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História You're on top of the world again - Capítulo III


Escrita por: Olare

Notas do Autor


Olaaaaaa!
Eu demoro muito pra postar capítulo, me desculpe.
A imagem desse capítulo é de um pub em Dublin, mas eu imagino o pub dessa história parecido com esse.
tchau
passar bem

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction You're on top of the world again - Capítulo III

Já era sexta-feira . Sim, o dia em que as aulas começariam (eu sei que é um dia estranho para as aulas começarem, também não entendi) e o dia da minha primeira apresentação no pub. Os dias anteriores aproveitara para conhecer cada canto da cidade com Tom e tirar milhões de fotos. Nós dois nos aproximamos muito e agora ele é praticamente meu melhor amigo.  

            Acabei ouvindo o despertador só depois de ele tocar 3 vezes, ou seja, eu estava extremamente atrasada. Levantei correndo da cama depois de ver as horas e vesti qualquer roupa que encontrei no guarda-roupa bagunçado. Vesti uma calça jeans, uma camiseta listrada um sobretudo preto por cima. Sai de casa as pressas e fui para a escola.

 

                                                QUEBRA DE TEMPO

 

            Depois de aguentar o primeiro dia de aula consegui chegar a conclusão de que Tom provavelmente seria meu melhor (e único) amigo, e vice-versa. Digo isso porque odiei as pessoas da escola. Todas patricinhas e babacas. Fiquei até impressionada, porque em seis horas na escola eu não encontrara ninguém que parecesse ser no mínimo interessante. Ao acabar a escola, fui ao pub almoçar e, depois que me sentei no balcão, Harry veio falar comigo.

            - E aí guria, como vai?

            - Be...

            - Ótimo, é o seguinte: você não vai precisar tocar hoje – ele me interrompeu.

            - O que? Por que?

            - Um guri desses famosos tá aqui na cidade e conseguimos com que ele viesse se apresentar aqui essa noite. Talvez você possa tocar algumas músicas se ele se atrasar – ele piscou pra mim e, sem ao menos me esperar responder, virou as costas e foi embora.

            Legal, agora me resta  fazer o que eu fiz nas últimas noites da semana: ficar em casa com Tom vendo TV e comendo qualquer coisa que tivesse na geladeira.

            Quando cheguei em casa, Tom, como sempre, havia saído. Eu me deitei na cama e comecei a ler. Tentei pesquisar na internet coisas como “show pub verde escuro Liverpool”, mas não encontrei o tal do garoto famoso. Depois de um tempo deitada sem fazer nada, a porta se abre para estragar minha paz. Era Tom, mas não era só o Tom, com ele estava uma menina de cabelos crespos lindíssima, que estava me fazendo duvidar da minha heterossexualidade ao mesmo tempo que estava acabando com minha autoestima.

            - Olá garota! – Tom gritou, animado como sempre – Essa é a Julia, conheci ela hoje, você vai amar ela!

            E foi assim que eu conheci Julia. Depois que Tom nos apresentou, Julia ficou lá no apartamento com a gente por um bom tempo. Conversamos, comemos qualquer coisa que tinha na geladeira e vimos TV. Após fazermos isso por um tempo suficiente para eu assumir que aquela seria minha sexta, Julia se levanta do sofá e para em nossa frente.

            - Gente, acabei de lembrar que vai ter um show BA-BA-DO aqui perto – ela diz super animada – é um menino chamado Jake Bugg, que além de talentoso é um GATO

            - Vamos! – Tom se levanta num pulo. Parece até que eu era a única que não estava com nenhum pique de sair daquele sofá.

            - Ahh, não sei – disse manhosa – eu tô cansada...

            - Não senhora, você vai sim e ponto final. – ele diz, me tirando a força do sofá.

            - Você vai e eu que vou escolher sua roupa – esqueci de mencionar que Julia era a típica patricinha que ama roupas, mas ela tinha muito bom gosto e era muito legal, então não uso o terno patricinha como uma ofensa.

            E então foi assim. Julia escolheu a roupa que eu menos usaria de todo meu guarda roupa: um vestido verde rodado aberto nas costas. Não que o vestido fosse feio, mas eu realmente odeio meu corpo. Sempre achei meus ombros muito largos e meus braços gordos e nunca gostei do meu corpo, então, nem precisa dizer que eu estava me sentindo horrível naquele vestido.

            - Vamos, sai daí Cla! – Julia diz do outro lado da porta.

            - Julia, ficou tão estranho

            - Não importa, só deixa a gente ver!

            Eu abro a porta do banheiro e vou até a sala de braços cruzados.

            - Ficou linda! Vai pegar geral – Tom diz, sempre muito sorridente.

            - MEU DEUS, tá lindaaa! – Julia diz, como sempre muito empolgada – Agora vamos lá ou a gente vai perder o show.

            Quando chegamos no pub, fiquei realmente impressionada. Acho que o lugar nunca esteve tão lotado. O show já havia começado, dava pra ouvir a música mas era difícil chegar perto do palco, porque estava realmente muito lotado. Fui até o balcão com Julia e Tom e Julia, vendo que o barman estava meio enlouquecido com o movimento inesperado do pub, conseguiu bebida sem precisar falar nossa idade. Ela deu uma garrafa de cerveja pra cada um e nos arrastou até o palco. Nunca tinha bebido antes, quer dizer, óbvio que já experimentei bebida, mas nunca tinha bebido de verdade sem ser só pra saber qual é o gosto. Digo isso como se tivesse tomado um porre, mas foi só uma garrafa mesmo, porque a gente ficou só um pouquinho na frente do palco e o show acabou.

            -Ué – Disse Tom. A reação do resto das pessoas não era muito diferente da dele, todo mundo se perguntando porque o show acabou de repente tão cedo.

            -Devem ser problemas técnicos, talvez nem tenha acabado – Diz Julia.

            Ficamos mais um tempo conversando e esperando o desfecho da pausa do show até que alguém me puxa.

            -Seguinte guria – Harry aparece na minha frente - o rapaz que tava tocando não vai mais tocar, ainda não me falaram o porquê. Acontece que queremos segurar todo esse povo que veio aqui, pois eu duvido que tanta gente venha aqui de novo, então você vai tocar. Não se preocupa, tem violão e eu tenho certeza de que você sabe muitas músicas de cabeça, não é? Prepare-se que em 15 minutos quero você naquele palco. – ele diz tudo muito rapidamente e vai embora, não me dando tempo para processar.

            Quando finalmente caiu a ficha de que eu iria tocar daqui apenas 15 minutos, fui contar para Tom e Julia. Demorei um tempo pra achar eles na multidão dentro daquele pub e os contei o que Harry havia dito.

            -Vou sair para tomar um ar, tô realmente muito nervosa – eu disse. E não era mentira, poucas vezes estive tão nervosa assim, era melhor sair pra pegar um ar.

            Sai pela porta dos fundos do pub e andei rápido, já que estava muito nervosa, a única coisa que eu conseguia fazer era me mexer, sem prestar muita atenção no que tinha a minha volta. Andei em volta do pub e, enquanto estava passando por algumas pessoas que eu não me preocupei em saber quem eram, vejo algo de atravessar na minha frente e sinto uma dor terrível nas costelas, dou um grito e paro tentando entender o que aconteceu, mas a dor não ajuda a me concentrar. Acontece que o ser que estava parado em frente a mim, tão assustado quanto eu, tinha passado a faca na parte da frente do meu vestido e consequentemente me cortado. Mas não foi só um arranhão, e sim um corte feio. A dor era muito forte, o que tornou muito difícil entender o que estava acontecendo.

            - Merda! – falo (em português mesmo), fazendo todos estranharem.

            - Meu Deus, me perdoe, perdão, desculpa mesmo, meu deus – dizia repetidamente o rapaz da faca, que foi correndo até mim, desesperado – Mike, vamos leva-la até um hospital, rápido!

            Dois homens altos e grandes de roupa preta e óculos escuros vieram até mim, tentando me empurrar pra dentro de um carro. E foi aí que me lembrei de um detalhe: eu estava sem sutiã, e o menino cortando a parte da frente do meu vestido, deixou meus seios a mostra e eu nem percebi. Fiquei vermelha demais, muito vermelha mesmo, por motivos óbvios. Rapidamente comecei a segurar a parte de cima do meu vestido cortada em dois para tentar evitar mostrar meus peitos para homens desconhecidos que acabaram de me cortar, mas foi difícil ficar segurando. Os dois homens me enfiaram no banco de trás de um carro preto e o menino que me cortara se sentou ao meu lado. Ele, ainda desesperado, começou a explicar como aconteceu enquanto o carro andava provavelmente em direção a um hospital. O que ele disse foi que ele estava com a faca (uma de cozinha mesmo) para abrir uma caixa e, quando se levantou, mexeu o braço e me cortou, eu acho. Não que eu tenha entendido muito bem sua história, pois enquanto ele contava, só fiquei prestando atenção em seu rosto. Até que o reconheci: ele era o menino bonito que me ajudou a recolher as partituras na rua. Acho que ele não me reconheceu, com certeza ele viu mais rostos nesses últimos dias do que eu. Estava claramente se recuperando de um desespero, mas mesmo assim falava de uma maneira desanimada, indiferente. Fiquei apenas o encarando e segurando meu vestido, babando um pouco talvez. Depois de contar, ele pergunta:

            - Qual seu nome?

            - Clarissa – respondo, ainda mais nervosa depois de tudo isso.

            - Clarissa? – Ele perguntou, estranhando meu nome, já que não conseguiu falar igual a mim, por conta de ser um nome brasileiro. Assenti.

            - Jake – ele estenden a mão pra me cumprimentar.

            - Jake... – penso alto, tentando lembrar de onde tinha ouvido esse nome antes – Bugg? – pergunto, lembrando que foi Julia que tinha falado seu nome algumas horas antes.

            -Sim – ele diz, me fazendo sorrir.

            Então era ele que estava tocando antes. Ia perguntar por que ele parou de tocar, mas me lembrei de um detalhe muito importante: Harry.

            -Essa não, alguém precisa avisar o Harry que eu me machuquei, se eu de repente sumir ele talvez não me deixe tocar lá nunca mais! – disse, preocupada.

            Talvez estivesse exagerando um pouco, mas tudo naquele momento parecia muito maior do que realmente era.

            - Você é a menina da música brasileira? – pergunta o homem alto que me colocou dentro daquele carro, que no momento estava dirigindo.

            -Sim – respondo.

            - Não se preocupe, avisaremos Harry. – o outro homem, que estava no banco do lado, responde sério.

            Enquanto isso Jake estava fumando, com o braço apoiado na janela aberta e olhando para fora com um sorriso de lado.

            -Música brasileira? – ele pergunta, mas não parecia esperar que eu respondesse – Por isso que seu nome é Clarissa e você fala desse jeito estranho?

            - Isso mesmo.

            -Gostaria de saber um pouco mais sobre músicas brasileiras- ele diz indiferente enquanto olha pela janela.

            - Posso te mostrar em algum momento em que eu não esteja praticamente nua com um corte na linha do diafragma. – digo, provocando um sorriso no menino ao meu lado, e que sorriso lindo.

           


Notas Finais


:)


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