ssunehy

Duzentos e vinte dois sorrisos, mas, naquele dia, eu gravei o seu. 

A Lua de vidro e gelo tem se desmanchado em luz baça, soando mais fraca a cada viragem de noite. E as pouquíssimas estrelas, que ladeiam os flancos de um céu esquecido rendado nas mais frias constelações, se apagam lentamente, pois o fim é preciso.

Taehyung está pulando carnaval. Sorrindo e sorrindo, pulando, e gritando. Seguindo a folia, vestindo alegorias, bordado em mil e uma fantasias, mas esperando que termine, sonhando que termine, suplicando que termine. 

"Aos castos dóceis lábios, sabor licor-de-melaço, que sonhei quase tanto quanto alucinei, provar em dias de quimera. Eu recordo, com mais saudoso sentimento, e infeliz lamento."

Amores com sabor de conhaque, e beijos de beiços envenenados, te viciam, não saciam, mas te matam.

A saudade definha, escoando das veias do maranhão pras’ minhas. Saudade da minha meninice. Mas antes da nostalgia, meu cordel é rima sem gracinha, ― como diria vóinha, sem risaria. É mais lamacento, assim feito furdunço; açude morto de anos, que depois de um bom banho, fica ainda mais sujo.

Impetuosa, intempestiva, initerrupta, às vezes, ela, de intenções sempre claras, ia e vinha — vem, no balanço de minhas ondas; eu oceano — pensava —, ela pirata, acima de tudo, ladra nefasta, incansável, insaciável; carcome as frestas de meus restos, e o que sobra para carne pútrida, pior — desalmada, é ser lançada ao abraço do mar. Se ele recebe, é outra história. De certo que a pena lhe apetece o juízo, e do choro das garças, se contam as lendas, que mais um sem-destinos, jaz clandestino, na garganta do mar.