Lista de leitura Fanfics Kirilov

Sakura era uma garotinha esperta e de espírito livre quando acompanhava Mr. Uchiha em passeios pelo Solar. Ele a conhecia desde o nascimento, ouvira os gritos da Sra. Haruno ao dar à luz em uma noite de tempestade. Agora estava de volta a Spring Castle, mas em vez de reencontrar a menina selvagem por quem sempre teve sentimentos fraternais, conheceu Miss Sakura, uma moça dócil e gentil.

Assombrada por traumas do passado e após o fim complicado de um relacionamento de 4 anos, Sakura não pretendia tão cedo se envolver emocionalmente com outra pessoa. Porém, também não esperava conhecer Sasuke Uchiha, um homem sedutor e que parece determinado a conquistá-la. 


É inegável que logo surge algo forte entre eles. Um sentimento que, em vez de perecer com os contratempos e desencontros da vida, apenas cresce com o passar do tempo. E embora não goste muito de acreditar em destino, Sasuke sabe que se apaixonar pela moça perturbada de cabelo cor-de-rosa, não foi uma simples fatalidade do acaso. Estava destinado a ser dela, e a fazer tudo por ela.




->Capa por Drusilla.

Há quatro anos quando a seca veio, devastando as plantações e matando o gado de sede e fome, Sasuke precisou deixar o interior para conseguir trabalho na cidade grande e mandar dinheiro para casa.

Essa cena Sakura lembrava bem: o dia em que ficou parada na porteira, segurando a filha pequena nos braços que chorava inconsolável, enquanto via o marido ir embora levando consigo apenas uma velha mala preta e a promessa de que em breve viria buscá-la. Mas desde então, ele nunca mais voltou, de modo que a separação foi pedida durante um telefonema no orelhão.

Ela só não esperava que após o pedido de divórcio, um grave acidente finalmente os colocaria face a face.

*shortfic*

Ela andava na minha frente, passos lentos, o vestido às vezes balançava com o movimento dos seus quadris. De vez em quando também mexia a cabeça para um lado e outro no ritmo da música que ouvia: I'm a Firefighter, de Cigarettes After Sex. Apesar de ela usar fones, o som estava extremamente alto. Eu conhecia a banda, gostava do trabalho deles, não foi difícil identificar.

Órfã de pai e mãe, e após sentir muitos dos dissabores da fatalidade de uma vida de privações e solidão, Sakura Haruno está decidida a se tornar preceptora e encontrar no trabalho a liberdade do espírito e o conforto de uma existência com propósito, ao invés de buscar prestígio na sociedade por meio de um casamento vantajoso com um cavalheiro de boa índole e rendimentos razoáveis.

No entanto, uma viagem inesperada ao Norte do país, traz à tona o destino inevitável que a aguardava outrora silencioso, um destino que une o caminho dela ao de Sasuke Uchiha, um homem sombrio, de modos detestáveis e ambíguos, por quem ela jura ódio perpétuo.

Mas o tempo, essa criança travessa e imortal, faz Sakura perceber que o sentimento violento que destina ao Sr. Uchiha, e inquieta tão ferozmente sua alma, trata-se possivelmente de uma paixão avassaladora, e nada tem a ver com ódio, cuja existência de súbito parece tão incabível e repugnante. Há algo que ocorre com a Srta. Haruno quando está perto do Duque, algo que ela não é capaz de explicar ou compreender, tampouco reprimir. Pois embora sejam pouco claros, esses sentimentos são reais; ela os percebe firmes em seus pensamentos e agressivos contra o corpo, provocando sensações novas, consumindo-a por completo e inflamando a carne como um veneno cruel.

Sakura Haruno é uma das poucas moças consideradas “direitas” da pacata Konoha, uma cidade de, apenas, 7000 habitantes. Para fazer parte desse seleto grupo e não estar na língua das velhas mexeriqueiras, que tendem a viver suas vidas falando mal de todos pelas calçadas, é preciso muito! No entanto, a Haruno, com certeza, possui todos os requisitos e mais alguns. Ela é bonita, inteligente, educada e não fica na rua depois das nove da noite. A verdade é que a jovem pouco dá o ar da graça, é vista raríssimas vezes pelas ruas de Konoha, pois estuda no colégio de tempo integral da cidade vizinha.

Porém, a imagem de boa moça, qual Sakura arduamente construiu, é seriamente ameaçada, quando ela engata um romance com um antigo amor platônico, Sasuke Uchiha, o neto do prefeito. O rapaz não é um exímio pilantra, muito pelo contrário, ele está nos sonhos de todas as avós que pretendem casar suas netas, mas, ainda assim, pode manchar uma reputação.

Sua testa está colada a minha. Os olhos negros estão fixos nos meus e suas mãos ainda seguram o meu rosto, como se tentasse, a todo custo, impedir uma fuga. Mas eu não quero estar, senão aqui.

– Você precisa ir, Sasuke.

–  Eu preciso de você, Sakura – revida com a voz embargada.

 Sorrio, ele sorri de volta. Perdemo-nos, por alguns minutos, na imensidão do sentimento que parece consumir toda a sala. O som do meu riso se une ao dele, fora isso, só o que escuto é o meu coração agitado e a respiração descompassada de Sakuke.

Ignorar o resto do mundo, ignorar o que acontece lá fora, ser egoísta a ponto de querê-lo só para mim, isso nunca pareceu tão certo. Amar uma pessoa pela ideia do que ela é e esperar, com toda a fé que se consegue reunir, que ela corresponda a todas as suas expectativas ou, simplesmente, amá-la apesar do que se espera dela e além do que consideramos saudável e moral. 

– Será que o amor tem a ver com esse egoísmo que estou sentindo?