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História You're My Home - Nada Está Tão Ruim Que Não Possa Piorar


Escrita por: anagranger

Notas do Autor


Heey galerinha!!
Voltei com mais um capítulo!! Desculpem a demora!!
Eu demorei pra escrever esse, mas gostei do resultado e espero de coração que vocês gostem tbm!!

Capítulo 28 - Nada Está Tão Ruim Que Não Possa Piorar


Fanfic / Fanfiction You're My Home - Nada Está Tão Ruim Que Não Possa Piorar

Lauren’s POV

 

A vida só pode estar de brincadeira comigo. O Universo deve ter algo contra mim. São as duas únicas coisas que consigo pensar enquanto dirijo sem rumo por Miami, com as lágrimas me tomando de forma intensa.

Depois da semana horrível que eu tive longe de Camila eu havia pensado que finalmente ficaríamos bem, mas o mundo havia desabado na nossa começa quando os pais dela apareceram na nossa frente.

Pânico. Foi tudo o que eu senti naquele momento, apesar de ter tentado parecer firme para não amedrontar ainda mais a minha namorada. Por dentro, no entanto, meu corpo era tomado pelo pânico. Pânico do que viria a seguir. Pânico de que eles nos separassem. Pânico de ser presa. Pânico de não ter mais Camila.

Eles nos afastaram de forma brusca e a levaram para longe de mim sem deixar nem ao menos que nos olhássemos direito.

Foi quando eu senti as lágrimas finalmente escaparem ao meu controle e apenas consegui murmurar para Camila, quando ela me olhou, que continuávamos juntas e assim iriamos passar por isso.

Eu já estava andando sem rumo por Miami a uns quinze minutos, sem saber para onde ir. Eu precisava conversar com alguém, mas não fazia ideia de para onde ir. Até que, por fim, me vi estacionando na frente da casa de Normani. Se alguém poderia me ajudar e aconselhar naquele momento era a morena.

Bati à porta e tia Andrea atendeu, sendo logo tomada pela preocupação ao ver o meu estado, com o rosto vermelho e soluçando.

- Lauren! Filha, o que aconteceu? – Ela me tomou em um abraço demorado, no qual eu me deixei envolver. – Normani! Normani, desça aqui! – Ela chamou a filha que não demorou a descer apressadamente as escadas.

- O que aconteceu? – Ouvi minha amiga perguntar também, ao me ver nos braços da sua mãe, mas eu não me importava com nada no momento.

Senti as duas me conduzirem até a sala da casa onde Dereck se juntou a elas me amparando e me conduzindo até o sofá. Andrea se sentou comigo ainda me abraçando e Normani se afastou voltando alguns instantes depois com um copo de água que eu tomei devagar, conseguindo me acalmar um pouco no processo.

Dereck e Andrea se sentavam um a cada lado meu, com a mulher passando a mão incessantemente nos meus cabelos para me acalmar. E Mani estava ajoelhada a minha frente com uma expressão preocupada. Ela sabia que eu iria me encontrar com Camila hoje.

- Vocês... vocês terminaram? – Ela perguntou insegura. Seus pais a olharam confusos.

Eu neguei com a cabeça.

- Os... os p-pais... – minha voz falhou e eu recomecei. – Os pais dela...

Eu não precisei terminar. O olhar de terror nos olhos da minha amiga me provou que ela havia entendido a situação. Novas lágrimas se formaram nos meus olhos e a morena me abraçou, sussurrando no meu ouvido que tudo ficaria bem.

Quando minha amiga me soltou, seus pais, ainda confusos, trocaram olhares e sua mãe tomou a palavra:

- Nós vamos sair um pouco. Deixar vocês duas à vontade para conversar.

- Não... – Eu tentei negar, mas os dois me repreenderam com o olhar, então eu apenas concordei e disse: - Obrigada. Por tudo.

Os dois deixaram um beijo na minha testa e na testa de Mani e pegando a chave do carro saíram rapidamente.

Minha amiga se sentou no sofá ao meu lado me abraçando e me pedindo para explicar o que havia acontecido.

Eu contei tudo, desde quando Camila chegara ao parque à minha “conversa” com os pais dela. Mani me ouviu em silêncio e quando eu terminei de falar ela disse:

- Calma, Laur! É compreensível que eles tenham ficado assustados em um primeiro momento. Eles pegaram a filha deles com outra mulher, que por acaso também é professora dela. Pode ser que com calma, após uma conversa, eles entendam melhor.

- Você ouviu o que eu contei sobre eles falando do namoro do Niall e da Ally. Eles são conservadores à ponto de não gostarem de um namoro entre pessoas de idades diferentes. Eles falaram declaradamente que não acreditam que duas pessoas do mesmo sexo possam se amar. Você acha mesmo que foi apenas coisa do momento? Não, Mani, eles não vão mudar de opinião. E deixaram bem claro que vão me afastar da Camila.

- Você acha que eles vão te denunciar? – Ela perguntou preocupada.

- Sinceramente, a essa altura eu estou esperando qualquer coisa. – Admiti. – Logo agora que eu pensei que as coisas ficariam bem. Nós duas estávamos bem. Ela tinha me perdoado.

Voltei a chorar e Normani acariciava minhas costas em sinal de apoio.

Nós ficamos assim por alguns minutos, até que eu me levantasse procurando meu celular.

Eu tinha quase certeza que seus pais haviam tirado o seu celular, mas não iria deixar de tentar falar com ela.

Tentei quatro vezes antes de desistir, sabendo que o celular não estava mais com ela. Também não havia sinal dela em nenhuma rede social. Sinal que seus pais haviam, provavelmente, tirado seu notebook também.

No início da noite os pais de Mani voltaram, mas não me fizeram nenhum tipo de pergunta, preferindo manter minha privacidade. Eu também não comentei nada com eles, apenas agradeci novamente pelo apoio e aceitei seu convite para jantar, apesar de não sentir fome alguma.

Andrea era de muitas formas parecida com a minha mãe no sentido da superproteção e ao ver que eu apenas brincava com a comida no prato me obrigou a comer pelo menos metade do seu conteúdo. Afinal, nas palavras dela, “saco vazio não para em pé”.

Enquanto ajudava Mani a lavar a louça eu perguntei:

- Você acha que eu deveria ir na casa dela? Tentar conversar com os pais dela?

- Em algum momento você vai ter sim que conversar com eles. Mas não agora. Eles ainda estão de cabeça quente. Nós não sabemos o que eles planejam fazer. É melhor esperar. Até amanhã, pelo menos.

- A Vero é uma boa advogada, não é? – Deixei o nervosismo falar por mim. – Ela consegue me tirar da cadeia?

- Você não vai para a cadeia, Laur. – Mani me encarou, séria. – Se eles tivessem te denunciado a essa hora já estaria a maior confusão. A polícia já estaria te procurando por aí. A Moralez já ia estar louca e teria me ligado para saber de você. Seus pais já estariam aqui na porta. Relaxa, que eles não fizeram nada.

- Brigada pelo apoio. – Eu disse irônica.

- Disponha.

Nesse momento, Andrea entrou na sala.

- Lauren, seu celular está tocando, filha. – Ela me estendeu o aparelho que havia ficado esquecido na sala após a minha última tentativa de falar com Camila.

Era Niall quem ligava e eu logo atendi, sabendo que o loiro poderia ter alguma notícia por meio de Ally.

- Fala, Horan. – Disse ao atender.

- Laur! Finalmente você atendeu. – Ele estava aflito. – Eu estou na Ally, a Camila e o pai dela acabaram de sair daqui. – Meu coração acelerou. – Ela veio se despedir da Ally. Eles vão fazer ela se mudar.

- MUDAR? – Eu gritei, chamando a atenção da família Hamilton Kordei. – Mudar para onde, Niall?

- Para a casa dos avós dela. Eu achei melhor te avisar para ver se dá tempo de você evitar tudo isso. O pai dela vai levar ela hoje à noite. Acho que assim que chegarem em casa.

- Brigada por avisar, loiro. Eu estou indo para lá agora mesmo.

Não esperei uma resposta por parte do meu amigo. O meu corpo todo tremia e eu procurava pelas chaves do meu carro, enquanto Normani e seus pais me olhavam preocupados.

- Laur! Laur! O Que aconteceu? – Normani me perguntava. – Onde você está indo?

Eu achei as minhas chaves na estante da sala e me voltei para Normani.

- Na casa da Camila.

- Lauren, é melhor não... – Ela tentou me aconselhar, mas eu estava fora de mim enquanto abria a porta da casa e os três me seguiam até o carro.

- ELES VÃO FAZER ELA SE MUDAR, MANI! – Eu gritei. – VÃO LEVAR ELA PARA LONGE DAQUI! E-eu não posso... não vou... deixar isso acontecer.

Eu entrei no carro mal olhando para trás e saí cantando pneu.

Ela vai se mudar! Eles vão fazer ela se mudar! Eu não posso perder a Camila!

Furei alguns sinais vermelhos no caminho e quase atropelei um homem que atravessava a rua, mas nada disso me fez parar. O desespero tomava conta de mim.

Eu virei a esquina da casa da latina quase perdendo o controle do volante e vi uma mulher parada na calçada da casa. Um carro se afastava ao longe. Meu coração falhou. Eu havia chegado tarde demais.

Parei o carro de qualquer jeito em frente a mulher e sai apressada, vendo o carro dobrar a esquina. Então me virei para a mulher loira que me encarava espantada.

- Vocês não fizeram isso! – Eu falei. – Vocês não podem tirar ela daqui!

- Não venha me dizer o que eu posso ou não posso fazer, sua aberração! – Ela me enfrentou. – Ela é minha filha. Eu não vou deixar você continuar levando minha filha para um mundo de pecado e sujeiras junto com você, me entendeu? Ela vai para um lugar seguro. Longe da sua influência. E vai voltar a ser a minha menina, a minha Camila.

- Ela continua sendo a sua menina, a sua Camila.

- Não. Você fez ela mentir para nós. Levou ela para esse mundo sórdido que você vive.

- Eu amo sua filha, Senhora Cabello. – Eu insisti.

Ela deu uma gargalhada irônica.

- Isso não existe. Amor entre duas mulheres. Francamente. Você se aproveitou dela. Eu poderia te denunciar por isso, sabia? – Eu engoli em seco, mas permaneci firme na frente dela. – Eu só não vou fazer isso porque não quero nenhum escândalo envolvendo a minha família. Mas a Camila vai passar o resto do ano letivo em outra cidade e depois seguirá para a faculdade, como ela quiser. Ela pode estar triste e até revoltada conosco agora, mas até lá ela irá perceber que nós só fizemos isso para o bem dela. E ela vai seguir os planos dela e a carreira dela, sem nem lembrar da sua existência. Ela vai perceber que era uma tentação passageira. Você vai se afastar dela, vai esquecer que minha filha existe e vai deixá-la viver sua vida em paz.

Eu deixei que aquela mulher falasse tudo o que tinha para me falar, sentindo a raiva crescendo cada vez mais dentro de mim. Quando ela terminou eu dei um passo para frente, me aproximando dela. Pela expressão dela o meu rosto devia ser muito ameaçador no momento, mas ela permaneceu parada à minha frente. Quando falei minha voz refletia toda a minha raiva:

- Eu nunca... NUNCA... vou deixar a sua filha. Não importa a distância física que você e o seu marido imponham sobre nós. Não importa se eu estou em Miami e a Camila na Indonésia. Nós duas iremos continuar juntas. Nós iremos sobreviver a isso. Sabe por quê? - Nós duas nos encarávamos como se pudéssemos fuzilar uma à outra com os olhos, mas ela não me interrompeu em nenhum momento. – Porque eu acredito no nosso amor. E ela acredita também. Nós não precisamos que você acredite. Basta que nós duas acreditemos e nós vamos conseguir passar por tudo isso. Você pode colocar o obstáculo que você quiser, que nós vamos ultrapassar, porque nós acreditamos no que nós sentimos. Eu acredito no que eu sinto todas as vezes que eu olho para a Camila, todas as vezes que eu beijo ela, que eu sinto o cheiro dela perto de mim. E eu também acredito no que eu sinto quando eu faço amor com ela, quando eu sinto ela por inteiro, quando eu acordo com ela do meu lado depois de tê-la feito minha. – Eu já não estava me importando mais se eu poderia ser presa. Eu só queria que ela entendesse, de uma vez por todas, que eu não iria me afastar. Ela me olhava em choque com tudo o que eu havia dito. Acho que ela não acreditava que nós tivéssemos ido tão longe na nossa história. – Então eu não vou me afastar. Eu não vou desistir. A menos que essa decisão venha da Camila. E eu acredito o suficiente em nós para dizer que ela também não vai desistir da gente. Eu amo a sua filha. E ela me ama. Você não vai conseguir arrancar isso de nós duas.

Eu apenas senti a força da mão da mulher no meu rosto e a ardência posterior na minha face, no lado esquerdo, onde ela havia batido. Aquilo me fez ferver ainda mais de raiva.

- Nunca mais repita isso! – Ela disse elevando o tom de voz, mas sem chegar a gritar. – Você e sua depravação vão se afastar da minha filha! Eu estou mandando.

- Me bater não muda nada. – Eu disse controlando o meu tom de voz. – Eu continuo aqui e continuo amando a Camila. Eu continuo sendo a namorada dela. E não importa o que aconteça eu vou estar com ela.

Com esse aviso eu me afastei e entrei no meu carro, deixando a mulher ainda parada na calçada da sua casa.

Só agora eu me dava conta das coisas que havia dito. Eu havia dado um prato cheio se ela quisesse me acusar de estupro. Mas algo em mim acreditava que ela não me denunciaria, pelo bem da sua própria família. Ou, pelo menos, eu esperava que ela não me denunciasse. Eu poderia muito bem ter feito ela mudar de ideia com tudo o que eu havia dito.

Cheguei em casa, finalmente, e me estirei no sofá. Mas demorou muito para eu ouvir o soar da campainha. No caminho para casa eu havia checado meu celular. Havia umas cinco ligações de Normani, pelo menos umas dez de Lucy e Keana também havia tentado algumas vezes. Tenho certeza que Mani e Niall já haviam feito a notícia circular e não foi nenhuma surpresa alguém ter vindo até a minha casa, apesar do horário.

Eu abri, me deparando com Vero e Lucy, que carregava uma Olivia adormecida no colo.

- A Mani disse que talvez você precisasse de uma advogada. – Vero falou.

Eu deixei espaço para que elas entrassem e falei para Lucy deixar Ollie no quarto de hóspedes o que a mais velha aceitou tomando o caminho para as escadas.

- Eu queria vir sozinha. – Vero explicou. – Mas ela não deixou. Disse que queria te ver pessoalmente para ter certeza que está tudo bem.

Eu concordei com a cabeça conhecendo o jeito superprotetor de Lucy e segui para a cozinha da minha casa, abrindo um armário e pegando uma garrafa de vodka que eu tinha guardada ali. Peguei três copos e voltei para a sala.

- Tem certeza que quer beber? – Vero perguntou.

- Eu preciso. – Respondi.

Lucy estava descendo as escadas e logo se sentou ao lado da esposa no sofá, encarando a garrafa de vodka que eu já abria e despejava o conteúdo nos copos.

- Não tenho certeza se beber é o melhor negócio. – Ela falou.

- O melhor negócio seria ter minha namorada perto de mim. – Eu dei um longo gole no conteúdo do copo, fazendo uma careta logo depois, mas voltando a enchê-lo.

- Ela vai mesmo embora? – Vero perguntou.

- Já foi. – Eu disse de um modo amargo. – Quando eu cheguei lá ela já tinha ido. Foi morar com os avós. Eu conversei com a mãe dela. – As duas me olharam espantadas. – Discuti, na verdade. Ela disse que não vai me denunciar, que não quer escândalo. Mas eu disse umas coisas meio pesadas depois, então, ela pode muito bem mudar de ideia.

Dei mais um gole longo na vodka do copo.

- Lauren! – Vero me repreendeu. – Você não devia ter feito isso! Você pode ser presa, sabia?

- Jura? – Perguntei irônica. – É claro que eu sei, Veronica. Eu sabia no momento em que comecei tudo isso. E não me arrependo. – Olhei para os copos intocados na mão das duas. – Vocês não vão beber?

As duas negaram com a cabeça e eu peguei a garrafa de cima da mesa e passando a beber direto dela. Eu odiei ver o olhar de pena no rosto das minhas duas amigas. Me lembrou de quando Alexa tinha me deixado. Parecia até mesmo um flashback de quando as duas haviam me encontrado bêbada após receber aquele maldito SMS de Alexa, quase cinco anos atrás, e haviam me encarado com aquele mesmo olhar enquanto tentavam me levar para casa.

- Ela não me deixou. – Eu expliquei para as duas que me olharam confusas. – Ela não me deixou. Não precisam me olhar com pena. Ela não me deixou. Nós só estamos passando por um contratempo.

- Vocês vão continuar juntas, então? – Vero perguntou.

- É claro. – Eu respondi. – Namoro a distância. Nunca ouviram falar?

As duas ignoraram a minha pergunta e Lucy devolveu com outra:

- Já falou com ela?

- Não. – Respondi. – Os pais dela estão em cima. Vou ter que esperar um pouco.

As duas concordaram e nós ficamos ali em silêncio. Eu bebendo e as duas me encarando, esperando que eu desabasse. Elas me conheciam bem o suficiente para saber que isso aconteceria. E aconteceu quando a garrafa já estava quase vazia.

Eu chorei tudo o que eu já havia chorado com Normani e muito mais. As duas me ampararam exatamente como haviam feito anos atrás. E por um instante eu tive consciência de agradecer pelos amigos que eu tenho, antes de apagar ali no sofá mesmo, exausta de tanto chorar.

 

 

Eu acordei no domingo com um barulho na cozinha e só aí me dei conta de que ainda estava no sofá da minha casa e vestida com a roupa de ontem. Minha cabeça explodia de dor devido à quantia que havia bebido antes de dormir. E o barulho que eu ouvia na cozinha eram minha mãe e Lucy preparando o café. As duas cochichavam alguma coisa, mas quando escutaram o gemido de dor que eu dei ao levantar, elas se viraram e minha mãe falou:

- Seu comprimido está na mesa de centro.

- Não precisa gritar mãe! – Eu exclamei. Para as pessoas normais o tom de voz dela estava normal, mas para mim, naquela ressaca, parecia que ela tinha falado com um autofalante.

Eu encontrei o comprimido e o engoli com um pouco de água que tinha em um copo ao lado. Peguei o copo e me forçando a levantar segui até a cozinha e perguntei para Lucy:

- Vocês dormiram aqui?

- Aham. Você apagou no sofá e nós não conseguimos te acordar. Achamos melhor ficar por aqui. A Vero e a Ollie estão brincando no quarto de hóspedes. Eu liguei hoje cedo para a sua mãe.

- Até porque se depender de você para me contar as coisas eu nunca iria descobrir. – Minha mãe falou dramática, como sempre.

- Mãe, eu mal estava pensando ontem.

- Eu sei que não. Ir brigar com a mãe dela, Lauren? Isso não é mesmo coisa de quem está pensando.

- Eles levaram ela embora, mãe! O que você queria? – Eu elevei um pouco a voz, mas minha cabeça voltou a latejar então eu a diminui no mesmo instante.

- Eu sei. Eu não concordo com o que fizeram. Mas você precisa ser a adulta da situação, Lauren. Eles podem te denunciar, você sabe disso. E brigar com a mulher não vai fazer ela mudar de opinião ao seu respeito. Você ainda será a depravada que abusou da filha dela. Vamos concordar em não desafiar mais a Senhora Cabello? – Eu bufei. – Pelo menos por enquanto, hija. Até a poeira baixar.

Eu concordei a contragosto, porque minha vontade mesmo era voltar naquela casa e gritar mais algumas verdades. Mas eu precisava me concentrar em Camila, ela é minha prioridade. Conseguir contato com ela. Parecendo adivinhar meus pensamentos minha mãe disse:

- Conseguiu falar com a Camila?

- Ainda não. Aposto que o celular e o computador dela ficaram em Miami.

Minha mãe assentiu e falou:

- Estamos quase terminando o café. Tome um banho e troque de roupa para podermos comer.

Eu assenti, sem forças para discutir. Tomei um banho frio e depois desci, encontrando minha mãe, Lucy, Vero e Olivia na mesa do café, acompanhadas por Mani, Louis, Harry, Keana e Erika que provavelmente haviam chego enquanto eu estava no banho.

- As notícias espalham rápido por aqui! – Eu comentei ao me sentar.

- Lauren! – Minha mãe me repreendeu. – Olha os modos!

- Desculpa, pessoal! Obrigada pelo apoio que vocês estão me dando.

- Estamos aqui para isso, Laur. – Erika falou. – É para isso que a família serve.

- Sim. – Keana concordou. – Para isso e para dar uns tapas na sua sogra se você quiser.

Minha mãe e Lucy repreenderam Keana com o olhar, mas o resto da mesa caiu na risada.

- Nem lembra que aquilo lá é minha sogra, Kea. – Eu falei me servindo de café amargo, para ajudar no restante da ressaca que ainda estava em mim. – Não sei como minha adorável namorada saiu de dentro daquilo.

Nós terminamos o café da manhã com a narração do que havia sido minha briga com a mãe de Camila no dia anterior e logo depois de me oferecerem seu suporte e me fazerem saber que eles estavam ali comigo, meus amigos foram embora, me deixando com a minha mãe, que se recusava a ir embora.

Acreditem ou não era não conseguir falar com Camila que mais me angustiava. Eu sabia que ela estava com os avós, mas eu não sabia realmente como ela estava. Eu não havia mentido para a sua mãe nem para os meus amigos. Eu acreditava em nós e no nosso amor, sabia que sobreviveríamos a isso, mas não saber nada dela me angustiava. Nós não havíamos tido tempo de conversar sobre essa mudança repentina, sobre como ficaríamos, sobre como nos comunicaríamos. E eu tinha medo disso.

A resposta para as minhas dúvidas chegou logo depois do almoço, que minha mãe havia me obrigado a comer, na forma do anjo Allyson Brooke.

Ela, Niall e Liam haviam vindo me ver e com ela a baixinha havia trazido uma carta que Camila havia deixado com ela antes de ir embora.

Eu me afastei deles para poder ler, indo até o pequeno jardim que tinha em minha casa, e me sentei na mesa que tinha ali para ler.

 

Lolo,

 

Me desculpa por te fazer passar por isso. Sei que não vai ser fácil para nenhuma de nós duas, mas nós vamos passar por isso juntas. Eu sei que sim.

Meus pais estão me mandando para a casa dos meus avós em West Palm Beach. Querem me afastar de você. Eu sei que não é a solução ideal, mas eles falaram que não vão te denunciar, então eu aceito ir para mais longe se significar que você vai estar segura.

Eles ficaram com o meu celular e o meu notebook, mas eu vou dar um jeito de entrar em contato com você. Eu prometo. Essa situação não vai nos separar. Eu sou sua. Nunca duvide disso.

Tem mais uma coisa. Eu perguntei para a minha mãe como eles haviam nos achado. Ela me falou que havia recebido a mensagem de um número desconhecido com uma foto nossa. Ela me mostrou a mensagem e a foto. Realmente foi enviada por um número desconhecido. Eu não imagino quem possa ter sido, já que apenas nossos amigos sabiam. Mas quem quer que seja, tinha como plano separar nós duas, contando para os meus pais.

 

Eu franzi a testa ao ler isso, sem imaginar quem poderia ter nos delatado assim. Como Camila havia dito, apenas nossos amigos sabiam. Pessoas em quem confiamos completamente. Eu voltei a ler.

 

Não importa. Essa pessoa não conseguirá nos separar. De forma alguma. Eu te prometo. Nós continuamos juntas. Entro em contato assim que conseguir.

Eu sou sua e você é minha.

Te amo,

Camz.

 

Apesar do choque de saber que alguém havia nos delatado para a sua mãe eu não pude deixar de sentir alívio ao ler as palavras de Camila. Com certeza nós continuávamos juntas. Com esse grande empecilho, mas juntas.

Eu não pude evitar as lágrimas ao encarar as palavras da minha namorada. Sim. Eu sou dela e ela é minha. E isso não vai mudar.

- Hija, está tudo bem? – Minha mãe perguntou, parando na porta de vidro que dava para o jardim.

- Está sim. – Eu apontei a carta. – É da Camila. A Ally que entregou.

Minha mãe sorriu e se sentou ao meu lado, pegando na minha mão.

- Vocês duas vão passar por isso. Eu tenho certeza. Vocês se amam e o amor sempre vence.

 

 

A segunda-feira chegou muito cedo, e com ela a volta à rotina. Eu teria que me adaptar à vida sem Camila por perto e isso doía demais.

Ela ainda não havia entrado em contato e eu começava a me preocupar. Sem falar na saudade que já me deixava angustiada. Eu repassava várias e várias vezes o nosso último beijo, o gosto dos lábios dela nos meus. E a saudade me corroía ainda mais.

Eu não queria ir à escola, porque apesar de sentir falta dela em casa eu sabia que seria ali, naquele prédio que eu encarava de dentro do meu carro, que eu iria perceber que ela havia mesmo ido embora, era ali que eu teria o choque de realidade.

Normani estacionou ao meu lado e desceu do carro, dando a volta no mesmo, e parando à minha frente.

Eu finalmente peguei minha bolsa e desci do carro me juntando a ela.

- Como você está?

- Mal. – Fui sincera. – Mas vou melhorar. Eu tenho que melhorar. Por ela.

- Já conseguiram se falar?

- Ainda não.

Nós duas começamos a andar pelo estacionamento. Mani cumprimentava alguns alunos que já estavam ali, mas eu me permitia ficar em silêncio. Quando estávamos perto da porta eu parei bruscamente ao ver quem saía dali e segurei o braço de Normani para que ela parasse também.

Era a mãe de Camila que saía do prédio. Ela tinha uma expressão séria, que se fechou ainda mais ao dar de cara comigo. Eu senti medo. Um frio na espinha. Ver a pessoa que tem o poder de te fazer ser demitida sair do seu local de trabalho não é exatamente tranquilizante.

Ela, no entanto, não falou nada e saiu dali pisando duro.

- Quem é aquela? – Normani cochichou.

- Minha sogra. – Eu disse sem humor algum.

A boca de Normani se abriu.

- Aquela... Ela...?

- Aham. É a mãe da Camila.

- A mulher que te deu uma bolacha na cara? – Normani perguntou.

- É, Mani. Ela mesma.

- Ainda dá tempo de eu ir atrás dela e devolver o favor? – Minha amiga perguntou.

- Não dá não. – Eu puxei Normani para dentro da escola antes que ela resolvesse mesmo sair para a briga.

- Vero e Kea nunca vão me perdoar por ter deixado passar essa. – A morena resmungou.

- Deixa disso, Mani. Nós já temos mais o que nos preocupar além de você ser presa por agressão. O que será que ela queria?

- Não sei. Mas te denunciar não foi. A Moralez iria estar te esperando na porta, para garantir que não entrasse.

Eu tive que concordar com ela e nós continuamos caminhando pelo corredor em direção à sala dos professores. Mas, como diz o ditado, “nada está tão ruim que não possa piorar”, e nós fomos interrompidas dois corredores antes na porta do escritório da diretora.

Carmen Moralez estava do lado de fora, e conversava com uma mulher. Uma mulher que eu reconheceria em qualquer lugar, mesmo depois de tantos anos. Loira, olhos castanhos, porte de modelo. Alexa. Alexa Ferrer estava ali em carne e osso, conversando com a minha chefe.

Novamente eu estanquei no lugar e Normani me seguiu.

- Laur! – Ela me chamou, o que acabou chamando a atenção das duas mulheres no corredor. Quando me viu Alexa sorriu, mas eu continuei parada.

- Meninas, que bom encontrar vocês. – A diretora disse. – Por favor, venham aqui. – Eu não vi alternativa a não ser me aproximar. – Alexa estas são Lauren Jauregui e Normani Kordei, professoras aqui da escola. Meninas, esta é Alexa Ferrer, a nossa nova professora de francês.

Normani me olhou novamente com a boca aberta. E eu a olhei tempo o suficiente para confirmar tudo o que ela estava pensando.

- Lauren! – Alexa disse sorrindo largo. – É bom te ver de novo. O tempo te fez muito bem.

Ela deu uma checada discreta no meu corpo. Ou melhor, discreta para a nossa chefe porque eu e Normani vimos tudo com clareza.

- Vocês já se conhecem? – Carmen perguntou, inocente.

- Nós estudamos na mesma faculdade. – Alexa disse, esquecendo propositalmente de dizer que havíamos namorado por dois anos e que ela havia me chutado por mensagem de texto, para viver em Paris.

- Que ótimo! – Carmen falou. – Vocês levam a Alexa para a sala dos professores meninas?

Normani confirmou com a cabeça já que eu continuava estática. Quando a diretora entrou na sala, Alexa se virou para Normani estendendo a mão:

- Alexa Ferrer. – Se apresentou novamente, mas Normani não correspondeu ao cumprimento. Ao invés disso, não escondeu o nojo ao responder:

- Eu sei.

Alexa sorriu:

- Pelo visto você andou falando de mim, Lauren.

Eu finalmente voltei a mim e disse:

- Sabe como é o passado. Quando ele está morto e enterrado você não vê problemas em contar para as pessoas.

Eu segui meu caminho passando por ela e Normani me seguiu. Eu podia sentir que Alexa andava na nossa cola, mas eu e Mani entramos na sala dos professores em silêncio.

Apenas pegamos nossos materiais nos nossos armários e seguimos rapidamente para fora, vendo Alexa se apresentar aos outros professores ali presentes.

Quando estávamos longe o suficiente, Mani perguntou:

- Está tudo bem?

- Não está nada bem, Mani. Minha vida está virando um pesadelo, bem diante dos meus olhos. – Nós duas paramos em um corredor mais isolado e conversávamos aos sussurros. – Minha namorada foi embora, minha sogra pode me denunciar por pedofilia a qualquer momento e para completar minha ex-namorada volta do além para trabalhar no mesmo lugar que eu. Não, Mani, eu não estou nada bem.

A morena me abraçou e falou:

- Vai ficar tudo bem, Lauren! A Alexa pode estar aqui, mas não vai te atingir. Você é mais forte agora do que era antes. Ela não conhece a Lauren de hoje, a Lauren forte que você se tornou. E você e a Camila vão se resolver logo, atravessar toda essa situação pela qual estão passando. Você é forte, Lauren. Mais forte do que imagina.

Eu respirei fundo e me afastei da minha amiga falando:

- Obrigada, Mani. Por tudo.

Ela assentiu e nós duas seguimos para as nossas salas. Quando passávamos pelos armários dos alunos eu avistei Ally conversando com Shawn e Selena, os dois pareciam espantados com o que a baixinha falava e quando me aproximei deles eu entendi porque.

- Ela foi no sábado. – Ally falava. – Foi meio repentino, na verdade, mas eles precisavam dela... – Nossos olhares se encontraram e Ally vacilou em sua fala. – Ela foi... cuidar deles.

Eu apressei o passo para não ouvir mais a conversa e logo estava em sala esperando que o sinal batesse e a aula começasse.

Eu procurei de todas as maneiras me concentrar nas aulas que eu tinha que dar, mas a todo momento Camila me vinha à mente, Alexa me vinha à mente e tudo se misturava.

Tudo ficou pior na aula do quarto ano, no segundo horário. Apesar de Ally estar ali, me encorajando a continuar, meu olhar sempre vagava para o lugar vazio ao lado dela, o lugar onde Camila costumava se sentar. Eu me perdi em algumas informações e foi impossível os alunos não perceberem que eu não estava concentrada o suficiente.

 

Flashback on

 

Percorri meu olhar pela sala e meu olhar parou em uma garota morena, sentada em uma das últimas fileiras, com uma tiara rosa na cabeça, que possuía um laço na mesma cor. Seus olhos eram de um castanho chocolate profundo e ela parecia estar com vergonha, mas levantou a mão timidamente.

- Pode falar, senhorita...? – Parei para que ela me dissesse seu nome.

- Cabello. – Ela falou.

- Pode falar, senhorita Cabello. – Repeti.

- Bom... Eu não sei se vai se encaixar, mas eu já li Jane Austen.

Eu sorri involuntariamente.

 

Flashback off

 

Fora ali, naquele momento, que eu me apaixonara por ela. Agora eu sabia. Eu neguei por muito tempo, mas agora eu sabia.

- Senhorita Jauregui! Senhorita Jauregui!

Ouvi algumas vozes me chamarem e voltei minha atenção para os meus alunos, que pareciam preocupados. Meu olhar buscou o de Ally e novamente ela me lançou aquele olhar encorajador.

- Desculpa, pessoal. – Eu me apoiei de costas na minha mesa, apoiando as minhas duas mãos atrás de mim e encarando os alunos. – Eu sei que não devo prejudicar vocês por causa dos meus problemas pessoais. Mas hoje... – Minha voz hesitou. – Hoje eu não consegui, pessoal. Desculpa. Eu prometo que semana que vem a aula será melhor. Eu vou retomar todos esses pontos que ficaram confusos e vocês não serão prejudicados.

O sinal do final da aula soou e os alunos começaram a guardar o seu material.

- Me desculpem, novamente. – Pedi enquanto eles saiam, ficando na mesma posição em frente à minha mesa.

Por fim só sobrou Ally que havia ficado para trás de propósito pedindo para Selena acompanhar Shawn.

Ela se aproximou e, tocando meu ombro, falou:

-Tudo vai ficar bem. – Eu apenas levantei meus lábios em um meio sorriso e Ally seguiu seu caminho. Quando estava quase na porta ela virou e falou: - Eu também estou sentindo falta dela.

Eu dei o restante das minhas aulas tentando me concentrar o máximo possível e acho que os alunos não perceberam o que estava acontecendo, ou se perceberam fingiram muito bem.

Quando saía da escola, no final do último período da manhã, depois de me despedir de Normani no carro dela uma voz me chamou:

- Lauren! Lauren!

Eu tentei entrar no meu carro rapidamente e sair, mas não fui rápida o suficiente. Logo Alexa estava ao meu lado:

- Você me ignorou a manhã inteira.

- Não temos nada o que conversar. – Eu abri a porta do meu carro e estava entrando quando ela me impediu.

- Nós trabalhamos no mesmo lugar agora. Nós vamos precisar conviver.

- Isso. Podemos conviver. Você no seu canto e eu no meu.

Entrei no carro, mas antes que eu pudesse fechar a porta ela falou, me espantando:

- Eu conheci sua sogra hoje. Digo, pessoalmente. Nós já havíamos tido contato antes.

- Como assim? – Eu perguntei.

- Sua sogra. Ela estava conversando com a nossa chefe quando cheguei. Pedindo a transferência da sua namorada. Camila, não é?

- Para de blefar, Alexa. – Eu disse tentando novamente fechar a porta do carro, mas ela novamente me impediu.

- Nós duas sabemos que eu não estou blefando. Eu não voltei ontem para os Estados Unidos, Lauren. Eu estou de volta a dois meses. Eu te procurei, mas descobri que você estava namorando. Você já foi mais esperta, Laur. Não é muito inteligente encontrar com a sua aluna apenas a duas quadras da escola. Você teve sorte que fui a descobrir, podia ter sido pior.

- Foi você. – Não foi uma pergunta.

- Eu não estou aqui de brincadeira, Laur. Sabe, minha vida na Europa era boa. Eu adorava o lugar onde trabalhava, as pessoas de lá. Eu voltei porque meus pais precisam de mim aqui, mas se eu estou de volta quer dizer que eu vou tentar de tudo para te ter de volta também. Foi por isso que eu contei para os pais dela. Ao que parece agora eles vão transferir ela de escola, a mãe dela disse algo sobre morar com os avós em outra cidade.

- Eu esperei muito tempo para dizer isso na sua cara, Alexa, e agora, depois de tudo o que você acabou de dizer, eu tenho ainda mais satisfação falando: eu... tenho... nojo... de... você.

Falei cada palavra de modo pausado e ao final disso bati a porta do carro com força sem dar oportunidade para ela falar mais nada.

Eu finalmente havia descoberto quem havia feito com que eu tivesse que me separar de Camila. Se ela achava que me conseguiria de volta com isso estava muito enganada. Só conseguiu me fazer ter mais ódio dela.

Eu voltei para a escola após o almoço, mas não voltei a encontrar com Alexa. Apenas encontrei com Normani e contei rapidamente para ela o que a loira havia me dito o que provocou um acesso de fúria na morena, mas que eu conseguir conter antes que alguém mais naquela escola descobrisse alguma coisa.

As aulas da tarde foram uma extensão das aulas da manhã e eu estava começando a pensar que eu teria que arranjar um jeito de recompensar meus alunos por aquilo. Hoje eu estava sendo uma professora horrível e eles não mereciam isso. Não tinham culpa da minha vida estar desmoronando.

Enquanto eu e Normani seguíamos para o estacionamento no final da tarde, meu telefone começou a tocar. Era uma chamada de um número desconhecido, mas eu resolvi atender. E foi a melhor coisa que eu fiz no meu dia. Apenas ao ouvir aquela voz do outro lado da linha eu me acalmei.

- Alô! – Eu disse ao atender.

- Oi, amor. Sou eu.


Notas Finais


É isso pessoal!!
Espero que tenham gostado!!
Volto o mais rápido possível para contar para vocês o que aconteceu com a Camila!!
Bjão


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