TassyLachini

Sabe quando tudo o que escreve parece não estar bom o suficiente? Então, você desiste e depois que o tempo passa, se depara com aquele velho rascunho tão odiado e se surpreende com o que lê.
Se existe um nome para essa insegurança idiota, com certeza é Harold Dorney.
Escrevi este capítulo para apresentar um novo personagem em um livro que também desisti de escrever. Claro que o Detetive Harold Dorney solucionou mais este caso. Ele apenas não contará nada para ninguém. Por pura questão de sigilo policial, e também pelo desprezo que ele sente aos demais seres humanos que habitam o universo além dele.

Após minha decepção com o desfecho final na leitura de "O Menino que Via Demônios" e descobrir que até mesmo o aclamado C. S. Lewis ficou frustrado no que escreveu em uma de suas maiores obras primas "Cartas de um Diabo a seu Aprendiz", fui influênciada à transformar de modo palpável, através das palavras, meu ponto de vista sobre o mundo espiritual e os seres capazes de transladar a fina membrana que intercala nossas dimensões. Minha inteção inicial sempre foi escrever um livro, mas meu lento processo criativo me inquietou apenas na criação de alguns poucos capítulos que não me agradaram nenhum pouco. Até encontrar a narrativa certa através do prisma óptico do personagen Rajul, um demônio que me cativou ardilosamente com sua personalidade perspicaz e debochada ao descrever com muita precisão, e certa estupidez, a intrincada tarefa de complicar a vida de Evilyn, uma predestinada de Deus, transmitindo energia leve e sedutora para retratar um terror embargado por humor ácido. Este pequeno prólogo por enquanto é apenas um conto, mas quem sabe, futuramente, isso convença Rajul a vir até aqui contar o restante da estória para vocês.

Talvez a madrugada seja para pensar e não para dormir.

Poemas.