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Kim Hongjoong vivia em uma cidade onde era sempre outono e jamais foi autorizado a ir além das fronteiras. Nenhuma vez lhe deram um motivo plausível para aquilo, apenas buscando justificativas em lendas e histórias.

Uma, em especial, dizia que nenhum cidadão daquela cidade deveria desrespeitar os costumes. O Kim era uma alma aventureira, embora questionasse as tradições, não se atrevia a descumpri-las.

Entretanto, quando os olhares de Park Seonghwa e Hongjoong se cruzaram, nada mais permaneceu igual, exceto os dias. Hongjoong passa a viver incessantemente no dia 06 de junho, preso em um ciclo temporal, e Seonghwa parece ser o único que pode ajudá-lo. Em meio a isso, o Kim se dá conta de que tudo o que já viveu, em seus vagos e alaranjados vinte e cinco anos, foi uma ilusão.

seongjoong | capa por: @mercurioz

Seonghwa não dava mais tanta importância aos dias nublados e chuvosos. Havia acordado de um pesadelo e estava junto de Hongjoong. Podia ver, novamente, seus sorrisos encantadores e risadas contagiantes. Era o que importava. Cada dia com o Kim era ensolarado independentemente do que a previsão do tempo dissesse.

Para comemorar mais um ano juntos, decidiram relembrar o primeiro encontro que tiveram tempos atrás. Era verdade o que os poetas diziam. Quando se ama com a alma, em cada detalhe à sua volta, encontra-se um pouquinho daquele que mora em seu coração.

seongjoong | capa por: @mercurioz & betagem por: @wonwobirta

Kang Yeosang conheceu Kim Hongjoong no Festival do Eclipse, apesar de ele se recusar a usar esse nome, preferindo carinhosamente chamá-lo de “Encontro dos Amores Impossíveis.” Mesmo tendo visto o Kim apenas ali, um esboço de sua figura sublime e cabelos vermelhos, já ocupava seus sonhos há tempos. Enquanto o tempo passava no Festival, o Kim começou a contar-lhe uma história sobre um amor aparentemente tão impossível quanto aquele que o Sol e a Lua já tiveram. Ele falou sobre dois amantes que só podem se encontrar uma vez por ano, durante o Eclipse, pois estão separados pelo tempo — uma artimanha do Destino, onde um vive no futuro e o outro está preso no passado.