KurohimeYuki

Julie não sabe quantas vezes ouviu essa pergunta, quantas vezes disse "agora não", mas ela sabe que todas às vezes foram verdadeiras, que todas às vezes queria dizer "eu te amo". E que ela não acredita. Asher pode estar apaixonado por ela, ela está disposta a concordar com isso, mas amor? Ainda não, agora não.
Asher lembra-se com exatidão quando perguntou se Julie queria se casar com ele pela primeira vez. E como ela respondeu. Ao longo dos anos, ao longo dos altos e baixos do namoro e da vida, dos meio-términos e das discussões e do ciúme, o pedido transformou-se numa brincadeira entre eles, numa forma de fazê-la feliz e relembrá-la que ele estava ali (e continuaria), não sendo, em nenhum momento, algo da boca para fora.
Asher quer casar com Julie, mas será que ela quer o mesmo? O próximo passo é isso? O último boss? E será que Ash está disposto a aceitar as condições para que isso aconteça?

Houve uma época, houve um momento, em que ela chamaria isso de destino, de almas gêmeas, de felicidade e amor eterno... Agora ela chamava isso de inferno, amantes desafortunados, tristeza e amor tão intrinsecamente entrelaçados que era uma tortura eterna.

Somos feitos de pedaços. Pedaços quebrados e destruídos, colados e perdidos. Pedaços que se transformam e nos formam.
Muitas coisas aconteceram e hoje Calum e Luke são pedaços do que já foram, mas são esses pedaços que os definem. São nesses pedaços desregulares, afiados e feios que o amor reside. E, enquanto tentam não mostrá-los, com medo do que pode acontecer, eles não percebem que existem coisas que não se esconde, que são visíveis de longe.
Não se esconde um coração quebrado, uma alma destruída.
Não se esconde um coração colado, uma alma perdida.
Não se esconde quem você foi e quem você é.
Não das pessoas que ama.

Isso não é...
Isso não é amor.
Isso não é paixão.
Isso não é atração.
Isso é o que Julie deseja que não seja.
Isso é o que Ashton precisa que não aconteça.
De desconhecidos a amigos.
De amigos a corações batendo descontrolado e bocas se encontrando por acaso.

Tudo estava bem com Julie e Ashton, eles sempre foram só amigos num romance totalmente platônico, contudo tudo muda completamente quando Annabeth abre uma brecha após um beijo, que leva a outro e a outro e a outro... Quando eles veem, o caminho que tomaram não permite mais volta e as alternativas se resumem a esquecer o que aconteceu ou continuar negando os sentimentos. Mas o que fazer quando qualquer coisa leva a uma oscilação no pensamento, tornando-o irracional e permitindo um esbarrão de lábios?

"-Oni-chan – chamou Alluka pela terceira vez.
-Sim?
-Você e Gon são o que?
-O-o q-que? – gaguejou Killua, sentindo-se ficar vermelho, mas... mas.... mas... – Que pergunta é essa?
-Vocês estão dividindo uma cama – disse ela, confusa – e apenas um casal faz isso, não?
-Nós não somos um casal! – gritou Killua, sentando-se rapidamente. – Gon e eu... Eu e Gon... Nós, nós...
Killua não fazia idéia do que dizer. Eles eram... Eles! Apenas isso. Gon e Killua. Killua e Gon.
-Somos melhores amigos – afirmou Gon, com a confiança que apenas ele tinha"

Quem é ela?
Quem é a garota que eu vejo refletida no espelho?
Eu não sei, mas eu a odeio...