Lista de leitura Destaques - Agosto/2022 (povosoriginários2022)

De onde os pássaros escuros que tomavam por si o nome de Araúna, as cascadas amareladas do pôr-do-sol cresciam às margens do rio Araguaia, quando em um abraço quente, encontrava a beirada molhada do Rio Vermelho que pintava o cenário nativo. Aiyra, no momento em que o vento soprava por todos os cantos, assim pedia à Yebi que protegesse o solo que carregava sua arraia nos braços, como um pai amistoso que toma sua cria nas mãos.

Uma mãe é capaz de qualquer coisa para proteger sua cria

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Às margens do rio, onde a aurora da manhã uma vez já banhou as correntes efêmeras e a canção ancestral dos pássaros um dia encheu o ar de melodias no coração da floresta, a ferida de cinzas ainda ardia, mas não seria para sempre.

Da terra mãe ela nasce, orgulhosa de sua origem, como uma pequena muda de jacarandá.

Terra de Siena queimada. Essa era a cor do pequeno e da qual jazia severamente destacada pela pintura carmesim que realçava o olhar sério, quase metálico, de um guerreiro proeminente. A lança em punho não mentia, tampouco a certeza de que habitava no olhar escuro, tal qual o açaí recém colhido, de que um peixe, aquele dia, ele pegaria.