quarentapes

Utahime cobiçou desfazer-se das lembranças. Gojo acendia cigarros e empunha uma pistola vez ou outra quando os miolos precisavam ser estourados. O Apocalipse é só uma piada de mau gosto, mas é engraçado que esteja passando ele com você porque o mundo parece melhor quando só nós estamos vivos. Se você olhar pela janela, vai perceber que morrer é viver. É engraçado. 

A narração da melancólica cidade fissurada em blues-rock, bares de gatos e a arte renascentista que rouba dos ladrões a sua epifania. Há chuva, pessimismo e a palavra amor tatuada em esquinas onde bêbados literários tomam os seus últimos goles. Dicionário da tristeza.

Ou onde Choi Beomgyu, o narrador, se reflete como um espelho, apaixonado por Kim Minjeong, ao qual se descobre apaixonada por Yoo Jimin, que está, acredita-se, perdidamente caída de amores por Beomgyu.

Alguém renasce e alguém morre. Talvez seja essa a lei da vida. Corvos de olhos amarelos, um buraco e a tempestade. Três cartas. Aos poucos o vilarejo de Belfkan se torna um ponto apocalíptico e mistérios emergem do fundo do oceano. Os três cavaleiros do apocalipse se tornam reais, assim como as sete trombetas.

Quando as sombras saem, é sinal de que a luz está longe. Em algum momento, o assassino deixou as suas vítimas para trás. Agora, tudo está de volta. Os fantasmas, o vazio e a Morte. O pedaço mais bizarro da fruta proibida. A pergunta é: quem é o verdadeiro monstro da história?

Estamos em meados dos anos oitenta e o quieto e desastrado Beomgyu enfrenta um terrível mal chamado... mediunidade! E um pouco de paixão juvenil recheada com chiclete Plutonita. E... espera aí, aquilo que está vindo ali com uma jaqueta da Penélope Charmosa é, de fato, um morto-vivo?

Desaparecimentos marcam a pequena e moribunda cidade de Jeru'Salém, que vive a mesmice caótica, desesperada por fé. A chegada de um novo reverendo traz mistérios e uma criatura diabólica. Uma peça arquitetada pelo próprio Diabo se dá início e enquanto alguns buscam por respostas, alguém move a sua peça de xadrez para o cheque-mate do Apocalipse.

Minjeong é boneca amaldiçoada, enfeitiçada, desfiada; Jimin é humana simples, curiosa, abstrata. Há um cenário lúgubre neste tipo de romance-morte.

É janeiro do ano "tal" e o Ragnarok está a cada segundo mais próximo de se tornar real. Sumin gasta seu fulgor medroso com fitas cassetes e um pouco de segurança forjada enquanto Jayoon, bem... Jayoon quer mais é morrer mesmo.