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História .y.o.u.t.h. - Opia


Escrita por: larwhq

Notas do Autor


minha amiga falou assim que eu sou trouxa pq eu posto e poucas pessoas leem e sem divulgar continuo postando

virei pra ela e falei
sou mesmo
pau no meu cu

Capítulo 3 - Opia


Opia

   n. A intensidade ambígua de olhar alguém nos olhos, que pode sentir simultaneamente invasiva e vulnerável – suas pupilas reluzentes, sem fundo e opacas, como se estivesse olhando através de um buraco na porta de uma casa, capaz de dizer que há alguém ali de pé, mas incapaz de dizer se você está olhando pra dentro ou olhando para fora.

Definição por: Dictionary of obscure sorrows.

 

 

 - Olha ela era uma ótima pessoa e ficamos amigos depois disso, mas nada além. Disse-me que queria ficar sozinha para quando terminasse a transição dela, então não tivemos mais nada.

 - Oh, entendi. Posso te fazer mais uma pergunta? – o castanho pediu e juntou as mãos em direção a Jungkook.

 - Caramba Jimin, por que não para de cuidar da vida dele e vem cuidar de mim, que sou seu namorado e estou aqui, doente – o acinzentado disse pelo telefone no viva-voz em cima da mesa do pátio. Os outros dois que se encontravam na escola riram.

 - Assim que eu sair da escola, vou pra sua casa tá bom amor?

 - Acho bom – bufou em falsa raiva e riu em seguida sem conseguir se conter – Mas faça logo a tal pergunta, não me deixe curioso.

 - Olha só, depois eu que sou enxerido – estalou a língua e meneou a cabeça, mesmo que só Jungkook estivesse vendo-o naquele momento – Eu ia perguntar sobre os pais deles, sabe, se eles o aceitam como ele é. Nem todos tem a sorte que você tem com o seus pais e eu com minha avó.

 - Você ficaria surpreso com o quanto meus pais são compreensivos, quem sabe um dia vocês não podem conhecê-los? Assim que estiverem todos aqui em Seoul vou levar vocês pra conhecê-los, combinado?

 - Pode ser.

 - Eu adoraria, Jungkook – riu e bateu as mãozinhas uma vez, demonstrando sua animação – Me fala sobre a sua mãe? Você se parece mais com ela o com seu pai?

 - Jimin, você não tem jeito.

 - Vamos deixar como surpresa, sim? – sorriu largamente imaginando como seria quando seus amigos conhecessem seus pais.

 - Ah, eu odeio surpresas.

 Jungkook apenas riu novamente e viu Jimin desligar o viva-voz para falar em particular com o namorado. Enquanto isso tratou de terminar de comer e ficou pensando em como as coisas estariam impressionantemente dando certo com as escolhas que ele fazia desde o dia em que chegou à Coréia.

 E então parou por um minuto em uma imagem que veio à sua mente. Taehyung sorria tímido para si e Jungkook esboçou um próprio involuntariamente. Lembrou-se de algumas noites atrás no qual seu pai havia lhe falado sobre o pequeno, e até meio receoso perguntou ao seu filho sobre suas intenções, mas este apenas disse que é cedo demais para dizer algo.

 Mas então sentiu-se sujo, pois ele próprio já conseguira ter pensamentos impróprios com o garoto e aquilo não era algo que poderia controlar. Realmente se viu se importando com ele quando pensou que não deveria se aproximar tanto do menor como gostaria, pois a última coisa que ele queria era machucar alguém de novo, muito menos alguém como Taehyung.

 Foi com o sinal que lhe mandava ir pra sala, ao soar, ele despediu-se de seu mais novo amigo e foi em direção à sua próxima aula.

 

•••

 

 Jungkook espreguiçou-se e aconchegou-se ao sofá de sua sala. Podia ouvir os barulhos vindos da cozinha; seu pai estava cantarolando, e o mesmo não fazia isso desde que chegou à Coréia pela imensa saudade que sentia de seu marido. 

 Levantou-se e foi até o cômodo onde o outro fazia o café da manhã e sorriu ao recostar-se no balcão que dividia o mesmo da sala.

 - Posso saber por que está tão feliz? – perguntou indo até a ilha no centro da cozinha e sentando-se ali.

 - Acordei com uma chamada do seu pai, ele está vindo mais cedo! – Virou-se sorrindo e voltou sua atenção para o fogão – Disse que como você também veio para cá ele não está mais se aguentando de solidão, então conversou com o seu avô perguntando se podia deixar alguém no lugar dele pra que ele pudesse vir logo pra cá, e ele deixou.

 - Sério? Quando ele vem? – perguntou animado, sentia falta de ver as duas pessoas que mais amava juntas de novo.

 - Em duas semanas.

 - Mas que ótimo! – ficou extremamente animado, já pensando no jantar que faria para apresentar seus pais aos seus novos amigos.

 - Sim – suspirou profundamente tentando não ficar muito ansioso – Jungkook, estou feliz de ver que é sábado e você acordou cedo, nem está de ressaca, está progredindo muito.

 - É. Eu acho que decidir vir com você foi a melhor coisa que fiz em tempos.

 - Que tal sairmos hoje? Pra tomar sorvete ou algo assim?

 - Acho uma ótima ideia, mas – franziu o cenho por alguns segundos antes de soltar repentinamente – Não tinha um ensaio hoje?

 - Vá ao ensaio comigo, Taehyung estará lá hoje para assistir também, ele sempre vai. E, além disso, já tem quase um mês desde que conversaram, e eu sei que gostou dele.

 - Ah, eu não sei pai.

 - Bom, você tem até a uma da tarde para me dizer.

 

•••

 

 O som de instrumentos sendo afinados ressoava pelos tímpanos de Jungkook e Taehyung, que encontraram seus olhares assim que o mais velho chegou ao lado de seu pai. E naquele momento ambos os garotos se sentiram frágeis e vulneráveis. Como se o olhar um do outro tivesse invadido a si sem pedir permissão para bagunçar sua mente.

 Para ambos, aquilo era algo novo, e apesar de terem conversado apenas uma vez, naquele momento tiveram noção de que por algum motivo sentiam saudade um do outro. E o mais velho dos dois decidiu que se deixaria levar, e que se tivesse de quebrar a cara, que quebrasse, já não ligava mais.

 Saiu de perto de seu pai e andou lentamente até o menor, ainda olhando naqueles orbes caramelados e brilhantes, e sorria. Sorriso que fez Taehyung se arrepiar ao ter certeza de que era direcionado a si e a mais ninguém, ficou feliz por isso, pela ideia de fazer alguém feliz, principalmente aquela pessoa sendo Jungkook.

 - Oi – disse tímido e corou ao perceber que ainda sorria, e desviou seu olhar do mais alto.

 - Oi, você está bonito hoje, ainda usando essas botas vermelhas – riu soprado e o outro voltou a lhe olhar.

 - Ah, essas botas, meu irmão me diz que elas me fazem parecer idiota, mas eu gosto delas – coçou a nunca mostrando um leve nervosismo.

 - Eu adoro essas botas, são bonitas, mas mais bonito ainda é quem usa elas – Jungkook decidiu arriscar, seu interesse no mais novo já estava tão na cara que só lhe faltava andar por aí com uma camiseta com escritos: “Eu acho Kim Taehyung absurdamente lindo”. Ao ver o menor corar violentamente e murmurar um quase inaudível “obrigado”, sorriu e estendeu-lhe a mão. Taehyung levantou a cabeça apenas para olhar-lhe confuso – Vamos nos sentar, o ensaio já vai começar, e eu quero ver o meu pai em ação – sorriu ao ver que o mais novo aceitou seu gesto e andaram com as mãos juntas até duas poltronas no fundo do auditório.

 Ficaram em silêncio até que os musicistas começassem e Jungkook tinha a intenção de olhar de relance para o mais novo apenas para ver como ele estava, mas não conseguiu mais prestar atenção em nada quando viu o mesmo de olhos fechados, enquanto apreciava a melodia.

 Sua mente gritava implorando para que Taehyung parasse de ser tão adorável, chegava a ser quase uma afronta aos meros mortais que não possuíam nem metade daquela beleza inigualável que o pequeno possuía.

 Encarou-o tanto que Taehyung abriu seus olhos e encarou de volta. Mais uma vez seus olhares invadiam um ao outro e Taehyung só conseguiu corar naquele momento, antes de conseguir criar coragem para proferir.

 - Por que está me olhando assim? – extremamente baixo, teve até medo de que o outro pudesse não ter lhe ouvido, mas esse foi embora quando teve sua resposta. Seus olhos ainda não haviam se desviado.

 - Me desculpe... É que você é tão bonito – levou sua mão direita até o rosto do outro e acariciou sua bochecha com o polegar, e o menor em um ato involuntário acabou pressionando seu rosto – que Jungkook concluiu ser extremamente macio – na mão do mais velho. Ao notar o que fez não tentou findar o contato, mas abaixou sua cabeça tentando não olhar naqueles olhos tão negros, evitando ficar mais ansioso e corado do que já estava.

 - Você também é muito bonito, hyung – Jungkook não pôde ignorar o arrepio que sentiu em sua espinha ao notar a maneira como o outro lhe chamara. Retirou sua mão do rosto de tez levemente acobreada, e levou-a as próprias pernas.

 - Você vai fazer algo depois daqui? Eu e meu pai vamos tomar sorvete, você devia vir junto, o que acha?

 - Eu adoraria – sorriram juntos e voltaram sua atenção para os musicistas mais uma vez.

 

•••

 

 - Quero um banana-split – Jungkook disse fechando o cardápio e olhando para os outros dois que estavam sentados à mesa do restaurante junto a ele.

 - É muito grande, você não consegue tomar sozinho – disse o mais velho entre eles – Eu quero só uma casquinha mesmo.

 - Taehyung, divide comigo? – virou-se para o mais novo, que assentiu tímido com a idéia de dividir algo com maior, não iriam parecer um casal? – Certo, então um banana-split e uma casquinha com duas bolas de sorvete de pistache – afirmou à garçonete que esperava pacientemente e sorriu simpático para a menina que apenas acenou de volta e saiu.

 - Ah, eu quase me esqueci, meu aniversário é em duas semanas e meu irmão me convenceu a dar uma festa, e eu gostaria que vocês fossem – Taehyung disse para os outros dois que sorriram contidos.

 - Eu não vou poder ir Taehyung, o pai do Jungkook volta em duas semanas e eu preciso matar as saudades, mas o Jungkook vai.

 - Oh – Jungkook franziu o cenho ao sem intenção pensar no que “matar as saudades" significaria – É eu vou sim Tae, só me passar o endereço e o horário – pegou seu aparelho celular de seu bolso e entregou para o mais novo – aqui; anota seu número e eu te chamo quando chegar em casa – sorriu e esperou que o menor fizesse o que pedira, para em seguida devolver-lhe seu celular.

 - Jungkook, por falar no seu pai, ele mandou me avisar que assim que ele chegar nós vamos nos mudar pra mansão, ordens do seu avô – disse o mais velho pegando seu sorvete que lhe era entregue pela mesma garçonete de mais cedo, logo em seguida a mesma colocava a grande tigela de sorvete com a fruta na mesa com duas colheres – Obrigado.

 - Não, por quê? – disse manhoso, pensando em como seria horrível voltar a morar naquela casa imensa onde os empregados não te dão privacidade para quase nada – O nosso apartamento é ótimo, é perto da escola, por que não ficamos por lá?

 - São ordens do seu avô Jungkook, ele quer seu pai por perto – dizia enquanto degustava seu sorvete – Mas eu acho que como é mais perto da sua escola, e você já está bem mais maduro agora, posso pensar em conversar com seu pai pra te deixar morando lá, se comportar-se, é claro.

 - Pai, eu amo o senhor.

 - Eu sei, agora come logo essa coisa, já estou vendo derreter – riram juntos e Taehyung foi o primeiro a ir até a bola de sorvete coberta de calda bem no topo da taça, levou a colher até sua boca e o maior o acompanhou no ato em seguida. Em poucos minutos depois de comerem em silêncio o sorvete já estava por acabar e Jungkook teve que se segurar para não encher Taehyung de carinho ao ver que o mesmo havia sujado seu nariz, e não havia notado.

 - Taehyung, você sujou o nariz – o mais novo só teve tempo de murmurar um “hã?” antes que Jungkook levasse seu polegar até seu rosto limpando-o. Riram juntos mas o maior parou ao perceber que Taehyung tinha uma adorável pinta no seu nariz – Você tem uma pintinha no nariz, que fofo.

 - Garotos, tenho que voltar para a Academia, resolver um problema, te vejo em casa Jungkook? – disse já se levantando e olhando para seu telefone, viu que seu filho lhe acenou a cabeça e apenas concluiu já se afastando – Vou pagar na saída, não se preocupem.

 Os dois mais novos apenas observaram ao mais velho que já ia embora e quando ele o fez voltaram sua atenção ao seu sorvete. Já estavam acabando o mesmo quando ouviram um vibrar vindo do tampo da mesa. Era o telefone de Taehyung que tocava, e este logo atendeu.

 - Alô? Hyung? – disse ao colocar o aparelho na orelha e Jungkook quase podia ouvir a voz do outro lado.

 - Tae, onde você está?

 - Estou tomando sorvete com um amigo.

 - Meu pai vai viajar, ele quer que você venha aqui para conversarem sobre a festa. Estou indo te buscar ok? Mande-me o nome do lugar ou o endereço por mensagem e eu já chego ai.

 - Tudo bem, hyung, vou mandar – desligou o telefone e virou-se para o maior que lhe olhava curioso – Era meu irmão, ele está vindo me buscar, se importa de esperar que ele chegue? Não gosto de ficar sozinho.

 - Sem problemas, não tinha a intenção de te deixar sozinho mesmo – riu soprado enquanto se levantavam em direção a saída do estabelecimento.

 Ficaram parados perto de uma pilastra que havia por lá enquanto aguardavam, e ambos apenas sorriam um para o outro.

 Foi nesse momento que os pensamentos mais obscuros invadiram a mente do pequeno Taehyung. Ele se perguntava o porquê do maior lhe achar bonito, ainda mais que ele na sua singela opinião era o garoto mais bonito que já vira. O primeiro garoto que havia lhe despertado algo que ele não soube identificar melhor do que a vontade de estar mais perto do maior, vontade de beijá-lo talvez. Sim, naquele momento essa era sua maior vontade, mas ele obviamente não o faria, por que além de ter medo de não ser correspondido, não tinha coragem o suficiente para fazê-lo. E já quanto a Jungkook, ele apenas não queria assustar o menor, mas ainda assim estavam perigosamente próximos.

 - Eu já falei que essa sua pinta é muito adorável? – Jungkook colocou o indicador sobre a dita cuja e sorriu.

 - Você disse que ela é fofa, antes – respondeu corando pela enésima vez e baixando o olhar, o que foi rapidamente revertido pelo mais velho que o levantou pelo queixo, olhando em seus olhos mais uma vez.

 - Taehyung – aproximou seus rostos mais uma vez – Você já beijou um garoto?

 - Não hyung – as orbes escuras lhe deixavam hipnotizado, Taehyung quase não conseguia raciocinar.

 - Você quer tentar? – Taehyung fechou os olhos preparando seu fôlego para responder e conseguir manter o que viria a seguir.

 - Eu-

 - Taehyung! – ambos assustaram-se e se afastaram ao ver que alguém lhes observava de perto.

 - Hyung!

 - Namjoon? 


Notas Finais


eu queria postar pra mais pessoas lerem
mas a verdade é que foda-se
pq eu amo pra caralho escrever
mesmo que eu ache a maioria do que eu escrevo uma bosta
eu tenho esperança de um dia fazer um fic tão doida que vai ser mais doida que eu


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