História You're the one. - "Reuniãozinha" - Parte 2.

"Reuniãozinha" — Parte 2. — Anjinho.

Andaram até se aproximarem do salão comunal da Grifinória, só não chegaram até lá porque viram uma figura correr em suas direções: era Harry Potter.
O moreno veio com um sorriso enorme estampado no rosto, ameaçou pular em cima de Draco e agarra-lo; este o esperava já de braços abertos.

Mas então algo estranho aconteceu: ele parou de repente de correr, faltando quase um braço de distância para cair nos braços do outro, este continuava com os braços estendidos, esperando seu delicioso abraço.

Pansy também não havia entendido, ficou muito confusa. E em um estalar de dedos, pôde entender quando viu olhos verdes a encara-la aflitos e desconfortáveis.

— Eu já sei sobre vocês dois, não precisa me olhar com essa cara. — sorriu para ele.

Ainda relutante, olhou para Draco, que ainda permanecia da mesma maneira:

— Cadê meu abraço? — fez biquinho.

Harry sorriu, avançou e se pendurou no pescoço do mais alto, que o ergueu durante o abraço e começou a andar daquela maneira.

— Vocês dois são tão fofinhos juntos! — disse Pansy, colocando as duas mãos no rosto, deveras fascinada.

— Obrigada! — disse um Harry envergonhado.

Draco o soltou, como o corredor estava vazio e aparentemente não corriam risco de serem pegos, deram as mãos e foram assim até a torre de astronomia.

Ele sentia seu estômago queimar e uma sensação de desconforto o atordoar, queria ser o mais positivo possível, mas estava cada vez mais ficando impossível. Por ele estaria no seu dormitório dormindo até às duas horas da tarde do dia seguinte ou estaria em algum canto com seu moreno, de preferencia, fazendo sexo.

Largaram a mão um do outro quando começaram a subir ás escadas, foram recebidos por uma Hermione de bochechas coradas e alegre... Alegre até demais.

— Há quanto tempo está aqui, megamente? — perguntou, medindo-a de cima á baixo.

— Oi para você também, doninha! — disse meio engrolada. — Ah, acho que... — riu. — Sei lá.

Malfoy revirou os olhos, mas não pôde deixar de pensar que seria divertido em vê-la bêbada.

— Essa daqui é a Pansy Parkinson, suponho que a conheça! — disse entendendo a mão para a amiga, que ficou corada.

— Oooooooooooi Paaaaaaaaansy — disse a abraçando, o louro teve de segurar o riso pela situação. — Claro que a conheço, mas ela não dá com minha cara... Uma pena.

— E-eu não tenho nada contra você, pensei que você me detestasse! — disse ainda sendo abraçada.

— Mas é claro que nãaaaaaaaao — começou a balançar para os lados em sincronia com a garota. — Estou feliz que podemos ser amigas... Podemos ser amigas, não é? — a largou, sorrindo abobada.

— Ã, claro, por que não? — sorriu sem graça.

— Ai, eu fico muito feliz, de verdade. Tudo dando certo, nada de intriga! Fim ás intrigas! — disse juntando as mãos e deitando a bochecha sobre elas. — Vamos, Harry, Rony esta aqui e quer ver você! — puxou a mão do moreno, arrastando-o para longe.

O louro suspirou alto com um sorriso debochado no rosto.

— Não basta a nojenta Chang ter inventado isso aqui, claro que o cabeça-de-fósforo tinha que estar presente! — resmungou, visivelmente controlando-se para não surtar e ir embora.

— Respira Dray! — inspirou e expirou como se quisesse ensina-lo. — Tente não ligar, tudo bem? Se eles encherem nosso saco, nós metemos um soco na cara!

Ele deu uma pequena risadinha embora continuasse puto.

Foi se aprofundando mais no local, onde acontecia a tal “reuniãozinha”, e Draco tirou a conclusão de que aquilo estaria longe de ser apenas um encontro de amigos; havia muita bebida, o que mais tarde o fez se questionar de onde que aquela biscate havia arrumado. Havia bastante comida também, mas ele não se deu ao luxo de se importar.

O que verdadeiramente o cutucou no fundo de seu ser foi ver aquela galinha correr em direção ao seu pequeno e pular em cima dele, o agarrando como se fosse fundir seu corpo com o dele.

Sentiu seu corpo explodir em latejos e arrepios violentos, teve que se controlar ao último para não arranca-la de cima do Harry pelos cabelos e joga-la daquela torre.

— Será que galinhas realmente não sabem voar? — perguntou, de modo que só Pansy o ouviria.

— É claro que não Dray, por quê?

— Quer fazer o teste? Minhas mãos estão coçando para não joga-la daqui de cima.

A garota quase teve um acesso de riso, era novidade para ela ver o amigo tão enciumado, e particularmente havia achado muito gracioso.

O louro chegou sutilmente até o moreno, parando por de trás dele segurando sua vontade de agarra-lo e assim permanecer:

— Granger está bem alegre, você não acha, meu pequenino? — disse sorrindo divertido.

O outro dera uma risadinha, assentindo enquanto devorava alguma coisa:

— Eu preferiria mil vezes estar com você em algum canto escuro — sussurrou, enlaçando o braço em sua cintura, passando a mão discretamente por debaixo da camisa do moreno, alisando sua barriga e deslizando os dedos até penetra-los no cós da calça. — Fazendo algo muito melhor, e que com certeza você pediria por mais... — mordiscou de leve a orelha quente.

— Não faz isso... — murmurou sentindo a respiração se desregular.

Harry já havia fechado os olhos, arfou baixinho ao sentir os dedos gélidos adentrar a borda da calça, tocando-lhe o pé da barriga. Ele não podia se deixar levar, já estava excitado e para piorar tudo, no meio de uma quase festa.

Ele se virou para o mais alto, averiguando se ninguém os encarava:

— Você está sendo muito mal Sr. Malfoy, vou tê-lo que castigar — disse mordendo o lábio inferior de uma forma voluptuosa, Draco já se sentiu animar. — Mas não agora, claro! — riu divertido, pegou um copo de cerveja amanteigada.

O mais alto bufou decepcionado embora surpreso, estava começando a ficar muito interessado nesse novo jeito “solto” do seu pequeno.

— Cuidado com o que bebe Harry. Você pode ficar igual á megamente, que já começou a abraçar quase todos os que estão presentes. — disse risonho, porém preocupado.

— Relaxa anjinho, não vou ficar bêbado! — sorriu, bebericando o liquido do seu copo.

Malfoy se sentiu assustado, nunca fora chamado daquela maneira por outra pessoa que não fosse sua mãe... Bem, nem sua mãe o chamou assim, pelo que conseguia se lembrar.

— Anjinho? — perguntou com voz trêmula e as sobrancelhas arqueadas.

— É... Sabe, você é louro e tem olhos claros, parece um anjo! — sorriu largo e contente.

Oh, se ele soubesse o quanto ficou com vontade de abraça-lo e enche-lo de beijos, Harry com certeza diria que ele estava na casa errada, ele não tinha noção do quanto estava mudando o Slytherin... Embora nem ele tivesse noção do quanto estava mudando.

Ele não queria, mas teve que se afastar para não levantar suspeitas; dirigiu-se em direção á Pansy e ficou ao seu lado, apenas observando o movimento da festa.

Se ele tivesse prestado um pouco mais de atenção, teria notado que ela não observava o movimento, havia um alvo e ela estava planejando seu ataque, como um caçador. Ela estava sedenta, e por mais que não percebesse e admitisse, estava gostando de sua presa.