peggyxz

Artistas, artistas, artistas. Os verdadeiros morrem em lágrimas, os de mentira vende-as.

"Os piratas flutuam e os pobres perecem. A ilha que um dia fora exemplo de honestidade e beleza agora estava corrompida, e não restava espaço para revolucionários sem propósitos."

A Ilha Quesadilla está em constante caos após a Guerra da Fronteira, onde viajantes misteriosos emplacaram com um golpe que afetara toda a economia e cultura do lugar. Agora, para os menos afortunados, não restava sequer um osso para roer, enquanto os sortudos aproveitavam abertamente de um banquete canibal à luz do dia, lambendo os dedos manchados pelo sangue invisível daqueles que moram no Submundo.
Cellbit é um jovem do Submundo, temido por muitos e ignorado por todos. Ninguém sabe o motivo de sua existência, nem quando o menino afundou seus pés no lodo que abrigava a região, mas tinham certeza que ou seriam mortos por ele, ou ele seria morto pelas gangues rivais. O jovem nunca imaginou sua vida travada em um único futuro, talvez por isso tenha se enfiado em um Navio Flutuante, com a tripulação de Rubius, o maior pirata do século atual, em busca de algo para agarrar. Algo para matar. Mas, com a liberdade de pisar em um convés vêm as responsabilidades, e os olhos fechados para a opressão precisarão se abrir cedo ou tarde.
Quanto a Forever, ele é visto apenas como o filho do político, um jovem sucessor com carisma e falta de intelecto. Mas isso não o mantém vivo. Ele precisa encontrar sua irmã gêmea antes que inimigos façam isso mais rápido, e seu plano conta em abandonar a vida passada.

Ambos os jovens estão em caminhos opostos, em uma ilha presa ao passado vitorioso, mas caminhando para o futuro do vapor, e precisarão lidar com o que antes sequer era uma cogitação. Viagem no tempo, magia e corrupções podem estar no comando da Federação, no entanto, no âmago de ambos, talvez se inicie algo maior: A revolução.

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Quackity experimentou muitos infernos, a grande maioria criados por ele mesmo. Agora era diferente. Um mero peão controlado da Federação, corrompido pela água diária e ordinária, sempre sendo relembrando que em algum momento seu corpo cederia à morte. E talvez, no fundo, era exatamente isso o que o mexicano procurou durante tantos anos: A morte lamentável.

Mas Forever não permitiria isso tão cedo. Ele tem sangue manchando suas mãos e poeira no cabelo, e só sairá de lá se levar sua família com ele. Sua família viva.

Cellbit não tinha muitos planos após anos sendo imortal, ele sequer tinha um plano. O vampiro era apenas um suicida trágico, vivendo em seu castelo, contemplando suas perdas e as devorando. No entanto, quando um fantasma encharcado cruza sua porta implorando por ajuda, algumas coisas mudam. A primeira: Ele precisaria confessar seu maior pecado. A segunda: Ele precisaria aceitar que estava vivo, mesmo não tendo coração.

O céu traiu a coloração comum naquela noite, como um amante esguio renegando assistir ao assassinato de sua peça teatral favorita, e abriu espaço para que as nuvens pesadas e acinzentadas se aposseassem das estrelas tão belas.

Elquackity despertava a fúria e a fraqueza de Cellbit como um tolo odeia a cobra que lhe enforca o pescoço, mesmo que a tenha adotado. E não há nada que o faça conseguir fugir da ternura mortal que seu oponente político entrega todas as noites.

A velha cresce para conhecer a dor, a dor morre para desconhecer a velha.

Lhe digo então que não preciso do seu entendimento sobre o pedido, mas e se te confessar que minto? És afinal meu cliente ou somente um insolente?