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Ao que indica, a homossexualidade é uma doença. Isto claro, na opinião de algumas pessoas que, suponho eu, sejam muito bem informadas sobre esse assunto- Algumas fazem-se parecer. Pois muito bem! Se elas têm o direito de sair por ai a mandar as “balelas” que bem entendem sobre o assunto, achei que, também eu podia sair por ai a mandar os “bitaites” que me apetece. E cá estou eu a escrever o meu primeiro jornal (espero eu, que seja ultimo, porque quando eu saio da toca para mandar “balelas”, é porque a coisa já me consumiu até ao pâncreas).
Não há muito tempo, estava a ver na televisão – a caixinha mágica, onde passam às vezes, alguns programas interessante no intervalo das publicidades -, um conjunto de indivíduos a falar sobre homossexualidade. Eu até fiquei interessada, porque esse é um assunto, que já me levou a bastantes debates e por isso decidi assistir. Mas, houve uma altura em que senti vontade de bater com a cabeça nas paredes; depois de longos minutos de discussão sobre o assunto, alguém decidiu dar a cartada final e, arrumar com o assunto de vez, dizendo algo assemelhado com o que passo a citar:
“É Homossexual leva-se ao médico”.
E tsharam! Ainda dizem que não se aprende com a televisão… Foi nesse dia que descobri que a homossexualidade é uma doença e, pode ser tratada pelos médicos – Dizem, eles com muita sabedoria. Mas, ao que parece não se descobriu a cura. Quer dizer, pelo menos ainda não apareceu nenhuma publicidade maravilhosa a dizer que vendem xaropes ótimos para curar a pessoas homossexuais. Porém, espero que muito em breve apareça algum anúncio que diga que já se inventaram comprimidos para a ignorância. Sim, porque curas para isso, ninguém reclama, e é um mal que assiste a muitos. Tenho até medo que vire alguma doença contagiosa.
No entanto, não se fica por ai. Como citado anteriormente, já tive algumas discussões sobre o assunto e já me dei conta de que, muitas pessoas acham que uma pessoa ser homossexual é uma vergonha. Isso deixa-me, no mínimo, preocupada. Uma vergonha? Não sei! Eu cá acho vergonha ver uma criança com fome, a pedir dinheiro de porta em porta porque os pais não podem dar o que comer, ver pessoas a dormir num banco de jardim porque não tem teto para viver e outros problemas sociais que, com certeza, todos já ouviram falar, mas ninguém liga porque está preocupado em saber qual a orientação sexual do vizinho.
Não quero ir contra a opinião de ninguém, cada qual tem direito a ter a sua. Contudo, a coisa começa a ficar séria no momento em que, essas pessoas se acham no direito de, maltratar, ou tecer comentários estúpidos sobre alguém só porque vai contra os seus padrões de normalidade.