tofu_de_amendoas

Neil Josten jamais deveria ter cedido;
Quando percebeu que a pura existência de Andrew colocava a si, e sua família em risco, deveria ter sido maduro o suficiente para resolver aquilo da maneira mais simples. Era imortal, e a imortalidade deveria significar ter algum privilégio.
Mas Neil jurou jamais se tornar um monstro, como aqueles de seu passado.
E decidiu que era sua tarefa proteger Andrew de si, do mundo... e dele mesmo.
Só não imaginava que o trabalho em si seria tão difícil quanto irresistível.

Desde o primeiro dia que o vi, eu odiei Harry Potter.
Ainda assim, nunca conseguia parar de lhe olhar, como um hábito decorado da minha rotina cheia de manias e convenções.

Draco Malfoy foi quebrado tão profundamente, que não havia qualquer chance de recuperar seus fragmentos, de restaurar o que ele foi ou torná-lo o que poderia ter sido.
Harry Potter era o homem que poderia amar mesmo, e talvez principalmente, os pedaços.

Certo dia, eu percebi que o mais gay que eu conseguia ser, era estar apaixonado por meu melhor amigo Remus a ponto de querê-lo só para mim, e então eu percebi que... Não ficava mais gay do que isso.

Não importava o que fossemos enfrentar, eu mostraria a Draco que só existia uma resposta para a morte.

E meus olhos caíram novamente para a foto, e então pude apontar finalmente o que parecia estranho na mesma.
Ele sorria.
Alguém com o meu rosto havia sequestrado Draco Malfoy.
E havia, com o meu rosto, feito ele sorrir.

E naquele momento, olhando para Draco sorrindo, eu desejei que nada nem ninguém jamais estragasse aquilo que havíamos construído.
Porque estar ali com ele era como ter toda a sorte do mundo.

Grifinório. Maroto. Black. Bonito. E Black.
Sirius Black.
Eu sempre fui um cara de sorte.