Drica18

Caro (a) futuro (a) morador (a) do apartamento 408, há momentos na vida em que temos dois padrões de conduta perante o próximo: O primeiro padrão de conduta é aquele responsável por uma voz egoísta inerente a todo e qualquer ser humano, aquela voz autocentrada e individualista que diz coisas como “cada um por si”, “dane-se”,“ isso não é problema meu”, “resolva você mesmo” e o segundo padrão é a voz responsável pela melhor versão de nós mesmos, essa consciência magnífica e humana que te conduzirá sempre ao melhor caminho e dirá coisas como “eu posso ajudar”, “eu me importo”, “eu resolvo isso para você”, “eu me preocupo com você”.
Guiando-me, então, exclusivamente pela segunda voz, decidi criar um manual de sobrevivência, mas não qualquer manual, devo lhe informar. Esse manual que me proponho a fazer, nesta tarde de sábado, o auxiliará no convívio com ela nos próximos 365 dias de locação neste apartamento. Dicas razoáveis que o ajudarão a manter a ordem e a sua saúde mental.
Por fim, sem mais delongas dessa pequena introdução, desejo-lhe boa sorte e, por favor, procure respeitar ao pé da letra as dicas a seguir e preste atenção nos relatos descritos para não cometer erros ou, em alguns casos, os mesmos erros que eu cometi.

Dois é bom. Três é melhor ainda:

— Eu não conto se vocês não contarem – expressou-se remexendo o quadril de um lado para o outro enquanto brincava com o elástico dos shorts de Sasuke.

— O quão bêbada você está? – O albino deslizou a mão sobre a curvatura da cintura, subindo-a lentamente até chegar a altura do seio esquerdo e, por um momento, como se a consciência lhe reprimisse, paralisou a mão antes de concluir o gesto.

— Estou sóbria o suficiente para não me arrepender de nada amanhã...

Uma garota entediada, potencialmente embriagada de brigadeiro e perigosamente carente resolve ligar na noite mais romântica do ano para todos os seus ex-namorados e descobrir se algum deles está interessado numa amizade com benefícios. Só que a cada ligação as coisas mais bizarras acontecem. Será que ela terá sucesso nessa empreitada? Será que fisgará alguém até o final da noite?

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar. Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar e não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar e nem deixou-a só num canto pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar. E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar. Com seu vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar. Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar e cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar.

(Chico Buarque)

Sobre a incerteza da validade de sentimentos desconhecidos, Karin se vê obrigada a lidar e a refletir sobre a própria vida em meio a uma cela vazia e um inimigo desconhecido. Diante de um conflito iminente e de todas as perguntas que pairavam em sua cabeça apenas uma insistia em atormentá-la dia após dia: Se o que sentia pelo ex-vingador era mero simulacro, a quem devotava àquela necessidade de estar perto, de estar junto, de quem sentia tanta falta?

“Intransitivo é tudo aquilo que permanece”

Duas famílias consumidas por um ódio ancestral. Corações enegrecidos tomados por um desejo de vingança que parece não ter fim. Em meio ao som dos gatilhos, ao cheiro de pólvora e ao sangue derramado de ambos os lados; dois jovens, de lados opostos, cometem o grave erro de apaixonar.

Quando Uzumaki Karin embarcou com os colegas de turma para o Canadá, ela - provavelmente - não imaginou que a diretora de Konoha Boarding School a escalaria para ser guia e companhia de um deficiente visual durante toda a viagem. A grande questão desta tarefa é que, diferente do que Karin acreditava, Hozuki Suigetsu era mais habilidoso do que parecia ser.
É a partir deste convívio forçado que se inicia uma turbulenta trajetória, onde a junção de uma viagem indesejada com umas tantas cores misturadas e percepções de mundo completamente diferentes ganham contorno para o percurso de autoconhecimento e superação que Karin nunca imaginou vivenciar. Um percurso no qual o mais importante, a saber, não é a história que será contada e sim como ela será contada.

Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.

(Ensaio sobre a Cegueira)

Casal principal: SUIKA