Após arrumar e colocar as mesas e cadeiras que não estavam quebrados em seus lugares, Ângela caminha até onde o corpo de Whindersson está e fita seu corpo estirado no chão.
Seus lábios estão sem cor e seus olhos estão fechados. Ângela pega seus braços e puxa o corpo do homem até a dispensa, nos fundos da biblioteca.
Chegando lá, ela abre a porta secreta e continua empurrando o corpo Hospital afora.
Se ela deixar o corpo na biblioteca, poderia atrair alguma criatura para lá, ou até mesmo aquelas duas cozinheiras idiotas que Ângela tanto odiava.
No jardim, atrás do Hospital, Ângela pega uma pá que estava escorada na parede e começa a cavar um buraco. Minutos depois, com uma grande cova a sua frente, ela pega o corpo de Whindersson e o joga lá dentro.
Tampa o buraco com a terra que havia retirado para fazer o buraco e volta para a biblioteca.
*****
Quando Christian sai pela porta da biblioteca, encontra alguns dos outros sobreviventes sentados no chão e outros em pé escorados nas paredes, todos tinham olhares preocupados e olharam para ele assim que o notaram ali.
Ele apenas balança a cabeça negativamente, e todos parecem entender o recado. Voltam a olhar para o chão, exibindo semblantes desgastados e sem nenhuma alegria.
Christian não tem nem tempo de se sentar no chão, pois A Voz logo volta a falar com eles.
- Parabéns aos 16 sobreviventes que chegaram até aqui. Tenho que admitir que não foi nada fácil pra vocês.
Se aquilo tinha sido um elogio, ou algo para deixá-los animados, não funcionou, ninguém se quer deu ao trabalho de responder.
- Bom, se não quiserem que eu solte uma horda de zumbis em cima de vocês, acho melhor irem andando.
De contra gosto, todos se levantam e quando a porta lateral se abre, todos seguem para lá. Já dentro da sala, caminham até outra porta e passam por ela quando a mesma se abre.
Então chegam em um quarto super iluminado, que faz todos colocarem as mãos em frente aos olhos.
- Bem vindos ao dormitório 2.
- Vai nos amarrar na cama de novo, legal. – Diz Aruan.
- Sei o quanto estão com vontade de descansar, por isso vou deixá-los aqui por algum tempo.
- Você é um idiota se acha que vamos cair nessa. – Rezende diz.
- É, quem garante que você não vai fazer outro desses desafios loucos com a gente aqui? – Cellbit pergunta.
- Bom, dou minha palavra a vocês, aqui é apenas um dormitório, nada vai acontecer. Além do mais, olhem perto a porta, há uma barreira de sal grosso que impede qualquer espírito de entrar aí.
- Mas e quanto às criaturas? – Cocielo pergunta.
- Não sei se perceberam, mas esse dormitório é bastante frio, e todas as criaturas daqui são acostumadas ao calor, não se atreveriam a ir aí. E outra, há um gaz espalhado pelo ar, vocês não sentem, mas as criaturas são muito sensíveis ao olfato, e é um cheiro quase insuportável para elas, à maioria desmaia quando fica exposta poucos segundos a ela.
- Isso ainda não me convence. – Diz Gabbie.
- Nem a mim. – Kéfera fala.
- Bem, é normal que não acreditem em mim, mas é exatamente isso o que acontece. Preciso que vocês fiquem em segurança enquanto eu cuido de alguns problemas. Olhem, tem até uma janela no outro lado do quarto, tampada por uma cortina. Acha que eu faria isso se quisesse matar um de vocês?
Castanhari e Gusta vão até o local e notam com surpresa que há mesmo uma janela ali, tampada por grades de ferro, mas ainda conseguem ver fora do hospital.
- É verdade! – Gusta diz. – Dá até pra ver o sol.
Todos correm até lá e sorriem ao olharem pela janela. Um pingo de humanidade e vida normal os dá um mínimo de esperança.
- Como podem ver, eu disse a verdade. E, além disso, notem que há duas portas laterais aí, uma leva para um banheiro, e a outra para um pequeno refeitório, que para a sorte de vocês está abastecido. Bom, o mais é isso, sugiro que não saiam do quarto, pois não estarão seguros fora daí. Eu vou voltar a fazer contato assim que for falar sobre o próximo desafio.
*****
[ POV KÉFERA ]
Kéfera estava cansada.
Depois que a adrenalina passou, todos os movimentos e o esforço que tinha feito para matar os pequenos dragões demônios duendes pareceu virem à tona. Estava com torcicolo, dor nos ombros e na perna.
Por isso não deu muita atenção à janela. Precisava descansar, e pelo o que A Voz havia dito, ficaram ali por algum tempo, certamente ela teria tempo o suficiente para descansar e depois ir ver a janela.
Ela escolhe uma cama próxima à porta de saída. Assim que se senta nela sente a diferença.
O colchão é mole e confortável. Tem um cheiro bom e parece ter sido trocado a pouco tempo. Kéfera se deitar e observa os outros Youtubers na janela. Gusta está entre eles.
Desde que haviam saído da Biblioteca, Gusta estava seco com ela, mal a olhava na cara e pouco falaram. Kéfera sabia o porque, e estava prestes a afrontar o namorado.
Viu Gusta vir em sua direção e o chamou.
- Ei amor, vem cá. – Ela diz.
- Eu to cansado, tenho que dormir. – Diz ele.
- Não vai dormir coisa nenhuma! Quero saber quando vai parar com esse cú doce!
- O que?
- Você sabe muito bem Gustavo. – Gusta se aproxima e se senta ao lado dela na cama.
- Olha, se você tá falando do que aconteceu na biblioteca...
- É estou falando disso mesmo. – Diz ela em tom duro.
- Não sei o que aconteceu com você.
- O que? – Pergunta ela irritada. – Eu estava tentando nos salvar.
- Isso era exatamente o que eu tava tentando fazer, até você simplesmente sair correndo! – Diz ele raivoso.
- Você estava tentando nos salvar? – Fala ela irônica. – Você estava é fugindo!
- Tá dizendo que sou covarde? – Ele se levanta e começa a gritar. – Droga Kéfera, não sei que merda deu em você, mais não é só porque a Bruna morreu que você pode sair por ai tentando se matar!
- O que? – Kéfera faz uma careta. – Isso não tem nada haver com a Bruna! Você é um idiota.
- Tem haver com o que então? Desde o começo eu to te protegendo, sempre seguindo o meu plano, ai do nada você simplesmente decide bancar a heroína? Sabia que você podia ter morrido?
- Eu sei muito bem dos riscos que tava correndo! – Ela cuspia as palavras. Na janela todos observavam a briga. – E foi por isso que decidi fazer o que fiz, mas que droga! Eu estou cansada de seguir ordens e sempre seguir seu plano, mais aí vai uma novidade Gustavo, nem todo mundo precisa de você pra dar ordens! Eu sei me virar sozinha!
- Então talvez seja melhor continuar assim. – Gustavo vira as costas e sai.
- Ei seu idiota! Não foi isso que eu quis dizer. – Ela berra, mais Gusta nem se vira.
- Vai se foder. – Ele diz em tom baixo, e entra na porta que leva ao refeitório.
Kéfera percebe que todos ainda estão na janela, e olham para ela surpresos. Ela apenas revira os olhos, vira para o outro lado da cama, de frente para a parede, e se deita.
*****
[ POV CELLBIT ]
Após a confusão entre Kéfera e Gusta, os outros youtubers se dividem, indo um pouco para o refeitório e alguns continuam no dormitório. Cellbit vai para o refeitório.
O refeitório é bem menor do que o ao lado da cozinha, mas em compensação parece ser bem melhor. Uma única mesa de mármore alta toma conta de toda a largura do local, deixando apenas um pequeno espaço no canto para as pessoas passarem.
Cellbit passa pela mesa e vai até o que parece ser um freezer. Lá, Pathy e T3ddy parecem escolher alguma coisa para comer, Cellbit espera eles saírem e tira de lá duas maças.
Ele volta e se senta a mesa, ao lado de T3ddy, e ao lado do cão que o observa atentamente do chão.
Cellbit morde uma das maças e da à outra ao cão.
- Ele já tem nome? – Pergunta T3ddy dando uma mordida na pera que tem em mãos.
- Abacate. – Cellbit responde.
- Sério? – T3ddy ri. – Por que?
- Ah, ele parece gostar de abacate. – Abacate late, pedindo mais comida. – Você é um buraco negro mesmo. – Cellbit acaricia sua cabeça.
- Onde tá o Luba? – Cellbit pergunta depois de terminar sua maçã.
- Ah ele tá lá no quarto com a Gabbie. – T3ddy responde. – Porque?
- Atoa. – Cellbit balança a cabeça. Assim que criou coragem suficiente, continuou. – Posso te dar um conselho?
- Claro, fala aí.
- É sobre você e o Luba. – T3ddy fez uma careta. – Olha, dá pra perceber que vocês gostam um do outro...
- O que? – Perguntou T3ddy, faltando queimar de vergonha. – Ele é meu amigo, só isso.
- Se você não quer admitir o que sente por ele tudo bem. –Cellbit fala. – Mas o que estou querendo dizer, é que, querendo ou não, a gente pode morrer a qualquer hora aqui, então, se tiver que fazer alguma coisa, aproveita pra fazer enquanto é tempo, por que depois pode ser tarde de mais.
- Verdade. – Responde T3ddy, e Cellbit vê seus olhos se mexerem de um lado para o outro, como se pensasse em alguma coisa. – Mais isso não quer dizer que eu sinta algo a mais por ele, só concordei com a parte de poder ser tarde.
T3ddy se levanta e deixa Cellbit rindo na mesa, enquanto Abacate o observa ao seu lado.
*****
[ POV GABBIE ]
Enquanto está sentada na cama conversando com Pathy e Luba, Gabbie mal nota que não está prestando nenhuma atenção na conversa. Sua mente está vagando em seus pensamentos.
Desde que saiu da biblioteca, ela se sente bastante estranha, como se alguma coisa estivesse presa em sua garganta. E também desde que saiu de lá, tem pensamentos estranhos e aleatórios, como se tivessem surgido do nada na sua cabeça.
E ainda, uma parte do que aconteceu na biblioteca parece ter se apagado da sua mente, ela não se lembra. Lembra de levantar da mesa para ir procurar T3ddy e Luba, e então um borrão, a lembrança seguinte que tem é quando já estava fora da biblioteca. Não se lembra nem de como saiu de lá.
- O que você acha Gabbie? – Luba pergunta.
- O que? – Pergunta ela voltando a realidade.
- Você preferiria um livro sobre unicórnios ou sobre pôneis?
- Ela nem ta prestando atenção. – Pathy ri.
- Ah... unicórnios. – Gabbie responde e eles riem.
- Você tá bem? – Pergunta Luba após os risos.
- Tô, porque? – Questiona ela.
- Seu nariz, tá saindo sangue.
Gabbie coloca a mão próxima ao nariz e vê que está mesmo sangrando.
- Meu deus! Vou no banheiro limpar.
Ela sai da cama e vai até o banheiro, que está desocupado.
Assim que entra, acende a luz e liga a torneira. Junta as mãos, enchendo-as de água, abaixa o rosto e joga a água no rosto. Assua o nariz e repete o processo várias vezes.
O espelho acima da pia é encardido e embolorado, mas ainda é possível se enxergar nele. Assim que Gabbie olha para seu reflexo, por um segundo, pensa ter visto seus olhos completamente negros. Ela pisca e quando olha novamente, estão normais.
Só faltava essa, pensa ela, estou ficando louca.
Gabbie enxuga o rosto na própia blusa e volta para o quarto, sem saber que carrega um espírito dentro de si.
*****
[ POV COCIELO ]
Por trás da cortina, Cocielo observa pela janela a paisagem fora do hospital.
O sol ainda está forte, e Cocielo arrisca dizer que devem ser lá para as quatro da tarde. As únicas coisas que consegue ver são apenas mato, que cobre todo o chão e mais a frente ele vê outro prédio com uma janela. Deve ser outra parte do hospital.
Ele sai de trás da cortina e observa o dormitório a sua frente. Há uma coisa que está o incomodando já faz algum tempo, e depois do que viu na biblioteca, confirmou que suas suspeitas estavam certas.
Caminha até a cama onde Daniel está sentado, perto da saída e se senta.
- Eae. – Diz ele.
- Fala. – Daniel responde, sem tirar os olhos do livro que está lendo.
- Firmeza?
- Tô e você?
- Também. – Responde Cocielo.
Daniel é a pessoa mais próxima de Cocielo ali, e mesmo assim, Cocielo ainda não confia nele, não depois das dúvidas que surgiram em sua cabeça depois da morte de Lukas. Desde então ele quer falar sobre isso com Daniel, mas nunca tem coragem suficiente, mas dessa vez está decidido, vai ser agora.
- Ei cara, qual é a faca? – Pergunta ele tentando soar tranquilo, como quem pergunta as horas.
- Que faca? – Daniel franze a testa, mas não desvia os olhos do livro.
- Você sabe, a que voou da sua mão lá na biblioteca.
- Ela não voou da minha mão, eu a taquei.
- Olha mano, eu sou a pessoa mais próxima de você, e você e a pessoa que eu sou mais próximo, se quer que eu confie em você precisa falar a verdade.
Daniel olhou para ele por alguns segundos como se estivesse decidindo se contaria ou não.
- OK, mas não conta pra ninguém beleza?
- Beleza.
Daniel olha para o lado para ver se tem alguém perto, e quando se certifica de que não, tira a faca do bolso e a coloca na mão de Cocielo.
- Eu fiz um trato com a Anastácia. – Diz ele em tom baixo.
- O que? – Pergunta ele alto de mais. – Com a vadia do véu?
- Fala baixo. – Diz Daniel com um tom de censura, vendo que Christian e Gusta tinham se virado pra eles. – Sim, ela mesmo.
- Meu deus mano, você é louco, por que você fez isso?
- A gente fez um trato, é meio uma troca, o Lukas pelo Aruan. – Cocielo fez uma careta de quem não estava entendendo. – É o seguinte, eu vou entregar o Aruan para ela, e ela traz o Lukas de volta.
- Como assim trazer de volta? Vai ressuscitar ele? – Aquela conversa estava cada vez mais estranha para Cocielo, nada parecia fazer sentido.
- Sim, não sei bem os detalhes, mas é isso. Ela vai trazer o Lukas de volta assim que eu entregar o Aruan.
- E como vai fazer isso?
- É ai que entra a faca. Lá no dormitório, ela pediu pra eu desenhar uma estrela no chão com o meu sangue, depois fez uns ritual bem louco lá e a faca apareceu no meio do desenho.
- Mano, que bosta você fez!
- Ah qual é, vai dizer que se pudesse trazer alguém importante pra você, você também não faria isso? – Daniel pergunta.
- É, acho que faria. Mas como você vai entregar o Aruan pra ela?
- Pelo o que ela disse, eu só preciso enfiar a faca nele, a faca ta encantada ou alguma coisa do tipo, e assim que eu enfiar a faca no Aruan, ela vai aparecer e matar ele, isso que eu entendi.
- Cê é louco mano. – Cocielo balançava a cabeça. – E mais alguém sabe disso?
- Não, só eu. Agora você também.
- Sei, e quando você vai enfiar a faca nele? – Era estranho como aquela conversa parecia ser normal e rotineira.
- Hoje a noite. – Daniel responde. – Enquanto o arrombado estiver dormindo.
- Cara, isso vai dar uma treta maligna! – Os dois riram.
Cocielo se sentia mais tranquilo, finalmente sentia que podia confiar em alguém ali.
*****
[ POV REZENDE ]
Após sair do banheiro, Rezende conseguia observar claramente o que tinha que fazer. O espírito havia sido bastante claro. Hoje, durante a noite, Rezende iria agir.
*****
[ POV LIRA]
Deitado na cama, Lucas sorria ao observar Taciele conversar com Mauro e Castanhari a algumas camas de onde ele estava.
A forma como ela ria de algo engraçado, o modo como passava a mão pelo cabelo e o colocava atrás da orelha, sua voz carinhosa quando falava com ele, seu cheiro. Tudo isso deixava Lucas feliz, e só o fez confirmar o que ele já estava desconfiado, ele estava mesmo gostando de Taciele.
Ele tentou se lembrar da primeira vez em que percebeu todas essas coisas em Taciele, mas não conseguiu se lembrar, parecia que tinham surgido do nada, como se de repente olhasse para ela, e tudo viesse a tona de uma vez só.
E estava contente por saber que Taciele sentia o mesmo por ele, ou pelo menos, parecia sentir. Depois que foi jogado na parede da biblioteca pelo demônio, ele desmaiou, e quando acordou, estava do lado de fora da biblioteca.
Lucas viu o rosto de Taciele ir de um semblante preocupado para um sorriso de orelha a orelha, e em seguida, ela o abraçou. Se Lucas tivesse mais forças naquele momento, teria a puxado e a beijado.
Foi um abraço longo e caloroso. Depois, Lucas ouviu com prazer ela falar sobre como estava preocupada com ele e o que tinha acontecido depois que ele desmaiou. Lira até notou que os olhos dela estavam úmidos enquanto falava.
Isso o remetia a um problema que o incomodava.
Sua pedra havia sumido.
Não sabia dizer se tinha caído quando ele foi jogado pelo ar ou se alguém a tinha pego de seu bolso, de uma forma ou de outra, não estava mais com a pedra.
Como se lesse seus pensamentos, Christian vem em direção a ele e se senta na cama.
- E ai cara, melhorou? – Christian pergunta.
- É só to com um pouco de dor no cotovelo. – Lira responde.
- Essa pedra é sua não é? – Christian pergunta e tira uma pedra do bolso.
- É sim. – Diz Lira com estranhamento, Christian a tinha pegado?
- O Whindersson pediu pra eu te entregar, antes de... você sabe. – Lira pega a pedra.
- Ah sim, valeu.
- Parece que caiu do seu bolso quando você foi empurrado.
- É eu desconfiei mesmo. – Lira logo guardou a pedra no bolso, não queria que ninguém a visse.
Christian já tinha se levantado da cama quando Lira voltou a falar.
- Ei, será que você pode não falar a ninguém sobre isso? – Pergunta ele.
- Claro. Cada um com os seus segredos. – Respondeu Christian com um sorriso malicioso.
*****
[ POV DANIEL ]
O dia passa sem muita coisa interessante e Daniel acaba dormindo no fim da tarde.
Quando acorda, nota a luz do dormitório apagada e percebe que a maioria dos colegas está dormindo em suas camas. Caminha silenciosamente até a janela e vê que está tudo escuro. É noite.
Então é agora.
Ele procura pela cama em que Aruan está dormindo, segundos depois, quando o encontra no meio do dormitório, caminha lentamente até lá.
Não faz um barulho se quer e logo chega ao lado da cama de Aruan, que dorme e baba no travesseiro. Daniel não sabe muito bem como as coisas vão acontecer depois que enfiar a faca em Aruan, por isso se aproxima mais da cama e fica de uma forma que consiga enfiar a faca na barriga de Aruan.
Pronto.
Ele conta até três e leva a mão ao bolso para retirar a faca.
Mas se surpreende ao perceber algo.
A faca sumiu.
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