História Yours, mine and ours. - Drarry - Prólogo - Família.

Harry apitou alto. 

— Atenção, vamos lá, vamos lá, rápido! - gritou.

Albus, de apenas 4 anos, que estava ao lado do pai olhou para cima e imitou seus movimentos.

— Atenção, rápido, rápido! - sua voz fina soou de longe por causa das balas que tinha ganhado de seus tios, Fred e George, elas deixavam sua voz mais alta e grave.

Potter que estava ao seu lado colocou ambas as mãos em seus ouvidos e reprimiu um resmungo.

— Albus, eu já falei para não aceitar nada que vem dos seus tios sem antes me perguntar. - repreendeu o menino que fez um bico e pediu desculpas. - E a ordem é para você também, Al, entre.

— Sim, senhor auror. - o menino fez continência e entrou na grande casa.

O homem negou com a cabeça ficando novamente em sua posição rígida enquanto lia seu pergaminho em mãos.

— Vamos, sem demora! - disse mais uma vez enquanto via seus filhos se aproximando com suas bagagens, corujas e pertences em mãos.

— Eu durmo em cima da beliche porque sou mais velho! - disse Théo, de seis anos.

— Só dois minutos. - retrucou Matt, seu gêmeo.

— Sabe, garotos, quando estava em missão no Brasil, eu dormia na parte de baixo da beliche, e era muito divertido.- disse para os dois meninos que pararam em sua frente, Matt olhou para o pai e arqueou as sobrancelhas.

— Quem dormia em cima ainda fazia xixi na cama? - Harry olhou para o filho e fez uma careta.

— Faz sentido. - os gêmeos entraram na casa ainda discutindo quem ficaria embaixo e quem ficaria em cima.

— Vamos, animação! - olhou para o pergaminho mais uma vez, três já haviam ido, só faltavam…

— Será que vou conseguir entrar para o time de quadribol tão rápido como você pai? - perguntou Jasmine, de 11 anos, enquanto andava em direção a casa carregando sua vassoura e equipamentos de quadribol.

— Tenho certeza que sim, querida. - sorriu para ela dando um beijo em seus cabelos. 

— Eu não reclamei da mudança de San Diego, vale como a boa ação de hoje? - perguntou Ashton, de 13 anos, já entrando na casa.

— Já coloquei isso em sua ficha. - respondeu e marcou o nome dele no pergaminho.

Ethan, de 15 anos, se aproximou e suspirou ao olhar para o pai.

— Já é a nossa décima segunda mudança. 

— Admiro sua boa memória, Ethan. - sorriu para o garoto que bufou e entrou na casa.

Ele sabia que isso era difícil para seus filhos, mas eram necessárias todas essas mudanças.

— James, trouxe o que aí? - perguntou para seu filho mais velho de 17 anos que carregava várias coisas. 

— Ahn, formulários, alguns pergaminhos para estudar para os NOMs e NIEMs, ficha de inscrição para estagiário do ministério e a carta de um gato que conheci em Hogwarts. - sorriu ladino e seu pai negou com a cabeça.

— Vai logo pra dentro! - riu e o rapaz entrou.

Lilian, gêmea de James, andava lentamente com os braços cruzados e uma expressão nada boa em seu rosto.

— Vamos lá, querida, se anime um pouco. - pediu Harry e a menina colocou seu capuz da blusa na cabeça e entrou sem falar com o pai.

A cuidadora que ajudava com os mais novos, se aproximou de Harry enquanto olhava tudo ao redor.

— Então, senhora, Nilton, o que está achando da Londres bruxa? 

— Encantadora, fiquei sabendo que esse bairro tem ex-comensais da morte. - sorriu entrando na casa. Harry fez uma careta olhando tudo ao seu redor, deveria ser apenas um boato, aquele era o bairro mais calmo que ele tinha encontrado.

Entrou na casa indo direto em direção aos quartos, quando adentrou o primeiro viu Ethan sentado na cama com sua mala ainda intacta aos seus pés.

Ashton por outro lado já estava quase terminando de arrumar tudo, então, saiu atrás de seus outros irmãos.

— Vejo que ainda não desfez a mala. - apontou para o objeto e sentou-se na cama ao lado do filho.

— Só vou fazer isso se prometer que essa será nossa última mudança, pai. 

— Você vai gostar da Londres bruxa, Ethan, eu morei aqui quando criança. - deu um tapinha nas costas do garoto que franziu o cenho.

— Já foi criança? - Potter abriu a boca em falsa indignação.

— Já, já fui. - riu.

— Pera aí, ainda não garantiu que vai ser a última. - voltou a olhar para o pai que suspirou.

— Essa vai ser nossa última mudança, me aposentei pra isso, lembra? - disse sorrindo e o garoto acompanhou também sorrindo.

xx

Na casa a frente, Draco tentava terminar suas novas poções. O loiro usava seu avental de sempre, manchado de várias cores possíveis, em baixo estava usando uma jardineira escura com vários pontinhos brancos como se fossem luzes de estrelas. 

— Papai, Cassie não me deixa entrar no banheiro! - disse Lyra enquanto tinha os braços cruzados. 

— Cassiopeia, deixa sua irmã ir ao banheiro! - gritou enquanto colocava uma pétala de rosa na poção. 

O loiro não percebeu quando seu filho mais novo, de 4 anos, Hydrus, mexia em suas coisas, quando Lyra de 6 anos deu outro grito, ele virou-se suspirando enquanto tirava as luvas de suas mãos indo em direção ao banheiro. 

No meio do corredor, passou Orion de 8 anos, o menino usava algum feitiço que deixa os pés como molas, passou rindo pela mãe enquanto pulava com elas. Aquilo com toda certeza era coisa dos irmãos mais velhos dele. 

Passando pela cozinha viu uma cena não tão inusitada assim. 

— Carina, querida, papai já disse sobre misturar as comidas desse jeito. - alertou a filha de 10 anos que misturava cereais com ketchup, banana e algo que ele não conseguiu saber o que era. 

— Tá bem, papai. - a menina apontou sua varinha para o prato e jogou sua mistura no lixo. 

Léo, de 12 anos, passou voando em sua vassoura atrás do seu porquinho de estimação quase atropelando Draco que apenas riu e seguiu seu caminho. 

Parou no corredor vendo Norma, sua menina de 14 anos, fazendo um desenho abstrato na parede com sua varinha. 

— Muito bom, amor. - bagunçou seus cabelos.

— Obrigada, papai. - a menina sorriu para o pai e voltou a fazer seu desenho. 

Parou no corredor dos dois banheiros que tinha na casa, vendo Lyra irritada com sua toalha em mãos enquanto batia o pé no chão com os braços cruzados. 

— Amor, por que não vai no outro? Temos dois banheiros para isso. - agachou para ficar na altura da filha. 

— Scorpius está no outro. 

Aquilo era um grande problema mesmo. 

O loiro mais velho levantou-se e deu vários tapas nas duas portas. 

— Vamos, todos precisam do banheiro. Cassiopeia, abre essa porta. Scorpius, você também. 

Uma das portas se abriu, revelando sua filha de 16 anos, seus cabelos longos que antes eram tão brancos quanto os seus estavam agora com as pontas verdes. 

— Não me chama assim, eu odeio. É Cassie. Eu estou com cólica, preciso do meu momento. - resmungou fechando a porta novamente. 

A outra porta se abriu revelando Scorpius, de 17 anos. 

Todos os filhos de Draco tinham a mesma cor de seus cabelos e pele pálida, apenas seus olhos que variam entre verde, azul e cinza. 

— Estou alisando meus cabelos, preciso dos meus minutos de beleza. - disse enquanto movia sua varinha para alisar seus fios. 

— Concordo mas isso não o impede de ajudar sua irmã com o banho dela. 

Empurrou Lyra para dentro, que mostrou a língua para o irmão mais velho. 

Scorpius apontou a varinha para ela e fez um barulho de cobra com a língua. 

Draco riu e começou a andar parando quando sentiu algo molhando seus pés. 

— Léo, eu já falei, se você quer ter um porco, você tem que limpar a sujeira que ele faz. 

Olhou para baixo fazendo careta ao ver sua meia cheia de xixi, retirou andando somente com um pé de meia. 

Quando estava no meio do caminho ouviu um estrondo, correu em direção ao laboratório vendo que tudo estava verde. 

— Hydrus! - gritou o nome do filho vendo o mesmo cheio de uma gosma verde, cabelos em pés e uma expressão de confusão. 

A campainha foi acionada fazendo Draco suspirar, as férias de Hogwarts sempre eram essa confusão, não que ele estivesse reclamando amava quando seus filhos estavam em casa. 

— Eu atendo! Deve ser a pizza! - gritou Norma, a menina correu em direção a porta e viu um homem enorme parado em sua frente. Ele com toda certeza não era um entregador de pizza. - Papai, não é o entregador! - correu pra dentro da casa. 

— Quem é Norma? - perguntou enquanto segurava Hydrus em seu colo ainda todo sujo de tinta. 

— Eu ouvi um barulho, vim saber se está tudo bem. - aquela voz, Draco conhecia ela muito bem, mesmo depois de tantos anos. 

— Potter? 

— Malfoy?