História Zootopia: O Lobo solitário. - "Uma tarde perturbadora..."

[Avanço de Tempo, Segunda - Feira, 10:30 AM, Quebra de Lugar, Hotel da Praça Saara]

[Narrador]

Após Nick e Judy terem assistido ao Grande Show da Gazelle, ambos foram para seus quartos dormir, já que seria um longo dia pela frente.

O tempo era típico de um Deserto logo pela manhã, grande calor e um bafo quente cercavam toda Praça Saara.  Judy acordou delicadamente, piscando duas vezes ao lado de Nick que estava roncando bem alto.

Pegou seu ICarrot que estava na escrivaninha e viu que horas eram, levantou-se, fez suas necessidades, tomou um banho gelado e logo voltou ao quarto, apenas de toalha.

Todo o quarto estava desarrumado, roupas jogadas de lado, armário e gavetas abertas, contudo não havia acontecido nada no dia anterior.

A luz entrou pela janela, tocando os olhos de Nick que acordou, bocejou de preguiça e disse: "- Bom dia Cenourinha!"

"- Bom dia Nick!" - Disse Judy enquanto vestia seu uniforme, a toalha estava em cima da cama.

"- Que má sorte..." - Disse Nick um pouco triste.

"- O que?" - Perguntou Judy.

"- Se eu tivesse acordado um pouco mais cedo, teria uma visão dos deuses!" - Disse com olhar e sorrisos travessos.

"- Nick! Isso é coisa que se fale?" - Perguntou Judy.

"- Ei, só estou falando os fatos!" - Disse Nick enquanto se levantava e soltava mais um bocejo "- Então, o que faremos hoje, Oficial?" - Perguntou enquanto ia até o armário.

"- Não sei, estava pensando em Treinar, corridas e tudo mais." - Disse Judy terminando de se vestir.

"- Treinar?!" - perguntou Nick pegando seu uniforme. "- Mas é apenas mais um caso de um suspeito!" - Disse se sentando para vestir sua calça.

"- O suspeito pode ser rápido ou forte, nunca se sabe." - Disse Judy olhando para Nick.

"- Mas, Judy! Não é como se fosse uma conspiração da BellWheter." - Falou Nick calçando suas botas.

"- Quem sabe? Mas isso ainda não é desculpa para não treinar!" - Disse Judy pegando a toalha, "- Agora vamos, planejei Corrida pela parte Desértica do Saara às duas." - Disse arrumando à cama.

"- Mas a parte desértica do  Saara é um dos maiores do mundo!" - Disse Nick surpreso se levantando.

"- Larga à mão de ser preguiçoso Nick! Vamos lá, podemos começar com preparativos, almoço e depois o treino." - Disse Judy terminando de arrumar à cama.

"- Eu? Preguiçoso? Eu acordava toda manhã para vender Patolés!" - Se justificou vestindo o uniforme.

"- E eu acordava toda manhã as cinco para trabalhar em um emprego JUSTO! Agora vamos!" - Disse Judy já saindo do Quarto. "- E tranque o quarto!" - Disse alto enquanto descia às escadas.

"- Cê que manda..." - Disse Nick enquanto passava a chave no quarto.

[Quebra de Lugar, Parque da Praça Saara, 11:20 PM]

Nick e Judy estavam no mesmo parque em que foram no Sábado, estavam se preparando para treinar em baixo daquela árvore em que estavam.

Nick estava sentado em baixo da árvore, com seus óculos de aviário olhando para a rua, quando Judy entrou em sua frente, tampando a visão da rua.

"- Vou ser gentil com você, Nick.” - Disse Judy se preparando.

"- Gentil? Duvido que você seja mais rápida que eu!" - Disse Nick se levantando enquanto arregaçava as mangas e retirando os óculos de aviário.

"- Dúvida?" - Perguntou Judy mandando um olhar desafiador.

"- Ainda pergunta?" - Disse Nick. "- Vamos pegar leve, já que eu sou maior que você."

Nick correu em direção a Judy rapidamente e com seu braço direito deu um soco da esquerda para direita nas costelas de Judy, mas ela desviou indo para o lado com as patas rapidamente.

Ele deu um gancho de baixo para o alto e um pouco forte perto de Judy, mas ela novamente desviou indo para baixo e se apoiando com as mãos, e com as ambas às patas o empurrou na barriga fazendo Nick voar para a árvore e bater às costas na mesma.

Ficou um tempo atordoado e vendo "duas Judys" por um momento se aproximando lentamente perto dele.

"- Vamos pegar leve, já que sou maior que você" - Disse Judy imitando Nick com uma voz diferente. "- Quem está por baixo agora, raposa boba?" - Perguntou.

Nick recuperou sua visão e já estava vendo uma Judy. "- Como um coelho... Pode... Bater... Tão forte?!" - Perguntou Nick espantado ainda um pouco sonso de baixo da árvore.

"- E isso não é nem a metade do treinamento!" - Disse Judy animada, "- Nós coelhos temos nossos truques." - Disse com um sorriso de ponta a ponta de satisfação.

"- Podemos pular essa parte?" - Perguntou Nick, "- Acho que..." - Disse quando foi cortado por Judy.

"- Não aguenta a rotina do DPZ?" - Perguntou Judy.

"- É claro que eu aguento!" - Disse Nick se levantando e recuperando-se.

"- Então, vamos continuar." - Disse Judy.

[Avanço de Tempo, 12:45 PM]

Judy deu um (1) golpe de karaté com uma pata dando um chute forte e rápido na diagonal em Nick, que foi para trás rapidamente por um instinto e logo em seguida com as duas mãos a agarrou e segurou por trás.

"- Há, quem está por baixo agora, cenourinha?" - Disse Nick segurando Judy.

"- Tudo bem... Você melhorou." - Disse Judy olhando para cima.

"- Melhorei? Fui estupendo!" - Disse Nick surpreso com si.

"- Já pode me largar agora." - Disse Judy.

"- Sério? Esse abraço está tão gostoso." - Disse Nick com um olhar e sorriso maliciosos.

Judy rapidamente deu uma cotovelada na barriga de Nick fazendo-o solta-la.

"- Saiba Sr Nicholas que paqueras não são o meu estilo." - Disse Judy um pouco brava.

"- Precisava disso?!" - Perguntou Nick se contorcendo um pouco pela dor, com os joelhos flexionados e às patas no local da cotovelada.

"- Você sabe o que fez Nick." - Disse Judy com os olhos semicerrados. "- Não seja sínico."

"- Depois sou eu o Malicioso..." - Disse Nick baixinho.

"- O que faremos agora?" - Perguntou Judy.

"- Por sorte, madame, conheço uma Feira Cultural aqui perto." - Disse Nick com um sorriso.

"- Tudo bem, podemos ir passar e almoçar por lá." - Disse Judy.

[Quebra de Lugar, Centro da Praça Saara, Feira Cultural da Praça Saara, Avanço de Tempo, 1:10 PM]

Nick e Judy estacionaram o carro em uma parte próxima da Feira Cultural e andaram até ela. A feira era enorme, havia várias barracas com comidas, lembrancinhas e "mini - espetáculos" em palcos de madeira pequenos apresentando à cultura do Deserto quente.

Chegaram à entrada da feira e ficaram indecisos do que ver primeiro, Nick como de costume queria almoçar, mas Judy queria procurar á melhor opção de almoço.

Os dois acabaram chegando á uma conclusão: Iriam almoçar em um restaurante barato que havia ali perto da Feira e logo retornar à mesma.

Como o restaurante também estava participando da feira, teria pratos típicos por lá, então Judy pediu um Tajines de Marrocos (Recipiente de barro onde se cozinha legumes), já Nick pediu uma Pastilla (Massa fina folheada com recheio agridoce e acompanhamento.)

Judy não gostou muito do Tajine, mas como havia legumes, apreciou o prato com cuidado, já Nick queria até repetir, mas Judy não deixou.

Assim que terminaram o almoço, entraram na Feira que havia um grande barulho, animais falando de lá, outros gritando acolá, não dava para ouvir os motores dos carros do lado de "fora". Nick estava derretendo com todo aquele calor combinado com sua grande quantidade de pêlos, entretanto Judy não queria mais sair da Feira, tinha achado tudo maravilhoso.

Um Dromedário (Espécie parecida ao Camelo) acabou chamando atenção dos dois.

"- Aproximem-se! Tenho colares das mais variadas formas e figuras!" - Disse o camelo para os dois.

Eles se aproximaram da barraca humilde que havia vários artefatos como Colares Egípcios com figuras, papiros com inscrições e algumas estátuas.

"- Tenho artefatos preciosos, feitos a mão!" - Disse o vendedor que usava vestes simples.

Judy observou todos os colares enquanto Nick observava às estátuas.

"- Vejo que você é um coelho, gosta de cenouras?" - Perguntou o vendedor.

"- Bem... Quem não gosta?" - Perguntou Judy olhando para o vendedor.

"- Eu tenho este lindo colar que tem uma imagem de uma cenoura!" - Disse o vendedor pegando o colar, que havia um cordão preto e uma Cenoura na ponta feita com Jóias.

"- Hmm, estou interessada!" - Disse Judy, "- Quanto custa?"

"- Este aqui é feito á mão, à cenoura contem jóias lapidados pelos mais habilidosos artesões do Saara." - Disse o vendedor.

"- Tudo bem, e este?" - Perguntou Judy pegando um colar de um coelho, cordão branco e um coelho preto com olhos vermelhos à base de jóias.

"- Lapidado com jóias do estilo Rubi (Jóia bem vermelha) e com outros minérios." - Disse o vendedor pegando delicadamente o colar de coelho.

Nick praticamente já tinha perdido todo o interesse em ficar observando jóias e preços, principalmente porque eles não tinham dinheiro para aquilo. Ele saiu de perto da Judy para procurar algo mais interessante pela Feira que acontecia todos os anos, andou por entre a multidão que estava e acabou achando uma “atração.” Era uma raposa alta, bonita, com curvas definidas e que estava em cima de um palco de madeira.

"- A MAGNÍFICA E LINDA, SOPHIAA!" - Disse um animal com mega-fone.

Sophia apareceu no palco enquanto à multidão vibrava de alegria ao vê-la, Nick ficou muito interessado na Sophia.

Ela desfilava no palco, como se tivesse aprendido com a própria Gazelle no rebolado, enquanto usava roupas curtas devido ao calor. Durante todo seu desfile, ela olhava com atenção para Nick, que já estava encantado por ela.

[Quebra de Lugar, Banca do Mercador, 1:30 PM]

[Judy]

"- Hmm, que jóia você prefere Nick?" - Perguntei olhando para trás. "- Nick?" 

Não acredito, não posso ficar um minuto olhando colares que essa raposa já me some! Vou pedir ao DPZ uma tornozeleira eletrônica.

"- E então? Qual vai levar?" - Perguntou o vendedor.

"- Vou levar o colar do Coelho!" - Disse olhando para o vendedor.

"- Boa escolha! Você fica belíssima com este colar!" - Disse o vendedor me entregando. "- São cinquenta Dólares."

"- Bem... Até que está barato, considerando às jóias." - Disse com um sorriso enquanto entregava o dinheiro.

"- Obrigado! Tenha um ótimo dia." - Disse o mercador.

Bom... Agora vamos atrás do Nick! Creio que dessa vez ele não me venha com nenhuma surpresa, tipo uma foto da Gazelle ou uma multidão correndo atrás dele. Vesti o colar do coelhinho preto e até que eu ficava bonita com ele, estava andando calmamente por entre o povo, às vezes eu pulava para tentar ver algo, mas a feira era enorme.

[Avanço de tempo, 2:20 PM]

Andava e andava enquanto o sol escaldante batia em meu corpo e nada do Nick aparecer, já estava ficando cansada, minhas patas estavam me matando.

Onde ele teria se metido? Não penso em nada que seja do interesse dele... A não ser que ele venha com aquela idéia de "vender patóles" no meio da feira! Estava andando pela multidão quando um beco me chamou à atenção.

"- Sim... Os planos estão dando certo." - Disse uma voz familiar.

Fui andando até o beco um pouco e consegui identificar de quem era à voz, era de Ana que estava sentada em um banco de madeira, daqueles que usam para transportar garrafas.       

Enquanto eu corria até o vão silenciosamente, casas e mais casas me rodeavam. Coloquei minhas mãos no coldre da arma, Nick já estava suspeitando que ela era uma Policial Corrupta no DPZ e eu também já estava começando a achar isso.

"- Assim que eu conseguir o que eu quero, eu saio." - Disse Ana com o celular. "- Sim eu sei disso, mas o que eu posso fazer? É um problema grave." - Disse com dor em suas palavras.

Peguei minha cenoura gravadora e comecei a gravar tudo o que ela falava.

"- Por sorte, conheci dois animais legais no DPZ." - Disse Ana com um sorriso, "- Eles tem sido... Estranhos comigo, mas ainda considero-os amigos."

Amigos... Sei! Tudo isso deve ser um plano dela, e "legais" provavelmente deve significar outra palavra! Li isso no artigo 15 página 32 do livro do DPZ.

“- Manda um abraço pro pai, ta?” – Perguntou Ana segurando às lágrimas, “- Só de pensar no que ele tem eu fico...” – Disse enquanto uma lágrima escorria do rosto de Ana.

"- Tenho que ir... Sinto que estou sendo observada, adeus mãe." - Disse Ana retirando suas emoções.

Depois que ela falou aquilo eu iria reagir, mas dois animais apareceram.

"- Eai vadia." - Disse um elefante.

"- Já falei para pararem, eu apenas fiz algumas perguntas sobre o meu caso." - Disse Ana semicerrando seus olhos e com a mão no coldre.

"- Não tamo aqui pelo caso." - Disse um Adax (Espécie semelhante ao Veado) "- E sim pelo o que você tem." - Disse andando para trás de Ana.

"- O que vocês querem?! Eu estou armada e..." - Disse Ana enquanto era interrompida pelo chute forte atrás das costas desferido pelo Adax, sua pistola caiu longe dela.

"- Vamo lá, tira à roupa." - Disse o elefante enquanto olhava maliciosamente para ela.

Não acredito, eles iriam estuprar a Ana! Mas e se eu reagir? Eu estava observando tudo isso de canto, com uma tensão no peito, o que eu deveria fazer? Se eu salvasse Ana, eu poderia estar salvando uma criminosa, porém se eu deixá-la só, o pior pesadelo de uma mulher é ter uma relação sexual forçada! Tensão e indecisão ficavam em meu peito como se fossem sair de dentro de mim, senti meus movimentos travarem novamente, até que ouvi outra voz.

"- DEIXEM-NA EM PAZ!" - Disse um rinoceronte policial enquanto chegava perto dos dois.

"- Ora... Temos um viadinho por aqui." - Disse o elefante olhando para ele.

"- Se vocês tocarem um dedo nela, eu mato vocês." - Disse o rinoceronte semicerrando seus olhos e pegando sua pistola.

Então, rapidamente o Adax correu rapidamente em direção ao rinoceronte e deu um chute vertical com sua perna direita que além de fazer à pistola cair, foi com tudo na cara do Oficial.

"- Agora já temos quem culpar pelo estupro." - Disse o elefante com um sorriso no rosto enquanto dava um soco na cara do Rinoceronte, fazendo-o cair.

"- Ele é viado Mike! Como vai pegar uma mulher?" - Disse o Adax enquanto ria, o elefante estava amarrando o Rinoceronte.

"- Não importa o que ele é!" - Disse Ana.

"- Mas que porra, cala boca!" - Disse o Adax, "- Vai, vamo começa sa merda logo!" - Disse enquanto tirava às roupas de Ana.

"- Não, parem!" - Disse Ana desesperada enquanto tentava se defender

“- Cling Clang...” – Disse uma voz amedrontadora.

“- Mas que canção é essa?” – Perguntou o Elefante enquanto parava de rasgar as roupas de Ana e olhava para cima.

“- Lá se vão...” – A voz continuou a cantar.  “- Alguém está prestes a te encontrar...”

“- Cling Clang... A morte irá te confortar...”

Novamente aquela canção bizarra que só serviu para me dar mais medo, engoli em seco enquanto o sujeito cantava aquela música, agora meus braços e pernas tremiam e se eu tentasse um disparo com minha pistola, provavelmente iria errar feio.

“- Vamo continuar com isso!” – Disse o Adax que rasgava rapidamente à roupa de Ana.

Medo e tensão me corriam por dentro e eu estava me roendo de indecisão, não sabia se eu salvava Ana ou se deixava ela ter uma relação sexual forçada. Sem pensar duas vezes, acabei saindo do vão rapidamente empunhando e retirando minha arma do coldre enquanto mirava nos dois meliantes.

"- PAREM VOCÊS DOIS EM NOME DO DPZ!" - Disse com ira em minha voz enquanto mirava nos dois criminosos, tentando esconder meu medo.

O elefante parou de rasgar as roupas de Ana e começou a me observar, aquela canção tinha parado de ser cantada misteriosamente.

"- MAIS UM PASSO E EU JURO QUE EU ATIRO!" - Disse mirando no Adax que se aproximava de mim.

"- Judy, não faz... isso..." - Disse Ana com lágrimas nos olhos devido ao desespero.

O Adax se aproximou demais e eu não queria arriscar, peguei meu tazer e disparei rapidamente contra ele que caiu no chão sendo eletrocutado, mas ainda vivia.

"- CARALHO OLHA O QUE VOCÊ FEZ!" - Disse o elefante indo para o Adax.

"- Fiz a lei." - Disse correndo para Ana, me agachei e ajudei-a se recuperar guardando minha arma no coldre.

Voltei minha atenção à Ana, estava ajudando ela se recuperar das feridas quando o Elefante veio rapidamente e iria pisar em nós, ele levantou seu pé e na hora em que ele ia pisar fechei meus olhos quando dois (2) o atravessaram fazendo-o gritar de dor e cair do meu lado. Abri novamente meus olhos e quem eu vi na entrada do beco? Nick!

"- Minha... Santa... Mãe!" - Disse Nick ofegante, "- Mas que coisa vocês vieram fazer aqui?"- Perguntou, "- E por que diabos você ta com a Ana?"

"- Calma Nick." - Falei enquanto meu coração se acalmava, engoli em seco e fui ajudar Ana, "- Você está bem?" - Perguntei.

"- Estou..." - Disse Ana, "- Obrigado Judy." - Agradeceu com um sorriso no rosto.

Levantei-me e fui em direção ao Nick.

"- O que você pretendia ao sumir de MIM?" - Perguntei brava, "- Ana quase foi estuprada, um oficial quase morto e onde você estava?!" -

"- Bem... É uma longa história..." - Disse Nick tentando disfarçar com uma risada forçada.

"- Não quero nem saber, você me conta no caminho de casa." - Disse dando às costas e indo em direção ao Oficial Rinoceronte.

"- Calma Michael... Você tentou o seu melhor." - Disse Ana de joelhos enquanto atendia ao Rinoceronte.

"- Eles poderiam ter feito aquilo Ana..." - Disse o rinoceronte quase chorando, "- Eu não aguento esse preconceito que os animais têm... Principalmente comigo."

"- Shh, calma, nós já vamos pra casa, tudo bem?" - Perguntou Ana, "- Ei olhe para mim, não foi tão ruim, foi?" - Disse Ana enquanto o rinoceronte olhava para ela.

"- Vocês estão bem?" - Perguntei.

"- Sim Judy, muito obrigada, se você não tivesse aparecido, aah, nem sei o que poderia ter resultado." - Disse Ana. "- Bem temos que ir, nós estamos em um longo caso." - Disse Ana.

"- Eu e Nick também. Iremos precisar correr pela parte Desértica do Saara, se vocês quiserem, podem correr com a gente." - Disse com um sorriso.

"- Bem, não parece uma má idéia! Michael vá para casa e descanse, já fez o suficiente hoje." - Disse Ana com um sorriso.

"- Não, eu vou ficar investigando mais coisas sobre o caso." - Disse Michael enquanto limpava suas lágrimas, "- Vou retornar ao DPZ e pesquisar com vontade." - Disse com um sorriso enquanto se levantava.

"- Tudo bem... Qualquer coisa me chame!" - Disse Ana aumentando o tom, já que ele estava longe.

"- Bem... Vamos?" - Perguntou Ana enquanto se levantava.

“- Você... Não quer trocar de roupa?” – Perguntei delicadamente, já que à roupa de Ana estava rasgada.

“- Isso? Ah, deixa pra lá, são só uns rasgos.” – Disse Ana enquanto andava comigo até o Nick, “- Ei, veja se o Nick não vá reparar em mim hein! Eu deixo você dar uns petelecos nele.” – Disse enquanto ria.

Também soltei um riso, mas realmente fiquei um “pouquinho” de olho no Nick. Caminhamos até o carro e depois de ouvir toda aquela história do Nick, apenas me serviu para me deixar mais brava! 

Uma coisa que ecoava em minha cabeça: Como Ana poderia ter ficado tão tranquila depois de uma situação tensa dessas? Dois animais quase fizeram ela fazer o pior pesadelo de uma mulher! Quase ninguém sairia tranquilo daquilo.

[Quebra de Lugar, Parte Desértica do Saara, 3:00 PM]

Eu, Nick e Ana tínhamos chegado na Parte Desértica do Saara, à mesma que dava para ser vista quando eu peguei o trem que ia para Zootopia. Saímos enquanto o sol parecia ficar mais forte, escaldante e ardente que batia em nossos peitos. Uma brisa de vento leve, mas duradoura, batia nos refrescando.

"- Temos mesmo que fazer isso cenourinha?" - Perguntou Nick.

"- Quando VOCÊ sumiu da minha vista não se importou, não é?" - Perguntei olhando o Nick franzindo minhas sobrancelhas.

"- Bem, não parece ser muito para nós corrermos." - Disse Ana com um sorriso.

"- Caramba, você parece ser muito motivada." - Disse Nick com um sorriso falso.

"- É eu treinei bastante no exérc..." - Disse Ana enquanto se calava, parecia que ela procurava às palavras certas. "- Digo... No treinamento!" - Disse com um sorriso fraco.

"- Mas você não iria falar exérc..." - Disse Nick enquanto eu o puxava pela gravata do uniforme.

"- Nick, parece que ela esconde algo, não vê isso?" - Perguntei para o Nick em suas orelhas    

"- Isso eu vejo, você é que não vê! Ela é do mal Judy, vai por mim!" - Sussurrou Nick.

"- Nick, você e sua mania de julgar! Depois nós falamos sobre isso, já falei que vou manter meu olho nela." - Disse em um tom baixo.

"- Onde estávamos?" - Perguntei parando de segurar Nick e olhando para Ana.

"- Bem, nós iríamos correr." - Disse Ana.

“- Nós realmente precisamos fazer isso?” – Perguntou Nick com um tom “cansado”.

“- Não Nick, imagine, apenas vamos para um caso de outro país, com um Serial Killer à solta.” – Disse sendo sarcástica.

“- Ah ufa! Estava cansado de tanto vender Patoles na Feira.” – Disse com um sorriso.

“- Você O QUE?!” – Perguntei brava enquanto ia até ele.

“- Ei gente, nós não vamos brigar agora vamos? Nick se desculpe com a Judy e fica tudo certo.” – Disse Ana com um sorriso.

“- Tudo bem... Cenourinha,  me desculpe por ter sumido da sua vista.” – Disse Nick ainda mantendo o sorriso irônico na cara.

“- Você não perde uma não é Nick?” – Perguntei semicerrando meus olhos.

“- Bom, vamos correr?” – Perguntou Ana, “- Temos um longo dia!”

Ana começou a correr na frente de nós e ela parecia ser bem rápida enquanto corria em disparada. Logo em seguida, era minha vez e assim eu fiz.

[Avanço de Tempo, 5:45 PM]

[Nick]

Eu já estava praticamente morto, correndo toda parte Desértica do Saara, Judy realmente tinha me obrigado a fazer aquilo, pois segundo ela, se nós não conseguíssemos correr atrás de um suspeito, nós não teríamos bons resultados no caso.

Seja como for, eu comecei correndo e ficando por último, mas logo fiquei ao lado de Judy, tínhamos corrido mais ou menos dez (10) KMS.

Eu corria em direção a ela rapidamente enquanto suava devido ao forte sol do Saara enquanto meu coração e minha respiração pareciam se comprimir cada vez mais e logo cheguei do lado dela, arfando e com minhas patas me matando.

“- Posso... Ter... Um tempo oficial?” – Perguntei colocando minhas patas em meus joelhos flexionados enquanto respirava rapidamente.

“- Ah, nada como uma corrida!” – Disse Ana otimista, “- Podemos correr mais, o sol já esta se pondo e conheço um Hotel perto daqui.”

“- Nada de Hotéis e corridas Ana, precisamos dormir bem cedo para estarmos no DPZ às cinco da manhã.” – Disse Judy pegando uma garrafa de água gelada e bebendo.

“- Ei, vou ver se acho um Táxi por aqui.” – Disse Ana enquanto ia até à rua.

Haviamos corrido uma das partes desérticas do Saara, já que o deserto era enorme, tínhamos parado em uma pequena estação feita de arenito liso, como se fosse uma estação de Trem, mas ao invés dos trilhos, havia uma rua reta que se dividia em quatro ao longo do trajeto para e somente a entrada de Táxis.

“- Ei Judy...” – Disse em um tom sério. “- Me desculpe por não ter ficado junto com você.” – Disse tirando meu sorriso.

“- Ah agora a raposa malandra quer perdão?” – Perguntou Judy debochando, “- Não se preocupe, eu também ficaria perdida naquela feira.” – Disse com um sorriso.

“- Bem... Obrigado.” – Disse com um sorriso, “- Sabe, eu estive pesquisando sobre Brasilpia e vi que não é um lugar tão ruim.”

“- Dizem que é um bom lugar para tirar férias e descansar.” – Disse Judy. “- Lá deve ser demais, tipo uma nova Zootopia, mas sem os biomas.” – Disse ansiosa.

“- E a coelhinha boba se engana novamente.” – Disse para Judy.

“- Como assim, se engana?” – Perguntou Judy sem saber do que eu estava falando com uma expressão confusa.

“- Eu estive investigando mais a fundo e...” – Disse retirando meu Zokia do bolso. “- Há várias cidades de Brasilpia que estão no Ranking Mundial das mais violentas do mundo.” – Disse mostrando uma pesquisa feita por um portal de notícias.

“- Caramba...” – Disse Judy meio decepcionada.

“- E não é só isso, estive investigando a educação e olhe o que eu encontrei.” – Disse mudando à página. “- Leia isto.”

“- Brasilpia é o segundo (2) país com pior nível de aprendizado...” – Disse Judy lendo lentamente. “- Mas caramba, pelo o que todo mundo fala o país parece que não tem problemas!” – Disse abismada.

“- É Judy, parece que escondem muitas coisas de nós, isso se chama acobertar os defeitos e elevar as qualidades, eu fazia isso.” – Disse com um sorriso.

“- Ora, até nos seus Patolés você mentia!” – Disse Judy aceitando a provocação.

“- Ei o que foi, tudo pelo cliente certo?” - Perguntei  respondendo a provocação mantendo um sorriso no rosto.

"- Ah, agora que eu me lembrei Nick" - Disse Judy olhando para mim, "- Aquela música bizarra do Cling Clang tocou novamente, mas desta vez, onde Ana foi atacada." - Disse seriamente.

"- Mas como? Ele não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo." - Disse perplexo, "- Digo, em Brasilpia e Zootopia." 

"- Também acho isso, mas será que não é um erro sairmos de Zootopia?" - Perguntou Judy preocupada "- E se ele estiver a solta?"

"- Isso é perturbador Judy... Pensar que alguém pode estar em todos os lugares... Te observando." - Disse com certa tensão em minhas palavras, "- Mas acho melhor falarmos com o chefão." - Disse acompanhando sua preocupação.

"- Chefão?" - Perguntou Judy curiosa. 

"- O Chefe Bogo cenourinha." - Disse com um sorriso.

"- Isso, eu tenho que concordar!" - Disse Judy retribuindo um sorriso.

“- Gente, eu achei um Táxi!” – Disse Ana retornando a nós. “- Vamos!”

Nós entramos no Táxi, observei cada caminho do percurso e prestei atenção principalmente em Ana que parecia suspeita, nunca se sabe quando ela vai nos levar para uma armadilha!

[Quebra de Lugar, Brasilpia, Casa de Matheus, Avanço de Tempo, 6:00 PM]

[Narrador]

[SEIS DIAS ATÉ O JULGAMENTO DE MATHEUS]

Matheus estava sentado à mesa, com um pequeno papel com contas de Luz, água e impostos ao lado.

Segurava uma caneta de modo atencioso, estava focado principalmente em contas.

“- Vejamos... Tenho R$ 2300 reais sobrando...” – Pensou Matheus enquanto calculava em sua mente.

“- Mais à conta de luz, água e impostos é igual á...”- Calculou mentalmente “- R$ 1800... RS 2300 menos R$ 1800... É igual à... R$ 500”

Largou à caneta na mesa e suspirou derrotado, teria que cortar à conta de luz e energia para  talvez conseguir fazer às compras do mês que custam R$ 600. Sem contar naquilo que ele já havia pensado à manhã toda para realizar.

Apoiou-se em sua mão de modo indiferente, estava pensando no que poderia fazer para atingir à meta de 100 reais quando sua mãe apareceu ao seu lado.

“- O que está pensando meu filho?” – Perguntou a mãe de Matheus enquanto se aproximava.

“- Como farei para ganhar o dinheiro necessário, daquilo que eu te falei mais cedo.” – Disse Matheus tentando disfarçar à derrota.

“- Do que?” – Perguntou a mãe de Matheus.

“- Daquilo, que tem a ver com Rosa.” – Disse Matheus.

“- Ainda não me lembro.” – Disse a mãe de Matheus.

“- Que tem a ver com Zootopia! Aquela cidade maluca.” – Disse Matheus.

“- Ah sim, com muito esforço e trabalho, você consegue filho!” – Disse a mãe de Matheus com um sorriso.

“- Se tudo der certo da maneira em que eu lhe falei, eu consigo!” – Disse Matheus retribuindo o sorriso. “- Amanhã será operação pagamento e talvez eu atinja a meta.” – Disse esperançoso.

“- Bem, você poderia me ensinar como fazer à janta? Já nem me lembro mais!” – Disse a mãe de Matheus.

Matheus deu um pequeno riso enquanto se levantava para pegar o Livro de Receitas de sua mãe, que escrevia cada receita que fazia.

“- Bem vejamos... Brownies da Avó...  Hmmm não... Aqui está, macarrão!” – Disse Matheus abrindo o livro e folheando-o.

Colocou o livro na mesa na parte do Macarrão e começou a cozinhar, pegou uma panela, botou água e ferveu-a, jogou um fio de óleo e uma pitada de sal e ligou ao fogo recomendado.

Logo em seguida, era a vez do molho da mãe dele, pegou outra panela menor desta vez e começou. Adicionou molho de tomate, temperos Zazon, alho, sal, ervas como menta e folhas de louro, tudo direto para panela que estava em fogo médio.

“- Você daria um belo cozinheiro não é filho?” – Disse a mãe de Matheus com um sorriso de satisfação no rosto.

“- Eu? Não, apenas segui suas receitas!” – Disse Matheus se sentando à mesa, “- Agora, vamos treinar novamente para ver se você se lembra dos cômodos da casa.” – Disse mantendo o tom de felicidade.

[Quebra de Lugar, Zootopia, Centro da Cidade, Avanço de Tempo, 7:30 PM]

[Nick]

Eu e Judy já tínhamos nos despedido de Ana, que tinha saído do Táxi faz um tempinho, e estávamos conversando sobre o caso.

“- Então, você acha que vai ser um caso muito longo?” – Perguntou Judy, “- Quanto mais longo, melhor!” – Disse otimista.

“- Ah, espero que seja curto, não quero sair de Zootopia e ficar por lá muito tempo.” – Disse para ela.

“- Nick deixa de ser tão pessimista! Vai ser legal, vamos!” – Disse Judy ansiosa.

“- Não sei não Judy, este país já não parece ter uma boa aparência por debaixo dos panos.” – Discordei, “- Mas quem saiba uma aventura não seja legal.” – Disse com um sorriso fraco.

“- Ah sim, eu gravei uma mensagem de Ana.” – Disse Judy,” – Talvez seja útil, ouça.” – Disse Judy me entregando seu gravador em forma de cenoura.

“- E pensar que isso me fez ficar quarenta e oito (48) horas com você.” – Disse quase rindo e ligando à cenoura em volume baixo

.

Ouvi toda mensagem e não pude acreditar! Mas assim que eu ouvi a parte do Pai de Ana, meu coração apertou e meu conceito mudou um pouco, eu sei bem o que é passar necessidade e fazer o possível para dar um pão na mesa de minha família... Talvez Ana não fosse tão malvada como eu pensava... Contudo ainda manterei meu olho nela.

O Rádio começou a falar algumas notícias que pareciam interessantes, então Judy pediu para o taxista aumentar o volume.

[Rádio|Canal de Notícias]

“- E a guerra-civil continua em SiriaLandia, não é Márcia?” – Perguntou um radialista.

“- Sim, a guerra continua por mais de dez anos, o líder Basher Al-Assed que é um Hipopótamo, não quer sair do poder.” – Disse a segunda radialista.

“- Várias vítimas já foram feitas, o Exército da Paz de Zootopia já emitiu uma nota.” – Disse o radialista.

“- Segundo a nota, o exército está fazendo o possível para salvar todos os feridos, seja em mar ou por terra e estima-se que já salvaram mais de mil animais.” – Disse a segunda radialista.

“- Gazelle também já se posicionou sobre a Guerra – Civil.” – Disse a segunda radialista.

“- Eu não entendo como nós podemos ter evoluído tanto, criado Biomas Artificiais e colocar em uma grande cidade como Zootopia e ainda sim, após o Descontentamento de dois mil e dezessete (2017), nações ainda viverem em guerras e misérias. Não somos assim, somos muito melhores do que isso.” – Disse à voz da Gazelle em um tom triste.

“- E agora vamos ao...” – Disse o segundo radialista.

[Nick]

Bem... Eu não conheço muito bem a Guerra – Civil que acontece em SiriaLandia e acho que nem à Judy conhece, já que ela estava vidrada no rádio.

“- É aqui.” – Disse o Taxista, “- Cinquenta (50) dólares.”

Dei o dinheiro da minha carteira, um pequeno favor para ver se Judy melhorava de humor comigo, até parece que ela está no cio!

Bem, eu e Judy nos despedimos e ela falou que era para eu estar as cinco (5) da manhã no apartamento dela, perguntei o porquê indignado, mas ela falou que era tudo para chegarmos a Brasilpia mais cedo e por ordens do Chefe Bogo.

Entrei em meu apartamento e como não havia nada melhor para fazer, fui jogar meu ZS4 por um tempo até pegar no sono e dormir.

[Quebra de Lugar, Apartamento da Judy, Avanço de Tempo, 7:40 PM]

[Judy]

Tinha chegado em casa exausta e "moída" do trabalho, suspirei enquanto chaveava a porta do quarto, foi um longo dia hoje. Ana quase teve uma relação sexual forçada, um Oficial quase morto, sem contar no longo dia dos treinos.

Já havia resolvido todo o assunto do apartamento meu e do Nick com a Senhora Tatu, então não teríamos problemas. Abri à porta e acendi a luz, minha boa e velha "toca" que em breve, não veria mais. Abri o armário e comecei a pegar coisas para por em uma bagagem que estava em baixo da cama, à mesma que usei para ir para Zootopia.

Meu ICarrot tocou então eu o atendi, eram meus pais.

[Icarrot|Vídeo Chamada|Judy]

"- Oi coelhota, como tem ido?" - Perguntou minha mãe.

"- Ah tenho ido bem." - Disse com um sorriso falso.

"- Espero que não tenha se machucado!" - Disse meu pai com um olhar de mandão.

"- Eu? Que isso pai, eu me cuidei hoje." - Disse descontraidamente enquanto tentava disfarçar toda bagunça no meu quarto, o que foi em vão.

"- Que bagunça é essa filha?" - Perguntou minha mãe.

"- Isso? Vou a um caso em outro país, não se lembram?" - Perguntei.

"- Ah minha cenoura..." - Disse minha mãe preocupada.

"- Agora que eu me toquei que país é essa mocinha?" - Perguntou meu pai.

"- Ahm, Brasilpia pai, por quê?" -

"- Ora mocinha, sabia que este país tem recebido muitos habitantes da Europa?” - “Perguntou meu pai,” - E que a maioria deles são predadores, tipo chacais?”

"- Que isso pa..." - Disse enquanto era interrompida pela minha mãe.

"- É verdade, chacais são animais sujos, não se pode confiar neles, são como raposas!" - Disse minha mãe.

"- Sem contar nos Lobos da América do Sul! Eles são muito diferentes dos de Zootopia!" - Disse meu pai, "- A maioria deles são bandidos!"

"- E o país ainda tem muita corrupção!" - Disse minha mãe, eu já estava ficando de saco cheio com todos aqueles "conselhos".

"- Pai e mãe escutem, chacais são confiáveis, lobos idem (também) e qualquer país tem corrupção, okay?" – Perguntei sendo um pouco grosseira.

"- Só queremos que você se proteja filha." - Disse meu pai.

"- Tudo bem, eu irei me proteger, só iremos investigar um suspeito, não é nada de mais." - Disse me acalmando.

"- Okay, temos que ir dormir, se cuida ta? Nos ligue quando chegar, adeus!" - Disse minha mãe desligando à vídeo-chamada.

[Judy]

Um dia, preciso ensinar meus próprios pais a tirar todo este preconceito que eles têm! Esperem só para eles conhecerem o Nick, eles verão que é tudo diferente!

Quanto aos lobos... Vi em meu ICarrot que realmente  os de Zootopia e da América do Sul são bem diferentes tanto em corpo quanto em comportamento, mas às espécies se mantém.

Uma ansiedade ainda estava no meu corpo, fazendo meus braços e pernas quase tremerem de ansiedade! Arrumei todas às coisas rapidamente e vi que já eram 8:25 (Oito e vinte e cinco) PM, tomei uma ducha morna, jantei um bom prato e fui dormir esperando uma manhã inovadora! Afinal, amanhã iremos para um novo país!

"Pensar que alguém pode estar em todos os lugares... Te observando."