Carol-ine-VN

E as gotas caiam, as lágrimas se misturavam com a água.
E mesmo com o mundo contra eles, mesmo sendo amaldiçoados com seus destinos.
Continuariam a se amar em silêncio e esperar um pelo o outro. Afinal eram Ladybug e Chat Noir, a dupla que sempre enfrentavam os piores medos.

Onde Marinette apenas queria entender o motivo de Chat Noir detestar tanto o natal.

Ás vezes Adrien se sentia um fracassado.
Mau podia se olhar no espelho sem sentir desgosto e cansaço.
Seus cabelos estavam bagunçados, não tinha vontade alguma de ajeita-los, suas roupas pela primeira vez em anos não eram de marca, apenas um moletom, calça jeans e um tênis surrado. Seus olhos transparênciam cansaço e tristeza ao ponto de orelhas se formarem a baixo deles - talvez resultado de patrulhas exaustivas e desgastantes de noite a dia, afinal tinha que fazer o trabalho por dois, já que sua parceira não podia.
Ele pensava que após Hawk Moth ser derrotado, Paris ficaria em paz. Porém sua vida conturbada tinha outros planos.

*

Ás vezes, tudo o que precisamos é ter esperanças e coragem para lutar.

Ladybug estava sentada em uma base de apoio da famosa Torre Eiffel, seus cotovelos firmados em suas coxas apoiando seu delicado rosto, seus cabelos soltos esvoaçavam-se ao vento dando-lhe ainda mais beleza que o normal.
Acima dela as estrelas brilhavam preenchendo o céu e o enfeitando magestosamente. Embaixo, podia se ver as luzes de Paris ainda acesas, como se o povo, assim como ela, se recusassem a fechar os olhos e adormecer.
Porém, apesar de toda aquela beleza diante dela, não se sentia bem ou viva. E sim, vazia, como um enorme buraco negro que sulga-se qualquer vestígio de uma emoção positiva. Deixando só o pior nela, tristeza, raiva, negação, decepção...

*
As vezes simples ações impensadas, podem resultar em grandes consequências.

Era noite, a escuridão dominava o céu acima dele, um breu em que ninguém enxergava nada, exceto ele. Seus olhos visualizavam tudo com precisão e em um tom verde. Vagava lentamente e sorrateiro entre os telhados, escondido nas sombras, de longe se notava apenas seus olhos verdes brilhando feito duas  esmeralda num tom analítico e atormentado pelo seus fantasmas.