pyximic

"Com todas aquelas orações eu me pergunto se alguma não se perdeu no ar de meus pulmões cansados"

Era nos seus olhos que eu costumava a me perder, mas a primavera foi embora e você não voltou, não consegui encontrar o brilho do teu olhar, estou perdido tentando achar outro rumo para caminhar.

Eu mal conseguia compreender, mas te deixei me dizer oque magoava você, no fundo eu já sabia que eu não faria a sua alegria.

 

Em uma cidadezinha abarrotada de terra ao oeste havia uma família, a mais miserável de todas, enquanto uma velha e suas três filhas desciam o morro até um riacho ali perto para lavar os trapos e vasilhas os filhos homens se ocupavam na caçada para o jantar. A vida ali era tranquila apesar do muito trabalho, quase sempre dormiam sujos ou tomavam banho na madrugada -escondidos da mãe que acreditava nas lendas antigas de monstros selvagens com garras- no riacho. A vida foi passando, e os filhos foram crescendo e depois que se tornaram adultos se casaram, cada homem com lindas moças e cada mulher com rapazes trabalhadores, no entanto com a separação da filha do meio, e ficando com a guarda da sua primogênita houve um certo preconceito por parte da família, que acreditava que ser mãe solteira não iria realmente dar um futuro a criança, e que o pai ausente não poderia ensinar a sua parte, porém a mãe continuava a criar sua filha primogênita, e com o passar dos anos teve outros dois  filhos. A primogênita não tinha muito valor no meio da família ou uma boa personalidade que a fizesse ser respeitada, na verdade, não havia nada ali para chamar a atenção de alguém realmente, os outros dois filhos no entanto eram encantadores, eles tinham uma diferença nítida da primogênita bastarda e sem graça, com seu comportamento exemplar, boa aparência e uma personalidade encantadora. Em uma certa época a família se vê coagida a se preparar da melhor maneira, o território havia sido tomado por um regime ditatorial, e havia morte para todos os lados, a família parecia não ser importante, mas havia um segredo ali, algo que a mãe-avó guardou até o último segundo, o segredo de sangue da família,  algo que os levou a fugir, a se proteger, colocando a bastarda da filha mais nova como a guerreira mais forte de toda a família.  

Se em teus olhos não reluziam luz, e tua alma foi rompida, roubada e quebrada, por que te chamam de covarde ?

O suicídio foi o menor dos pecados, e a covardia nunca existiu para quem teve de suportar todo o mundo, mas minha criança, porque teve que se matar ?





GATILHO

"...E nada poderia me salvar de desabar quando dos meus olhos choviam a dor que era amar e ter feito você me largar."

Louise era uma ótima espiã, trabalhando em vários casos em comando de sua senhora. Não indicava remorso ao matar alguém, vivia por aquilo e isto lhe satisfazia, tamanha era sua convicção e sua frieza sobre seus atos que muitas vezes se cegava por alguns momentos, impedindo de ver a realidade e agir com oque era certo. Em certo momento de sua vida, se viu presa em uma armadilha montada por sua própria arrogância, ela era uma agente excepcional, e isso ninguém poderia negar, trabalhava próximo aos seus inimigos e eles nunca percebiam, por manipulação, era assim que ela consegui tudo oque mais queria.

"_ Acredite, você pode conhecer muito mais. - particularmente essa frase havia dois sentidos."

"...insisti em tentar resgatar você e te impedir de ir..."

Não existe nada mais triste que um coração quebrado.