eu_juuh

Três anos, cinco meses e vinte e dois dias.
Esse foi o tempo que Alicia passou longe daquela cidade, a cidade que nasceu, cresceu e amou. A cidade onde teve seu coração destruído.
Mas agora, lá estava ela, com um lindo menininho de olhar sapeca ao seu lado, Nico, seu filho.
Seu filho com o único homem que ela permitiu que a amasse, o homem que a magoou profundamente, sem piedade. Ela estava de volta, só não precisava que Paulo soubesse disso, muito menos que ele soubesse que tinha um filho.
Nem sempre as coisas acontecem do jeito que queremos...

"Um pai de verdade está presente na vida da filha, um pai de verdade sabe a data de aniversário da filha, um pai de verdade vê o crescimento da filha, um pai de verdade diz um “eu te amo", da carinho, amor...e é por isso que você não é meu pai!"

Alícia e Paulo são de mundos opostos: ela é a menina rica e perfeita, de boa reputação e com um futuro brilhante pela frente. Ele é um criminoso, membro de uma gangue perigosa que não tem nada a perder.

No primeiro dia de aula do último ano, a professora de química decide reorganizar as duplas de laboratório, onde Paulo e Alícia acabam sendo obrigados a serem parceiros durante as aulas.

Inevitavelmente, eles acabam entrando na vida um do outro, e essa aproximação acaba virando o mundo de ambos de ponta cabeça. No entanto, quanto mais se aproximam, mais se dão conta de duas coisas: são incapazes de viver um sem o outro, mas quanto mais próximos ficam, mais perigoso é para ambos.

Há duas maneiras de olhar as coisas ao seu redor. Ou se olham pondo-nos de fora delas ou pondo-nos dentro delas. Só no segundo caso as vemos bem. Mas e então, o que acontece quando você se vê em uma realidade totalmente diferente da sua? Você começa a fazer parte dela? Ou você apenas à observa?

7 anos após a formatura, Valéria reúne seus antigos colegas da escola Mundial em uma festa, para comemorar seu divórcio de Davi.

Após perceberem o quanto suas vidas estão no fundo do poço, Daniel, Maria Joaquina, Jorge, Paulo e Alícia passam a morar no apartamento de Valéria, como uma forma de tentarem recomeçar.

O que poderia dar errado se seis antigos colegas de escola resolvessem morar juntos?

"Quando encontrei você, foi como se eu tivesse me encontrado também. Você me mostrou uma nova forma de enxergar as coisas, a vida ao meu redor, e também me mostrou uma forma nova de me enxergar... E eu te amo por isso, Paulo Guerra"

"[...] Eu amo quando minha roupa fica com seu cheiro, toda vez que respiro sinto seu perfume, e tenho a sensação de que você tá pertinho de mim […]"

Aquele era um romance impossível e improvável, daqueles que ninguém imaginava; mas que depois, ninguém conseguia acreditar como não havia pensado nisso antes. Eles eram os perfeitos opostos, tão diferentes e incompatíveis quanto água e óleo, e mesmo assim, eram duas peças de quebra-cabeça com encaixe perfeito.
Nenhum dos dois soube dizer quando o sentimento apareceu, mas ambos tentaram sufocar e encobrir isso. Tinham 16 anos na época, ainda estudavam todos juntos, e ela era parte de um dos casais mais esperados da turma, mesmo que não tanto por ela.
Desde criança tinham vivido às turras. Ele tinha aquele coração enorme só dele, e várias vezes havia sido mal interpretado ao ajudá-la. Ela, com seu jeito esnobe e superior, sua cabeça dura e incapacidade de agradecer a menor boa ação, especialmente se vinda dele.
Então, quando perceberam que o coração acelerava e as mãos ficavam trêmulas ao olhar um para o outro, Jaime e Maria Joaquina consideraram a hipótese de que estavam realmente loucos.