Alrisha

Diga alguma coisa. Eu estou desistindo de você.
Eu seria o único, se você quisesse. Eu te seguiria aonde quer que fosse.
Diga alguma coisa. Eu estou desistindo de você.
Para qualquer lugar... eu teria seguido você.
Diga alguma coisa. Eu estou desistindo de você.
E eu vou engolir meu orgulho. Você é quem eu amo. E eu estou dizendo adeus.
Diga alguma coisa. Eu estou desistindo de você.
Diga alguma coisa. Eu estou desistindo de você.

Diga alguma coisa.

E no entanto, eu estou presa aqui. Presa em apenas um corpo, apenas uma cultura, apenas uma mente, apenas uma única realidade inescapável e sufocante que me deixa claustrofóbica. E a cada segundo que se passa parece que as minhas entranhas estão se desintegrando e em algum momento elas explodirão, arrebentando esta concha, e sairão do meu corpo como pó. Os restos de Hinata Hyuuga, herdeira do tradicionalíssimo clã Hyuuga, muito prazer, serão levados pelo vento para qualquer lugar. Para as ruínas de uma cidade abandonada, para uma floresta silenciosa, para o oceano tão distante.

Em um momento de dor sem precedente, Naruto compreende que até mesmo manias corriqueiras podem adquirir novos significados. O Uzumaki até poderia ter perdido seu amado Sensei, porém, o destino lhe presenteou com uma nova oportunidade de criar laços. Resposta ao desafio proposto pelo grupo Fanfics Naruto Shipper.

Hinata Hyuuga era uma boa garota.
Quando entrou no Colégio Konohagakure, foi por seus próprios méritos. Era tranquila, calma, educada, nunca se metia em confusão e tirava notas altas.
Exceto por uma coisa:
Ela tinha um segredo.

Mais uma madrugada em que Ino aguardava o namorado voltar para casa, não iria mais suportar aquela situação. O porém, é que ele era um ótimo mentiroso.

Eu amava Hinata tão cegamente que entregaria meu corpo a ela quantas vezes fosse preciso. Eu a amaria ardentemente até o amanhecer, contemplaria sua beleza enquanto os raios de sol atravessassem as cortinas. Ela seria minha deusa.

Era uma tarde de domingo qualquer, entendiante e ainda mais para Kiba Inuzuka, que tinha que aguentar a namorada, Ino, conversando com diversas pessoas no celular durante a manhã e o inicio da tarde, o deixando de lado. Ele só queria um pouco de atenção, e achou o jeito certo de ter toda a atenção que quisesse pelo resto da tarde.
Mas talvez o jeito "certo" seja só para ele.

Nesse instante, eu me senti mais vivo do que em todos aqueles dezenove anos em que meramente existi, como se alguma coisa tivesse sido despertada em mim pela primeira vez. Foi aí que percebi que eu não queria morrer, mas que queria, e precisava mudar. Joguei fora o maço de cigarros que tinha no bolso, agora ensopados e imprestáveis; era um começo já.

Era isso. Eu havia tomado minha decisão final. Iria mudar, mas queria que essa mulher que eu mal conhecia pudesse me ajudar. Se ela estivesse disposta a isso, claro. Não é todo dia que se encontra uma heroína de shounen nas ruas, e essa era uma oportunidade única que talvez eu nunca tivesse de novo. Acho que essa foi a primeira vez que senti vontade de fazer alguma coisa boa, e por causa de outra pessoa.