Lista de leitura » 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐂𝐈𝐀𝐋: ❝festival de primavera❞

Tzuyu só esperava o tempo passar, sentada no seu banquinho de madeira, tragando um cigarro pela milésima vez, tragando a morte e soltando a vida pelo ar, encarando de frente sua vida miserável, observando com os olhos opacos os malditos narcisos crescerem mais ainda a cada dia, esperando que o tal de "carma" finalizasse sua missão; tirando-a dali.

Chaeyoung estava fadada a viver por toda a eternidade, como uma deusa solitária que vaga entre as águas do mundo, à espera de encontrar o seu primeiro amor. Ela encontrou, mas Tzuyu foi embora com a primeira neve.

Cuidada como uma delicada flor, Dahyun era adormecida pela verde-grama de teu jardim arrebatado de pequenos pontos coloridos e que tão eram parecidos com a própria. Um dia, mesmo que longe, deseja encontrar a tal liberdade que tanto faz os grãos secos de seus dentes-de-leão viajarem pelo vento, sem um destino, apenas seguindo o curso reservado para eles.

Flores carregam significados e você sabia disso — o que você não sabia? —, por isso me deu uma astromélia. Você dizia que elas simbolizavam uma amizade duradoura assim como a nossa amizade. Hoje, eu sinto sua falta como nunca e comecei a acreditar que talvez essa flor que você me deu simboliza outra coisa.

Mas a pergunta que não fazia para a escuridão moradora do seu quarto, era "quanto ainda posso ser leal a mim mesma?’’

O ente pode fingir que não ouviu, mas o sopro da magnólia estava lá. Estava nas pétalas da flora, nas folhas do verde e no amor de Sana Minatozaki. Não oculte que enxergou, a flor jardineira não pode narrar, mas o ente pode.

Perséfone — ou como era costumeiramente chamada, Sana — é a deusa da primavera. Sendo ela uma amante das flores, todos os dias ela ia para o seu jardim pessoal que ficava ao norte do monte Olimpo, alegrando todas as suas flores, principalmente os lírios-do-vale. Mas, havia uma delas que era um dos lírios mais tímidos de todos os que haviam em seu jardim, e seu nome era Momo. Mesmo gostando da presença da deusa, Momo se sentia envergonhada demais para se aproximar, todavia, um dia Perséfone não havia aparecido e tudo ficou triste.

Em 2000, Jeongyeon chegou em Oyama com a vida de ponta cabeça, e se viu frente ao maior desafio de sua breve história: o sorriso de Sana, o qual, infelizmente, não era, e dificilmente seria, direcionado tão sinceramente a si.

E então com a voz sedutora, retira o buquê da frente do corpo e questiona no silêncio da sala; “Você quer mais? Ou você pensa que precisa sempre de mais? No que a luxúria pode te ajudar hoje?”