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História You're my Fallen Angel - Confusão


Escrita por: drinkblood

Notas do Autor


Olá meu amores <3
Não me matem por sumir, mas minha vida está uma baderna. Semana de provas na faculdade, tudo muito corrido.
Não quero abandonar vocês e sempre que puder vou postar um capítulo, mesmo demorando um pouquinho.
Espero que me entendam.
Sem mais desculpas, boa leitura!!

Capítulo 11 - Confusão


Fanfic / Fanfiction You're my Fallen Angel - Confusão

Acordei, observando pela janela o sol se pôr. Acendi o abajur e olhei para minhas mãos. Os meus dedos continuavam escuros por causa do que quer tenha acontecido comigo. Senti meu estômago se revirar. Levantei da cama, indo até o banheiro com os pés descalços.

Tirei minhas roupas e entrei sob o jato forte de água morna que saía do chuveiro. Espalmei as mãos na parede do banheiro e repassei os últimos acontecimentos do meu dia.

Beijo do Jett. Interrogatório policial. Uma lacuna em branco ou quase em branco do momento em que eu perdi o controle a matei o policial. Visita do Jett. Beijo do Jett.

O beijo do Jett. Que diabos estávamos fazendo?

Eu e Jett éramos basicamente irmãos. Nunca imaginei que cruzaríamos uma linha tão tênue. Nunca imaginei que sentiria meu coração parar de bater ou bater mais forte pelo meu melhor amigo.

A única coisa que eu sabia era que precisava entender o que estava acontecendo. O que meus pais escondiam sobre eu e Jett. O que o céu, os anjos, os arcanjos e ironicamente, até o que Deus tinham a ver com tudo isso.

Esfreguei minhas mãos por mais tempo que o necessário, tirando as marcas de queimado. As queimaduras já tinham sumido, graças ao sangue angelical que corria pelas minhas veias. Tive vergonha pelos dois segundos que amaldiçoei por não ser uma adolescente normal.

Fechei o registo do chuveiro e saí do box, me enrolando com a toalha. Abri o meu armário e peguei minha calça jeans preta com enormes rasgos em toda a sua extensão. Coloquei uma blusa, um casaco, vesti meus coturnos.

Peguei meu celular e vi três mensagens de Jett. Suspirei. Eu devia focar. Precisava de foco.

Peguei minha aljava, as flechas e o meu arco. Também coloquei uma faca na bainha presa na minha coxa esquerda. Levantei a janela e facilmente me esquivei pelo telhado do quarto. Tudo aquilo parecia familiar. O modo que eu escapava pelo telhado, minhas roupas, até os meus passos. Mas era tudo diferente.

Saltei do telhado e pousei em frente à entrada da minha casa. Olhei de relance para a janela e vi Trevor me olhando pela janela. Levei um dedo enluvado aos lábios e juntei as mãos como se dissesse “por favor”.

Ele assentiu levemente e fechou a janela. Eu sorri e corri em sentido a floresta. O caminho já estava gasto de tanto que eu andava por lá. Mas dessa vez eu iria procurar alguma coisa. Eu iria procurar respostas.

O ar da floresta era familiar. Aquele misto de ar úmido e quente, mas ao mesmo tempo, fresco.

Optei em virar à esquerda, fazendo um novo caminho e me esquivando de galhos pendurados e troncos derrubados. Já estava escuro, e eu podia ver o reflexo da lua despontando sobre as árvores.

Meu coração martelava no peito por causa da corrida rápida e também por eu estar com alguns flashes insuportáveis do que tinha acontecido com os policiais.

Aquilo era estranho. Muito estranho. Aqueles policiais não me convenceram. E eu sentia aquilo. Tinha alguma coisa que eu não lembrava. Então, de repente eu parei. Olhei para cima, vendo uma sombra se movimentar rapidamente sobre as árvores, nos galhos.

Levei minha mão para trás, alcançando uma flecha. Um galho estalou do lado esquerdo e eu me virei, esticando a linha do arco, puxando meu braço para trás. Mas me detive por um segundo.

- Jett? – Perguntei em voz baixa.

Não obtive resposta. Esperei mais alguns segundos e os sons pararam.

“Podia ser algum animal. ” – Pensei.

Dei mais cinco passos antes de uma sombra saltar em minha frente. Reprimi um grito e estiquei meu arco, apontando a flecha no centro do peito de quem quer que fosse.

- Uau. Você é perigosa. Eu já falei que amo perigo? – Ele falou roubando uma de minhas frases.

- Eu quase te matei, sabe. – Eu falei abaixando meu arco.

Maven sorriu, tirando o cabelo preto dos olhos.

- O que está fazendo aqui? – Perguntei franzindo o cenho.

- Eu moro a dois quarteirões daqui. Normalmente eu subo nas árvores e procuro um pouco de paz. – Ele respondeu sorrindo.

- Família difícil? – Peguntei e ele apenas sorriu. E então o sorriso morreu.

- Você está bem? Depois de ter presenciado aquele assassinato, coisa e tal...

- Estou bem. – Sorri em agradecimento. A lembrança do garoto que eu beijei na cachoeira era distante, como se fosse um sonho.

- Mas e então – Ele disse passando o dedo pela borda do meu arco. – Treinamento para algum concurso?

Eu ri baixinho, balançando a cabeça.

- Apenas costume de infância. Não saio sem isso aqui.

- Imagino você na faculdade flechando os cuzões que passam cantada sobre o quanto você é gostosa.

Meu sorriso foi morrendo e eu cerrei os lábios.

- Merda, isso foi meio machista.

Revirei meus olhos e passei na frente dele, caminhando mais adentro da floresta.

- Poxa, não fique chateada. Onde foi aquela garota que eu conheci na festa? – Ele falou em um tom brincalhão e eu ri balançando a cabeça.

- Aquela é apenas uma pequena parcela de mim. Bem escondida. Profundamente escondida.

- Mas por algum motivo você me deixou ver aquela parcela. E eu gostei do que vi. – Ele falou e segurou meu braço, me fazendo parar. – Por que você não mandou mensagem? Ou ligou?

Mordi meu lábio inferior e olhei para cima, vendo a lua brilhar.

“Não liguei porque estava muito ocupada sentido os lábios de Jett sobre os meus. ” – Pensei e finalmente olhei para ele.

- Maven, foi legal ficar com você. Aquela coisa toda de vibe adolescente, bebidas e loucuras... mas acabou ali mesmo.

- Mas você não me deu nem uma chance, Kirsten. Assim como você, eu tenho uma parcela que nunca deixo transparecer. E no momento, essa parcela está gritando para te encostar nessa árvore e te beijar.

Beijar. Beijar. Beijo. Jett.

Eu não podia fazer isso novamente. Não com ele.

- Eu... eu não posso, Maven. Me desculpe.

Ele franziu a testa e deu uma risada ser humor.

- Você tem namorado então?

Balancei minha cabeça em negativa.

Maven levou ambas as mãos para as laterais do meu rosto, olhando em meus olhos. Meu celular vibrou no bolso. Ignorei.

- Eu não vou te prometer nada, Maven. Nem uma chance de me conhecer melhor, nem para ser sua namorada. Não tenho tempo para...

Ele tocou meus lábios com os seus, tirando o arco de minhas mãos e apoiando no chão. Suas mãos continuaram segurando minhas bochechas quando minhas mãos seguraram seus braços.

Meu cérebro gritou, dizendo que aquilo era errado de cento e uma maneiras. Quando fui me afastar de Maven ele foi arrancado de mim. Pisquei desnorteada por causa do beijo e vi Maven no chão, com uma sombra sobre ele.

Agarrei meu arco e flecha e disparei em direção ao atacante. Ele ofegou quando a ponta da flecha passou em sua orelha e um filete de sangue escorreu. A flecha foi fincada ao lado da cabeça de Maven.

A bela sombra virou e seus olhos cor de avelã se concentraram nos meus. Senti o chão se abrir sob meus pés. Jett.

Ele se levantou e senti meu coração doer pela decepção que estava estampada em seus olhos e então, a fúria. Não fui rápida o suficiente para impedi-lo de chutar Maven e desferir socos.

- Jett! Pare! – Gritei agarrando sua jaqueta, puxando-o para longe.

Ele se esquivou de minhas mãos, o corpo tremendo. Quando tentei me aproximar, ele balançou a cabeça e se afastou para a escuridão das árvores.

Não olhei para Maven. A vergonha escorria sobre mim como chuva. Então corri atrás de Jett.

- Jett! – Gritei e ele parou bruscamente, virando para mim com a expressão enfurecida.

- Kirsten, o que você quer de mim? Porra! Eu não sei mais o que fazer, não sei mais qual é a sua. – Ele colocou as mãos na cabeça e então socou a árvore.

Me encolhi e dei um passo para frente. Eu estava bagunçando a mente dele e a minha também.

- Nós somos amigos, Jett. Quase irmãos. Não podemos...

Jett riu sem um pingo de humor.

- Isso, continue repetindo isso pra você, quem sabe faz algum efeito.

- Você acha que é fácil pra mim? – Perguntei espalmando a mão no peito.

- Aparentemente é! A cada dois dias eu pego você com a língua na boca de outro cara, Kirsten, não consigo acompanhar.

Senti a raiva instantaneamente crescer em meu peito.

- Eu não te devo satisfações, Jett!

- Então pare de dar alarmes falsos. Você sabe que eu amo você, Kirsten, e não como a porra de dois amigos de infância.

Parei, absorvendo o que ele me disse. Que porra estávamos fazendo?

- O que seu pai disse, Jett?

- De que merda você está falando?

- Seu pai. Patch Cipriano. Conhece? O que ele falou quando nos pegou se beijando no quarto?

Ele cruzou os braços me encarando com expressão teimosa.

- Acho melhor você ver como o seu namorado está.

Ele virou as costas e eu tive vontade de soca-lo.

- Não vire a porra das costas pra mim, Jett!

Então ele virou e avançou, agarrando meus braços, me empurrando até eu estar com as costas completamente contra uma árvore.

- Ele disse para eu não partir o seu coração, Kirsten. Mas aparentemente quem vai precisar de um conserto sou eu.

- Por que? – Falei, revirando os olhos. – Não é você que já tem um amor? Não foi isso que você chamou quem quer que estava do outro lado do telefone aquele dia?

O olhar dele vacilou e eu sorri em satisfação.

- Não cobre de mim o que você mesmo não consegue me dar, Jett.

- Eu não te devo explicação. – Ele me disse me soltando.

- Ótimo.

Levantei meu queixo, desafiando ele com o olhar.

- Só não esqueça, Kitty – Ele usou o apelido, a porcaria do apelido que usava quando tinha três anos de idade. – Que quando você precisar conversar e o babaca ali esmagar o seu coração, estarei a menos de cinquenta passos da sua casa. E quando você ver o que quer que seja que te assusta quando pisa nessa floresta, também estarei no mesmo lugar para você.

- Não estou te banindo da minha vida, Jett. Só estou dizendo que...

Ele balançou a cabeça.

- Está dizendo que não quer ficar comigo.

- Nossos pais não concordariam, Jett. Você sabe.

- Nossos pais também não concordam com você aqui essas horas no meio da floresta, Kirsten. E você nunca se importou com regras. A questão aqui é as suas prioridades.

Fiquei calada e observei enquanto ele esmagava as folhas mortas no chão e refazia o caminho para casa.

Peguei o meu celular no bolso e vi a mensagem que tinha vibrado no momento em que Maven me beijara.

Jett: estive pensando em nós dois. Me encontra na clareira? Preciso te entregar uma coisa.

Foi minha vez de socar a árvore.


Notas Finais


Até o próximo <333


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