Capítulo XII – Entre As Árvores
CAL
Chegamos na “frente” da floresta e paramos o carro.
- Agora vamos a pé. – Maah.
- Vamos lá! – Luba.
Pegamos nossas mochilas e fomos. Após alguns minutos nós chegamos em uma clareira, onde montamos nossas barracas e recolhemos gravetos para uma fogueira.
- Agora, galera, vamos fazer o que? – T3ddy.
- Por que a gente não sai por aí? Pra ver se encontra alguma coisa legal pra fazer, e depois a gente chama os outros. Mas antes deixa eu tirar essa saia, galera. – Maah.
- Vai lá! – Eu.
Ela voltou com uma calça legging preta e uma camiseta laranja caída no ombro. Pegou um chinelo e fomos.
Ficamos em duplas:
Eu e a Maah;
Pk e Guaxa;
Dani e Lukas;
Pac e Mike;
Castanhari e Júlio;
Luba e T3ddy;
Cell e Felps;
Whindersson e Coelho.
Fomos em andando, sempre em frente e em silêncio. Um silêncio meio desconfortável. Até que começamos a ouvir um barulho de água.
- Vem, eu acho que isso é um riacho ou alguma coisa assim. – Maah.
E realmente era um riacho. Tinham rochas nas bordas e a água era tão limpa que você podia ver a terra a baixo da água. Ela olhou pra mim rindo, e me empurrou.
- AH NUM VAI! – Puxei ela e caímos juntos.
Emergimos com os rostos perto um do outro. Nos beijamos novamente. Minha mão automaticamente pousou em sua cintura e ela colocou as suas na minha nuca.
- Que bonito, hein, casal? – Ouvi uma voz.
Paramos o beijo e vimos Pk e Guaxa nos olhando e rindo. Quando o Guaxinim olhou para a Maah ela fingiu estar com raiva.
- Que foi, Guaxinim? Perdeu o cu na minha cara, foi? – Maah.
Rimos da patada que ela deu. Até o Guaxinim riu. A Maah dando patada é muito engraçado.
Os meninos foram chamar o resto da galera pra ficar com a gente lá. Quando eles voltaram, Luba e T3ddy montaram um espaço pra fazer um piquenique depois de sair da água e o Dani trouxe as toalhas. Continuamos ali nadando até que a Maah resolveu sair.
Bom, não foi uma boa ideia.
A camiseta dela estava totalmente colada, identificando as curvas dela. Tenho certeza que pelo menos um dos (sem contar eu) ficou louco. Eu rapidamente saí do riacho e cobri ela com a toalha.
- Que garotinho protetor. – Ela riu.
Cheguei perto do ouvido dela.
- Eu tenho que proteger o que é meu. – Eu.
- Vish fio, num sou suas nega não, moleque. – Rimos mais ainda pelo jeito dela falar.
Depois que todo mundo saiu fizemos um piquenique e ficamos conversando até escurecer. A galera estava indo e aqueles (traíras, diga-se de passagem) mandaram eu e a Maah arrumar tudo pra ir pra lá depois. Demoramos um pouco para arrumar, mas logo estava tudo prontinho.
- Eu vou guardar isso lá. Me espera aqui, por favor. – Maah.
Assenti e ela foi. Já estava escuro. Me sentei e observei a Lua; alguns minutos depois a Maah voltou e se sentou ao meu lado.
- Linda, não? – Eu.
- Hm? – Ela me olhou.
- Tem uma coisa linda perto de mim e estou observando outra coisa linda. – Ri.
- Quem? – Ela.
- Você e a Lua. Lindas. – Eu.
Ela respirou fundo.
- Cal, eu tenho que te falar uma coisa. – Ela.
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