Satirre

Ódio.
Ódio, frustração e um cansaço que não vai embora com uma boa noite de sono.

"... E no horizonte a minha frente, onde meus olhos encontram descanso, nuvens de breu e cinza mancham o alaranjado que já parece vermelho-fogo. Elas são sombras de um passado muito, muito distante, que insistem em ficar no caminho do sol e contar, por meio de formas nos céus, histórias de glória, morte e aventura, histórias que antes eram passadas por meio de canções e poesias proferidas por camponeses, reis e rainhas. Em salões luxuosos de opera, entre nobres, ou ao redor de fogueiras na floresta, entre amigos. As belas músicas perderam-se com o tempo, mas a honra dos que as viveram permanece viva e acesa, e nunca poderá ser apagada..."

Aqueles olhos castanhos de tempestade, caos, intensidade, me olharam pela primeira vez dia 24, véspera de Natal, em desejo e curiosidade.
E foi noutra véspera de Natal que eu soube,
eles nunca me olhariam de novo.