossas vidas estavam dando certo, tudo estava correndo como sempre sonhei. Tinha o melhor homem que alguma vez poderia pedir, a empresa estava correndo bem, eu me sentia finalmente bem e satisfeita com a vida. 

Estava sentada na minha cadeira, no meu escritório, como sempre tratando de papeladas e reuniões. O trabalho ocupava demais a minha cabeça, era demasiado consativo, mas eu me sentia bem por finalmente poder ter uma vida normal, em que os meus problemas não passavam de montes de papeis e reuniões de hora em hora. 

- Senhora Jones? - Nádia disse batendo à porta. Foi um custo enorme para que ela se habitua-se a nos tratar por Jones, mas realmente era necessário, para ninguém desconfiasse de nada.

- Sim Nádia, entre.

- O patrão pediu que a senhora se juntasse a ele na sala de reuniões - ela disse - ele disse que era urgente. 

- Tudo bem, estou indo - bufei e pousei toda a papelada que tinha na mão. 

Assim que entrei na sala meu coração acelerou e um sorriso se esboçou em meu rosto.

- Kate? 

- Ah amiga!!! - ela disse histéria me abraçando com força.

- O que vocês estão fazendo aqui? - perguntei abraçando Ryan. 

- Ué vocês ficam noivos e não há uma casamento para planear? - Kate perguntou e eu arregalei os olhos.

- Amor fala para ela que decidimos esperar algum tempo para fazer a cerimónia - Justin disse revirando os olhos.

- Cala a boca Justin - Kate disse e Ryan riu.

- Kate, um casamento irá chamar as atenções e nós não queremos isso - disse e ela me olhou indignada.

- Amiga eu sempre sonhei em vê-la casar, não me proíba disso - ela implorou.

- Porque não casam vocês? - Justin perguntou e Ryan se engasgou com a própria saliva.

- Porque neste momento os noivos são vocês, não a gente - Kate disse. 

- Casar não está nos nossos planos - Ryan disse e Kate o fugilou com vontade de o esganar.

- Ai não? - ela perguntou.

- Ué amor, foi isso que a gente combinou - ele disse e ela revirou os olhos.

- Foi isso que tu decidiu idiota.

- Já chega pombinhos - Justin disse interrompendo a discussão deles. 

- Então - disse mudando de assunto e me sentando numa das poltronas que tinha na sala- o que vos trouxe cá, para além dessa ideia do casamento? 

- Estavamos pensando juntar todo o mundo, já não nos vemos há dois anos e Ryan anda todo choroso - Kate disse e Justin riu. 

- Como é irmão? - ele disse - está ficando chorão?

- Cala a boca Bieber.

- Não será demasiado perigoso? - perguntei receosa.

- Chaz voltou à cidade - Ryan disse e a expressão de Justin mudou completamente.

- Ele ficou louco? - Justin gritou - como que eu não fiquei sabendo disso?

- Qual é Bieber, tu sabe que Chaz não fica longe  daquela cidade por muito tempo - Ryan disse encolhendo os ombros.

- Eu acho que ele se fartou de segurar a vêla para Chris e Amanda - Kate disse. Amanda era a mulher de Chris e os dois estavam esperando um filho. 

- Tá, mas daí a voltar para a cidade sem nenhuma proteção? Ele é louco - eu disse e Justin concordou - o acordo era que se um voltasse, voltaríamos todos.

- Nem fodendo eu volto para lá - Kate disse e Ryan a fuzilou - o que é? Tu acha que eu irei me pôr em risco de novo? Larga a droga amor.

- Ele foi sozinho? - Justin perguntou encarando Ryan que deu de ombros.

- Eu sei lá. 

- Se ele fosse com os seguranças eu já sabia - ele disse sério - por isso que ele foi sozinho. 

- Cara o problema é que já tentamos ligar, já perguntamos para todo o mundo e ninguém viu ele - Ryan disse preocupado - e se Tyler o apanhou? 

- Não - justin disse - Chaz não se deixaria apanhar tão fácilmente, secalhar ninguém consegue o contactar por isso mesmo, para que não seja encontrado.

- Cara se eu descobri que ele entrou na cidade, como que Tyler não irá descobrir? - Ryan disse e Justin ficou pensativo por algum tempo. 

- Precisamos ir para lá agora - Justin disse depois de algum tempo pensando.

- Eu vou arrumar as coisas então - disse me levantando.

- Você fica - ele disse e eu o encarei séria - você e Kate ficam aqui, se protegem. Em breve Amanda se juntará a vocês.

- Justin só pode estar louco - disse nervosa. 

- Não estou louco Selena, simplesmente não quero vocês correndo perigos desnecessários - ele disse sério - Chaz está brincando com o fogo e não precisamos de mais chama.

- Eu vou com vocês - disse batendo o pé e ele me olhou feio.

- Vá lá Selena - Kate disse se aproximando de mim - é demasiado perigoso. 

- Não!

- Selena não é hora de birra - Justin disse elevando o tom de voz - se calma por favor, se protege, protege Kate, em breve nós voltaremos.

Bufei nervosa e saí da sala. Não estava nada de acordo com aquilo, nossa vinda estava indo tão bem. Entrei no meu escritório e fiquei andando de um lado para o outro, bastante nervosa, até que Justin entrou.

- Amor - ele disse mas eu não o encarei - Selena!

- O que é? - perguntei. 

- Olha para mim - ele pediu mas eu continuei nervosa e encarando o nada, mas logo ele se aproximou e segurou meus braços me fazendo encará-lo - se acalma por favor!

- Justin eu não posso ter calma, estava tudo correndo tão bem, porque você tem que voltar? 

- Selena estamos falando de Chaz, um dos meus melhores amigos, eu não vou fingir que nada está acontecendo - ele disse sério - ele pode estar correndo perigo. Por favor tenta entender, eu só quero te proteger.

- Mas... - ele me interrompeu.

- Mas nada. Eu já sei, já sei que você é toda independente e que não precisa da minha proteção, mas que namorado seria eu se não tentasse protegê-la na mesma? - ele me encarava com aqueles olhos - consegue entender? 

- Você sempre vence quando faz esse olhar - bufei e ele sorriu vitorioso - não é justo. 

- Eu vou voltar - ele disse me olhando - e quando eu voltar a gente vai casar, pode ser?

Eu sorri e entrelacei meus braços em seu pescoço.

- Como você consegue tudo o que quer - disse rindo e ele me deu um selinho - volta rápido por favor - sussurrei. 

- Eu prometo.

Colei nossos lábios e no momento em que nossas línguas se tocaram eu senti um arrepio. Eu ficava vulnerável com o toque dele, era bem mais forte do que eu e não conseguia, de jeito nenhum, controlar aquela sensação. O poder que ele tinha sobre o meu corpo era inexplicável. As suas mãos desceram até à minha cintura e me apertaram com alguma força me fazendo soltar um suspiro. Nos beijavamos com desejo, o meu corpo desejava o seu com urgência, mas logo me soltei para recuperar o fôlego.

- Se cuida amor - disse e ele beijou minha testa.

- Você me mataria se eu não cuidasse né? - ele disse e eu ri fraco. 

(...)

Justin e Ryan já tinham partido. Eu estava em uma pilha de nervos, Kate estava sentada no sofá assistindo um filme qualquer e eu nem notei que ela falava comigo.

- Selena! - ela gritou me acordando do transe.

- Caralho Kate, pode falar baixo?

- Amiga você está dormindo em pé, seu nervosismo me está deixando nervosa também - ela resmungou - se acalma por favor. 

- Tudo bem - disse vencida e me sentei do seu lado - o que vamos jantar? - perguntei.

- Eu já encomendei umas pizzas - ela disse prestando atenção no filme. 

- Então eu vou tomar um banho rápido - disse e ela assentiu. 

Subi as escadas lentamente, meu corpo pesava, eu realmente me sentia cansada. Entrei no banheiro e liguei a água quente. O contacto da minha pele fria com a água quente me fez arrepiar. Eu ficaria ali o resto da noite, aquilo me estava relaxando imenso. Uns vinte minutos depois saí, vesti uma roupa mais quente e confortável, deixei meus cabelos molhados e desci. Kate já havia comido metade da pizza e já roucava. Peguei no que sobrou e fui jantar para o escritório. Me sentei na cadeira de Justin e fiquei ali comendo e vendo alguns e-mails, quando o meu celular me interrompeu. Era uma mensagem dele.

"Chegamos agora amor, vamos procurar Chaz e num instante voltarei para aí. Brasil parece uma boa opção para férias, não concorda?"

Sorri ao ler aquela mensagem. Meu coração se aliviou um pouco e tentei me livrar da preocupação que estava sentindo no momento.

"Estou te esperando. Brasil me parece ótimo. Te amo"

 

Justin P.O.V

Assim que aterramos meu coração acelerou. Voltar àquele lugar me lembrava de coisas que eu desejava esquecer. Chris nos esperava na pista em que aterramos junto com Amanda. O jato a iria levar para França para junto das meninas. 

- E aí seu cuzão - Ryan disse abrançando Chris.

- Seus arrombado - ele disse sorridente e me abraçou de seguida.

- Eâe Amanda, sua barriga está parecende uma bola - Ryan disse zuando.

- Nem me fale, não estou mais aguentando essa criança dentro de mim - ela disse e eu ri. 

Chris se despediu dela e ficamos vendo o jato descolar. 

- O que houve com Chaz? - perguntei assim que deixamos de ouvir o barulho do jato.

- Irmão eu não entendi - Chris disse - ele estava de boa com a gente, já estava acostumado e uma hora se lembrou de ir embora.

- Cara e se isso for uma armadilha e eles tiverem Chaz? - Ryan ponderou.

- Chaz é duro demais para se deixar ser apanhado tão fácil- disse firme. 

- Então vamos procurar esse viado e voltar logo - Ryan disse.

Entramos em uma van preta e eu pisei no acelerador. A primeira paragem seria na minha antiga casa. Não havia movimento, a casa estava intacta e do jeito que eu tinha deixado. Alguns seguranças estavam na entrada, mas eu mesmo tinha dado ordens para que ninguém tirasse os olhos daqui, queria vigias a toda a hora.

- Patrão - um deles me cumprimentou assim que nos viu.

- Está tudo certo aqui? - perguntei.

- Eu não sei senhor - ele disse meio confuso - ontem fui informado de que havia movimento na casa, mas os seguranças não viram ninguém, e as câmaras de segurança não captaram ninguém. 

- Já procuraram lá dentro? - perguntei e ele assentiu.

- Sim senhor, viramos a casa do avesso e não encontramos ninguém - ele disse - mas eu não saí daqui desde então para confirmar se alguém tinha entrado. Alguma hora terá que sair.

Eu assenti e ele nos liberou a entrada. Estava tudo intacto, não tinha sinais de arrombamento, as portas estavam trancadas tal como eu as havia deixado. Entramos pela porta da frente mesmo, se alguém estivesse ali, nós íriamos descobrir de algum jeito. 

Nos separamos e eu me dirigi logo para o meu escritório, que estava trancado. Eu mesmo o tinha trancado, mas não lembro onde coloquei a chave. Fiquei procurando até que finalmente a encontrei e nesse momento os meninos se juntaram a mim.

- Está tudo limpo lá em cima - Chris disse.

- Lá em baixo também - Ryan disse e eu assenti. 

Abri a porta cautelosamente, mas a sala estava vazia. Entramos e ficamos encarando o nada por algum tempo, até que me lembrei de abrir a sala secreta, escondida por trás da estante de livros e, nesse exato momento, levei o maior susto da minha vida.

- Filho da puta - gritei e os meninos arregalaram os olhos. Nesse momento Chaz saiu da sala - como você entrou aqui?

- Ah Bieber, está esquecende que quem criou essa sala fui eu? - perguntou. Fazia sentido, só ele saberia como entrar sem ser pela porta principal.

- O que tu está fazendo aqui seu cuzão? - Ryan perguntou.

- Eu rececbi uma mensagem bem estranha, era da minha mãe e eu fiquei com medo que Tyler tivesse apanhado ela, mas depois eu percebi que não tinha como ele saber quem ela era, visto que ela tem aquela identidade falsa que eu lhe deu - ele disse se explicando - mas eu decidi vir na mesma verificar se estava tudo bem. A cidade foi completamente tomada por Tyler, todas as boates, até quem circula nas estradas precisa dar justificação para esse arrombado. Eu ouvi uns seguranças dele conversando sobre a minha chegada e percebi que estava na hora de voltar, mas as estradas foram todas cercadas e eles estão por todo o lado - ele disse um pouco assustado - desde então que me tenho escondido aqui. 

- Você está aí dentro há quanto tempo? - Chris perguntou confuso.

- Uma semana - respondeu indiferente.

- Tu é louco - eu disse - porque não ligou? Eu mandava o jato te pegar.

- Eu perdi meu celular - ele disse - mas todos os computadores que eu deixei ainda aqui estavam e consegui perceber que Tyler tinha hackeado todos os meios de comunicação e todas as ligações que forem feitas daqui ele saberá. Então eu não arrisquei. 

- Ele está me vigiando? - perguntei e o meu sangue ferveu. 

- Não propriamente - ele me esclareceu - ele só saberá quando houver movimento dentro da casa. Eu não me mostrei para os seguranças porque fiquei com medo que eles tivessem trocado de lado. Do jeito que esta cidade está, para eles seria bem mais fácil. 

- Então quer dizer que a esta hora Tyler já deve saber que estamos aqui? - Ryan perguntou.

- Provavelmente, vocês são cara de pau mesmo, entram aqui como se nada tivesse acontecido - ele disse um pouco chateado. 

- Me perdoa se tivemos que voltar para saber se estava tudo certo contigo seu viado - disse e ele revirou os olhos.

- Bieber, tu confia nestes homens? - ele perguntou sério.

- Não mais - disse cerrando os olhos - eu vou meter bala em todos os filhos da puta que passaram a servir Tyler.

- Nós precisamos ir embora daqui - Chaz disse e o seu olhar mostrava preocupação.

- Tu ficou louco? Agora que voltamos eu não irei descansar até abater todos os homens daquele Zé ruela. Eu vou matar Tyler e recuperar a nossa cidade, quem ele pensa que é? 

Naquele momento o telefone que ficava em cima da mesa tocou. Encarei os meninos e Chaz fez sinal para que eu atendesse e assim o fiz.

- Vejam só quem voltou às origens - a voz grossa de Tyler soou do outro lado - bem corajoso viu? 

- Filho da puta, eu vou acabar coma tua raça. 

- Ah Bieber, não stressa não - ele disse irónico - dizem que faz mal para as rugas. 

- Como você soube que estamos aqui?

- Moleque tu é bem idiota, acha mesmo que depois de dois anos fugido seus homens continuariam lhe prestando serviços? - ele gargalhou - você está cercado Bieber. Eu sabia que seria só uma questão de tempo até Chaz atrair vocês, foi bem fácil.

- Porque não dá a cara seu arrombado? - perguntei - sempre escondido, sempre fugido de todo o mundo, qual o seu problema em me enfrentar? 

- Tudo a seu tempo Bieber... Tudo a seu tempo. - riu e desligou a chamada. Eu iria matar aquele filho da puta. 

- Ele sabe que estamos aqui - disse fervendo - ele sempre soube que você estava aqui - disse encarando Chaz - isso tudo foi uma armadilha e nós caímos bem fácil nela. 

- E os homens lá fora? - Chris perguntou.

- Os homens servem Tyler agora, eu vou meter bala em todos eles e vamos embora daqui o mais depressa possível. 

- Justin se aclama - Chaz disse - tem um montão de homens lá fora, nós somos só quatro.

- E desde quando a quantidade importa? Qualidade prevalece irmão - disse e todos soltaram um sorriso. Abri o cofre e tirei todas as armas pesadas, cada um se colocou em pontos estratégicos da casa e a partir daí foi cada um por si. Mirei na cabeça de três deles e foi morte súbita. Quantos mais apareciam, mais tiro eu soltava. Aquela cidade era minha e Tyler não ia vencer assim tão fácil. Já deixei tudo bem fácil para ele quando decidi fugir da cidade, mas agora eu não posso mais me acovardar, eu precisava honrar meu nome e essa cidade. 

Um tempo depois todos os homens já estavam mortos. Foi bem fácil matar eles, então eu me perguntei que tipo de homens eu tinha contratado para proteger minha família. Entramos na van e dirigi a alta velocidade até à pista onde o jato nos esperava. Mas aquela não seria uma despedida, eu iria voltar e recuperar tudo o que um dia já foi meu. 

 

Continua...