Lista de leitura ﹒🦉 𝐂𝐢𝐜𝐥𝐨: 5﹒✶﹐

Com 19 anos, Kuroo Tetsurou amava Hinata Shoyō mais do que imaginava ser possível, mas amá-lo era tão fácil quanto existir… fazia parte dele como respirar, Hinata era parte dele como ninguém jamais conseguiria ser.

— Tsukishima. Quer mandar algum cartão?
Kei olhou para Shimizu assim que ela o fez essa pergunta. Pela sua expressão se podia pensar que o garoto se sentiu ofendido, a verdade era bem diferente.
Na verdade, a gerente havia acertado em cheio.
Olhando mais uma vez para as cestinhas Kei notou um cartão no formato de uma estrela. Apontando para ele enquanto tentava ignorar o rubor nas maçãs de seu rosto.
— Este… quanto é?

Sugawara segurou a mão de Hinata para a guiá-lo até a área de apresentação, quando ouviu Daichi chamar seu nome.
— Depois da dança, se não estiver muito ocupado, vou estar na barraca de salgados. É por minha conta um para você.
A oferta pegou o professor de surpresa, um rubor surgiu nas maçãs de seu rosto ao mesmo tempo que um sorriso surgiu em seus lábios.

— Ei, Ushijima! — Ouviu chamar seu nome e, ao se virar, viu Semi Eita se aproximando. O rapaz parecia segurar algo em suas mãos, mas Ushijima não conseguiu identificar a princípio — Curtindo a festa?
— Está sendo legal.
Uma resposta curta e objetiva não era nada fora do seu personagem, todos sabiam disso. Contudo Ushijima ficou confuso com o modo que Semi pareceu desapontado com a sua resposta.
— Eu não queria fazer isso, Ushijima. — O colega começou enquanto alcançava as mãos do capitão — Mas você está preso.

Hinata e Kageyama começaram como amigos na escola antes de ficarem juntos. Eles ajudaram um ao outro a aprender a beijar e acabaram se beijando apaixonadamente até ficar com a boca dolorida.

Ao chegar no trabalho, no Dia dos Namorados, você deparou-se com um buquê de flores em sua mesa. Akaashi, apesar de ter chegado ao escritório bem antes de você, alegou não saber quem as deixou lá.

Os olhos se arregalaram, um nó se formou na garganta, tudo estava desmoronando ao seu redor em um piscar de segundos. Lentamente pequenas gotículas de água se formaram no canto de seus preciosos olhos, e quando o recém casal deu indícios de iniciar um beijo apaixonado, uma mão cobriu sua visão e nem ao menos fazia questão de saber o nome do indivíduo, afinal aqueles dedos cheios de esparadrapos só podiam pertencer a uma pessoa: Kei Tsukishima.

Se encontrando ali, tão desligado da realidade, o número dez da Karasuno não notou alguém saindo pela porta do ginásio, apenas para perceber ele ali.
— Shouyou? — A voz de Kenma chamando seu nome tirou Hinata daquele transe, o jogando sem cerimônia de volta ao mundo, o fazendo olhar para o amigo — O que foi?
Aquela era uma pergunta simples, sem a necessidade de rodeios para ser respondida. Porém Hinata não conseguia pensar numa resposta. “Não é nada” seria uma mentira e até ele sabia disso.

Já era janeiro novamente, mas Oikawa não estava ao seu lado dessa vez. Era como se Iwaizumi estivesse fugindo daquele fato, para não se entregar à loucura da saudade, assim evitando a vontade imensa que tinha de chorar como criança. O universo havia conspirado contra eles.

Talvez Atsumu nunca compreendesse por completo o que era o autismo, ou como a mente de pessoas com esse transtorno do neurodesenvolvimento funcionava, apesar de se esforçar para ler sobre o assunto e aprender numa tentativa de entender melhor como seu namorado via as coisas.