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História You've fallen for me - Capítulo 4 - Sonhos


Escrita por: ChelseadeAguia

Notas do Autor


Oi gente, como vao?
Bem, vou escrever rápido pois nao tenho muito tempo hoje (trabalho, trabalho e mais trabalho).
Espero que estejam gostando da fic.
Mais um capítulo e creio que faltam ou dois ou três pro final...
Boa leitura e bjs

Capítulo 4 - Capítulo 4 - Sonhos


“O amor sempre vem inesperadamente como o destino
E isso me encharcou como uma ducha
E eu nem sabia que era amor”




Após mais de seis anos de lutas judiciais ambos haviam, finalmente, recebido a indenização da companhia aérea responsável pelo vôo que resultou na morte de seus pais. Matsumoto estava relutante com a idéia, achava que não necessitava daquele dinheiro, que aquilo não traria seus pais de volta, etc., mas Ichimaru conseguiu convencê-la de que seus pais ficariam felizes caso ela utilizasse o dinheiro para algo (e ela assim o fez, comprando uma sala em um grande prédio comercial e a colocando para locação), assim como ele utilizaria o dele para montar um restaurante, sonho desde que terminou a universidade no ano anterior.

*** *** ***

Matsumoto ia andando cansada para casa quando seu celular tocou.
- Aonde você está agora? – perguntou Gin do outro lado da linha.
- Estou chegando na portaria do prédio, por que?
- Preciso que você venha num lugar nesse momento. É urgente mesmo!
- Gin, estou morta de cansaço. É urgente mesmo, algo como “estou preso” ou “dentro de uma ambulância”, ou o urgente de” vontade de comer cachorro quente”?
- Urgente de “tem uma coisa que você TEM que ver”. – e, ainda animado, completa – É sério, Ran. Você tem que vir aqui. Fica apenas a duas quadras da nossa casa.
Matsumoto revirou os olhos. Por que que toda vez que ele a chamava de “Ran” ela acabava acatando o que ele pedia?
- Ok Gin, me passa o endereço.
Em dois minutos chegou ao local indicado e pode ver Gin parado em frente de um imóvel fechado com uma chave na mão.
- O que é tão urgente, Gin? – perguntou, fitando o rapaz.
- Vamos. – disse o homem, abrindo a porta do imóvel. O lugar estava vazio, mas limpo. Gin abriu os braços e a fitou, sorrindo – O que acha?
- Vazio. – disse Rangiku, rindo.
- Apenas por enquanto. Mas você consegue imaginar cadeiras aqui? – perguntou, apontando as mãos para o espaço.
- Consigo imaginar qualquer coisa aqui, Gin, até mesmo um elefante rosa! Mas o que é isso, afinal?
- Isso é o meu restaurante! – disse Gin, sorrindo mais ainda. – Eu o comprei hoje e você tinha que ser a primeira pessoa a vê-lo! Acha que fiz um bom negócio? – perguntou, olhando para a amiga.
A resposta da ruiva foi rápida e espontânea como sempre: ela se jogou no pescoço dele, dando-lhe um forte abraço.
- PARABÉNSSSSS!!!! – Disse, gritando no ouvido dele.
Ichimaru não pode deixar de corresponder o abraço e fechou os olhos levemente, aspirando o doce perfume dos cabelos dela. Estava há tanto tempo convivendo com ela e a amava há tantos anos agora que nem mais sabia como era a vida sem ela no seu mundo. “Com certeza era menos perfumada e mais triste”, pensou, ainda entrelaçado com ela. Com o tempo havia aprendido a esconder, a atuar, a se fazer de desentendido quando falavam dela ou a lutar contra o ciúme que sentia quando a olhavam na rua; já havia tentado de tudo para esquecê-la, em vão.
Matsumoto ainda estava abraçada a ele, sentindo o aroma do amaciante nas roupas. Era o “cheiro do Gin” como ela sempre pensava. Não importava onde estivesse, sempre que sentia aquele cheiro, era nele que ela pensava. Teve diversos namorados durante a faculdade, na esperança de esquecê-lo, mas não conseguiu se sentir mais do que atraída por nenhum deles.
Relutantes, mas com medo de demonstrarem mais do que pretendiam, ambos se desgrudaram do abraço.
- E agora, o que pretende fazer? – perguntou Rangiku, aparentando ansiedade. – Quando pretende abrir, como vai chamar, essas coisas?
- Abrir, deixe-me ver... talvez abra em dois ou três meses. Tenho muito trabalho, papelada para arrumar, gente para contratar, fornecedores para contactar... – e, parecendo realmente intrigado, diz – Eu realmente não pensei em nomes.
- O nome é a alma do negócio, Gin. Tem que ter um nome bem legal, senão o pessoal não vai gravar.
- Ok então... que tal, “Ichimaru’s”?
- Pelo amor de Deus! Tudo menos isso!
- Tá bom, entendi. – disse Gin, rindo. Só ela mesmo para fazê-lo ficar parado no meio de um imóvel, vazio, pensando em nomes de um futuro restaurante. Mas isso o fez sonhar se, um dia, fariam o mesmo caso tivessem um filho e... era melhor parar de pensar naquilo. Resolveu, então, ter uma idéia melhor – Espere um minuto. Você tem uma mente criativa, afinal, é uma escritora de relativo sucesso agora; você tem noção de marketing graças a isso; e você tem bom gosto. Por que, então, você não dá o nome do meu restaurante?
- Como assim? O restaurante é seu, o correto é você dar o nome dele, não eu.
- Eu sou péssimo pra isso. – e, olhando no fundo dos olhos dela, sorri e diz, baixinho – Por favor, Ran.
Matsumoto apenas fecha os olhos e balança a cabeça. Como uma frase simples como essa tinha esse poder todo? Ela tinha certeza que se um dia ele dissesse “Por favor, Ran, vá para o inferno!” ela iria, e com a cara mais feliz do mundo, como um cachorrinho; assim como se um dia ele dissesse “Por favor, Ran, me beije”, ela o faria e ainda diria “Com prazer”. Lentamente ela abriu seus olhos e viu que ele ainda a olhava. Respirou fundo duas ou três vezes e teve uma idéia:
- Las Noches. – disse, olhando para o jovem.
- Las Noches?
- Sim. É espanhol, diferente, mas fácil de guardar. Gosta?
- É melódico. “Las Noches” – repetiu, gostando da sonoridade. Olhou para a mulher à sua frente e a viu olhando para o espaço, com cara pensativa. – No que está pensando?
- Tenho algumas idéias do que você pode colocar aqui e ali. Quer ouvi-las?
- Adoraria. Mas apenas se for durante o jantar, pois estou morrendo de fome já que passei o dia inteiro assinando a papelada. O que você quer comer?
- Qualquer coisa. Passei o dia inteiro com a Orihime, vendo o meu último manuscrito. – disse, saindo do restaurante - Coitada, anda tão pálida. Acho que é só por causa do casamento do Kurosaki com a Kuchiki.
- Eles realmente vão se casar? – perguntou Ichimaru, fechando a porta e trancando.
- Vão, no próximo mês. Acredita que a pobrezinha ainda vai ser madrinha deles?
- Vai?
- Vai. Eu disse a ela que seria melhor não ser, já que ela sempre foi apaixonada pelo Kurosaki, mas ela disse que ele e a Kuchiki insistiram tanto e ficaram tão felizes quando ela respondeu sim, que não pode negar. – disse, enquanto andavam para o prédio. – Mas eu estou preocupada com ela. Essa situação deve ser difícil, Gin. Imagina, você ser apaixonado pela pessoa sua vida toda e ela se casar com outro, e, ainda por cima, pedir para você ser o padrinho?!
- Deve ser... difícil. – pensou o homem, se colocando no lugar de Orihime. Sabia exatamente como ela se sentia, pois já havia pensado várias vezes no que faria no dia que Rangiku se casasse, porque esse dia com certeza chegaria, era uma coisa inevitável. A cada novo namorado ele se preparava psicologicamente para escutar coisas sobre a relação, sobre em como ele era perfeito e sobre como ela achava que ele era o pai dos filhos dela. Mas isso, graças a Deus, nunca ocorreu. Muito pelo contrário, ela nunca falava dos seus relacionamentos com ele, e ele sempre dava graças por isso. Mas se, um dia, o inevitável ocorresse, Matsumoto ficasse noiva e pedisse a ele para ser seu padrinho de casamento, ele tinha certeza que a levaria até mesmo ao altar, mesmo com o coração em frangalhos, se isso a fizesse feliz.
- O pior é que eu disse para ela “Hime, você devia se declarar para ele, ele é meio lerdinho, não percebeu que você o ama.”, mas não, a bobinha não fez isso. Aí o que aconteceu: Kuchiki apareceu.
- Em suma, ela perdeu o Kurosaki porque quis? – perguntou Gin, olhando de lado para a amiga.
- Não de maneira consciente, mas sim, no final foi porque foi fraca e não se declarou quando pode.
- Você se declararia?
- O que? – perguntou a jovem, espantada pela pergunta.
- Se coloque no lugar dela: você sendo apaixonada por anos por um amigo seu, que te vê apenas como amiga e não desconfia de nada. Você ia preferir continuar nessa situação de poder estar perto da pessoa, mesmo que apenas como amigo, ou preferiria arriscar se declarar, tomar um fora e passar a ter uma relação estranha com a pessoa? – disse, abrindo a portaria do prédio onde moravam. Passaram pelo porteiro, o cumprimentaram e entraram no elevador, onde Gin continuou seu pensamento – Eu acho que não teria feito nada diferente do que ela fez.
- Mas não acha que ela está se machucando mais ainda aceitando ser a madrinha deles?
- Ela o ama. Pessoas fazem loucuras quando amam alguém. – disse o homem, saindo do elevador e abrindo a porta do apartamento. Colocou as chaves em cima de um móvel e olhou para a amiga. – Se não se importar, vou tomar um banho rápido e logo logo preparo o jantar, ok?
- Ótimo, pois também estou precisando de um bom banho. – e viu uma luz piscando na secretária eletrônica. – Ih, tem mensagem na secretária.
Ichimaru estava no final da escada quando ouviu o recado do outro lado da linha:

“Alô, não sei se liguei certo, mas é da casa do Ichimaru? Eu não sei se você se lembra, mas eu sou a Halibel, amiga do Ishida que você conheceu na semana passada, no bar. Eu pedi a ele o seu número de telefone e ele me passou esse, espero que não esteja errado. Sei que está em cima da hora, mas você aceitaria se encontrar comigo hoje, às 20:00, no bar Seireitei? Me liga, meu telefone é 377232. Bem, até lá.”

Matsumoto olhou para o relógio: 19:00. Tentando manter o tom calmo e inexpressivo na voz disse, se colocando fora do ângulo de visão do amigo:
- Melhor correr ou não vai chegar a tempo.
- Eu não vou. – disse Gin, de cima da escada. Se lembrava da mulher, não a havia achado feia, mas não queria encontrá-la e, acima de tudo, não gostou do fato de Rangiku ter ouvido a mensagem. – Vou tomar meu banho e vou fazer um jantar para nós dois. Nós vamos beber até cair e amanhã eu ligo para ela falando que não ouvi a mensagem.
- Você não pode fazer isso. – disse Matsumoto, aparecendo ao pé da escada, com um sorriso no rosto. – Isso não é justo com a moça do outro lado da linha. Tenho certeza que ela vai estar nesse bar, te esperando. E, oras Gin, há quanto tempo não sai com ninguém além de Ishida, já que o Grimmjow agora é um homem tão casado que eu me pergunto onde foi parar o Grimmjow que olhava para todas?
- Ele foi domado pela Nell. – disse, olhando para a jovem aos pés da escada. – E está mais feliz domado do que antes.
- Posso apostar que sim. Mas ele sempre foi apaixonado por ela, não é?
- Ele dizia que não, mas sabíamos que era.
- E você está tentando mudar de assunto, retornar ao que estávamos conversando e perder a hora para esse encontro.
- Quem sabe...
- Ah, mas você vai nesse encontro, Gin. Nem que eu tenha que te enfiar debaixo do chuveiro.
Olhando para a amiga, no pé da escada, Ichimaru se viu tentado. Com um sorriso mais que malicioso nos lábios a olhou e disse, baixo:
- Quer tentar? Garanto que vai acabar tomando mais banho do que eu, Rangiku. – Vendo que a garota ficou rubra de vergonha e com os olhos arregalados, a olha novamente e pergunta, já sem malícia – Por que quer que eu vá nesse encontro?
- Por que você me parece sozinho? Por que é deprimente sair pra beber com o Ishida?
Ichimaru riu. Virou-se de costas e disse, sem olhar para trás.
- Ok, você venceu. Vou tomar meu banho e sair.
- Ok. – disse a garota, ainda nos pés da escada.
Quando ouviu a porta do quarto dele bater, subiu as escadas, entrou em seu próprio quarto, fechou a porta e sentou-se em sua cama, com lágrimas nos olhos. Havia acabado de mandar seu próprio coração para ser retalhado de maneira lenta. Havia acabado de enviar o homem que amava para um encontro com outra mulher. Riu de si mesma, ao pensar em como chamou Orihime de fraca, mas, no final, ela sofria do mesmo mal, especialmente por dividir a mesma casa com ele há anos e não se abrir. E, pior ainda, Orihime não havia mandado Rukia para cima do Ichigo, ao contrário do que ela estava fazendo agora com Gin. Ouviu a porta do quarto de Ichimaru se abrir e, rapidamente, entrou no banheiro e ligou o chuveiro, sem entrar nele. Olhou seu relógio de pulso: 19:30. Daí algum tempo, se conseguisse, sairia do quarto e iria para o seu esconderijo favorito: o terraço do prédio.

Notas Finais


E aí, gostaram do capítulo?
Bjs


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