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História You're All That Matters - Capítulo 8


Escrita por: __Alicia__

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction You're All That Matters - Capítulo 8

Selena P.O.V

Chaz estava em frente daquele computador já fazia umas três horas. Não conseguia ficar parada, precisava de algo que me distraísse, porque Justin consumia a minha cabeça, ele era tudo em que eu conseguia pensar naquele momento. 

- Cerca de dois meses atrás, Justin me pediu para colocar rastreadores em vários objetos pessoais dele, tais como o carro, celular, carteira e até alguns sapatos e roupas. 

- Então você pode encontrar ele bem fácil certo? - perguntei ganhando esperança, mas o seu rosto me mostrou o contrário. 

- Vai ser muito mais difícil do que eu pensava - ele disse - quase todos os rastreadores a que eu tenho acesso estão no mesmo local, onde houve a explosão. Só tem mais uns três que eu não consigo acessar, não nessa zona da cidade. Eu preciso voltar para meu escritório, só de lá conseguirei descobrir onde se encontram. 

- E se ele deixou tudo para trás e fugiu do país? - perguntei e ele me olhou com ar de que essa seria a opção mais provável. 

- Selena, se Justin estiver vivo e não quiser ser encontrado, ele não será - ele disse. 

- Nós precisamos tentar. 

- E iremos - ele disse sorrindo. 

Me confortou sabendo que Chaz era o único que estava decidido a colaborar comigo e me ajudar a tentar achar Justin. Eu não conseguia me conformar com a ideia de que ele podia estar morto, então eu me enganava a mim própria, tornando essa opção quase impossível. 

Arrumei uma pequena mala com algumas roupas e fui com Chaz para seu escritório. Aquilo era bem escondido e aí eu percebi que ele jogava sujo também. Que não jogava pela lei. Seria impossível rastrear tantas pessoas e seguindo a lei. Mas eu não me importava mais com regras, neste momento, Justin estava acima da lei e meu foco era achar ele, estando vivo ou não. 

Chaz se sentou em sua cadeira e ficou em frente do computador, mexendo e remexendo em vários programas. Eu não conseguia entender nada do que ele estava fazendo, mas ia fazendo algumas perguntas. Se era para encontrarmos ele, iriamos fazê-lo juntos. 

 

Dias se passaram e nada. Não conseguíamos rastrear nada, não haviam pistas, nada. Eu estava dando em maluca. Liguei para Nádia avisando que estava passando mal, não podia deixar ela lidar com todo o trabalho sem pelo menos lhe dar uma satisfação. 

- Achei! - Chaz deu um grito me fazendo acordar dos meus pensamentos - ele está em Espanha! 

- Espanha? - arqueei a sobrancelha - qual a probabilidade disso? 

- Eu não sei, mas precisamos ir o mais urgente possível. 

- Chaz você precisa ficar e continuar procurando, ele pode estar nos tentando enganar poupando tempo para conseguir fugir sem deixar rasto. 

- Selena você não pode ir sozinha - ele disse - é demasiado perigoso. 

- Não importa, eu preciso fazer isso. 

- Bem, mas não pode fazê-lo sem nós - nesse momento Ryan e os meninos entraram pelo escritório me fazendo sorrir - iremos juntos e iremos encontrar ele juntos. 

- Obrigada Ryan! - sorri e lhe deu um abraço apertado. 

- Me desculpe por não ter percebido mais cedo que você poderia estar certa. 

- Eu entendo - balancei com a cabeça - o choque falou mais alto. 

- O jato está pronto - Jaxon disse checando seu celular - temos que nos apressar. 

- Chris você fica aqui e dá um jeito de ajudar Chaz - Ryan disse e ele assentiu - achem os outros rastreadores e nos liguem se tiverem notícias, só voltaremos para casa com Bieber junto. 

Todos assentimos e fomos nos preparar. Jaxon dirigiu até ao edifício onde o jato nos esperava. 

Doze horas, seria o tempo da viagem. Tinhamos imenso tempo para preparar um plano, mas aparentemente Jaxon já tinha uma ideia. 

- Quando eramos pequenos, nosso pai nos levou a um bairro lá em Espanha, dizendo que tinha uma surpresa para nós. Dois condomínios gigantescos, um para mim e outro para ele. Ele disse que se no futuro tivessemos a chance de mudar nossas vidas e ter uma vida melhor, que aquele lugar seria a melhor opção. Chaz me enviou a morada e bate certo com a morada do bairro, por isso, ou Justin me enganou bem, ou foi muito burro em se esconder ali porque ele sabia que eu o iria encontrar. 

Toda eu rezava para que ele tivesse sido burro o suficiente e estivesse apenas escondido ali, porque meu coração não irá aguentar mais um dia sem ele. Não irei aguentar a agonia de acordar todos os dias sem saber se ele está vivo ou não, se está seguro ou não. 

Ryan recebeu uma chamada e assim que desligou lançou um olhar a Jaxon.

- O que houve? - perguntei. 

- Chris ligou - ele disse calmo - a polícia identificou o corpo de Carter. Tem mais três que ainda não foram identificados. 

- Bom, pelo menos sabemos que esse filho da puta está ardendo no inferno - Jaxon disse com desdém. 

Eu me mative calada, juntei meus joelhos a meu tronco e me abracei. Eu estava realmente passando mal. Justin era só meu patrão, aparentemente, mas tudo havia mudado. Assim que nos beijamos pela primeira vez, eu soube que ele iria mudar a minha vida. Eu realmente queria que ele estivesse aqui, me zoando e me fazendo rir. Mas eu preciso ser forte.

 Ryan interrompeu meus pensamentos se sentando na minha frente. Jaxon havia pegado no sono.

- Ele vai aparecer - Ryan me confortou, sorrindo. 

- Deus queira - suspirei. 

- Bieber é um cara rijo, ele não iria se deixar ali para morrer - ele disse - lamento não ter percebido isso antes.

- Tudo bem Ryan - sorri - você está aqui agora. 

Ele sentou do meu lado me abraçando. Encostei minha cabeça em seu ombro e acabei por adormecer. 

 

Acordei e o jato já havia aterrado. Os meninos estavam se preparando e logo pulei da poltrona, troquei para algo mais discreto. Vesti uma calça jean preta, uma blusa preta e meu casaco de couro preto. Decidi calçar uma bota preta também. 

Saímos do jato e uma van preta nos esperava. Ryan cumprimentou o condutor e os três entramos para a parte de trás. Jaxon deu a localização exata para o condutor que nos levou ao local num piscar de olhos. 

Assim que saímos da van, Jaxon suspirou fundo. 

- É essa a casa - ele disse batendo a porta atrás de si. 

- Como que a gente vai entrar? - perguntei. 

- Está esquecendo que meu irmão é o dono disto? - ele disse - eu sei todos os seus códigos e todas as suas manhas. 

Jaxon digitou um código no teclado que se encontrava junto da campainha e logo o portão se abriu com um clique. Ele tomou iniciativa e entrou primeiro, e logo Ryan e eu o seguimos.  A casa parecia estar sendo cuidada, o que significa que alguém vem cá regularmente tratar da manutenção. 

- Eu vou na garagem descobrir se o carro está lá - Jaxon disse - entrem por aquela porta e vasculhem a casa toda, não está aqui ninguém. 

- Como você sabe? - perguntei. 

- Se alguma segurança estivesse nessa casa, com certeza já estaria apontando para nós - ele disse e saíu em direção à garagem. 

Ryan foi na frente e eu o segui. Meu coração estava a mil, minhas pernas estavam trémulas e eu me sentia ansiosa. Entramos sem fazer barulho e, aparentemente a casa estaria vazia. Fazia até eco o som do meu salto batendo contra o chão. 

- Você fica cá em baixo e procura por todas as divisões daqui, eu vou subir - Ryan disse e eu assenti. 

Decidi começar pela cozinha, mas era óbvio que ele não iria estar na cozinha. Vasculhei por todas as portas, mas uma delas estava trancada e me deu uma certa curiosidade. Eu sabia que ele não iria estar ali, mas com certeza aquela sala tinha alguma coisa que ele não queria que fosse encontrando. Tirei do meu cabelo um gancho e tentei abrir a porta. Todas aquelas séries de policiais que eu assisti minha vida toda, teriam que servir para alguma coisa. Finalmente tinha conseguido destrancar a porta e, assim que entrei, meu coração parou. 

A sala estava cheia de armas. As parede estavam cobertas com todo o tipo de armas. Era assustador. Não tinha noção de todo o periogo que este mundo tráz para as pessoas. Tinha uma arma de porte pequeno em cima da mesa, e assim que verifiquei que estava carregada, coloquei na minha cintura e a tapei com a minha blusa. 

Saí da sala e fechei a porta. Ryan apareceu no exato momento e sua cara de desânimo era notória. 

- Nada? - perguntei e ele abanou com a cabeça. 

- O carro que Chaz rastreou não está aqui, mas tem outro carro - Jaxon disse aparecendo - eu acho que não é Justin que está morando aqui, precisamos ir embora. 

Nesse momento o portão da frente fez barulho se abrindo. Jaxon fez sinal para que Ryan me levasse para as traseiras da casa e aí encontramos uma porta que dava total acesso à rua principal. Uns minutos depois, Jaxon apareceu e sua cara estava pálida. 

- O que aconteceu Jaxon? - perguntei preocupada - era ele? 

- Não - ele disse gaguejando - era meu pai. 

- Seu pai? - Ryan arqueou a sobrancelha - o que ele estará fazendo em Espanha.

- Pois eu não sei - ele disse, mas eu tinha a certeza que ele estava escondendo alguma coisa.

- Você por acaso não está escondendo nada, está? - perguntei. Não consegui evitar. Se estamos juntos nessa, é para ser honesto e jogar limpo. 

- Vamos embora - ele disse ignorando minha pergunta e entrando na van. 

Fiquei fula. Primeiro se conforma com a suposta morte de Justin e agora se arma em chefão de toda a operação. Entrei na van e ficamos calados a viagem toda. Percebi que estavamos indo de encontro com o jato de novo e eu fiquei fitando eles.

- Você já vai desistir? - perguntei incrédula. 

- Selena não enche meu saco, por favor - ele disse arrogante e entrou no jato. 

- Isso é impossível! - disse batendo o pé - como que ele está desistindo tão fácil? 

- Algo aconteceu na casa e isso é notório Selena - Ryan disse - vamos tentar não aborrecer ele e logo eu vou descobrir o que houve. Vamos continuar rastreando Justin lá do escritório de Chaz. 

Mesmo antes de pisar a escada do jato, Ryan recebe uma chamada e, assim que desliga, sua pele parecia estar branca. Ele parecia estar passando muito mal mesmo. Me aproximei e segurei seu braço. 

- Ryan, está tudo bem? - perguntei e ele permaneceu calado. 

-Ryan fala comigo porra! - gritei abanando ele. 

- Ele... - gaguejou - Justin...

- O que tem o Justin, Ryan? Me fala de uma vez!

- Eles encontraram o corpo dele... - Ryan murmurou e desatou a chorar, entrando no jato de imediato. 

Não conseguia sentir minhas pernas. Meu coração estava fraco, sentia meu sangue frio, como se fosse morrer também. Me deu um nó na garganta. Um sufoco inexplicável, que só parou quando comecei a chorar desesperadamente. Eu tinha tantas esperanças de que ele estivesse vivo e estaria voltando para a gente. 

Me arrastei até ao jato e encontrei Jaxon chorando. Não havia sinal de Ryan, provavelmente estaria na casa de banho. Me sentei em uma das poltronas e encostei meu corpo. Eu já soluçava de tanto chorar e aquela dor estava me sufocando. Eu queria que ela sumisse, porque eu não estava aguentando. Estava doendo mais do que levar um tiro. Acabei adormecendo, mas mesmo dormindo, Justin ocupava minha cabeça. Como podia isto terminar deste jeito? 

Acordei a meio da noite. Ainda íamos a meio do caminho. Ryan estava estendido numa poltrona dormindo, sua cara estava roxa de tanto chorar. Acho que minha também. Desviei meu olhar para Jaxon que estava vidrado na tela do seu celular, que tinha uma foto dele e de Justin. Me aproximei e logo ele limpou as lágrimas. Me sentei do seu lado e apenas o abracei. Ficamos assim por algum tempo, abraçados, chorando no silêncio. 

- Eu tive tanta esperança Jaxon - disse entre soluços. 

- Todos tivemos Selena - ele disse tentando não mostrar a voz trémula. 

Voltamos ao silêncio. A único barulho era o soluço de meu choro. Eu estava me sentido muito mal. Como no dia em que meu pai nos tinha abandonada. 

 

Chegamos a casa de Chaz e eles estavam de rastos, no sofá, com as caras inchadas e os olhos vermelhos. Podia sentir o cheiro de maconha no ar, mas nem dei muita importância. Me joguei no sofá do lado de Chaz e encostei minha cabeça em seu ombro. 

- Eu pensei que iriamos achar ele - Chaz disse quase em um sussurro. 

Meus olhos se encheram de lágimas, não pude evitar. Não conseguia falar mais nada. Permaneci com a cabeça encostada em seu ombro e ele me abraçou de lado. 

Depois de algum tempo de silêncio, decidi quebrá-lo. 

- Eu acho que vou para casa - disse. 

- Quer uma carona? - Ryan perguntou. 

- Não, eu vou sozinha. Preciso estar sozinha nesse momento. - disse e eles assentiram - se cuidem meninos. 

Dirigi a alta velocidade e só parei na praia onde eu tinha levado Justin para espairecer daquela vez. Me deitei na areia, olhando as estrelas e pensando em como eu desejava que tudo aquilo fosse verdade. Chorei muito. Chorei até não ter mais lágrimas e depois fui para casa. Me deitei na cama e meu cérebro começou apagando, até que adormeci. 

 

Os meses se passaram e eu deixei de visitar os meninos. Depois do velório de Justin eu precisava me focar em minha carreira. Já que ele tinha me deixado a empresa e sua casa, eu decidi mudar minha vida. Me mudei para sua casa e assumi o papel como nova chefe da empresa. Ryan e Chris me deixaram liderar sozinha, eles precisavam se recuperar também. Convidei Nádia para ser meu braço direito, visto que eu precisava de muita ajuda para reperar todo o tempo que estive fora. 

Viver em sua casa me dava uma certa agonia, mas eu queria honrá-lo de algum jeito. Ele ter acreditado em minhas capacidades e ter me aceite como sua assistente pessoal, sem nem me conhecer. Me integrou em todos os assuntos, me fez sentir acolhida, pela primeira vez na vida. 

Mas a vida continua e eu precisava mudar tudo. Precisava de uma nova mudança na minha vida. 

 

Continua...

 



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