1. Spirit Fanfics >
  2. You've fallen for me >
  3. Capítulo 5 - Chuva

História You've fallen for me - Capítulo 5 - Chuva


Escrita por: ChelseadeAguia

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo da fic. Este está um pouquinho menor, mas o da semana que vem será bem mais longo, prometo.
Obrigada pelos comentários.
Beijos e boa leitura.

Capítulo 5 - Capítulo 5 - Chuva


“Mesmo com os olhos fechados
Você me vem à cabeça de tempos em tempos.
Quando você se sente corar,
Você está apenas se apaixonando por mim
Sem nem ao menos perceber”


Ichimaru saiu da loja de conveniência que ficava na esquina do prédio onde morava e pegou seu celular. Rapidamente digitou um número de telefone. Enquanto aguardava a pessoa atender, notou que uma forte chuva estava começando.
- Alô. – respondeu uma voz feminina do outro lado.
- Halibel-san?
- Sou eu.
- Ah, olá, aqui é Ichimaru Gin. Estou ligando para falar que não posso ir ao bar. Eu tenho um outro compromisso hoje e realmente não posso aparecer.
- Que pena. – disse a voz, e, passando de um tom desanimado para um sedutor completa – Marcamos para outro dia, então? Eu realmente gostaria de te encontrar novamente...
- Não creio. – disse Gin, impressionado com a resistência da moça. Realmente, de tirar o chapéu – Eu... eu não posso lhe encontrar. A verdade é que, eu não sei o que o Ishida lhe disse, mas eu sou um cara meio complicado.
- Ele disse que você é um sujeito peculiar, mas não disse nada de mais.
- A verdade é que... eu não estou interessado em você, Halibel-san.
O telefone ficou mudo por alguns segundos, mas a moça logo respondeu.
- Ok, já entendi. Se precisar conversar com alguém sobre qualquer coisa, pode falar comigo, Ichimaru-san. Tenha uma boa noite. – disse, desligando por fim.
Gin olhou para o telefone, mas preferiu não pensar mais no assunto. Olhou para o prédio onde morava e observou seu apartamento. As luzes da sala estavam acesas, o oposto do que ele havia deixado. Mas uma coisa o chamou a atenção: no terraço do prédio ele teve a impressão de ter visto alguém, parado, apoiado na grade, olhando a vista. Alguém com longos cabelos ruivos, com uma camisa cereja, com calças jeans... piscou novamente os olhos para ter certeza que não era ilusão, até que concluiu que realmente, era Rangiku que estava, tomando chuva, no meio do terraço. Rapidamente atravessou a rua, entrou no prédio e pegou o elevador. Parou no seu andar para deixar as sacolas de compras, pegar uma toalha para Rangiku e subiu para o terraço.
***
Rangiku olhava os raios caindo longe. A chuva gelada havia sido desagradável no início, mas agora ajudava a limpar suas lágrimas e seus arrependimentos.
Apoiou a cabeça na grade, pensando e se lembrou de todos os anos que passou ao lado de Gin, de todos os relacionamentos que teve e que fracassaram, simplesmente porque não conseguia esquecê-lo. Se lembrou que alguns anos antes, naquele mesmo terraço, terminou o relacionamento com Shuuhei, e de como ele lhe esfregou a verdade na cara. Se lembrou dos anos de faculdade, em que um de seus namorados terminavam com ela por não agüentarem ver a namorada dividindo apartamento com um outro homem. Fez um certo esforço para se lembrar das namoradas de Gin, mas conseguiu recordar apenas de uma, a super temperamental Hyori, que, de repente, um dia, durante uma festa no apartamento deles, jogou seu copo de cerveja na cara de Gin e saiu bufando porta afora, e ninguém nunca mais falou nada dela. “Se eu tiver mais uma chance, meu Deus, será que vou ser forte para dizer que o amo?”
Quando a porta do elevador se abriu, Matsumoto ainda estava apoiada na grade. Ichimaru se aproximou lentamente dela, e ouviu um suspiro. Ficou parado por alguns segundos admirando a bela mulher à sua frente, com as gotas de chuva caindo em seus cabelos e seu belo corpo ainda mais acentuado por causa das roupas molhadas. Temendo assustá-la demais caso continuasse em silêncio, disse, baixo:
- Rangiku...
Surpresa, a jovem se virou e ele pode ver seu rosto. Seus olhos azuis estavam vermelhos, e suas lágrimas se misturavam com as gotas da chuva. Seus cabelos ruivos estavam colados em sua face e ela estava com uma expressão atônita.
- Gin... o que está fazendo aqui? – perguntou, passando as mãos pelo rosto, limpando as lágrimas. Havia sido pega pela única pessoa que não deveria tê-la pego e, pensando em uma desculpa, tentou inverter a situação – Não era para você estar em um encontro?
- Não éramos compatíveis.
- Que pena.
- E você, o que faz aqui?
- Gosto da vista.
- No meio da tempestade?
- Os raios a deixam ainda mais bela. – disse, com um sorriso triste nos lábios.
- Vem cá, Ran. – disse Gin, esticando a toalha para ela. – Vamos para casa, você precisa se esquentar ou vai ficar doente.
Ela o olhou, ainda sem reação. Olhando para ele de um jeito displicente,tentando se fazer de forte e enfrentar o maldito “Ran”, pergunta:
- E o que você vai fazer se eu não for? Vai me bater? Vai me obrigar? Você não é meu pai, Gin!
- Pode apostar que não. – disse o homem, mais pensando alto do que realmente respondendo. – Não sou seu pai, não sou seu irmão, mas me preocupo com você e não quero te ver doente. Por isso, anda, saia da chuva, por favor.
- Eu estou bem aqui.
- Claro, tremendo e com os lábios roxos, além do queixo batendo. Vamos logo Rangiku, vamos para casa. Eu preparo algo quente para você beber e você me conta o porquê de estar aqui, chorando.
- Eu não tava chorando.
- Tá bom, foi só uma nuvem que caiu nos seus olhos. Como você preferir. Apenas vamos?
Desistindo de se fazer de difícil, Rangiku estica o braço e pega a toalha, agora encharcada, que ele a entregou.
- Essa toalha está mais molhada do que eu. – reclamou, indo para o elevador.
- Estaria seca se você não tivesse feito tanta birra. – disse, olhando para ela enquanto o elevador fechava.
Chegando no apartamento Gin a enviou diretamente para o banho. Enquanto isso ele abandonou os planos do jantar elaborado e fez uma boa sopa quente. Em quinze minutos a jovem desceu as escadas, de pijama.
- Satisfeito agora, Gin?
- Bem melhor assim. – diz o homem, olhando a ruiva à sua frente. Seus cabelos longos estavam úmidos e ele tinha certeza que nenhuma mulher no mundo poderia parecer mais sexy vestindo um pijama xadrez de verde com mangas longas. – Fiz uma sopa quente para comermos.
- Você deveria ir trocar de roupa, já que se molhou também.
- Eu não molhei tanto quanto você, já que estava com sobretudo.
Começaram a comer em silêncio e assim terminaram. Retiraram os pratos da mesa e colocam na lavadora. Rangiku, então, se encaminha para a escada e diz:
- Estou indo, Gin. Obrigada pela sopa. – e sobe as escadas apressadamente.
Ichimaru corre até ela e sobe os degraus correndo, alcançando-a na metade do corredor.
- O que houve, Rangiku? – disse, segurando o pulso dela.
- Não houve nada, Gin! Me solta. – diz a mulher, tentando se soltar.
- Não solto até me dizer o que está acontecendo. Você está estranha desde que chegamos em casa. O que aconteceu?
- Já disse que não foi nada, Gin!
- Tem que ter sido alguma coisa. Por um acaso foi o telefonema? Eu disse que não queria ir a esse encontro, foi você que praticamente me obrigou e...
- Não foi isso, Gin! Esse encontro não tem nada a ver e eu não me importo com seus encontros e se eles dão certo ou não.
O jovem sorriu de leve.
- Quer saber por que eu nem ao menos cheguei a encontrá-la?
- Eu não tenho nada a ver com a sua vida, Gin. – disse, sem olhar para ele
- Aí que você se engana, Ran. – e, abaixando um pouco diz, baixo, na orelha dela – Eu não quis encontrar aquela mulher porque eu sei que não daria certo. Eu não consigo mais sentir atração por essas mulheres, eu não consigo sentir prazer com elas, eu não consigo nem ao menos olhar para elas.
- Por que, virou gay? – pergunta Matsumoto, rindo ironicamente.
- Não, o motivo é outro. – e a afasta um pouco, o suficiente para olhar no fundo dos olhos dela – Eu não consigo mais sentir nada com nenhuma mulher porque eu não consigo não compará-las a você. Por isso eu não queria ir nesse encontro: por que eu te am...
Nem mesmo conseguiu completar a frase. Foi calado pelos lábios rubros de Rangiku, famintos. O beijo foi profundo, repleto de desejo, carinho, anos de sentimentos reprimidos. Sem pestanejar, Ichimaru a prensa contra a parede, sem parar de beijá-la. As mãos masculinas envolvem o corpo feminino e ele sente as longas unhas da mulher em seu couro cabeludo. Vendo que ficavam sem ar, ele para o beijo e, respirando com dificuldade, encosta sua testa na testa dela. Olha para os belos olhos azuis femininos e os vê dilatados, brilhando, o desejando.
- Eu te amo. – consegue finalmente dizer, ainda com o fôlego alterado.
- Eu também te amo, Ichimaru Gin. – diz a jovem, um pouco encabulada.
Gin voltou a beijá-la, dessa vez com mais calma, de maneira lenta, sensual. As longas pernas da jovem então o envolveram pela cintura e ambos gemeram com o contato há anos desejado. O homem então separa seus lábios dos dela e os move até o pescoço feminino, o beijando com calma. Ichimaru ouve, então, um gemido estrangulado na garganta feminina; rindo, ele move seus lábios até a orelha dela e diz, rouco:
- Eu não queria que as coisas fossem desse jeito.
- Como você queria que as coisas fossem? – perguntou Matsumoto, ofegante.
- O correto seria eu te convidar para sair... – disse, movendo seu rosto para olhá-la nos olhos.
- Você me convidou para ir ao seu restaurante.
- Depois sairíamos para jantar...
- Já comemos.
- E aí sim, depois, eu te beijaria.
- Só beijaria?
- Sim, só beijaria.
- Acha que beijos são o suficiente?
- Não, mas há anos você proibiu o sexo dentro dessa casa, então... – disse, rindo.
- A regra falava de pessoas de fora da casa, não das de dentro. – se aproxima da orelha masculina – Gin... – diz a jovem, se afastando e olhando fundo nos olhos masculinos – Faça amor comigo.
Mal completou sua frase e seus lábios foram esmagados pelos masculinos. Ichimaru a segurou enlaçada pela cintura e a levou, de maneira urgente, para seu quarto.

Notas Finais


Mais cruel que Nanao-chan! Vao ter que ficar mais uma semana na curiosidade!
Espero que tenham gostado do capítulo.
Bjs, até semana que vem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...