Katsu_ichi

Kaiser era um atirador que definitivamente tinha regras a seguir e era um dos mais metódicos. Laços românticos com Alvoradas eram estritamente proibidos, era a regra máxima e essencial daquele grande livro do qual ele fez questão de decorar desde a academia. Sem elas, ele sabia que tudo desmoronaria como um simples castelo de areia.

Kaiser sabia que ele nunca quebraria as regras que os deuses tão cuidadosamente impulseram a seus serventes.

Porque tudo o que Kaiser queria era ser um amor pela primeira vez na vida, mas o ciclo nunca o deixaria livre.

Onde Chico já passou por dores demais para simplesmente aceitar a declaração de amor de Lírio.

angst!chicolírio | releitura escrita da tirinha de @/italobobinho

Kaiser não era alguém realmente proativo.
Não o leve a mal, mas viver como um mecânico num mundo pós-apocalipse não era realmente o que ele queria para sua vida quando menor, mas ele conseguia superar isso. E mesmo depois de Arthur chegar em sua oficina com uma enorme lista de peças depois de uma briga intensa — porque é claro que a Ordo não conseguia ficar quieta sem acabar com seu estoque — ele teria de precisar de certa ajuda.
Então por que não seguir um dia normal na sua vida junto de Joui para pegar peças em outra cidade?

Joui já foi doce, mas a citricidade de Kaiser contaminou todo o seu ser.
De modo algum ele achava isso uma coisa ruim.

E ali, naquele triste apartamento lotado de papéis e garrafas vazias, Liz pensava em sua antiga revoada. Afinal, ela era apenas mais um pássaro tentando voar para a felicidade.

Desconjuração | Liz!centric

Dante não sabia de muita coisa em relação a relacionamentos e situações normais — considerando suas tatuagens e o modo como viveu até agora, era de se esperar que não vivesse uma vida considerada muito... calma. Entretanto, sentado na sorveteria com Arthur, o cara mais simpático que já conheceu na vida, ele sabia de uma coisa: aquela moita estranha lhes perseguindo com certeza não era normal.

Kaiser, nos dias atuais, odeia o frio.
Era uma sensação tenebrosa: o vento arranhando sua seca pele; os olhos, escuros e quase sempre distraídos, secos pelo clima frio que os assolava; as mãos geladas que quase sempre tremiam, pálidas pelo sangue que lhe faltava.
Mas agora, apenas mais uma vez desde seu pai, o frio estava dentro de seu corpo e ele, mais do que ninguém, implorava para que alguém lhe esquentasse.