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História Zaza Hazza - OVA 1: ZAYN.


Escrita por: mrgenie

Notas do Autor


Esse OVA (e provavelmente os próximo também) é narrado pelo Zayn.

Capítulo 6 - OVA 1: ZAYN.


Fanfic / Fanfiction Zaza Hazza - OVA 1: ZAYN.

Demorei para pegar no sono aquela noite.

Fumei vários cigarros seguidos pensando no que Harry havia me dito. Seria verdade? Digo, ele gosta de mim... mas ele gosta daquele jeito?

Tirei minha camisa e me sentei no sofá. Não resisti a vontade de olhar para ele. Deitado em minha cama, parecia um anjo encolhido nas cobertas. Ele é lindo, ninguém pode negar. Eu não nego.

Dá até vontade de ficar olhando ele pelo resto da noite, mas eu sabia que logo iria ter que acordar. Sou um integrante da One Direction. Tenho compromissos e tudo mais.

Quando meu celular despertou a primeira coisa que fiz foi olhar pra ele, quase que num sobressalto. Eu queria saber se ele estava bem. Se estava ali. Perto de mim.

Ele havia se mexido a noite, estava de costas e sem coberta alguma sobre o corpo. Caramba. Ele tem um corpo muito nice. Really... really nice.

Resolvo ligar para o Liam. Ele normalmente acorda mais cedo que os outros, e saberá me dizer o que está acontecendo.

Vou para a sacana e teclo seu número. No segundo toque ele já atendeu.

“Vas happenin, Liam!?”, digo divertidamente, tanto pra me animar quanto para não dar nenhuma deixa para Liam tocar no assunto da noite passada.

Liam me informa o que todos estão fazendo e resolvo acordar Harry. O que para mim parece um pecado. É como estragar um quadro perfeito.

Eu não sabia se ele lembraria de tudo o que aconteceu logo que acordasse, mas pela minha experiência em bebedeiras, ele com certeza vai demorar algum tempo.

“Bom dia”, tento agir o mais naturalmente possível. Na verdade, não sei como agir. Quero perguntar se estava falando sério, se gosta de mim, mas é melhor esquecer isso.

“Onde estou?”, caramba, ele não sabe nem onde está... esse é o Harry. Fico de costas para esconder um sorriso e digo que está em meu quarto e respondendo a ele, digo onde os outros estão, e saiu do quarto.

Eu não sei o que estou sentindo. Mas acho melhor não falar com ninguém sobre isso por enquanto. Nem comigo mesmo.

Encontro o pessoal no saguão e respondo algumas perguntas de uma menina que estava nos entrevistando. Depois o Niall chega e a entrevista acaba porque esse comilão quer ir correndo pro restaurante.

Converso com o Liam sobre as fãs correndo atrás do carro na tarde de ontem, quando chegamos no hotel. Tinha uma garota que tirou o sutiã no meio da rua e jogou na janela do carro e ficou pendurado no para-brisa, foi muito engraçado.

Estamos rindo e tal, e vejo o Harry descendo.

O que está havendo com meu coração? Eu sinto ele aqui na garganta, só de ver aqueles olhos grandes e verdes de longe.

Eu não consigo encarar ele quando ele se aproxima. Simplesmente não consigo, não quero que os outros percebam que estou escondendo alguma coisa. O que estou escondendo? Ah,anyway...

Eu cheguei no restaurante e queria sentar perto do Harry. Sei lá, tentar puxar assunto e ver se ele já se lembrou. Percebo que ele está olhando na minha direção, meio que me procurando. Meu coração dispara de novo e eu vou pro outro lado. Quando chego na mesa fico meio distante dele. Agora é tarde.

Ainda não consigo olhar pra ele, especialmente porque, quando eu penso em olhar, percebo que ele está olhando pra mim. Eu não sei como fazer isso, eu não sou um cara super tímido, mas sei lá, nunca senti algo assim antes. Ainda mais por outro cara.

É só o Harry, you know... o cara com o sorriso bonito e a voz maneira. Eu brinco muito com ele, a gente ri bastante. Me sinto bem com ele. Muito bem mesmo. Não é como um irmão, como eu me sinto com os outros caras. É como se eu quisesse ficar com ele todo dia, toda hora, you know? Ele é realmente um cara especial, pelo menos pra mim.

Nem está muito tarde e o Harry se despede da gente. Pela voz dele dá pra sentir que está chateado. Percebo que ele fala para a galera porém olhando pra mim. Esperando alguma coisa. Mas não consigo. Me sinto um tremendo covarde.

Depois que ele sai aviso o pessoal que vou fumar. Vou até meu quarto e pego meu cigarro e sigo em direção a área de fumantes.

Passo pelo quarto do Harry no caminho e percebo que a porta está ligeiramente aberta. Tenho o impulso de entrar, perguntar se ele está bem ou algo assim. Não dá pra ficar ignorando ele só porque disse que gosta de mim e isso mexeu comigo. E também, ele estava bêbado, vai que era só bobeira.

Coloco a mão na porta e no mesmo instante percebo que está tendo uma conversa lá dentro. ouço a voz de Harry, e depois de Louis. Sempre fiquei encafifado com a tal historinha de Larry e não sei o que... Foi o próprio Louis que mostrou pra mim, dizendo que achava ridiculo e tal. Eu concordei, feliz de saber que o Harry continuava solteiro. Lembro que ele foi o único que se opôs ao meu namoro com a Perrie, mesmo eu dizendo pra ele que era só marketing, que era comum entre grupos de uma gravadora eles forjarem esses namoros para aumentar as vendas. Mas ele realmente estava nervoso, dizendo que eu ficaria beijando e de mãos dadas com ela em público. Nunca havia entendido muito bem o porquê dele ficar daquele jeito. Até a noite passada.

“Sim, acho que está acontecendo algo”, era a voz de Harry.

“O que? Exatamente”, Louis perguntou. Meu coração começou a disparar pela resposta de Harry, e ele conseguiu dar razão para minha tensão quando disse:

“Acho que estou apaixonado por Zayn”.

Era real. Ele estava apaixonado mesmo. Caramba. Surgiu um sorriso na minha boca.

Passou-se alguns minutos. Eu esperei que Louis gritasse ou xingasse Harry, o que me daria um motivo para entrar. Harry pensou o mesmo e perguntou se Louis não ia repreendê-lo. A resposta me deixou aliviado:

“Não”.

Harry explicou basicamente o que havia acontecido na noite passada. Não contive uma leve risada quando Louis achou que tinha acontecido alguma pegação entre mim e Harry. Logo depois a voz dele foi sumindo, acho que estava falando de mim, sobre eu ter ficado caladão o dia todo. Percebi que ele estava começando a chorar.

Quando ouvi os soluços de Harry, o impulso de empurrar a porta e abraça-lo quase me sufocou, mas me contive, queria saber o que mais ele podia dizer.

A proxima frase que consegui entender foi de Louis:

“Talvez ele só esteja confuso... tentando entender o que você sente, e talvez o que ele sinta”

Fiquei feliz pela compreensão de Louis. Ele sempre foi um cara esperto. Mas fiquei com uma pontinha de raiva por ser ele e não eu ali naquele quarto, falando coisas compreensivas a Harry.

“Acho que sempre gostei dele, Louis. Sempre quis Zayn, desde o começo. Mas...”

Como eu não pude notar isso? Não, eu notei sim. Não só notei como também sentia algo por ele. Que droga.

Percebi que a conversa estava acabando e resolvi me distanciar da porta. Encostei na parede bem no momento em que Louis saiu. Ele se assustou ao me ver e fechou a porta bem depressa.

“Vou ouviu?”, percebi o tom meio crítico e com um leve rancor, como se ele estivesse me acusando do sofrimento de Harry. Fiquei com raiva, tanto dele quanto de mim mesmo.

“A maior parte”, foi tudo o que respondi. Esperava que ele me fizesse alguma pergunta, mas não estava afim desse papo. Não estava preparado. Ele começou a dizer algo e eu fui seco ao responder que não estava afim de falar. Segui pra área de fumantes e fiquei por lá um bom tempo. Os soluços de Harry ainda apertavam meu coração.

x

 

Quando eu acordei no outro dia, já tinha um plano. Precisava falar com ele, sozinho. Simples assim.

Fui até o quarto dele mas não estava lá. Olhei pro relógio e já eram 10h30. Ele devia estar no restaurante do hotel. Desci o mais rápido que pude, esperando encontrá-lo sozinho.

Logo o notei, numa área privada do hotel que nossa equipe reservou. Ele estava de costas pra mim, era impossível não reconhecer aqueles cabelos lindos e cacheados, mesmo a distância, e mesmo eu tendo um leve astigmatismo. E para ajudar, ele estava sozinho.

Cheguei perto dele e coloquei minha mão em seu ombro.

“Harry”, chamei. Ele se virou.

“Z.. Zayn”, ele gaguejou ao se virar e me encarar. Seus olhos grandes e verdes olharam em meus olhos com um pouco de surpresa, porém notei um brilho dentro deles. Eu sabia que os meus também brilharam.

“Precisamos conversar”, eu disse.

“Sim, precisamos”, ele parecia hesitante, com receio de falar. “Sente-se”.

Sentei na cadeira de frente pra ele. Notei que haviam algumas pessoas da equipe em algumas mesas em nossa volta. Mas não me importei. Afinal, era só uma conversa entre dois integrantes da 1D.

“Eu sinto muito”, comecei. “Eu sinto muito por ter te ignorado ontem. Eu fui um idiota. Eu queria muito falar com você, mas não sabia o que falar. Na verdade, não sei”. Ele me olhava fixamente. “Você me desculpa?”

“Como eu não te desculparia, Zayn?”, ele falou isso com um carinho que me fez arrepiar.

“Harry, eu ouvi sua conversa com o Louis ontem a noite”.

“O que você ouviu?”

“Quase tudo... digamos que, o suficiente”, por mais que estivesse claro, eu queria ouvir da boca dele. “Você falou sério?”

“Qual parte?”, pela cara de medo de seu rosto, era óbvio que ele sabia de qual parte se tratava.

“É verdade que... que você está apaixonado por mim?”, meu coração está a mil.

Ele encarou as próprias mãos em cima da mesa por alguns instantes, enquanto eu esperava ansiosamente pela resposta.

“Sim”, ele disse e levantou a cabeça, olhando em meus olhos. “Sim, eu estou apaixonado por você, Zayn”. Nesse momento notei que seus olhos estavam cheios de lágrimas, prestes a cair. “Eu levo esse sentimento a muito tempo, e acho que a bebida de anteontem fez ele sair”, ele encarava de novo as mãos, talvez envergonhado, talvez encontrando forças para continuar falando. “Eu não aguentava mais... eu não aguento mais Zayn”.

    “Harry...” meu coração doía, lutando contra as palavras que estavam por vir. “Eu gosto da Perrie...”

    “Você sabe que isso é um namoro forçado”, ele disse, um pouco irritado.

    “Sim, mas acho que realmente estou gostando dela... ela é uma garota legal...”, eu começava a me achar um ótimo ator.

    Ele encostou na cadeira. Parecia decepcionado e exausto.

    “Sinto muito Harry”.

    “Eu vou pro meu quarto”. Levantou-se e foi embora.

    Eu explodi dando um soco na mesa. Me levantei e fui pro meu quarto.

    “Eu gosto de você Harry. Eu quero você mais que qualquer coisa”, era o que eu pensava que podia ter falado. Mas não falei. Não podia falar.

 



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